The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee
Notas iniciais do capítulo
Hey. Quero agradecer os comentários. São lindos e sempre detalhados (do jeitinho que eu gosto).
Sem querer ser uma mala-sem-alça-chata-pra-cacete, uma recomendação também cairia bem :D
Okay. Parando com a chatice. Aproveitem o capitulo.
Rapunzel
Quando Jack saiu do quarto/prisão de Maryse, Rapunzel teve a absoluta certeza de que algo muito ruim acontecera lá dentro.
Na verdade, isso era algo meio que óbvio! Afinal, ninguém entra numa sala com o cabelo branco-prateado, e sai de lá com ele todo castanho-escuro. E ela tinha absoluta certeza de que não havia produtos capilares na sala trancafiada de Maryse Frost.
A expressão de Jack também estava mudada. De “muito assustado” para “pior ainda”. Ela não queria pressioná-lo, mas quando a assistente os levou de volta para as ruas movimentadas de Londres ela precisava saber. Eles precisavam de respostas.
Antes que pudesse perguntar, notou que ela não havia saído. A assistente.
– Quero que fiquem com o nosso cartão – pediu, vasculhando o bolso da camisa.
Soluço pigarreou.
– Não precisa, obrigado.
Ela pegou um pedaço de papel azul e entregou-o para Jack, que fitava o asfalto da rua como se fosse um livro aberto.
– Ah, queridos, é raro termos visitas tão... especiais – ela piscou para Rapunzel, e todos os membros da menina tremeram – espero que voltem!
Ela se virou e caminhou para dentro do manicômio assustador.
Rapunzel soltou o ar que nem sabia que prendia.
– Não vou voltar nem tão cedo, obrigada – disse para ninguém em especial.
Merida assentiu.
– Nem eu.
Eles ficaram um momento em silêncio. Muita coisa havia acontecido, e eles precisavam de pelos menos um minuto para poder engolir tudo aquilo. Pelo menos, Rapunzel precisava.
Foi Soluço quem quebrou o silêncio.
– Vamos comer naquela lanchonete ali – disse, apontando para um pequeno fast-food do outro lado da rua – aí o Jack pode contar o que aconteceu com seu... hã... cabelo.
Jack olhou para ele como se tivesse falado alemão.
– O que tem meu cabelo? – perguntou.
Merida franziu o cenho.
– Você não viu?
Jack olhou para cada um deles, como um rato confuso e assustado.
– Vi o quê?
Rapunzel pegou seu braço gentilmente e o virou em direção a uma poça de água na calçada. Sem dizer nada, ela apontou para seu reflexo na água suja. Nada de diferente, além do rosto mais pálido e dos cabelos misteriosamente castanhos.
Jack deu um pulo, gritando.
– Meu cabelo! – exclamou – que houve com ele?
Os outros trocaram olhares confusos entre si.
– Pensamos que soubesse – Rapunzel disse.
Ele os encarou. Seus olhos se agitaram e seu rosto exibiu uma expressão que a loira conhecia bem: entendimento. Algo passou por sua mente, e causou total compreensão. Ela sabia bem como era a sensação, sempre sentia em provas.
– Maryse – disse, como se o nome da maluca da sua mãe explicasse tudo.
– O que ela fez? – Merida perguntou, seus olhos exibiam um brilho feroz. Parecia disposta a dar meia-volta e dar cabo da mãe de Jack de uma maneira bem violenta.
Ele suspirou, cansado.
– Vamos na lanchonete. Prefiro explicar coisas confusas e sentimentais com o estômago cheio.
. . .
Depois de pedirem hambúrgueres e refrigerante, Jack abriu o bico. Na verdade, ele só foi começar a falar mesmo depois de comer a metade de seu sanduíche de picanha.
– Primeiro ela me confundiu com papai – disse, de boca cheia.
– Vicent? – Rapunzel lembrou-se do nome do mais famoso assassino do mundo bruxo.
Jack assentiu.
– Depois perguntei sobre a Profecia – disse – ela falou que os Herdeiros das Casas derrotariam as Trevas. Disse que cada Herdeiro tinha talento para um elemento em especial, o elemento de sua casa.
A expressão de Merida se iluminou.
– Sim. Grifinória é fogo!
Jack sorriu fracamente.
– E Lufa-Lufa é terra.
Soluço se remexeu em sua cadeira, mais pensativo do que desconfortável.
Rapunzel franziu o cenho.
– E Corvinal? – perguntou, lembrando-se de sua casa.
Jack balançou a cabeça.
– Corvinal e Sonserina são mistérios. Não sei qual dos dois é água ou ar.
Ela pensou um pouco. O que faria mais sentido?
– Jack, você voou. Não foi?
Ele assentiu.
– Então já matamos a charada. Não é preciso dizer mais nada...
Ele suspirou. Parecia envergonhado e esgotado. Rapunzel se lembrou que ele não havia dito como seus cabelos ficaram castanhos...
E foi exatamente sobre isso que ele começou a falar.
Disparou em uma única frase. Objetiva. Pequena. E preocupante.
– Maryse tirou meus poderes.
Todos os outros três olharam para seu rosto. Era como se tivesse dito que tinha perdido as duas pernas numa viagem à Marte.
– Ela fez o quê? – Merida perguntou, amaçando o copo descartável vazio.
Rapunzel uniu as sobrancelhas.
– Como ela fez isso?
Jack deu de ombros.
– Não sei, mas ela fez. Disse que só o que pode fazer meus poderes voltarem é...
Sua voz morreu antes de completar a frase. Jack olhou para o copo que Merida havia amaçado, e depois desviou os olhos para a rua lá fora. O que quer que a mãe tenha revelado sobre os poderes, Jack não parecia muito seguro quanto a isso.
– Escuta – ele continuou – como não posso aparatar, já que somos menores E eu estou ausente de poderes, é melhor viajarmos como peregrinos até a casa de Merida.
A ruiva arregalou os olhos.
– É muito longe! – exclamou.
– Não se pegarmos o trem – lembrou Soluço – e caso o tempo se aperte, posso chamar o Banguela.
Jack sorriu.
– Perfeito. E nós, quer dizer vocês, podem treinar seus poderes até chegarmos. É sempre bom estar adiantado.
Rapunzel deu de ombros. O plano era bom, e ela se sentia aliviada em ter tempo para treinar seus poderes antes de pedir conselhos ao bruxo da Grifinória mais honroso e famoso depois do próprio Godric!
Merida tirou dinheiro trouxa do bolso e o despejou em cima da mesa.
– Vamos – ela disse, ainda não muito convencida com o plano de Jack – o tempo é precioso. E quanto antes acharmos um abrigo para treinarmos, melhor.
Os quatro saíram da lanchonete. Nem sequer tocaram no assunto “Jack não pode treinar, pois perdeu os poderes, o que fazer?”.
E qualquer que fosse o segredo para reaver a magia, Jack Frost o manteve apenas com ele.
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