The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 4
O Manicômio da Rua Oxford.


Notas iniciais do capítulo

Gente, meu PC hibernou então.... não me matem rsrs! Senti saudades de vocês !!!! Espero que gostem do cap.

OBS: não acho que tenha um hospício na rua Oxford, mas eu não conheço NADA de geografia britânica então... não julguem!

Beijooos. Amo vocês.



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Merida

Logo de manhã, Banguela os deixou na montanha mais próxima.

Soluço ficou se despedindo dele por, pelo menos meia hora, dizendo como encontra-los caso precisassem e dando conselhos para fugir dos Seres das Trevas – como se o dragão entendesse.

Bom, talvez entendesse mesmo...

Merida ficou ao lado de Rapunzel, observando o dragão negro voar para longe, enquanto Jack jogava pedrinhas montanha abaixo.

Ele estava nervoso. Merida podia ver. Qualquer um podia ver. Seus olhos cinza-azulados ficavam piscando rápido demais, ele suava frio e de tempos em tempos remexia uma pequena cicatriz em seu pescoço (quase imperceptível).

Merida não deixou de ficar nervosa também. Se a própria mãe de Frost – uma louca que foi hospitalizada em um hospício para malucos trouxas – o assustava, não havia razão para ela ficar menos ansiosa.

Depois de um tempo observando o dragão ir embora, Soluço checou o relógio.

– Meio-dia – informou.

– Ainda temos algum tempo...- disse Merida.

Os outros assentiram. De acordo com Frost, as visitas eram 13:30. Poderiam fazer uma horinha na montanha enquanto aguardavam a hora certa para aparatar.

Rapunzel sentou-se numa pedra e Merida ficou ao lado dela. As duas observaram em silêncio Soluço e Jack, que conversavam num tom baixo demais para se ouvir, enquanto jogavam pedrinhas montanha abaixo.

A loira olhou para Merida.

– Soube sobre a mãe dele? – perguntou.

– Poucas coisas... – Merida admitiu, encarando-o ainda. Ele deu um sorriso mínimo por causa de alguma coisa que Soluço disse, e ela queria muito saber o que era.

– Soube que ela o jogou de uma janela – sussurrou Punz.

– Por Merlin! – Merida exclamou – por isso que ela foi para o manicômio?

Rapunzel negou com um balanço de cabeça.

– Dizem que os Dementadores deixaram ela pirada, pois não deu tempo de lhe darem o beijo, sabe. Ela foi negada por cada hospital bruxo que existe... Então internaram ela no mundo dos trouxas.

Merida franziu o cenho.

– Não sei se quero conhecê-la – admitiu.

Rapunzel concordou com um aceno.

Após um tempo, Soluço checou o relógio novamente. Ele e Jack caminharam até elas, a expressão quase animada dos dois transformou-se em cara de enterro.

– Estão prontos? – perguntou Soluço.

Obviamente, ninguém estava. Mas todos assentiram.

– Deem as mãos – disse Rapunzel, pegando a mão de Merida – Jack, dê o endereço do... manicômio.

– Rua Oxford, número 212. Londres. – os dedos de Jack estavam tremendo de forma enlouquecedora.

Merida sentiu os mesmos dedos agitados se entrelaçarem nos dela, e o coração ficou mais acelerado. Ela não entendeu bem o porquê disso.

Soluço deu as mãos para Punz e olhou para cada um deles. Respirou fundo.

– Então... – ele suspirou – vamos contar?

Eles concordaram. Jack respirou fundo.

– Um...

Rapunzel fechou os olhos.

– Dois...

Merida encarou o céu cinzento, quase como os olhos de Jack.

– Três.

Eles aparataram.

...

Soluço

Eles apareceram na frente de uma construção velha, aparente dos anos 50, e envolta pelas densas nuvens daquela tarde fria. O manicômio parecia mais uma casa funerária e assombrada, daquelas que faziam qualquer tremer até os pés.

Soluço respirou fundo e soltou a mão dos amigos.

– É aqui? – perguntou para Jack.

O garoto assentiu.

Soluço desejou que o amigo dissesse mais sobre a infância, ou sobre o comportamento da mãe... Mas Jack era um túmulo quando se tratava desse assunto. Sempre enrolava quando uma pergunta sobre seu passado era feita, ou esfregava os olhos como se fosse chorar. E não se falava mais nisso.

Ali, na frente daquela casa de malucos medonha, ele desejou saber mais sobre a Sra. Frost.

Merida deu o primeiro passo, apertando a campainha do prédio logo depois. O ding se estendeu e ecoou pela construção, como se estivesse vazia ou abandonada.

Quando veio o dong, havia uma mulher caminhando para recebê-los.

– Acho que estou com medo desse lugar – Soluço admitiu, aos sussurros.

Com os olhos fixos na mulher, Merida concordou.

– Não é o único – disse.

A funcionária do manicômio abriu a porta para eles. Tinha cabelos castanhos desgrenhados e era magra como um esqueleto de pirata, seus olhos tinha pouco brilho e pareciam sempre distantes – sem olhar para o rosto deles.

– Vieram para visita? – ela perguntou. A voz era jovial, mas rouca. Soluço calculou que deveria ter uns trinta e poucos anos.

– Sim – Jack respondeu, quase gaguejando – sou o filho de Maryse W. Frost. Esses são meus primos.

A mulher assentiu, os olhos ligeiramente arregalados ao ouvir o nome da mãe de Jack.

– A paciente 113 está na camisa de força – explicou enquanto eles a seguiam para dentro – não pode receber muitas visitas, mas está milagrosamente pacífica hoje. Podemos abrir uma pequena exceção a você.

Camisa de força... As palavras ecoaram por diversas e diversas vezes na cabeça de Soluço. A mulher não devia ser só louca, mas também perigosa. Algo que poderia explicar perfeitamente o comportamento de Jack ao pensar ou falar nela.

Enquanto caminhavam pelo corredor, Rapunzel segurou a mão dele. Um ato de amigo, pensou. Então olhou ao redor e viu que a cena era mesmo assustadora.

As pessoas tinham um tom cinzento e pálido, todas elas. Estavam num tipo de atividade especial ou “recreio”, pois estavam sentadas em poltronas ou em mesas. Algumas desenhavam e outras assistiam TV, mas todas tinham um olhar intrigante.

Seus olhos eram fora de foco, quase opacos. Olhavam para diversas direções e nenhuma delas era seus olhos ou seu rosto. Seus olhos pareciam perder brilho, como se fossem cadáveres.

Elas davam muito medo.

– São só trouxas – Rapunzel sussurrava – só trouxas...

Soluço achava que era o suficiente para darem um baita medo.

Eles entraram num corredor mais vazio. Só um ou dois funcionários passavam. As portas eram muito bem protegidas, trancadas de todas as formas, e numeradas a partir do 100.

Depois de caminharem mais a frente no vazio e pouco iluminado corredor, a funcionária esquelética parou na frente de uma porta. A única porta era guardada por dois seguranças do tamanho de armários, armados com armas de choque e seringas.

A mulher pegou uma chave e olhou para cada um de nós. Depois virou-se para um segurança.

– O filho da 113 está aqui para visita. – explicou.

O segurança assentiu. A mulher destrancou a porta e abriu só um pouco, deixando um espaço para Jack entrar.

– Lembre-se sobre o que perguntar – Merida disse para ele.

Jack assentiu. Respirou fundo e seu corpo todo tremeu. Depois de uns três segundos, entrou dentro do quarto fechado. Soluço deu um passo a frente, mas o segurança o impediu.

– Só um – disse ele.

Soluço engoliu em seco, e em pensamento ele desejou boa sorte a Jack.

Porque ele ia precisar.


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Notas finais do capítulo

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