The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 2
I - Salvos por um Dragão Familiar


Notas iniciais do capítulo

Saudadeeeeeeees de vocês! Espero que gostem do capítulo, mesmo não sendo dos maiores...



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Soluço

Ele correu. Correu até mesmo quando suas pernas doíam tanto que pareciam implorar. Por favor, Soluço – seria o que eles diriam se pudessem falar – deixe-nos descansar.

Ele não deixou, pois descansar significava morrer.

As sombras assassinas continuavam caindo dos céus, e Soluço ouvia o grito dos alunos atrás dele. Estremeceu. Como se não bastasse perder a melhor amiga, agora perderia todos os seus amigos por criaturas sombrias e por uma vice-diretora maníaca.

Enquanto corria, começou a pôr o cérebro para funcionar.

Por que estava correndo?

Porque uma mulher estava matando todo mundo.

O que ela queria?

Crianças com o sangue puro das Casas.

Ele era uma dessas crianças?

Não sabia.

O pai dizia que era bruxo, mas que não tinha poderes. Era um bruxo diferente e isso atraiu vergonha. Quando foi para Hogwarts fugiu no Primeiro Ano e viveu como um trouxa o resto da vida. Algumas pessoas até chamavam Soluço de “mestiço”.

A mãe era uma bruxa talentosa, pelo o que o pai disse.

Mas ele nunca falou a qual Casa pertencia... a não ser que a mãe era lufana, como ele.

Não, ele não era um Herdeiro. Muito menos queria ser um.

Então ele se lembrou o que o Chapéu Seletor disse para ele, muitos anos antes.

“Soluço Spantosicus Strondus III... grande nome... hum... grande sangue também. Pelo visto é um dos Herdeiros”.

Como não percebeu antes? Tinha esse sonho desde que estudava em Hogwats!

Enquanto corria, seu coração parou.

A família de Rapunzel... era toda Corvina.

Deu meia volta, sem pensar duas vezes. Mas bateu de cara em algo duro e cheio de escamas. Quando ergueu os olhos encontrou um réptil enorme, negro e com grandes olhos verde-limão.

Soluço riu, sem acreditar no que via.

– Banguela?

O dragão emitiu um som com a garganta. Parecia dizer: Claro! Achou que fosse quem? Sua avó?

Soluço estava feliz demais.

– Ei – disse para o dragão – lembra dos meus amigos? Rapunzel, Merida e Jack?

O dragão emitiu outro som. Parecia: Os que tentaram me matar? Claro, bons tempos!

– Pois é, eles estão em perigo. Preciso ajuda-los. Me ajuda?

O dragão abaixou. Sorriu como se o convidasse a montar nele. Um nó de agradecimento se formou na garganta de Soluço e ele subiu no dragão, pronto para salvar os amigos.

...

Merida

Quando Merida viu o massacre, sabia que ia morrer.

Assistiu Gothel matar os professores com uma rapidez assombrosa, e logo depois suas sombras atacaram os estudantes aleatoriamente enquanto a vice-diretora lançava seus Avadas a esmo.

A Grifinória se escondeu atrás de uma coluna. Sabia que a matariam. Sua família era toda Grifinória e uma das linhagens de bruxos mais famosas da Europa. Achariam Merida. Matariam Merida.

Ela procurou não chorar, mas era impossível.

Lá atrás, os gritos se tornavam mais altos. Mais desesperados.

Uma mão agarrou seu braço. Ela gritou. E logo a mão tapava sua boca.

O dono da mão se tornou visível, e Merida suspirou de alívio. Era Frost.

– Fica quieta, DunBronch – ele disse fingindo estar com raiva, mas ela podia ver que estava aliviado por vê-la – não quero morrer hoje.

Ele tirou a mão dos lábios dela.

Pouco importa o que seus pais disseram sobre Sonserinos, aquele garoto era o melhor amigo que Merida imaginou que teria um dia. Ela perdeu as contas de quantas vezes ele já salvou a vida dela, e isso vali alguma coisa.

– Nem eu, Frost – disse sorrindo.

O olhar dele se tornou preocupado.

– Tá machucada?

Ela balançou a cabeça.

– Não. Por pouco. Jack precisamos achar a Rapunzel e o Soluço!

– Eu sei. Mas a essa hora eles podem...

Ela segurou seus ombros.

– Não diga isso! Entendeu?

Jack assentiu, então seus olhos fitaram algo atrás dela e ele sorriu. Sua expressão estava tão iluminada e feliz que Merida virou o rosto para saber que milagre acontecera.

E realmente era um milagre.

Soluço estava ao longe, montado num dragão negro familiar e fazendo luzes vermelhas para chamar a atenção de Merida e Jack. Ela sorriu. Tinha que falar para Soluço que ele era maravilhoso algum dia...

– Temos que ir até lá – disse Jack.

Ela respirou fundo.

– Maravilha! – falou com sarcasmo – vamos passar por esse lindo mar de sombras assassinas!

Jack agarrou a mão dela, entrelaçando os dedos dos dois.

– No três? – perguntou.

Ela deu de ombros.

– Por que esperar?

E correram juntos, como dois desesperados, na direção de Soluço e seu grande dragão negro.


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Notas finais do capítulo

E aí?? Curtiram?