The Return of The New Legends [Hiatus] escrita por Annabel Lee


Capítulo 11
XI - Longa Conversa.


Notas iniciais do capítulo

Então amores, eu viajei (de novo) para Garatucaia.. e lá não pega nem sinal da claro, então não pude postar... maaaaas hoje postarei e procurarei finalizar a fic este mês ;)

Recomendo ler o cap anterior mais uma vez, pra entender direitinho.



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Jack Frost

– O que você quer dizer com isso? - ele perguntou, os dedos tremiam ligeiramente.

– Quero dizer exatamente o que acabei de dizer. Gothel achou que Penny era como vocês (ou nós, tanto faz), uma Herdeira. Então fez um teste... Um teste que não funcionou com ela, mas funcionou com você e comigo.

Jack franziu o cenho. Merida estava falando rápido demais, tropeçando uma palavra na outra e esperando que ele entendesse tudo. Ele só entendia uma coisa, para falar a verdade: a gravidade da situação.

Ao olhar a expressão confusa dele, Merida explicou tudo: a Detenção na floresta, o fato de Jack e ela terem tocado no mesmo anel vermelho e não terem sofrido danos, a morte de Penny e Agnes, o quadro do pai de Merida usando o anel e o ataque da Punz.

As coisas estavam mais interligadas do que se parecia.

– Sabe o que significa? - Jack perguntou, encarando os olhos azuis como um céu tempestuoso de Merida.

Ela negou com um balanço de cabeça.

– Você não foi atingida pela maldição - ele disse - você é a Quarta Herdeira que faltava... Eu estava certo todo esse tempo.

Ao invés de sorrir e comemorar, Merida cruzou os braços sob o peito.

– Alto lá - disse ela - Punz desconfiava há muito mais tempo que você...

Jack revirou os olhos.

– Isso realmente importa?

Merida, percebeu ele, deixou os ombros caírem. Não em alívio, mas em derrota. Agora ela era tão procurada quanto o resto deles, sombras misteriosas e professores psicopatas também a queriam morta.

– Não - admitiu ela - não depois de eu ter feito fogo aquele dia.

Dessa vez, os olhos de Jack se arregalaram.

– Você fez fogo? Fez?

– Fiz... - ela suspirou, cansada - isso não vem ao caso agora. Meus pais estão nos esperando no Salão Principal.

O coração de Jack parou, depois bateu tão rápido que quase alcançou a garganta.

– Seus pais?

– É Jack, eu tenho pais...

Ele engoliu em seco, de repente sentindo gosto de fuligem na garganta.

Merida repousou a mão em seu ombro e sorriu.

– Relaxa - ela disse, e ele automaticamente fez isso - vai ficar tudo bem.

. . .

Rapunzel

William acompanhou Rapunzel até um corredor cheio de portas, e parou na terceira. Assim como todos os cômodos do castelo que ela já vira, este era cheio de quadros antigos de antigas gerações.

O capitão da guarda indicou a porta para que ela entrasse. Abrindo um sorriso grato para ele, ela girou a maçaneta dourada e entrou na escuridão do quarto.

Estava tudo silencioso e afogado num breu onde ela só podia enxergar a vela branca ao seu lado, em cima de uma cômoda de madeira, e o interruptor na parede onde ela se encostava.

É sempre incomum ver lâmpadas num castelo da Idade Média, pensou consigo mesma.

Ela acendeu a luz e pôde ver todo o quarto. Era pequeno e não tinha outros móveis além da mesinha e da cama onde Soluço estava repousado, com os cabelos castanhos desarrumados na frente do rosto e um expressão confusa em seu sono profundo.

Ela avançou na sua direção. Mesmo dormindo ele tinha aquele jeito fofinho e confuso que ela adorava, e que se encantou desde que o vira pela primeira vez - com o Chapéu Seletor sendo posto em sua cabeça, aos onze anos.

Parecia há muito tempo atrás...

Rapunzel se sentou na beirada da cama, e quando ia acordá-lo ele falou:

Laço forte como a vida, linha tênue como a morte... Faça curada sua ferida, faça de novo sua sorte... Traga-o de volta para meus braços, em sombra e sem excesso... Traga-o para mim uma vez mais, faça-o viver em seu regresso.

A voz não parecia de Soluço.

– Soluço - ela pegou sua mão - acorde.

Laço forte como a vida, linha tênue como a morte...

– Soluço, você está me assustando...

Traga-o de volta para meus braços, em sombra e sem excesso...

– Soluço.

Traga-o para mim uma vez mais, faça-o viver em seu regresso.

– SOLUÇO!

– AH!

Os olhos verdes dele se abriram, arregalados e assustados. Assim que ele a viu, uma expressão de alívio tomou seu rosto e fez seus ombros relaxarem. Depois ele franziu o cenho.

– Punz?

Ela suspirou, também aliviada.

– Que susto você me deu - ela comentou, pondo uma mecha do gigante cabelo loiro para trás da orelha.

Soluço piscou os dois olhos.

Eu te dei um susto?

Ela sorriu.

– Desculpe, mas você estava falando coisas estranhas...

– Que coisas?

Quando ela abriu a boca para responder, a porta rangeu, abrindo-se por completo.

Merida e Jack estavam na soleira, ela com uma expressão difícil de ler e ele com um meio sorriso inabalável no rosto.

– Vamos seus pombos preguiçosos - Jack exclamou - vamos conhecer os pais da ruiva!

. . .

Merida

Ela não conseguia pensar em nada. Enquanto Rapunzel, Soluço e Jack conversavam sobre algo (que com certeza ela deveria saber), apenas uma coisa ocupava sua mente:

Os pais.

Fazia um tempo que não se falavam - muito tempo - e ela nem sequer respondia suas cartas. O pai, talvez, poderia ficar feliz em vê-la e comemorar com cerveja e refrigerante... mas o problema maior não era ele.

Era a mãe.

Elinor e Merida sempre tiveram uma relação tempestuosa. A mãe sempre quer decidir o futuro da filha sem nem pensar no que a outra quer ou não, sempre mandando e ordenando e tentando mudar o jeito "selvagem" da ruiva.

E quando visse Jack com ela...

Balançando a cabeça e afastando os pensamentos, Merida parou na frente da grandiosa porta de madeira dupla (com detalhados desenhos em ouro, em volta das duas maçanetas) e a abriu.

O pai e a mãe estavam sentados em seus tronos, enquanto os três irmãos mais novos de Merida corriam pelo salão como se fossem cachorros.

– Merida, você podia ter mencionado que o Salão Principal era a Sala do Trono.. - Jack sussurrou.

– Não é uma Sala do Trono de verdade - sussurrou de volta - eles não são reis.

– Parecem - murmurou Soluço.

– Fica quieto, Strondus - Merida grunhiu.

– Merida DunBronch - disse o pai dela de seu trono, numa voz poderosa que logo diminuiu a medida que seu sorriso aumentava - seja bem-vinda, filha.

Ela sorriu com alívio.

– Obrigada, papai.

A expressão de Elinor era dura como pedra, e seus olhos castanhos avaliaram cada um dos quatro adolescentes - principalmente a própria filha, e seu amigo com trajes da sonserina.

– Companheiros ilustres você tem por aqui, filha - disse séria, com uma ponta de veneno nas palavras.

Merida respirou fundo e deu um passo a frente.

– Mãe - disse sem rodeios - temos que conversar.

– Sobre...?

– Eu sei que sou uma Herdeira de Grifinória, sei que existe uma profecia.

A expressão de Elinor se tornou ilegível. Depois de um longo instante em silêncio, chamou um criado e disse com sua voz poderosa:

– Traga cadeiras para nossos convidados. Teremos uma longa conversa.


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Notas finais do capítulo

Espero ter mais tempo pra voces mais tarde, agora estou com um pouco de pressa ;)

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