Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 37
Mundo de dor - parte 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei de novo eu sei, mas é que fiquei sem net :S
e o proximo ja esta quase pronto!!
boa leitura



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“Mas da outra vez eu te toquei e fiquei fraca.” Ela reclamou.

 

“Você tocou meu bebê.” Eu conclui com a respiração fraca.

 

Jane não disse nada apenas saiu as pressas. E eu me arrependi, entreguei algo que não poderia ter entregado. E eu nem tinha certeza se isso realmente tinha acontecido

. eu poderia ter entregado de vez minhas coisinhas. Me arrastei ate as frutas, comendo algumas ameixas. As lagrimas descendo enquanto eu forçava meu estomago a  suportar as frutas.

 

Jane entrou novamente no cômodo, sorrindo abertamente. Me olhava com esperança, com medo, com ódio.

 

“Alec vem nos visitar.” Ela disse sorrindo.

 

“Thomas ira vir também?” eu perguntei temendo.

 

“Creio que não, sua família esta a caminho de Volterra.” Ela disse seria.

 

O medo tomou conta de mim, eles não podiam correr esse risco, eles não podiam!

 

“Aro não vai fazer nada. Ele não sabe de nada, e seu pai vai ver as mentes limpas.” Ela disse como se quisesse me confortar.

 

“Thomas sabe.” Minha voz fraca, esperando a derrota.

 

“Ele não vai ficar onde seu pai possa alcança-lo.” Jane sorriu.

 

“É por isso que o Alec vem? Para esconder a mente?” perguntei me sentindo mais tranquila por saber que minha família estava a salvo, mas ainda mais atordoada por saber que eles nunca me encontraram.

 

“Pode não parecer, mais eu sinto saudades do meu irmão.” Ela disse seria, como se me mostrasse que tem um coração, congelado, mais ele ainda esta ali.

 

“Desculpe.” Eu pedi me encolhendo.

 

“Para de se desculpar!” ela gritou e saiu, deixando a porta aberta, pela primeira vez. ela havia se esquecido.

 

Fugir? Para onde? Não tem como, ela notaria, ela me pararia. Estou fardada a viver aqui. Mas talvez Jane aceite salvar minhas coisinhas. Talvez ela deixe o coração descongelar.

 

A porta aberta estava atiçando minha curiosidade, e como uma criança tola eu caminhei por ela, saindo em um corredor pequeno, que tinha apenas duas portas. Uma de ferro, provavelmente a que dava para a liberdade, e a outra estava entreaberta, e dava em uma cozinha. Eu passei peça cozinha reconhecendo os copos e talheres sobre a mesa.

 

Como no meu quarto, não existia janelas aqui também. Atravessei a cozinha, seguindo o cheiro da Jane, cheguei em mais um corredor, com três portas, mas a ultima foi a que me chamou atenção, a que tinha o cheiro da Jane.

 

Assim que me aproximei da porta, ouvi a voz delicada e amarga.

 

“Não esta querendo fugir?” Jane não demonstrava preocupação.

 

Eu entrei no cômodo, perfeitamente arrumado, e também sem janelas. Jane estava sentada diante de um espelho, os olhos vermelhos presos em mim. o cabelo loiro solto, ia ate a cintura.

 

“O que quer?” Ela disse rapidamente.

 

“Eu só não entendo, como Thomas conseguiu usar o Alec contra você.” Eu fiquei na porta, olhando nos olhos dela pelo reflexo.

 

“Alec é poderoso, mais tem um coração um tanto mole.” Ela revirou os olhos. “è minha obrigação cuidar dele, não posso permitir que nada aconteça a ele.” Ela falava com amor, assim como minha família fala.

 

“Por que você não me maltrata?” eu me arrependi de ter perguntado, ela podia passar a me maltratar agora.

 

“Esta querendo ser torturada?” ela disse rindo. “Não tenho nada a seu favor, e sim contra o Thomas” ela sorriu.

 

“Obrigada.” Eu sorri.

 

“Pare de agradecer por tudo,e  de se desculpar!” ela alterou a voz, se virando de frente para mim.

 

“Por que?” eu perguntei confusa, desde quando ser educada e errado?

 

“Eu estou te mantendo presa, e você me agradece?” ela revirava os olhos.

 

“Eu te odeio.” Eu disse entre os dentes, a sinceridade escorrendo pelos meus lábios.

 

“Isso! É assim que tem que ser!” ela sorriu, como se ela gostasse de ser odiada.

 

“O que você inveja em mim?” perguntei seria.

 

“Não é da sua conta!” ela gritou.

 

“Não tem coragem de assumir?”  eu impliquei, já estava farta dela se fechar.

 

“Eu não te devo respostas!” ela gritou caminhando ate mim, o odio no olhar.

 

“Volta para seu quarto agora!” ela mandou.

 

Eu bati os pés e bufei, mais voltei. Não queria travar uma guerra contra ela. passei pelo corredor, pela cozinha, as pressas. Chegando ao meu quarto, bati a porta e me joguei na cama. Chorando, como eu sempre fazia. Rapidamente o choro me levou a inconsciência.

 

Minha barriga já estava grande o suficiente para apontar nove meses, e eu estava fraca e com as costelas doloridas. Quando comecei a sentir minhas coisinhas se movimentando, com força com fúria. Me apertava à cama, tentando controlar os gritos.

 

Minhas coisinhas estavam me rasgando, a dor era terrível. E eu não consegui conter os gritos, e como conseqüência o Thomas invadiu o quarto, sorrindo.

 

“Estão saindo.” Ele sorriu.

 

“Estão me matando!” eu gritei, tomada pela dor.

 

Era pior do que quando a Jane me torturava, porque eu estava sendo morta pelas minhas coisinhas. Pelos meus bebês. Thomas não dizia nada, ele apenas me observava se contorcer na cama, sendo devorada por eles.

 

“São fortes.” Thomas sorriu.

 

“Me ajude!” eu implorei.

 

Ele nada fez, e a dor se ampliava. Enquanto minha barriga era estufada, formando varias montanhas gigantescas, para depois ser encolhidas, na medida em que eles me devoravam ainda mais, me consumindo.

 

Um som agudo se fez ouvir, e eu sentia dor parar. O som dos corações era forte, e minha barriga estava esvaziando, eles estavam saindo de mim, me deixando vazia, sozinha.

 

Meu coração falhando, e a dor voltou, ainda mais forte.

 

Abri meus olhos atordoada, o pesadelo me fez transpirar. Minhas mãos acariciando meu ventre, ainda intacto. Meu coração acelerado, o medo de como eles fariam para nascer me consumindo, o parto estava cada vez mais perto.

 

Novamente eles se mexeram, buscando pelo toque da minha mão. Como pode duas coisinhas tão delicadas, tão dependentes me matarem?

 

Tomei um banho, e me vesti com um dos vestidos. A maioria já não me servia mais, meus seios estavam inchados e barriga já valia pelos cinco meses. Assim que sai do banheiro reconheci o cheiro,  Alec já estava aqui.

 

Não sabia se ficava ou não no quarto, talvez ele não soubesse que a Jane tinha me dado essa liberdade, eu também não sabia se eu ainda tinha essa liberdade. Me sentei na cama, esperando para que eles viessem aqui. Não demorou.

 

Alec estava atrás da Jane, muito próximos. Eles se amavam, e isso era fato. São uma família, como eu e os Cullen. E o Jake.

 

“Thomas esta irritado com a demora do parto.” Jane sorriu, ver Thomas irritado a deixava feliz.

 

“Estou com sede.” Eu pedi.

 

“Mas tarde trago seu animal fedorento.” Ela enrugava o nariz com a ideia.

 

“Obrigada.” Eu agradeci, ela deu os ombros.

 

“Tire o vestido.” Ela pediu, eu não entendi.

 

“Como?” meu rosto sendo tingido de vermelho. Jane revirou os olhos.

 

“Quero tocar seu ventre.” Alec disse serio, sem expressão.

 

“Eu não sei...” eu disse me encolhendo.

 

“Nessie.” Jane disse seria. Eu desabotoei o vestido, deixando meu ventre livre.

 

“E so tocar?” Alec perguntou a Jane.

 

“Acho que sim.” Ela disse levantando os ombros.

 

A mão delicada e pálida de Alec, tocou meu ventre, fazendo as coisinhas se mexerem dentro dela, dando sinal de vida. O toque frio os faziam se mexer ainda mais forte do que o meu toque quente. Mas logo o toque gelado se desfez.

 

“Ataque.” Jane ordenou.

 

Minha visão ficou confusa, turva. Minha audição desapareceu, e meu olfato ficou fraco, talvez na proporção de um humano. Logo tudo isso passou.

 

“É magnífico!” Jane exclamou.

 

“O que aconteceu?” Alec perguntou a Jane, o que me fez entender que ele atacou a nós duas.

 

“Seu ataque foi fraco.” Ela sorriu.

 

E o meu temor se fez valer, de algum modo minhas coisinhas estavam interferindo nos poderes deles, estavam os deixando fracos. O que seria uma arma na mão de Thomas. Poderia causar a derrota de toda a minha família, de toda a nação de vampiros. O mundo sucumbiria facilmente ao Thomas.

 

Os olhos vermelhos me encarando, me deixando ainda mais nervosa. Eu não sabia se implorava por segredo ou pela morte. Eu apenas chorei, com força. me curvando em uma bola para sentir os braços finos me envolvendo. O cheiro de Jane me acalmava, na mesma proporção que me causava arrepios de medo.

 

“Não vamos machuca-los.” Ela garantiu, eu tentei acreditar, mas não consegui.

 

“Thomas vai usa-los!” eu gritei, me agarrando ao abraço gelado, e assustado.

 

“Ele não vai tocar neles!” ela garantiu.

 

“Eu sei que vai.” Eu admiti.

 

“Eles serão mais úteis a Aro.” Alec sorriu, ao nosso lado. Jane não disse nada, apenas continuou me abraçando.

 

Então minhas coisinhas estavam salvas de Thomas, mas condenadas ao Aro? Minha vida não tinha mais saída, estava completamente acabada. E sem o Jake e sem minhas coisinhas eu não sobreviveria. Não suportaria. Eu solucei deixando meu corpo cair no chão.

 

“Não deixe que o Thomas de toque.” Jane me pediu, eu concordei.

 

Ambos se levantaram e saíram da quarto, me deixando sozinha. Eu chorei ate não agüentar. Quando as lagrimas acabaram,  me ergui e fui tentar escutar o que eles diziam. Foi fácil, eles estavam aquecidos com a possibilidade de se livrar do Thomas, e falavam em bom tom.

 

“Não vê Jane, Aro vai usa-los para parar o Thomas.”

 

“Não será tão fácil.” Jane descordava, com dor na voz.

 

“Aro saberá o que fazer.” Alec estava empolgado.

 

“Ele sempre sabe.” Jane concordou.

 

“E fará o melhor para as crianças.”

 

“E ela? E a Nessie?” puxei o ar com força quando percebi que falavam de mim, Jane se preocupava comigo.

 

“Aro saberá o que fazer.” Alec insistiu.

 

“Tem razão.” Jane sorriu. E eu me senti traída, de alguma forma eu não conseguia mais odiar a Jane.

 

Me joguei na cama, esperando a hora passar. Esperando os dias passarem. E passaram.

 

Agora já estava com dois meses e meio de gestação, me aproximando do oitavo mês humano. As coisinhas já se mexiam com força, me provocando pequeno gemidos, que as vezes saiam como gritos e faziam a Jane invadir meu quarto as pressas.

 

Alec ainda não tinha voltado, e nem Thomas. Por um lado me tranqüilizava, pelo outro entrava em pânico, já estava chegando a hora do parto. Jane geralmente tentava me acalmar, estamos passando muito tempo juntas. Ela sai comigo para caçar animais, ela me olha com nojo, mas caba me ajudando, já que a barriga esta atrapalhando.

 

As coisinhas reagem fortemente ao toque da mão fria da Jane, o que te se tornado um habito. Ela parece estar se vendendo pelos pequenos seres. Muitas das vezes acabamos discutindo, mas ela sempre volta.

 

Minha cabeça estava rodando um pouco, enquanto eu me vestia. Jane entrou seria, me olhando nos olhos. O olhar vermelho, que não me assustava tanto, me dava segurança.

Ela tinha algo nas mãos, um tecido que envolvia alguma coisa. Ela se sentou na cama, esperando que eu terminasse de me vestir.

 

“Pode me ajudar?” Pedia ela virando de costas, para ela abotoar meu vestido. Minha barriga estava realmente grande, e pesada.

 

“Tudo bem.” Ela disse seca e fechou os botões, para depois gargalhar.

 

“Estou tão grande assim?” Eu brinquei.

 

“Não vejo o porque vocês ficam alegres de carregarem esse peso.” Ela disse virando os olhos e se sentando.

 

“È o amor.” Eu sorri, mas uma lagrima escorreu.

 

Eu não conseguia mais sentir os lábios do Jake nos meus, os dias estavam apagando o calor dele. Eu o amava cada vez mais, e cada vez a certeza que jamais o veria aumentava. E isso fazia meu peito apertar ainda mais.

 

“Thomas esta vindo.” Ela disse seria.

 

“Como?” eu senti meu corpo inteiro tremer.

 

“Ele vai chegar amanha pela manhã, e Aro a tarde.” Ela disse com o olhar vazio.

 

“Aro?” eu não estava entendendo.

 

“Ele tocou Thomas.” Ela não sorria como eu imaginaria que ela faria.

 

“Isso não é bom?” Eu perguntei incrédula.

 

“Não quando sua família esta prestes a começar uma guerra.” Ela bufou, não parecia a mesma Jane.

 

Meu corpo tremendo, o ar arranhando meus pulmões. Uma guerra. Eu seria a causa se mais uma batalha. Me senti um lixo, por causar problemas a todos desse modo. Me senti arqueando sobre meu ventre estendido. E a dor do medo me consumindo.

 

“Você é amada.” Jane disse com a voz tão baixa que quase não consegui ouvir. Eu ergui os olhos encontrando os dela.

 

“É isso que eu te invejo, você é amada de uma forma desumana.” Ela estava soluçando.

 

O amor, era isso que ela me invejava. O que para mim era tão natural, para ela era desconhecido. Isso me tocou, me fazendo derramar mais uma lagrima, e estender meus braços na direção dela. Nos parecíamos ter a mesma idade, podíamos ser amigas, se ela não quisesse me matar.

 

“Mas você é amada, o Alec, o Aro.” Eu tentei anima-la.

 

“Não é esse amor, e o amor que o cachorro sente.” Ela disse ainda mais baixo.

 

Ela nunca tinha despertado o amor de um homem, era isso que ela me invejava. eu não a culpei, todos necessitamos do amor para sobreviver, ela não é diferente. A menina composta de ódio, busca o amor. Eu abracei com força, como nunca tinha feito antes. E ela correspondeu, se jogando em meus braços.

 

Passamos alguns minutos assim, ao talvez horas. Ate que ela se ergueu, com o olhar fechado, voltando a ser a antiga Jane. Ela estendeu o pequeno tecido que tinha entre os dedos para mim.

 

“O que é?” Eu perguntei segurando o tecido aveludado.

 

“Acho que esta faltando uma pedra para seu colar.” Ela apontou para o cordão que o Jake havia me dado.

 

“Não precisa.” Eu devolvi a ela.

 

“Por favor.” Ela estendeu novamente e eu aceitei.

 

“Obrigada.” Eu sorri.

 

Abri rapidamente o tecido encontrando um rubi em forma de coração, que caberia perfeitamente no colar. Enquanto eu encaixava, meus olhos se enchiam de lagrimas, que pintando o rosa fraco do meu vestido de rosa vibrante. E uma alegria me preenchia. Quando dei por mim, ela já não estava mais lá. Já tinha saído, e eu me vi novamente sozinha com minhas coisinhas.

 

Mas a solidão durou pouco, logo a Jane voltou.

 

“Não conte para o Thomas sobre o que acontece quando tocamos o bebê.”

 

Como se eu iria entregar meu pequeno a ele dessa forma, assumindo que eles são poderosos. Eu daria minha vida para proteger a deles.

 

“Como isso funcionará?” ela perguntou sorrindo.

 

“Não tenho idéia.” Se eu estivesse com minha família meu pai e meu avo já teria descoberto qual era o dom das minhas coisinhas.

 

“Se são dois, eles terão o mesmo dom.” Eu continuei.

 

“Creio que não, eu e Alec também somos gêmeos e nossos dons são diferentes. Não existem dons iguais.” Jane concluiu.

 

Eu me vi perdida, o que minhas coisinhas fariam então? Qual seria o outro dom? me senti assustada de mais. E no meio da minha confusão mental, um chute forte em meu ventre, me fazendo arfar.

 

“Eles são fortes.” Jane sorriu.

 

“Muito.” eu brinquei, e me sentei.

 

“Eles vão feder como o pai?” Ela se sentou ao meu lado novamente.

 

“JAke não fede!” eu disse seria. Serrando os olhos.

 

“Ele é um cachorro.” Ela revirou os olhos.

 

Não suportava que ela ofendesse meu jake, não suportava que ninguém fizesse isso. Me levantei bruscamente, encarando os olhos vermelho sangue.

 

“Estou cansada, quero dormi.” Eu disse batendo com o pé no chão, jane saiu rapidamente, resmungando.

 

E eu me deitei, esperando pela dor de não ter quem amo ao meu lado, para logo depois adormecer. Sem sonhos, sem pesadelos. Acordei com a porta do meu quarto sendo fortemente agredida, e o Thomas invadindo meu quarto com os olhos banhados de ódio.

 

Me ergui o mais rápido que a minha barriga permitia. Jane estava ao lado de Thomas, com o olhar assustado. Alec se mantinha mais afastado, me encarando de forma amigável.

 

“Viu o que você me causou?” Thomas gritava.

 

“Essa sua família idiota, não se agüentou e foi ate o Aro. Ate aquele cachorro maldito foi! Fiquei dias fugindo do Aro após a visita, mas decidi mudar de planos!” ela gritava, meu corpo tremia, minha face gelava.

 

“Agora Aro esta vindo para te ver! E o pior, não sei o que ele pretende!” Thomas gritava como nunca pensei possível.

 

“Mas sabe qual é a parte boa nisso tudo? O desespero na face do cachorro! Ele esta morrendo, ele e o resto do bando fedorento dele! E sua mãe? A doce Bella? Esta em prantos, desesperada! Mas tenho que admitir seu pai esta pior, esta sofrendo a dor dele, e a de todo o resto da família, inclusive a dor insuportável do cachorro!” Thomas gargalhava, e eu chorava fortemente.

 

Jake estava sofrendo por minha causa, minha mãe, minha família, meu pai. Ele estava dentro de cada pessoa, sofrendo de diversas formas. Eu consegui sofrer por todos eles nesse momento, me sentindo culpada. Me sentindo a responsável por toda essa dor causada.

 

Jane permanecia calada. Me olhando chorar. Podia sentir a vontade dela de me acalmar, mas ela se continha.

 

“por que não aceita logo ser minha?” A voz do Thomas virou veludo, acariciando minha face.

 

Apenas não respondi, chorando ainda mais. Me encolhendo. Então senti o cheiro, e Jane correu pelo corredor. Consegui ouvir os risos dela.

 

“Chegou cedo.” Thomas resmungou.

 

“Aro!” Jane exclamava.

 

“Minha criança.” Aro falava sereno, enquanto eu chorava firmemente.

 

Tudo estava ficando cada vez pior, cada vez mais tumultuoso, seria impossível ver quem eu amo outra vez? essa questão rodava minha mente como água quente, deixando o rastro de dor por onde passava. As lagrimas caindo firmemente sobre meus ombros, queimando minha pele. Eu estava desesperada, perdendo o controle.

 

“Fica calma.” Jane disse grossa, mas pela primeira vez, percebi que ela estava mentindo para me proteger.

 

Jane tomava cuidado para não tocar em Aro, ela queria guardar segredo sobre minhas coisinhas, pelo menos por enquanto. E isso me acalmava, o choro começou a cessar devagar, a se acalmar. Aro me observava serio.

 

“Como podes? Não podemos seqüestrar as pessoas desse modo, e muito menos obrigar meus filhos a te ajudarem.” Aro dizia serio a Thomas.

 

“Eles serão perfeitos.” Thomas tentava barganhar.

 

“Eles não serão seus, e sim dela.” Aro era duro e firme.

 

“Ela será minha.” Thomas afirmou com convicção.

 

“Nunca!” Eu berrei.

 

“Ela não parece estar de acordo.” Aro sorriu.

 

“Ela é minha!” Thomas gritou em plenos pulmões.

 

“Vamos minha pequena, vamos te devolver para seus pais.” Aro sorriu, e eu voltei a chorar, não conseguia conter a felicidade de estar voltando para casa.

 

“E os bebês?” Thomas gritou.

 

“Os Cullen não são como os outros, já mostraram do que capaz uma vez, não quero ter mais problemas.” Aro admitiu que tinha medo da minha família, talvez a única capaz de tirar ele do poder.

 

“Eles não são nada contra mim.” Thomas sorriu, sabendo que era invencível.

 

“Não pode passar sobre minhas ordens!” Aro foi serio.

 

E então veio o som estridente, fui lançada contra a parede, tomei cuidado para não deixar a barriga ser atingida. O cheiro de queimado, os gritos femininos, os gritos masculinos. Me levantei com dificuldade, para avistar a cena mais apavorante que já tinha presenciado.

 

Jane estava se desfazendo em soluços e gritos, Alec lutava para segurar a irmã que se debatia na direção do Thomas, que gargalhava olhando o corpo de Aro entre as chamas que saiam do que foi minha cama. Aro estava morto. Jane se desesperava.

 

Eu não conseguia ter reação, Aro iria me levar para casa, e agora? Estava fardada a viver a eternidade aqui novamente? Meus olhos já banhados de lagrimas quando senti um forte movimento em meu ventre, que me fez gritar. Thomas me olhou assustado, minhas mãos sobre o ventre.

 

Ele se aproximou, olhando fixamente para minha barriga, tentei desviar o olhar mais não consegui. Ele se abaixou e com uma das mãos rasgou meu vestido, deixando minha barriga pálida a mostra. E outra vês minhas coisinhas se mexeram, formando um pequeno monte, para depois desfazer. Thomas sorriu.

 

O olhar de Alec sobre mim era uma ordem, e eu entendi. Mesmo temendo, eu acariciei meus ventre, pegando a mão do Thomas em seguida, ele tentou escapar de mim.

“Sinta como eles são fortes.” Eu pedi entre os soluços e as lagrimas.

 

Thomas sorriu, e me estendeu a mão. Eu a posicionei sobre meu ventre, e não demorou ate os pequenos virem de encontro ao toque frio. Thomas sorriu, e se levantou. Alec soltou Jane que ainda estava em prantos.

 

“Serão meus filhos.” Thomas disse para logo em seguida, levar as mãos aos olhos. A cegueira estava chegando.

 

Thomas olhou para Alec, e então ouve um pequeno feixe de luz, e nada aconteceu. Ele ainda estava ali, de joelhos no chão. Sem entender o porque não conseguia se acelerar por tempo suficiente. Seus olhos buscando os meus, os de Jane firmes. E então a dor se mostrou. Thomas se remexendo no chão, gritando, ele estava sentindo o que me fez sentir. Jane apertava cada fez mais o olhar, deixando ainda mais insuportável a dor.

 

Todas as minhas promessas de terminar com a existência do Thomas estavam prestes a serem concluídas, bastava um salto e eu estaria vingada por tudo que ele fez a minha família, a mim, ao Jake, e de algum modo a Jane, ela amava o Aro como pai. e ele tinha privado ela disso.

 

Saltei desajeitada por causa da barriga, me posicionando ao seu lado, o efeito logo terminaria, então me aproximei de seu pescoço, dizendo calmamente.

 

“Eu disse que arrancaria sua cabeça.” E o fazendo, lançando a cabeça de Thomas nas chamas junto com o corpo despedaçado do Aro.

 

 Alec desmembrou o corpo e o jogou nas chamas. A fumaça preta começou a me fazer tossi. Sai do cômodo com a ajuda do Alec, paramos no que servia como o quarto da Jane, ela ainda soluçando nos braços do irmão.

 

Eu não sabia o que me esperava , não sabia se Jane me levaria para os Volturi, ou me deixaria partir. Meus medos estavam mudando constantemente. Eu me encostei na parede e deixei meu corpo cair ate o chão, esperando meu julgamento.

 

 

{Gente, eu sei que a Renata é a grada costas do Aro e esta sempre com ele, mas dessa vez ela não veio porque é algo em segredo do resto da grada, pode perceber que o Aro so veio com o Alec que ja sabia que a Nessie estava la, para evitar que mais alguém soubesse. Aro estava com medo dos Cullen, por casa do acontecido em BD, então preferiu guardar segredo, ate mesmo dos irmãos. No proximo cap. entenderão.}

 


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Notas finais do capítulo

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poxa fiquei chateada...
logo agora que a fic esta chegando no fim vocês que me acompanharam por tanto tempo vão me abandonar??
eu sei que vacilei e demorei para postar, mas e estava mesmo atolada aki. :S

não posso negar que fiquei triste com o numero de reviews :s
mas olha se a fic estiver ruim, ou pessima podem dizer, que eu mudo ou mato ela, sei la...

a ja respondi os reviews, pondo tudo em dia!! *----------------*
e espero que nesse vocês gostem um pouco mais, e deixem alguns reviews para mim!

beijooos amores