Cold Wind escrita por miojo


Capítulo 29
Consequências


Notas iniciais do capítulo

desculpem pela demora!! gente esse cap não era para ser triste, mas para mim acabou sendo :C

boa leitura :*



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“Você não vai ate lá, não é?” Jake apertava minha mão com força.

 

Eu sinto que preciso ir.

 

“Eu vou com você.” Ele falou serio, eu não discuti.

 

Nos aproximamos devagar, meu coração acelerando. Eu tinha medo do que ela iria dizer, e não do que ela podia fazer. O jake tremia levemente, e ela ainda nos encarava com os olhos tremendo. Eu não era a única assustada.

 

Paramos a uns dois metros dela. Ela desencostou do carro, lagrimas começaram a se formar em seus olhos. Pude sentir o medo que ela sentia, não de mim mas do que ela era. Ela tinha descoberto quem ela realmente era.

 

“O que você fez comigo?” ela segurava o choro, e rangia os dentes.

 

“Eu não fiz nada.” Eu falei calma, ela precisava de ajuda não de briga.

 

“Não?” Ela ergueu a manga do da blusa,  em um movimento leve, passou as unhas no antebraço, o corando profundamente.

 

O cheiro do sangue dela me incomodava tanto, era tão ruim. Fedia. Mas durou pouco tempo o transtorno, logo os ferimentos estavam curados. E ela me olhando com ódio. Ela me culpava.

 

“O que é isso então?” ela balançava o braço marcado pelo sangue.

 

“Não é culpa minha.” eu sabia como era se sentir um monstro.

 

“faz isso parar!” ela gritou.

 

“Eu não posso. Mas posso te ajudar a entender.” Eu estava disposta a ajudar que eu odeio.

 

“Ajudar a entender? Entender o que? Que eu sou um monstro?” ela não aguentou prender as lagrimas.

 

“Você não é um monstro.” O Jake  tentou ajudar, era um momento difícil.

 

“Por que você fez isso comigo?” ela se aproximou de mim, o odio era claro.

 

Recuei um passo, me pondo atrás do Jake.

 

“não foi ela, foi seu pai.” O Jake tomou a palavra.

 

“Meu pai? O que você sabe dele? Ele morreu!” ela chorava a ainda com mais força.

 

“vamos sair daqui.” Nos três andamos para dentro da floresta.

 

“Eu não quero ser uma aberração!” ela gritava comigo, ela estava depositando toda a raiva em mim.

 

“Você não precisa ser.” Eu tentava amenizar as coisas.

 

“Serio? O que eu faço então?” ela debochava de mim.

 

“o Carlisle pode te ajudar.” Eu sabia que meu avô adoraria isso.

 

“Eu não vou deixar nenhum de vocês me tocarem!” Ela gritou e saiu correndo floresta a dentro, tentei segui-la mas o jake me impediu.

 

Eu tenho que falar com ela.

 

Eu a odiava desde que a vi pela primeira vez, mas não achava justo deixa-la passar por isso sozinha. Eu poderia ajuda-la. Poderia esquecer que ela esta apaixonada pelo meu jake. Mas para isso ela precisaria confiar em mim.

 

“ela não vai te ouvir, de um tempo a ela.” O Jake me abraçou, me conduzindo de volta para o estacionamento.

 

Eu estava me sentindo mal pela Sophie, por mais que eu a odiasse eu não desejaria isso a ela.  eu não desejaria isso a ninguém.  Encontrei com a Anna na aula, conversamos sobre algumas coisas, mais nada conseguia desviar a minha atenção da Sophie. Ela não tinha voltado para a Escola.

 

A imagem dela correndo aos prantos pela floresta ficava voltando a minha mente a todo segundo, eu sentia pena dela. Ela não merecia estar passando por isso. Estava tão distraída que não notei o termino da aula. Anna me cutucou.

 

“vamos, a Mishely esta doida atrás de você.” Ela gargalhou.

 

“Ok.” Me levantei e caminhamos ate a próxima aula.

 

Como eu já esperava a Mishely me bombardeou com inúmeras perguntas, sobre tudo. sobre as faltas, a briga, o jake. Passei os resto das aulas respondendo ao interrogatório. Quando o sinal do almoço tocou me senti completamente aliviada, queria ver o meu Jake, sentir seu cheiro, seu calor. Levantei-me as presas, e la estava ele. Encostado em um dos armários, cabeça baixa, a jaqueta de couro preta caindo sobre o corpo totalmente torneado, aquele corpo me pertencia, ele por inteiro me pertencia.

 

O abracei com força, ele retribui triplicando a força do abraço, e então me olhou nos olhos.

 

“Não se preocupe, sempre vou estar com você.” Ele me beijou delicadamente, a lingua tocando meus lábios. Me enlouquecendo.

 

O refeitório estava quieto hoje, Mishely não se sentou conosco hoje, e nem a Anna, estávamos os dois sozinhos, um buscando a tranqüilidade nos olhos do outro. Talvez seja por causa do imprint, talvez não... só sei que nós somos duas metades de um todo.

 

“Estava com fome?” Jake sorriu.

 

“Como?”  ele apontou para minhas mãos.

 

Eu não tinha notado que tinha comido a maça inteira hoje, eu sempre mordisco e depois a deixo de lado, mas hoje acabei a comendo por inteira. Talvez ansiedade, não sei. Eu estava preocupada com a Sophie, e não conseguia esconder isso.

 

“ainda pensando nela?” JAke segurou minha face.

 

“É” suspirei pesadamente.

 

“Não quero te ver assim.” Ele sorriu.

 

“Me distraia.” E sorri.

 

Jake se levantou e veio se sentar ao meu lado, acariciando meu pescoço. As sensações pareciam mais vividas, era algo inexplicável. Cada toque, cada beijo... como se tudo estivesse se ampliado. Eu desejava passar cada segundo ao seu lado.

 

O sinal tocou e Jake me conduziu ate minha próxima aula. As aulas foram corridas, não me dava conta do tempo, algo deixava minha cabeça transtornada. Como se eu sentisse que algo estava para acontecer, foi assim que passei o resto das aulas.

 

Encontrei com o meu jake no estacionamento, eu ainda estava assustada e tremula, e então o vento trouxe ate mim um cheiro familiar, um cheiro doce. Eu soltei um leve grito, mas foi alto o suficiente para todo o estacionamento me encarar.

 

Jake me abraçou com força, ele também sentiu. Mas logo passou, e eu tive a certeza. Ele esteve por aqui. Meu corpo inteiro tremia, se o Jake não estivesse me segurando eu teria caído. As lembranças da dor, do desespero me acertaram em cheio.

 

“Calma, eu estou aqui.” Jake sussurrou no meu ouvido.

 

“Não me deixe.” Eu implorei, me agarrando ao seu cheiro.

 

“Jamais.” Ele beijou minha face, me conduzindo ate o carro.

 

O medo assombrava cada pedaço de mim, eu não queria passar por tudo isso outra vez. eu não suportaria. Eu me agarrava com força ao Jake, sentindo seu calor me inundar. Eu não podia solta-lo, se eu o fizesse ele corria o risco de me deixar outra vez.

 

As arvores passando as pressas pelas janelas. Meu coração batia irregularmente. Eu tinha a certeza que ele voltaria, mas não imaginava que seria tão rápido. Não podia ser tão rápido, ele não tinha esse direito.

 

No fundo eu ainda tinha a esperança de que ele não voltasse, eu ainda tentava acreditar nessa possibilidade, eu lutava para não desistir. O ar estava cortando meus pulmões, inundando meu corpo como cheiro do Jake. Me apertava ainda com mais força a ele. ele dirigia com pressa.

 

De repente ele freou, meu corpo foi lançado a frente, mas o cinto me prendeu ao bando. Jake tremia, e então senti o cheiro. Thomas. Nós não estávamos perto o suficiente para meu pai ler minha mente. Talvez Alice tenha o visto. Meu coração atacava meu peito com força, Jake saiu do carro, me levando com ele.

 

“Ele não vai te tocar.” Jake falou entre os dentes.

 

Um segundo cheiro nos alcançou, e eu sem notar soltei um grito de aflição,

 

“Sophie!” ele estava atrás dela, não de mim.

 

Jake segurou em meus ombros me deixando presa. Olhou em meus olhos. O medo era presente tanto nos meus quanto nos dele. O medo do destino nos separar. Eu tentava pensar com clareza, mas tudo estava nublado e confuso dentro de mim.  Senti um lagrima descer pelo lado esquerdo da minha face, deixando um rastro de agonia.

 

“Fique aqui.” Jake me pediu, eu neguei inúmeras vezes com a cabeça.

 

“Não, eu não.. não, não vou te deixar.”  Minha voz era firme, embora baixa.

 

“Nessie.” Ele me implorou.

 

“Não.” Eu o abracei, deixando meu corpo desabar sobre o dele.

 

Então escutei o grito tremulo vindo da floresta. Sophie negava ser um monstro. Mesmo eu a odiando eu senti a necessidade e protegê-la. Jake saltou, se transformando em pelo ar, caindo alguns metros a minha frente. Corremos.

 

Sophie estava sentada no chão chorando, e Thomas estava nos esperando. Os olhos vermelhos queimando minha alma. Era como ter uma brasa dentro do seu peito, queimando você por dentro... aos poucos, mas com voracidade.

 

“Olá.” Ele sorriu.

 

Jake rosnou, e eu não respondi. Os passos pela floresta me alertaram ,minha família estava chegando. Todos estavam vindo ao mesmo tempo, de direções diferentes.

 

“Temos companhia.” Thomas sorriu.

 

Todos surgiram ao mesmo tempo, os olhos dourados encarando os olhos cor de Rubi. Minha mãe correu ate mim, me abraçando com força. Inutilmente me senti mais segura. Ele me roubaria dos braços dela com facilidade, ela seria apenas um corpo paralisado.

 

“ela não é perigosa.” Carlisle já sabia o que tinha vindo fazer.

 

“Tem certeza?” Thomas caminhava em torno da garota desolada.

 

“Ela é só uma criança.” Esme defendeu a Sophie.

 

“Ate o dia que ela se transformar.” Thomas me encarava, com ódio nos olhos.

 

“Não sabe se isso ocorrerá.” Meu pai se impunha a ele.

 

“Nunca ouviu o ditado, ‘melhor prevenir do que remediar.’?” Thomas sorriu.

 

“Eu não sou um monstro.” A voz de Sophie era amargurada, tomada pelo medo.

 

“Eu sei.” Eu sussurrei.

 

“Nós de um tempo, um ano. Se ela se comportar ela pode ficar conosco.” Carlisle tentou.

 

“Eu farei o que fui enviado para fazer.” Thomas congelou o sorriso amarelo nos lábios rosados.

 

Eu sentia pena dela, ela era a vitima não o vilão. Os olhos do Thomas sempre rodavam, mas acabavam se encontrando ons meus. O ar faltava, o ódio tingia minha visão. Eu me tornava um toro, sendo conduzida pela raiva ate o vermelho rubi dos olhos da morte.

 

“Deixe que ela fale.” Meu pai pediu.

 

“Que assim seja, o que você tem a dizer?” Thomas olhava com nojo para a Sophie.

 

Ela tremia, os olhos tomados pelas lagrimas. Ela tinha uma vida perfeita. Tinha uma família rica, com pais carinhosos, era bonita, a garota mais popular da escola, tinha tudo o que uma garota gostaria de ter. E agora estava sendo julga se merecia ou não viver.

 

“Eu não sou um monstro. Eu só não me machuco mais.” Ela ainda não tinha idéia do quão era grande era isso.

 

“Então você ainda não sabe de tudo?” Thomas gargalhou.

 

“Thomas, ela não tem idéia do que ela é.” Alice tentava interceder por ela.

 

“Então temos que contar para ela. Você é uma mestiça, metade humana metade filha da lua.” Thomas começou a narrar a história.

 

“Filha da lua?” ela questionou.

 

“Os populares Lobisomens.” Carlisle a explicou.

 

“Seu pai era um deles, e você herdou os genes. E logo quando a lua cheia tocar o céu você vi se transformar.” O medo era claro na face da Sophie.

 

“Esta enganado. Eu não sou isso. Nada acontece nas Luas cheias.” Ela ainda chorava grosseiramente. “ Antes dela me atacar eu era normal, eu não sentai esses cheiros, eu podia me ferir.” Ela me olhava com ódio, ela ainda me culpava.

 

“Certamente. Os genes ficam adormecidos em você, você precisar ter contado com um vampiro para eles se liberarem.” Sophie arregalou os olhos, ela ainda não sabia.

 

“Você é um monstro! Todos vocês são!” ela gritou se levantando.

 

“Sophie, não somo monstros.” Minha mãe tentou acalma-la.

 

“Por que? Porque você me fez isso?” Sophie me acusava, e eu me sentia culpada.

 

“E ainda não acabou, quando você se transformar vai perder o controle, esquecer tudo. agir por instinto. Vai atacar pessoas, caçar vampiros. Matar inocentes.” Thomas segurava o braço de Sophie.

 

“Não! Eu não quero ser isso! Não quero ser como eles.” Ela apontou para minha família.

 

“E não vai, a gente não fede.” Rose bufou.

 

“Eu sei, e nós não podemos deixar que isso aconteça.” Thomas a forçou a se ajoelhar.

 

“Você vai me matar?’ ela perguntou em meio ao soluções.

 

Eu não permitiria, ela era inocente. Ela não podia ser punida por ser diferente. Ele não podia mata-la simplesmente pelo pai dela ser um Filho da Lua. Soltei-me dos braços de minha mãe e fui ate ela. o olhar dela de nojo sobre mim, não me impediu de tocar suas mãos.

 

 

“Não encoste em mim.” ela puxou as mãos.

 

“Não precisa ser assim, você pode controlar.” Eu queria ajuda-la, a fazer entender que ela podia viver.

 

“Matando pessoas desconhecidas?” Ela não me olhava.

 

“Não, você não precisa matar ninguém.” Tentei me aproximar novamente, então ela me empurrou.

 

“Não chegue perto.” Ela rosnava.

 

“Nós podemos de ajudar.” Eu tentei, thomas revirou os olhos.

 

“Não quero a sua ajuda.” Ela cuspiu as palavras.

 

“Se ela não quer, o que estamos fazendo aqui?”Rose bufou.

 

“Ela esta atordoada.” Carlsile olhava fixo para Rose.

 

“Esta com um cheiro diferente.” Thomas se aproximou de mim, me fazendo recuar alguns passos.

 

Eu não o queria perto de mim, eu não o queria sentindo meu cheiro. Eu o queria morto. E pelas minhas próprias mãos.  A vontade de o atacar era gigante dentro de mim, mas foi cortada por um rosnado auto do grande lobo, agora atrás de mim. Jake não estava satisfeito com a proximidade.

 

“Não quero briga.” Thomas deu mais um passo na minha direção, e o jake também.

 

“Claro, tem medo.” Emmett riu.

 

“Não seja tolo.” Thomas sorriu também. “Como eu estava dizendo, seu cheiro esta diferente.” Ele puxou o ar com vontade, apreciando meu cheiro.

 

“Fico pensando o porque... sinto parte dele em você.” Thomas congelou, como se estivesse chegado uma conclusão.

 

“Correto.” Meu pai balbuciou.

 

“Era tão pura. Uma donsela.” Thomas sorriu e se virou.

 

O nojo fez meu estomago revirar, a maça estava causando efeitos indesejados. Eu não estava conseguindo suportar o olhar de cobiça do Thomas. Pelos rosnados do meu pai, Thomas tinha pensamentos impróprios sobre mim, e isso me causou mais náuseas.

 

“Vamos fazer logo.” Ele se posicionou atrás da Sophie, ela em prantos.

 

“Por favor não.” Eu supliquei.

 

“lamento.” Ele segurou a face da Sophie.

 

meu corpo inteiro travou, eu não conseguia me mexer, eu não conseguia respirar. Eu fiquei paralisada olhando a Sophie fechar os olhos. Ela estava escolhendo a morte ao em vez de escolher nossa ajuda, ela não tentava lutar.

 

“Não quero ser um monstro.” Ela sussurrou., e então houve o estalo, o som dos músculos sendo arrebentados. E um leve grito de dor foi perdido entre as árvores.

 


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Notas finais do capítulo

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e ai gostaram??
acharam triste? eu achei...

adorooo os reviews Háa

gente, não consigo tirar o Quil e a Claire da minha cabeça... acho que vou escrever uma On shot dos dois..
se eu resolver escrever eu aviso vocÊs tah

beijoos
e por favor, deixem reviews

:*