Lição de Amor escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 7
Certeza


Notas iniciais do capítulo

Ei..aqui estou eu com mais um capitulo kkk...
Para quem curte comédia romantica, acabo de criar uma nova fic assim..bem tranquila e divertida:

O Grego Procura...

Uma família grega poderia ser muito amorosa, entretanto também poderia dar inúmeras dores de cabeça ainda mais quando um dos familiares não era o tipo exemplar de grego. Yan não conseguia mais aguentar as conversas e as lamentações de sua família pelo seu modo de vida, em mais uma das reuniões que seria convidado surpreendendo a si mesmo ao ter uma ideia. Uma ideia tão antiga quanto a história do mundo. Ele iria levar alguém para que se passasse por sua namorada. O plano seria perfeito se não fosse a escolhida: uma mulher desesperada por dinheiro para manter o seu restaurante aberto. Uma mulher totalmente diferente das demais com quem ele estava acostumado a sair.
Melissa sempre viveu propensa a relacionamentos conturbados e problemas financeiros. Ela nunca conseguiu encontrar um equilíbrio entre os dois ou ao menos ser satisfatoriamente feliz em um deles. Ao receber a proposta de Yan, um homem que conhece em um bar, aceita imaginando ser uma brincadeira, mas logo percebe a veracidade quando ele bate em sua porta as cinco da manhã de uma segunda-feira com duas passagens de avião em sua mão.

O link para ler e esse ai: http://fanfiction.com.br/historia/449330/O_Grego_Procura/

Espero que gostem...

Bjs



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O único motivo para Emma ter aceitado ir com Raoul foi para provar a si mesma que ele estava enganado e que seus pais nunca teriam a vendido para ele. O caminho foi feito no mais absoluto silencio. Raoul mal olhava para a jovem sentada ao seu lado no carro, enquanto ela mantinha-se impassível com a mente dispersa.

Assim que o carro dele, um jaguar preto, parou em frente a um condomínio, Emma olhou em volta e percebeu ele não ter mentido sobre o dinheiro.

Isso não quer dizer nada” pensou ao começar a sentir duvidas. Raoul estacionou o carro em sua vaga, saiu e esperou por ela impaciente. No fundo ele não pretendia levá-la consigo, mas deu-se conta que aquela seria a melhor forma, pois dali há um ano se divorciaria dela e tudo voltaria a ser como antes. E para isto pretendia ficar de olho nela.

Entraram juntos no elevador. O espelho refletia um homem frio e uma jovem temerosa. Emma segurava com força a alça de sua mochila tentando não transparecer o medo que começava a tomar conta de seu corpo. As portas pesadas se abriram, ele saiu retirando uma chave do bolso. A jovem Emma olhava tudo com curiosidade. Surpreendeu-se mais uma vez ao dar-se conta que encontrava-se na cobertura de um rico edifício. Raoul se caminhou para uma porta, a abriu e olhou para Emma, a qual estava parada.

–Entre – disse frio a olhando duramente. Ela passou por ele de cabeça erguida, ao adentrar o apartamento sentiu uma aura fria e superficial emanar dele.

Observou cada móvel da sala, cada detalhe estranhando não haver porta-retratos com a foto de ninguém.

Este apartamento mais parece uma casa de comercial. Não há calor e nem amor, há apenas frio e solidão” pensou.

–É hora de esclarecermos algumas coisas – Raoul falou autoritário ao trancar a porta atrás de si encarando a jovem deslumbrada a sua frente. – Tem um quarto para você nesta casa, mas haverá regras. Não poderá fazer nada sem me falar antes, pode pensar em mim como.... um tio ou algo similar. Não serei seu marido fique tranquila, pretendo apenas a manter ao meu lado durante um tempo e em seguida cada um irá seguir o seu caminho, sem interferir na vida um do outro, é claro. Não deverá dizer a ninguém que está casada comigo. Voltará para o colégio esta semana e....

–Um momento – o interrompeu séria – só vim com o senhor para descobrir a sua mentira. Assim que tudo estiver resolvido voltarei para o abrigo. Não ficarei ao lado de alguém que não conheço.

–Preferes morar em um lugar daquele do que aqui? – esboçou um sorriso irônico ao prosseguir – sinceramente creio que em sua mente o mundo é perfeito, cor de rosa e o príncipe irá buscá-la galopando em seu alazão branco, estou certo?

–Qualquer lugar me parece ser mais adequado do que morar com o senhor.

–Que seja – disse por fim – amanhã irei levá-la aquele mesmo advogado com quem foi com seus pais. Ele é o advogado da minha família, ele irá lhe informar de tudo e mostrar qualquer documento que informa a minha... Inocência. – sorriu – irei mostrar o seu quarto enquanto isso. Venha comigo.

Ela não queria acreditar nele. O seguiu a contragosto e ao vê-lo abrir uma porta surpreendeu-se ao ver a decoração do quarto. As paredes possuíam um tom de gelo, uma pequena varanda era escondida por uma cortina branca. Uma cama de casal preenchia um lado do quarto onde na parede podia-se ver um adesivo na cor preta em formato de flores. O guarda-roupa era de porta de correr na cor marrom claro. Um tapete felpudo branco cobria o chão havendo ainda uma poltrona azul clara e duas mesinhas ao lado da cama e uma em um canto do quarto onde tinha um notebook.

–Há algumas roupas guardadas, só não sei se serão seu numero. Qualquer problema basta me avisar – falou antes de dar as costas a ela e sair do quarto com um sorriso no rosto – “Ficou tão deslumbrada com tão pouco. Imagino quando descobrir que herdaria metade de uma grande empresa se eu não tivesse feito este casamento ridículo” pensou ao ir para o seu quarto, o qual ficava ao lado do dela.

***
Lemos tentou sorrir simpaticamente para a jovem sentada a sua frente, sem sucesso. Raoul havia ligado para ele e informado, com sarcasmo, que levaria a sua esposa em seu escritório para que ele esclarecesse toda a situação a ela, mas simplesmente não conseguia. O olhar dela o deixava desnorteado. A ultima coisa que pretendia era acabar com a confiança dela nas pessoas.

–Lemos, não tenho todo o tempo do mundo – Raoul disse ao revirar os olhos sem paciência. Ele estava sentado há dez minutos sem que ninguém falasse nada, apenas olhavam um para o outro.

–Senhor... – Emma começou insegura apertando uma mão contra a outra – poderia me dizer se é verdade que estou casada com este senhor? – apontou para Raoul esperando ver um sorriso na face do homem mais velho, mas ao vê-lo olhar sem graça para ela, percebeu que Raoul estava certo.

–Infelizmente sim. Seus pais.... Eles...

–Me enganaram – ela concluiu com pesar. – Há alguma forma de anular este casamento? Já que ele foi feito sem o meu consentimento?

Lemos sentia vontade de dizer-lhe que sim, mas não precisava olhar para Raoul para saber com que olhar ele estava naquele momento.

–Sinto muito.. – mentiu – mas não há. Terá que esperar o prazo mínimo de um ano.

–Entendo – murmurou. Levantou-se da cadeira tentando sorrir – obrigada pela... Atenção – falou antes de sair pela porta segurando as lagrimas.

Raoul olhou com curiosidade a saída rápida de Emma da sala sem abalar-se.

–Fez muito bem Lemos – o elogiou sem sorrir. – mas da próxima vez tente não fazer tanto drama, seja mais direto.

–Acha certo mentir para uma garota? Sabe tão bem quanto eu que ela poderia separar-se de você hoje mesmo.

–Eu sei disso, mas se ela o fizer terá metade do que será meu e isso.. Não posso permitir.

–Está estragando a vida de uma pessoa pela sua ambição – meneou a cabeça com desgosto – agora eu entendo porque a sua avó fez tudo isso.

–Entende? Porque eu continuo a não entender – elevou o seu tom de voz ao levantar-se da poltrona que estava sentado – passei anos de minha vida fazendo esta empresa progredir e em troca ela me dar isso? Me entrega mais um problema e espera que eu resolva? Ridículo. – bufou antes de dar as costas e sair da sala.

–Acho que ela pretendia apenas te ver feliz - Lemos sussurrou para si mesmo ao vê-lo ir embora.

Um choro abafado era escutado no banheiro feminino. Emma estava sentada sobre o vaso com a tampa abaixada, chorando. Ela não conseguia acreditar que seus pais a tinham comercializado para um homem tão frio quanto Raoul. A vida dela se desmanchava a cada dia que passava em frente aos seus olhos.

Raoul já estava cansado de esperar por Emma. A secretaria de Lemos havia dito que ela foi ao banheiro desde a hora que saiu do escritório. Ele olhou mais uma vez para o relógio em seu pulso, tamborilou os dedos sobre o braço da cadeira e levantou-se. Andou a passos firmas ate um corredor onde ficava o banheiro e ao aproximar-se do banheiro feminino escutou um soluço de choro. Hesitou e entrou antes que parasse para pensar.

Havia três cabines sendo que apenas a ultima estava fechada. Ele suspirou antes de bater na porta escutando um “está ocupado” com voz chorosa.

–Pretende ficar ai ate quando? – Raoul indagou sério ao encostar na parede.

Emma levou a mão a boca impedindo um grito. Prendeu a respiração como se aquilo fosse impedi-lo de dizer mais alguma coisa ou que fizesse ir embora.

–Sei que está ai Emma – ele disse sem paciência. No lado de dentro da cabine Emma tentava limpar as lagrimas com o dorso de sua mão, e quando estava prestes a abrir a porta escutou a sua voz – Chorar não irá lhe trazer nada, apenas fraqueza. Siga em frente e conseguirá ser forte, pois nada impede que sua vida piore. Ser forte é sinônimo de sobrevivência e sucesso. Vou lhe esperar lá fora. Não demore.

Emma escutou as palavras de Raoul surpresa. Apesar de ter sentido um pouco de amargura e frieza em sua voz percebeu que ele estava certo. Dali em diante ela só poderia contar consigo mesma e ninguém mais. Chorar não a ajudaria em nada e muito menos traria os seus pais ou a faria voltar no tempo. Destrancou a porta, saiu, olhou-se no espelho e sorriu fraco.

–Seremos só eu e você – sussurrou consigo mesma – e o homem frio lá fora. Molhou o rosto fazendo uma careta ao ver seus olhos avermelhados denunciando o seu choro. Suspirou fortemente antes de sair do banheiro encontrando Raoul sentado na sala de espera folheando uma revista. Emma ficou parada, de longe, o olhando durante alguns minutos sorrindo levemente em seguida. – Podemos ir – anunciou ao parar próxima dele.

Raoul olhou para o rosto dela, mas não disse uma única palavra. Levantou-se seguindo em frente ate o carro.


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