Lição de Amor escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 60
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Ola..bem..este é o ultimo capitulo.. quero agradecer a todos que acompanharam a fic, comentaram e espero que recomendem... nao tenho palavras para dizer o quanto tudo isso foi especial para mim.. A cada fic que escrevo aqui..acho que deixo um pouco de alegrias ou entao esperança (de encontrar um amor kkkkkkkkk posso sonhar, nao? kkkk)
Bem.. espero que a historia de Emma e Raoul, tenha feito vcs gostarem das minhas fics e ficarem ansiosas por mais rsrss
Ate em uma proxima fic então..
beijoss



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Um ano depois...

Emma abriu a porta do quarto nervosamente. Olhou para trás com medo de Raoul ter chegado em casa antes do previsto. Entrou no quarto, fechando a porta atrás de si, abaixou-se e pegou uma mala em baixo de sua cama. A abriu suspirando aliviada ao ver o embrulho intacto. O segurou, depositando em cima da cama que não mais usava e saiu do antigo quarto com o embrulho em mãos. Foi ate a sala, sentou-se no sofá e esperou o seu marido chegar. Após alguns minutos o barulho da porta foi-se ouvido e um homem adentrou o apartamento segurando duas sacolas em uma mão e um ramalhete de flores em outra. Ele estancou ao ver Emma lhe sorrir divertida ao vê-lo.

–Pensei que não fossemos trocar presente – Raoul tornou bem humorado ao ir ate onde ela estava – senti a sua falta. Não me ligou hoje.

–Se eu te ligasse acabaria contando a surpresa – murmurou ao levantar-se parando em sua frente – um ano juntos, certo?

–Sim. O primeiro de muitos – disse ao colocar os presentes no chão e a abraçar afetuosamente. Sentiu o doce aroma que vinha de sua esposa e sorriu. Ele percebeu que nunca deixaria de ansiar em vê-la após um dia cansativo – quer sair para jantar?

–Irei preferir ficar aqui com você, mas sair para jantar pode ser ótimo – declarou reprimindo um sorriso ao ver a expressão confusa dele. –Se não sairmos não poderá usar o presente que estou lhe dando.

Raoul sorriu divertido ao depositar um beijo cálido em seus lábios. Aquele ano juntos havia sido o mais feliz de toda a sua vida. Estava aprendendo a demonstrar seus sentimentos, a ser mais amoroso e mais benevolente com a garota a sua frente, a qual se mostrava cada vez mais interessante. – Amanhã é a sua formatura, certo?

–Sim – assentiu.

–Animada?

–Não muito – respondeu sorrindo – mas vai viajar amanhã, não é?

–Tenho que ir para Milão resolveu uns problemas e em seguida para o Brasil.

–Tudo bem.

–Não ficará triste por eu não vê-la?

–Não, sei o quanto isso é importante para você.

–Tem certeza? Posso tentar adiar.

–Tenho, sim – sorriu o abraçando – não quero ser uma barreira em sua vida, já lhe disse isso. Desejo que continue fazendo o seu trabalho como sempre e eu estarei aqui para te apoiar.

Raoul apoiou a sua cabeça sob a dela sorrindo levemente. A cada instante sentia que havia encontrado o céu ao lado dela.

–Obrigado por existir e por insistir em nosso amor – ele murmurou com os olhos fechados sem conseguir ver o olhar emocionado de sua jovem esposa.

***
Caroline colocou um vestido contra o seu corpo em frente ao espelho de sua casa confusa. Havia cinco modelos diferentes em cima de sua cama, enquanto Emma olhava tudo com alegria e divertimento.

–Estou realmente confusa com o modelo que usarei – Caroline disse sincera ao olhar para a sua amiga pelo reflexo do espelho – já sabe qual usara?

–Qualquer um – respondeu dando de ombros.

–É a sua formatura, como usara qualquer um?

–Raoul não estará lá, então não acho que irá valer a pena eu me vestir bem e me arrumar.

–Só irá ficar feliz quando ele estiver ao seu lado, não é? – indagou compreensiva ao vê-la assentir – então porque não se veste imaginando que ele poderá lhe ver?

–Não é infantil pensar assim?

–Nenhum pouco, isso é um modo de te deixar feliz – sorriu – venha, experimente um dos meus.

–Obrigada Carol, de verdade.

–Amigos são para isso. Venha logo, pois temos muita coisa para preparar ainda. – Emma assentiu com um fraco sorriso em sua face. Pegou um dos vestidos fingindo estar melhor, mas a verdade é que sentia-se triste por seu marido não levar o buque de flores característico da formatura e de vê-la.

Se continuar agindo desta forma..estarei sendo egoísta” Emma pensou ao menear a cabeça.

***
Enzo espreguiçou-se ao levantar-se da cama e olhar para a mulher deitada ao seu lado. Ele não havia se arrependido de ter se dado uma chance com Cristina, pois passara os melhores momentos de sua vida com ela. Admitia para si mesmo que ainda não esquecera Emma completamente, entretanto a cada dia se dava uma chance com ela. Tentou levantar-se da cama sem acordá-la em vão.

–Aonde esta indo? – Cristina balbuciou ao senti-lo sair da cama.

–Ia fazer uma surpresa, mas você conseguiu acabar com ela – murmurou frustrado – sempre é assim?

–Assim como? – perguntou ao levantar-se um pouco para encará-lo.

–Encantadora – falou sorrindo deitando-se na cama e a beijando – você foi a melhor coisa que me aconteceu, Cris.

–Você também, En – murmurou antes de ser beijada por ele novamente.

***
Raoul entrou em seu jatinho com o semblante cansado. Ele desejava ir para a formatura de Emma, entretanto não poderia cancelar a sua visita nas demais empresas. Já estava tudo pronto para decolar quando a porta abriu-se dando passagem para Enzo, o seu primo, que exibia um sorriso largo em sua face.

–O que faz aqui Enzo? – Raoul perguntou surpreso ao vê-lo segurar um buque de flores.

–Sempre tenho que cuidar de você? Eu já tenho minha vida, sabe? – resmungou ao sentar-se na poltrona em frente a Raoul.

–Do que esta falando e pra que as flores? Isso tudo é para se despedir de mim?

–Quem me dera – revirou os olhos sorrindo – leve isso para Emma, ela ficará feliz.

–Não posso Enzo. Tenho compromissos e obrigações.

–Ela não é seu compromisso e sua obrigação? Pensei que tivesse aprendido quando ela quase te largava, mas parece que não aprendeu nada.

–Eu aprendi Enzo, entretanto não há nada que eu possa fazer ou quem mandar.

–Precisa apenas que vistoriem o local, certo?

–Sim.

–Então eu irei.

–Enzo..

–O que? Sabe que faço tudo muito bem quando quero, então pode ir pra formatura dela tranquilo. Eu cuidarei de tudo por aqui.

–Tem certeza?

–Absoluta, aceite logo antes que eu mude de ideia.

–Obrigado Enzo – disse ao se levantar da poltrona, pegar as flores e sair do jato sem olhar para trás com receio que seu primo mudasse de ideia, mas logo que saiu avistou Cristina segurando duas malas – vai com ele?

–Sim – ela sorriu – boa sorte com Emma.

Raoul sorriu ao acenar para ela. Entrou no carro estacionado e saiu em disparada com o destino ao colégio de sua esposa.

***
Todos os alunos demonstravam a ansiedade em suas faces. Aquele era um momento de libertação e um novo momento em sua vida, uma etapa que acabara de começar. Emma sorria ao lado de Caroline, a qual mantinha as suas mãos entrelaçadas na de Rupert, seu namorado.

–Estou tão animada – Caroline disse para a sua amiga, a qual apenas assentiu sorrindo. Emma também estava ansiosa, mas não era pela sua formatura e sim por Raoul, ela estava desejando com todo o seu coração que ele aparecesse para lhe abraçar e dizer que estava ali por ela. Isso era o mais importante. –venha, esta quase na hora – disse despertando Emma de seus pensamentos. Despediu-se de Rupert, segurou na mão de Emma e a puxou entre os alunos. Todos as cumprimentavam, pois as duas acabaram ajudando na decoração final da festa. Emma olhava para todos sorridente, escondendo a sua frustração por não estar com o homem que amava. No final da cerimônia, enquanto despedia-se de seus amigos escutou uns murmúrios atrás de si e ao se virar deparou-se com Raoul segurando um enorme buque de flores. Ficaram se olhando sem importar-se com as pessoas ao seu redor ate ele começar a andar em direção a ela.

–Parabéns – ele disse ao lhe entregar o buque com o sorriso mais sedutor.

–Raoul... o que faz aqui? – perguntou emocionada, mas logo algo lhe passou pela cabeça – não pode ter desistido de viajar. Não pode fazer isso.

–Eu não fiz isso, Emms, apenas enviei uma pessoa em meu lugar.

–Isso.. esta bem?

–Sim, afinal a minha obrigação é com você e não com a empresa.

–Raoul... – murmurou antes de abraçá-lo fortemente – Obrigada por ter vindo.

–Por nada, meu amor. – continuaram se abraçando sob o olhar amável de Caroline e dos demais estudantes.

***
Enrico desligou o celular com um mau pressentimento. Olhou para o relógio em seu pulso percebendo ter como pegar um voo para a Itália ainda aquele dia.

–O que querem com essa reunião? – se perguntou ao arrumar as roupas em sua mala com pressa. Ligou para o aeroporto, reservou sua passagem e logo saia de sua casa na Austrália. Ele tinha que correr para que pudesse chegar a tempo de ajudar Raoul e Emma caso fosse necessário.

***
Todos da família Belinni encontravam-se reunidos na sala de reunião que outrora havia decidido a vida de Raoul e Emma. O advogado Lemos mantinha o semblante sério, enquanto Giovanni olhava tudo com desprezo. Raoul estava sentado ao lado de Emma, segurando a sua mão por embaixo da mesa. Enzo mexia em seu celular demonstrando estar alheio a aquilo tudo.

–Vejo que falta um membro da família – Lemos disse ao perceber que faltava a presença de Enrico – alguém sabe informar se ele virá?

–Eu estou aqui – Enrico disse ao abrir a porta, respirando de forma ofegante – este pais possui um péssimo meio de transporte. Pedi que ele viesse pela rua mais vazia e o que aquele motorista faz? Vai por onde tem mais engarrafamento. Eu tenho cara de turista, não é? – calou-se ao perceber a tensão que existia na sala de reunião da empresa Felicitá – é melhor eu me sentar.

–Muito bem como todos estão aqui e acomodados – Lemos começou ao colocar um envelope sobre a mesa – Após a leitura da primeira parte do testamento foi-se pedido para que houvesse a leitura da segunda parte após um ano a partir da data de casamento de seu neto, Raoul Belinni, com a jovem Emma Sartoreli. Por isto estamos reunidos aqui hoje.

–Um momento por que ninguém me avisou que havia uma segunda parte do testamento? – Giovanni interrompeu Lemos com o olhar determinado – se existir alguma clausula que não foi obedecida, a empresa passara para o meu nome, certo?

–Sim, isso mesmo – Lemos assentiu ao dar prosseguimento – A partir desta leitura, o destino da empresa de seguros será decidido. – abriu o envelope e apesar de saber o seu conteúdo, optou pela leitura – Estamos aqui reunidos nesta data de aproximadamente um ano após o casamento de meu neto, Raoul, com a jovem Emma. Neste testamento irei fazer com que entendam o meu ultimo desejo. Sei que nenhum de vocês, meus netos, gostavam de mim. Achavam-se uma velha caduca com desejos excêntricos e um tanto cruel, admito que seja verdade, e por isso desejei mais para vocês. Cada um teve sua importância em minha vida, entretanto Raoul era o que mais demonstrava solidão e isso, não conseguia suportar. Eu desejava vê-lo saber como é amar alguém, saber depender de alguém, eu quis que ele pudesse viver e não sobreviver, espero ter conseguido. Emma, querida, deve se perguntar todos os dias porque lhe escolhi, não é? Mas isso tudo se deve a você. Não deve se lembrar, mas um dia me ajudou. Faz muito bem, devia ter uns 12 anos. Neste dia vi o quanto era amável e pedi para descobrissem tudo sobre você e sua família. Acabei descobrindo que seu avô foi um amigo, o que ajudou na minha decisão. Desejo que não tenha se arrependido de ter me ajudado com Raoul. Com esta segunda parte do testamento a empresa Felicitá irá pertencer a Raoul Belinni, se e somente se, ele me der um neto no período de um ano, se isto não ocorrer a empresa passara para Giovanni Belinni.

–Um momento – Raoul interrompeu Lemos com o semblante duro – depois de morta ainda deseja me controlar e desta vez incluindo Emma nesse jogo? Não, eu não irei fazer isto – disse firme ao se levantar e fazer com que Emma fizesse o mesmo – se ela deseja isto, eu entrego a empresa a Giovanni de bom grado. Cansei de levar a vida desta mulher por quem sou apaixonado aos extremos por causa de uma empresa. Que Giovanni fique com ela. Tenho dinheiro, tenho capital e anos de estudo, posso muito bem abrir a minha própria – falou sendo aplaudido por Eurico que sorria abertamente – Adeus – caminhou em direção a saída puxando Emma, a qual mostrava-se estupefata com a reação dele.

–Não saiam – Lemos falou sorrindo – era isso que eu desejava escutar.

–O que é? Há mais alguma clausula louca? Eu já estou farto.

–Não, na realidade se tivesse aceitado não teria recebido nada.

–Como?

–Sua avó desejava exatamente isso. Ela queria que você pensasse em si mesmo e na outra pessoa antes da empresa Felicitá ou qualquer outra coisa.

–Então..tudo não passou de um teste?

–Sim, e isso esta no final do testamento –sorriu sem jeito – sinto por isso, Raoul.

–Essa velha louca – Raoul resmungou ao olhar para Emma, a qual olhava para todos sem entender o que estava acontecendo – não precisa se preocupar – ele lhe disse sorrindo levemente – continuaremos juntos e desta vez escolheremos nosso próprio caminho.

–E isso é bom? – ela perguntou sorridente.

–É a melhor coisa que minha avó me deu ate hoje – respondeu ao abraçá-la e a beijar demoradamente.

Lemos olhou para o casal, guardou os documentos e sorriu.

Parabens, conseguiu tornar o seu neto humano novamente” pensou ao vê-lo demonstrar o seu amor sem medo de represálias ou vergonha.


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