The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 9
Reconhecendo erros.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpe a demora. Espero que gostem desse capitulo.
Muito obrigada pelos comentarios. bjs.



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O caminho de volta foi complicado. Apesar de Rick dizer que estava bem, dava para ver que não estava. E não era por mal... Ele havia levado um Tiro!
Carl permaneceu quieto o caminho todo. Não sei por que. Acho que é por causa de que o pai levou um tiro e ele não pode fazer nada.
Não sei... Carl, desde que o conheci, é difícil de se abrir com as pessoas, de mostrar seus sentimentos ... Não posso julgá-lo... Às vezes até eu mesma tenho dificuldades de saber o que eu sinto.
Logo, estávamos atravessando o riacho. Como a tarde tinha chegado, o nível do mesmo havia subido, o que dificultou nossa travessia.

Estranhei que em nenhum momento, Rick mostrou querer falar comigo, tentar entender por que eu fugi... Talvez estivesse com raiva de mim?... Eu não duvidaria disso... Fui uma idiota... Uma pessoa egoísta... Se eu não tivesse fugido, eu não teria esbarrado naquele babaca e Rick não teria levado um tiro.

Mas, pensando bem, Rick não pode me culpar... Afinal, ele escondeu coisas do meu passado, coisas importantes para mim... Era de se esperar que eu agisse dessa forma... Ou será que não? Afinal, ele não me reconheceu...

A verdade era que eu estava me sentindo uma idiota completa... Nunca precisei de ninguém antes, onde tudo era mais fácil... Agora, se eu estivesse sozinha, com certeza já teria virado lanche de Walker e provavelmente estaria devorando uma pessoa agora... O pior era que eu não queria ter que depender de ninguém... Principalmente daquelas pessoas... Não queria que pensassem que eu fosse fraca...

– Não devia ter saído sozinha. Sussurrou Carl. Ele estava ao meu lado, completamente encharcado. Tínhamos terminado de atravessar o riacho.

– Você não entende... Eu exclamei, embora eu quisesse evitar ao Maximo essa conversa.

– Por que você não em explica então... Achei que fosse seu amigo. Ele falou um pouco mais alto agora.

– Mas você é Carl... Só não quero falar sobre isso.

– Sobre o que? Ele perguntou alto demais, fazendo Rick parar e se virar para nos encarar.

– Tudo bem ai? Ele perguntou.

– Tudo. Respondi sem olhar para ele.

Ele suspirou.

– Sinto muito Charlie... Por tudo... Ele continuou... - Mas você não precisava ter saído assim... Todos ficaram preocupados com você.

Eu não respondi, continuava olhando para baixo.

– Tem algo a dizer? Ele perguntou.

Eu levantei a cabeça e o encarei.

– Eu tinha tudo sobre controle... Não precisava de ajuda.

Ele franziu o cenho. Eu não queria dar o braço a torcer.

– Não parecia. Ele comentou.

– E daí... Eu não ia fazer falta mesmo...

Carl me encarou e balançou a cabeça negativamente. Rick vendo o gesto de Carl, falou.

– Tem certeza disso?

Eu olhei para Carl e depois para ele. Talvez eu tivesse meio que pisado ma bola... Quer dizer... Eu pisei feio na bola.

– Não tenho certeza de mais nada nessa vida. Eu disse dando um suspiro e Rick pareceu entender que esse assunto tinha chegado ao fim.

Logo, estávamos perto da casa, mas estranhei o fato de que parecia que não havia ninguém. Além do fato de que a casa mais parecia uma local de encontro de fãs, uma convenção onde eles estiveram esperando a noite inteira acordados para serem os primeiros a entrarem. Seria isso se não fosse o fato de que eles estavam mortos.

– Ah Meu Deus. Eu gritei e corri em direção a casa.

O que mais me assustava era o fato de que estávamos atrás da casa... Eu nem queria imaginar como estava a frente da mesma.
Ouvi Rick e Carl gritarem meu nome, mas não parei. Se algo tivesse acontecido a eles, a culpa era minha... Só minha.

Eu corri, dando a volta na casa. Ao chegar na frente dela, estava ofegante, me abaixando sobre meus joelhos e tentando recuperar o fôlego. Ao levantar minha cabeça, percebi que mais e mais Walkers estavam chegando perto de mim, me fechando em um meio circulo.
Conforme eles foram se aproximando, consegui identificar que muitos estavam em avançado estagio de decomposição. Muitos estavam esqueléticos, outros tinham olhos tão arregalados que pareciam que ia saltar fora da cavidade ocular a qualquer momento. Um grito se formou na minha garganta, mas nada saia. Lembrei-me da arma na minha cintura. Mas antes que eu pudesse alcançá-la, vários disparos foram disparados. Instintivamente me abaixei, com as mãos por cima da cabeça, foi quando senti alguém me puxando. Era Carl. Sua expressão possuía uma mistura de medo e horror.

– Você é maluca... Não ouviu a gente chamar você? Ele perguntou, me arrastando para a mata.

– Mas... Mas... Eu pensei que... Onde esta o Rick? Perguntei ainda ofegante.

– Estou aqui. Rick apareceu ao nosso lado, com o revolver na mão... - droga... Minhas balas acabaram.

– Eu acho que tenho ainda umas 5 no pente pai. Carl exclamou.

– Eu tenho uma arma aqui comigo. Eu falei, tirando a arma do cinto e mostrando a Rick.

– Talvez seja uma boa hora para usá-la.

Quando ele disse isso, eu estremeci. Percebi que os Errantes estavam correndo atrás da gente e eu não fazia idéia de onde estavam os outros.

– Mas é o resto... Cadê todos? Perguntei choramingando.

– Estão bem... Numa casa perto daqui... Tipo um ponto de encontro. Sussurrou Rick. Quanto menos barulho fizéssemos, melhor.

– Então não havia ninguém na outra casa? Eu perguntei me sentindo um idiota.

– Não... E quase morremos por sua causa. Carl disse enfurecido.

Eu me encolhi, ele nunca tinha falado daquele jeito comigo.

– Ela não sabia Carl... Acho que você faria a mesma coisa. Rick olhava atento ao redor, era como se ele estivesse temendo ser surpreendido pelos Walkers... Ou talvez por alguém.

Carl não respondeu, apenas virou o rosto para mim e apertou os passos ficando a minha frente. Apesar de estar arrependida, meu orgulho falava mais alto.

Logo, pareceu- nos que tivéssemos despistados os Errantes. Mas um barulho de galho seco sendo quebrado nos alertou. Rick estava sem balas, mas isso não significava que ele não pudesse usar o cabo do revolver com arma.

– Fiquem quietos. Ele ordenou. Carl então concordou com a cabeça e se abaixou. Eu fiz o mesmo.

Era apenas um Walker que saia do meio da mata, cambaleante. Seu rosto era cadavérico. Em seu abdômen, um enorme buraco vazava um liquido preto e espesso. Seus dentes não passavam de pequenos cacos que ao baterem uns nos outros, emitiam um ruído assombroso.

Ele não nos avista e seguiu seu caminho sem destino. Porem, ao se levantar Carl pisou em algo que emitiu um pequeno ruído. Ele olhou assustado para o Walker que permanecia de costas para nos, levantando a cabeça no ar tentando achar a fonte do ruído. De repente, ele se virou e veio em nossa direção. Carl se preparou para atirar, mas Rick o impediu, abaixando sua arma com a mão. Carl olhou para o pai Incrédulo e então em lembrei: Se usássemos a arma, atrairíamos mais Errantes.

Rick então saiu detrás do arbusto, indo por trás do Walker. Com um golpe certeiro, usando o cabo do revolver, Rick abateu o Errante, que caiu duro no chão. Eu suspirei de alivio.

– Vamos em silencio. Rick falou.

Caminhamos por mais um tempo, até que avistei uma casa que de algum modo chamou minha atenção. Talvez tenha sido o fato de que a cortina da janela havia se mexido.
Fomos com cuidado, olhando para todos os lados, não podíamos arriscar. Logo estávamos na entrada da varanda e pude ouvir uma tranca sendo aberta. Por um instante me deu um arrepio, mas logo passou quando vi que era Glenn que estava na porta. Maggie estava logo atrás, com uma arma na mão. Glenn nos deu passagem e entramos.

Todos ficaram me encarando. Lori principalmente. Não consegui definir qual sentimento ela sentia no momento. Se era raiva ou alivio, ou os dois.
Rick não falou nada. Apenas largou o braço ferido e foi direto para o que eu acho que era a cozinha.

A casa não era muito diferente da outra. Exceto de que não havia um segundo andar, no lugar havia um sótão.

Quando Rick saiu, Hershel foi imediatamente atrás dele. Lori o seguiu.

– Onde você se meteu hein garota? Daryl perguntou arrogantemente.

Eu não respondi. Apenas desviei o olhar dele para Duck, que estava no canto da sala deitado.

– O que aconteceu com ele? Eu corri em sua direção, me ajoelhando ao seu lado.

– Não sei... Ele ficou assim depois que você sumiu. Beth falou.

– Oh Duck... Eu passei a mão sobre seu pelo... - Me desculpe, por favor.

Daryl bufou.

– Até parece que ele entende o que você diz.

– Se você usasse mais o cérebro saberia que ele é mais inteligente que você.

Quando eu disse isso, todos ficaram em silencio. Daryl me encarava e deu sorriso fraco.

– Eu não tenho que ouvir isso. Ele disse isso e saiu.

Maggie balançou a cabeça negativamente.

– Não devia ter feito isso Charlie... Ela falou.

– Ora por que não... Tenho certeza de que ele nem sentiu minha falta... Se ele é rude comigo, por que eu tenho que agir diferente?

Maggie me encarou de um jeito doce.

– Quem disse que ele não ficou preocupado. Ele não parou de olhar para fora um minuto desde que chegamos.

Eu dei de ombros.

– E daí, isso não significa nada... Ele provavelmente estava preocupado com o Rick e o Carl, não comigo.

– Pense como quiser. Ela falou isso e foi na direção que sei pai tinha seguido.

Eu olhei para Carl. Ele não estava mais serio, estava rindo.

– O que foi? Eu perguntei me levantando e colocando as mãos na cintura.

– Nada não... Ele continuava rindo.

Eu suspirei e me voltei para o Duck. Ele continuava deitado e quieto, parecia doente.

– Tudo vai ficar bem. Eu sussurrei em sua orelha gentilmente.

Pouco tempo depois, Rick,Lori, Hershel e Maggie saíram da cozinha. Rick agora estava com o braço enfaixado.

Eu me sentia culpada.

– Como eu fui idiota. Eu sussurrei para mim mesma, mas acho que foi alto demais por que Carl ficou me encarando.

Rick já no centro da sala pareceu procurar alguém.

– Onde esta o Daryl? Ele perguntou.

– Não sei, acho que saíu para caçar. Respondeu Maggie.

Rick passou a mão pelos cabelos.

– Justo agora... Não podemos mais ficar por aqui... Temos que achar outro lugar e... Rick teria continuada se não fosse pelo barulho estrondoso que a porta fez. Ao se abrir, Daryl estava um pouco ofegante, segurando a besta nas mãos.

– Achei um lugar... Ele ficou em silencio e todos olhavam para ele... - uma prisão...

POV Narrador.

Em outro lugar, uma caminhonete escura chegeva a entrada de um grande portão. Com um barulho, o portão começou a se abrir e a caminhonete entrou. Um homem de cabelo raspado e com uma faca no lugar da mão, saiu de dentro do carro e seguiu até um prédio de dois andares.

Ao chegar na porta, foi recebi do por um homem de óculos e com um suéter bege. Ele não disse nada, só abriu espaço para que o homem entrasse. Ele seguiu até uma sala não muito grande, que não era nem um pouco confortável. No centro, havia uma mesa e atrás dela, estava um homem.

– Como foi a caçada Merle? Ele perguntou, de costas para ele
.
– Bem... Teria sido tudo bem se eu não tivesse....

– se você não tivesse? Ele repetiu.

– E que eu encontrei três pessoas mas elas acabaram fugindo... Ele continuou... Mas eu estava em desvantagem e eles estavam armados e...

O homem atrás da mesa se virou e o interrompeu, com um olhar de indiferença no rosto.

– Quer dizer que você achou três pessoas... É isso Merle? Ele demonstrava ser parecia um homem alto, com cabelos curtos que quase chegavam a ser pretos . Ele perguntou enquanto olhava atentamente para um copo em sua mão que estava pela metade... E elas escaparam?

– Sim... Governador... Merle respondeu olhando impacientemente o home cujo nome era Governador.

O homem o encarou e percebeu que havia um ferimento na perna de Merle.
– Parece que eles deram muitos problemas. Ele riu.

Merle pareceu incomodado.

– Não se preocupe Governador... Eu vou cuidar deles.

Ao dizer isso, um pequeno sorriso se formou na face do homem chamado Governador
.
– Otimo...


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Notas finais do capítulo

Gente, quero desejar a todos um feliz natal e um otimo ano novo viu... Bjs
Fiquem com DEUS :)