The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 6
Uma lembrança resulta em descoberta...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Tudo bem?
Espero que gostem desse capitulo. Aporveitem e me digam o que acharam do ultimo episodio de 2013... Foi simplesmente incrivel.

Bjs



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Passamos um longo inverno... E nesse tempo todo, vi que talvez aquele grupo fosse dar certo...
Todos foram gentis comigo, exceto o Daryl. Ele não largava do meu pé. Engraçado que ele, que não queria o Duck viajando com a gente, era o que mais mimava ele. Sempre trazia algo para alimentar o Duck... Vai saber o que se passa na cabeça dele.

Fiz amizade com todos, mas Carl foi com quem eu me dei melhor. Estávamos sempre juntos e Rick parecia contente com isso.
Eu até aprendi a atirar. Rick me ensinou... Ele era um cara legal. Em poucos dias treinando, já conseguia acertar um alvo a uns 7 metros de distância.

Fiquei surpresa com o fato de que Lori, a esposa de Rick, estava grávida. Como iríamos cuidar de um bebe num mundo desses, onde temos que matar ou morrer.

Certo dia, Carl e eu fomos procurar comida em uma casa abandonada. Na verdade, passamos o inverno todo procurando comida e abrigo em casas abandonadas pelas ruas. Umas era uma mina de ouro, outras era uma armadilha mortal, cheia de Walkers em decomposição. Mas aquela casa que achamos naquela manha fria de fim de inverno parecia promissora.
Havia somente dois Errantes na casa e Rick os aniquilou facilmente. Logo, ele nos chamou e fomos correndo para dentro, pois do lado de fora havia muito mais.

Uma coisa estranha que notei era que Rick estava ignorando Lori, mas eu não sabia o por que. Varias vezes tentei perguntar para o Carl mas ele se recusava a responder. Aquilo parecia incomodá-lo. Então achei melhor deixar para lá.

Após nos acomodarmos, eu e Carl fomos em busca de comida. A casa era grande, com dois andares. Como era de se esperar num apocalipse zumbi, a casa estava imunda, infestada de ratos e de insetos. O carpete que ficava na entrada agora era enfeitado pelos restos mortais dos antigos residentes, que infelizmente foram transformados em Walkers. Na sala principal, o resto do grupo tratou de fechar as cortinas.
Precisávamos de um lugar para ficar, pois mais cedo ou tarde Lori iria dar a luz, e isso não poderia acontecer na rua.

Fomos para a cozinha e depois de vasculharmos cada armário, a única coisa que tínhamos achado era comida de gato.

– O que faremos com comida de gato? Falei dando risada.

– Sei lá... Será que o Duck come? Carl falou entrando na brincadeira.

– o Duck é um cachorro, não um gato. Falei o fuzilando.

– Ta bom desculpa... Ele exclamou enquanto colocava a lata no bolso de sua jaqueta.

Carl era um ano mais novo que eu, mas mesmo assim parecia mais velho. Nesse tempo que passei com eles, percebi que ele mudou, apesar de que não conhecê-lo tão bem quanto às outras pessoas do grupo, mas eu percebi que com o tempo, Carl foi se tornando uma parte importante do grupo.

Eu queria poder fazer o mesmo. O único problema é que eu, digamos que adquiri uma fobia por Walkers. É... Não parece, porem desde os acontecimentos com Lúcia, Will e Richard, eu fiquei traumatizada. Não sei por que isso aconteceu comigo, eu sempre fui uma menina corajosa e agora, tenho medo de mortos. Eu sei me defender sozinha, mas houve situações em que eu simplesmente congelei e se não fosse por esse pessoal que me acolheu, eu já estaria andando com Walkers.
Uma vez, por exemplo, Eu estava pegando água num riacho próximo a nosso acampamento improvisado. De repente, algo saiu do meio das árvores e veio em minha direção. Eu poderia-te-lo matado, mas minha mão congelou e eu não consegui sacar a minha arma. Por sorte Daryl estava lá e matou aquela coisa.

– O que pensa que esta fazendo? Ele perguntou ofegante.

– EU... Eu não consegui... Eu não conseguia completar a frase.

– Foi por pouco menina, não posso ficar bancando a baba com você. Ele disse isso e saiu.

Aquilo me deixou furiosa.

Voltando ao presente, quando estávamos saindo da cozinha e indo para a sala, ouvimos um estrondo vindo debaixo da cozinha.

– O que foi isso? Perguntei assustada.

– Não sei... Carl respondeu olhando atentamente para o chão.

– Acho que devemos chamar o Rick. Eu sugeri.

– Não preciso, eu cuido disso. Ele comentou.

– Sabia que eu sou mais velha que você e por isso você tem que me obedecer. Eu falei colocando a mão em seu ombro.

– Mas você não é minha Irmã, é só minha amiga, não conta. Ele falou enquanto ia em direção a um tapete estendido no chão da cozinha.

Eu ia responder, mas fui surpreendida quando Carl puxou o tapete e debaixo dele havia uma pequena porta.

– Deve ser um porão... Ele comentou.

– É... É deve estar cheio de Walkers Carl... É melhor chamarmos os outros. Eu exclamei me virando.

– Pode ir se quiser, eu vou olhar lá embaixo primeiro. Carl disse abrindo a porta.

Nesse instante, pude sentir o cheiro podre emanando de dentro do porão.

– Carl, isso é uma péssima idéia. Pode haver vários deles lá em baixo. Eu disse.

– Não exagera Charlie... Dever ter só uns dois ou três, nos damos conta.

Eu não respondi, apenas fiquei o observando enquanto ele descia as escadas que davam para o porão.

– Droga Carl! Exclamei e fui até as escadas.

Chegando lá, percebi que uma pequena lâmpada no teto iluminava - Muito mal - o espaço vazio que era o porão. Quase não consegui enxergar Carl e com isso saquei minha arma pensando que era um Walker.

– Calma Charlie, Sou eu. Ele falou levantando as mãos.

– Ainda bem que não atirei... Eu bufei... Anda, vamos voltar, não há nada aqui em baixo Carl.

Nesse momento, algo surgiu no meio da escuridão por detrás de algumas caixas e veio em nossa direção. Enquanto em destravava a arma, Carl já havia destruído a cabeça do que um dia fora um homem. O Walker parecia ter uns 40 anos. Usava uma camisa xadrez e um short preto. Sua testa agora possuía um furo nitidamente redondo e no lugar de seu olho esquerdo, havia apenas um buraco, de onde era possível ver que ele estava sendo comido por larvas.

– Que nojo. Exclamei enquanto via aquilo cair no chão.

– Que foi nunca viu um assim? Carl perguntou dando um sorriso.

– Claro que já, mas é sempre nojento. Eu respondi.

POV Rick.

– Foi um tiro... Daryl falou enquanto olhava pela janela, procurando algo ou alguem.

– Mas quem foi que disparou se estamos todos aqui? Hershel comentou.

– Oh Meu Deus... Onde esta o Carl?Lori perguntou assustada, enquanto se levantava com dificuldade.

– E charlie... Eles estavam juntos não estavam? Carol comentou.

– Estavam... Fiquem aqui... Daryl venha comigo. Eu falei.

Eu E Daryl estávamos tentando descobrir de que lugar tinha saído esse tiro. Logo escutamos outro.

– Parece que vem dali. Daryl falou, apontando o dedo para a cozinha.

– Droga. Eu exclamei e sai correndo.

Chegando na cozinha, não havia nada, exceto uma pequena porta no chão,da onde era possível ouvir tiros e mais tiros. Pude ouvir a voz de Carl gritar `` Charlie atira logo´´.
Sem esperar mais, eu e Daryl descemos as escadas correndo.

POV Charlie.

Eu ia matar o Carl. Olha só onde ele nos meteu. Havia mais de dez Walkers naquele lugar e não estávamos dando conta. Quer dizer, Carl não estava dando conta, por que eu estava encolhida num canto, horrorizada. Eu nunca tinha sentido tanto medo antes, nunca. Acho que tudo isso começou quando vi minha Tia ser atacada. Depois só foi piorando até chegar nesse estado em que eu estou agora.

– Carl... Carl... Ouvi alguém gritar. Era Rick.

Ele e Daryl chegaram bem a tempo de acabar com o resto dos Walkers. Carl respirava ofegante e Rick e Daryl olhavam em volta.

– Carl, você esta bem? Rick perguntou calmo.

– Estou pai... Estava tudo sob controle. Ele falou desviando o olhar dele.

– Sob controle? Eu gritei indignada. - você quase nos matou e ainda diz que estava tudo sob controle?

– Estaria se você ao menos me ajudasse a matá-los. Ele retrucou.

– Chega os dois. Daryl falou - Os dois estão errados de virem aqui sozinhos.

– Daryl tem razão... Rick colocou a mão sobre o ombro de Carl. - Por que vocês vieram aqui embaixo sozinhos?

Ele não respondeu.

– Eu falei para ele chamar vocês, mas ele não me ouviu. Eu comentei cruzando os braços.

– Eu não achei que haveria tantos pai... Desculpe. Carl murmurou.

– Certo, mas da próxima vez, me chame ok? Rick falou tirando a mão do ombro do filho. - Vamos subir.

– Espera Rick. Daryl disse. - O que será que tem nessas caixas? Ele falo indo em direção as caixas da onde saíram os Walkers.

– Daryl cuidado! Eu gritei, mas era tarde.

Nos todos estávamos agitados pelo que acabara de acontecer que nem pensamos na possibilidade de haver mais Walkers escondidos.

Rick rapidamente correu para ajudá-lo. O Walker havia derrubado Daryl e estava tentando morder o braço de dele, que a todo custo tentava jogar o errante para o lado.

Rick chegou a tempo de dar um fim no Walker. Logo Daryl já estava de pé, tirando a poeira da roupa. Eu suspirei aliviada.

– Esses cadáveres idiotas. Daryl resmungou.

– Você deu sorte. Rick falou enquanto anda e volta das caixas para assegurar de que não havia mais Walkers por ali. - Tudo limpo. Ele falou e pegou uma das caixas, colocando-a cuidadosamente no chão.

De repente, um silêncio tomou conta do porão, a única coisa que se ouvia era o som da nossa respiração e quando Rick abriu a caixa, pude ver que ele parecia mais aliviado.

– Vocês não vão acreditar no que tem aqui. Ele disse.

– Deixe- me ver. Daryl sussurrou e se aproximou.

– O que é? Perguntei me aproximando devagar.

Carl ficou onde estava só observando.

– É comida... Esta cheia de comida enlatada. Rick falou - Devem ter armazenado aqui antes de serem mordidos.

– É... Talvez. Daryl comentou.

– Vamos... Ajudem-me a olhar as outras caixas. Rick falou.

Pelo visto, aquela casa era uma mina de ouro.

Passamos o resto da tarde abrindo caixas e mais caixas. No final, tinha sido um dia produtivo, pois iríamos ter um jantar de verdade... Digo um jantar de enlatados, pois passamos quase metade do inverno com escassez de comida, então tínhamos que maneirar na comida. Mas isso não era mais necessário.

A noite, depois que levamos as caixas para cima, decidi dar uma volta pela casa. Todos estavam ocupados tentando descobrir maneiras de deixar aquele lugar seguro, mas acho que teríamos que partir em breve pelo aumento de Walkers ao redor da casa.
Levei Duck comigo. Chamei o Carl também, mas ele não quis vir, acho que estava chateado pelo que aconteceu hoje. Desde que cheguei, percebi que ele se sente incomodado pelo fato de ser jovem e não poder ajudar como queria, apesar de Rick sempre comentar o quanto ele mudou e etc.

Sem querer, fui até a cozinha e percebi que a porta do porão estava aberta.

– Droga. Sussurrei e saquei minha arma, apesar de tremes só de imaginar ter que usá-la.

Fui descendo devagar e percebi que havia alguém lá embaixo. Na verdade, havia duas pessoas: Rick e Lori, e eles estavam discutindo. Tentando não fazer barulho, me escondi atrás de umas caixas que estavam vazias - nem todas tinham comidas - e tentei ouvir a discussão.

– Rick, precisamos conversar sobre o bebe... Ele vai nascer em algumas semanas, talvez dias e ainda não decidimos..... Ela se interrompeu.

– O que não decidimos? Rick perguntou seco.

– O nome do bebe, por exemplo. Ela respondeu desviando o olhar de Rick.

– Isso não precisa ser decidido agora. Ele falou e ameaçou sair, mas Lori o segurou pelo braço.

– Rick, por favor... Sei que o que fiz foi errado... Foi horrível... Mas por favor, me entenda... Ela continuou. - Eu achava que você estava morto... Foi o que Shane me disse.

Shane? Ela falou Shane.... Mas como?

– Isso mão tem nada a ver com o que vocês fizeram Lori... Rick disse com amargura na voz. - Não tem nada a ver.

– Então por que você continua me tratando assim, como seu eu tivesse cometido um assassinato. Ela perguntou chorando.

– Eu só.... Só não tive tempo para pensar sobre isso. Rick desabafou.

– Não teve tempo?... Você teve o inverno todo Rick,mais do que isso e ainda não me perdoou, por quê? Por ter jogado vocês um contra o outro? Lori caiu em prantos.

– Lori, eu estou cansado, tivemos um longo dia... Rick continuou. - A gente conversa amanha. Ele falou isso e se livrou das mãos de dela.

Mas antes de ele sair, Ela gritou.

– Não queria que acabasse assim... Não queria que acabasse com o Shane morto, com nenhum dos dois Rick.

Shane Morto? Será que esse Shane era meu pai... Olhando atentamente para Rick, finalmente consegui me lembrar: Ele era o melhor amigo do meu pai... Tinha ido a duas ou três festas de aniversário minha... Era ele mesmo... Lembro-me perfeitamente dele agora. Sempre me trazia presentes e era muito atencioso comigo, me tratava como seu eu fosse sua filha... Só não me lembrava de Lori.
Mas isso significava então que meu pai... Shane... estava morto.

Sem pensar duas vezes, sai de trás das caixas.

– O Shane esta morto? Perguntei e senti que as lagrimas estavam começando a descer sobre meu rosto.

Rick e Lori me encararam surpresos.

– Você o conhecia? Rick perguntou calmamente.

– Se eu o conhecia... Eu falei... - Ele era meu Pai...


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Notas finais do capítulo

E agora.... Charlie descobriu,mas será que Rick contará que foi ele que matou Shane? Aguardem o proximo....