The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 13
Não temam os mortos, mas sim os vivos... Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Como estão?
As ferias estão acabando né, por isso não sei se vou continuar postando semanalmente, mas vou tentar viu...
Como vcs devem ter percebido, posto geralmente na terça e vou tentat manter isso ok?

Espero que gostem.... Estava meio sem inspiração mas acho que ficou bom.



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POV Charlie:

Rick parecia a ponto de sacar sua arma e dar um tiro na cara de Thomas, mas não o fez. Apenas se virou e caminhou em nossa direção.

Eu e Carl estávamos escondidos num corredor ao lado de onde estavam conversando. Num gesto desesperado, eu empurrei Carl para o interior do Corredor, mas Rick já estava de braços cruzados nos encarando.

– Ouvindo a conversa alheia?- Ele perguntou.

– Não... Nos só estávamos... - Eu gaguejei.

Ele relaxou.

– Tudo bem,só não fale nada do que ouviram para os outros, certo?

Eu concordei.

– O que faremos com eles, pai?- Perguntou Carl, passando a minha frente.

–Eu ainda não sei, mas não quero que se preocupem com isso... - Ele colocou a mão no ombro de Carl.- Só quero que fiquem de olho e não tentem se meter com esses cara.- Ele olhou para mim e eu assenti.

– Otimo. - Ele tirou a mão do ombro do filho e passou por nos.

Carl e eu nos encaramos.

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POV Narrador.

Em outra sala, não muito longe dali, Michonne tentava a todo custo escutar a conversa. A única coisa que ouviu foi o Governador ordenando que Daryl revelasse onde estavam alojados.
Pensando num jeito de sair dali, Michonne que estava amarrada a cadeira, se contorcia, tentando livrar suas mãos. De repente, um disparo foi dado e ela congelou. Sua expressão era de medo e horror. Sem pensar duas vezes, ela tentava se soltar. Se ficasse ali por muito tempo, ela sabia, acabaria morrendo.
De algum jeito, ela sabia que aquelas pessoas não tinham boas intenções. Precisava sair dali e achar Andrea.
Mas seus planos de sair de lá acabaram, assim que a porta da sala onde estava foi aberta, revelando um homem com cabelo rente a cabeça e uma faca no lugar da mão. Na outra, ele segurava um bastão,com um pequeno laço na ponta,onde se fechava em volta do pescoço de um Errante faminto, cujos dentes estavam podres e eram totalmente visíveis.

–Hora do jantar- Exclamou o homem com um sorriso frio no rosto.

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Daryl estava imóvel, olhando para o corpo caído a sua frente. Sua respiração estava ofegante. Logo, ele levantou o olhar, que se encontrou com o de Carol. Ele pode ver que seu rosto estava pálido e aflito. Ele não podia culpá-la, talvez ele próprio estivesse com medo.
Ressentido, Daryl pousou se olhar sobre o Governador, que parecia satisfeito em ter tirado a vida de um de seus homens.

– Viu... Eu não estou brincando. - Ele apontou a arma novamente para Carol. - O próximo vai ser ela. - Ele a puxou bruscamente, fazendo-a tropeçar e quase cair na poça de sangue que se formou sob seus pés.

– Estamos... - Daryl falou devagar. - Estamos numa... - Ele foi cortado pelo Governador.

–Não adianta mentir... Mais cedo ou mais tarde eu vou descobrir e ai... Não darei outra chance.- Ele aperto as mãos em volta do braço esquerdo de Carol, que inutilmente tentava se soltar.

– Estamos numa prisão. - Daryl falou por fim, abaixando a cabeça.

Carol encarou Daryl num sentimento solidário. Satisfeito, o Governador acariciou os cabelos de Carol e a jogou para Daryl, que a pegou nos braços e a abraçou.

– Ótimo... Espero que esteja falando a verdade... - Foi só o que disse ante de sair.

Após fechar a porta, Carol levantou o olhar e encarou Daryl.

– O que faremos agora?... Nem sabemos onde estão Andre e Michonne e agora eles... - Daryl a interrompeu.

– Rick saberá o que fazer. - Foi o que disse, enquanto tirava o casaco e o entregava a Carol- Tome, é melhor colocar isso, esta frio.

Carol aceitou e vestiu imediatamente.

Do lado de fora da sala, O Governador andava de um lado para o outro, parecendo preocupado.

– Chefe, talvez nos...

– Cale a Boca... - O governador ordenou, murmurando. - Eles podem ouvir a nossa conversa.

O comparsa abaixou a cabeça.

– Vamos conversar na minha sala. - O Governador sussurrou.

Indo no frete, o governador não demorou a chegar em um prédio alto de tijolos. Abriu a porta e entrou. Seus comparsas estavam logo atrás.

– Onde esta Merle?- Ele falou alto.

– A ultima vez que vi ele, estava planejando conversar com uma das prisioneiras.

– Quero que vá chamá-lo agora. - Ele ordenou e um de seus homens saiu rapidamente.

Martinez o olhava.

– Por que esta tão preocupadao. Só há uma prisão, vai ser moleza ir atrás deles e...

– Eu sei, e é por isso mesmo que estou preocupado. - Ele se sentou uma cadeira, atrás de uma mesa cor de vinho. - A única prisão perto daqui fica na zona vermelha. Se eles conseguiram tomá-la e por que são bem preparados. Nenhum grupo com menos de 10 pessoas conseguiria tomar aquele lugar.

– E o que pretende fazer com Merle? -Perguntou Martinez, mais por curiosidade.

– Vou fazê-lo ir até lá e tentar convencê-los de que somos boas pessoas. convencê-los de virem até aqui. fazê-los confiarem em nos, assim será mais fácil eliminá-los.

..............................

Michonne encarava Merle com pura raiva.

– O que foi... Não esta com medo?... - Ele ria. - Vamos ver até onde essa sua cara de brava vai quando eu soltar esse carinha... - Ele balançou o bastão, fazendo o Walker se
Irritar e tentar vira-lo, mas Merle havia inibido seus movimentos através do bastão.

Mochonne permaneceu quieta, olhando o Walker que se debatia furiosamente.

– Hum, acho que não devemos fazê-lo esperar não é mesmo? Deve estar faminto, afinal, faz dois dias que não come... - Ele olhou para o Errante com brilho nos olhos. - Você será um ótimo lanchinho. - Ele soltou o bastão e fechou a porta rapidamente,deixando na sala somente Michonne e o Errante.

Michonne se jogou para o lado, a fim de desviar do Walker que correu em sua direção. Como estava amarrada na cadeira, seus movimentos eram limitados. Com dificuldade conseguiu se levantar, mas o Walker estava bem próximo a ela. Numa tentativa de derrubá-lo, ela girou e acertou os pés da cadeira no morto, que caiu para o lado.
Tentando achar um meio de matá-lo,Michonne se virou e correu para trás afim de quebrar a cadeira. Ao espatifar, Ela conseguiu livrar os pulsos que estavam amarrados com fita isolante. Nesse instante, o Walker se levantou e correu em sua direção. Para se defender, ela usou o braço enrolado com fita e com o outro, acertou um pedaço da cadeira em sua cabeça.

Ela ainda estava ofegante quando ouviu a porta se abrindo, revelando Merle novamente. Seu rosto continha um misto de espanto e raiva.

– O chefe não vai gostar de saber que você matou o Bicho preferido dele.- Ele coçou o queixo, enquanto a encarava.- você é durona mesmo.

Michonne permaneceu em silencio, fuzilando Merle.

– Por acaso você estava alojada com aquelas pessoas?- Ele perguntou de forma nada educada.

Michonne não respondeu.

–Você ouviu o que eu disse? Preciso desenhar?- Ele adentrou na pequena sala.

– Não... Estava sozinha... - Respondeu, desviando o olhar.

Ela achou melhor não dizer que estava com Andrea, poderia colocá-la em maus bocados, se já não estivesse.

– Aqueles Bichos acorrentados sem boca e sem braço eram seus?- Ele começou a rodá-la e ela percebeu que ele tinha uma arma na cintura. Se pudesse pega-la, pensou, poderia acabar com ele agora mesmo e estaria livre.

– Sim... - Ela respondeu seca.

– O governador ficou curioso a respeito do que você fez com aqueles bichos... - Ele parou atrás dela.

Michonne podia sentir a respiração em seu pescoço.

– Posso fazer com ele se quiser. -Ela provocou.

Com raiva, Merle puxou seus cabelos para trás,fazendo-a olhar para ele.

–Não pense que estou brincando, Vadia... - Ele a soltou, praticamente empurrando ela para o lado. - O Governador vai querer falar com você.

Mas antes que Michonne pudesse retrucar, ele fechou a porta atrás de si.

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POV Charlie.

Estava um dia feio. O céu possuía uma cor cinzenta, como se fosse um rio de fumaça. Já estava entardecendo e Daryl e Carol não haviam voltado ainda. Rick estava impaciente. Como se não bastasse ter que aturar cinco detentos folgados, ainda tinha que se preocupar com Daryl e Carol.

Eu e Carl nos oferecemos para ficar de vigia. Lori não deixou, mas Rick não precisava da permissão dela. Ele simplesmente deixou.
Fomos então para a torre Norte, de onde era possível ver quase todo o pátio da prisão, além das cercas.

– Por que o seu pai trata sua mãe tão mal?- Perguntei, já que o silencio estava me matando.

Carl hesitou antes de responder.

– nunca me falaram o porquê, mas acho que sei o motivo. - Ele abaixou a cabeça.

– E qual é?

– Minha Mãe achava que meu pai estivesse morto. Por isso, o Shane,o melhor amigo dele, nos ajudou a sair de Atlanta e deixamos meu pai para trás. Achamos outras pessoas e montamos acampamento perto da cidade. Ela e o Shane começaram a agir estranho, como saírem escondido no meio da noite.- Ele levantou o olhar e encarou o céu cinzento.- Ela achava que eu estivesse dormindo, mas as vezes eu via ela saindo e se encontrando com o Shane.

Eu fiquei sem fôlego por um momento, a asma estava começando a atacar, eu pensei,mas era apenas Adrenalina.

– você quer dizer que ela e o Shane tinham um caso?- Eu gaguejei.

– Acho que sim... E agora minha mãe esta grávida e acho que meu pai pensa que é do Shane.- Carl concluiu.

–Quer dizer que o Rick descobriu o que eles faziam?- Eu estava espantada.

– É... Acho que sim.

Fiquei quieta. Meu pai traiu o melhor amigo? Como ele foi capaz de fazer isso, como? Por um momento, eu pensei que esse tinha sido o motivo para minha mãe ter nos abandonado... Ele a traia?

– Charlie?- Carl me chamou. - Você esta bem?

Percebi então que ele me encarava, como se meus pensamentos estivessem visíveis.

– Eu... Eu to sim... E que isso é horrível...- Eu passei as mãos sobre o cabelo, o jogando para trás da orelha.- Quer dizer que o bebe que a Lori esta carregando pode não ser do Rick?

–É... -Carl afirmou sem muita vontade.

De repente, percebi que meus olhos estavam começando a encher de água. Virei o rosto para o lado a fim de não deixar o Carl ver que eu estava chorando.

– Você gostava do Shane?- Perguntei sussurrando.

– Ele era como um tio para mim. Quando tivemos que sair de Atlanta, ele cuidou de nos. Eu e minha mãe achavamos que meu pai esttivesse morto, então o Shane meio que virou meu pai...- Carl falou essa parte com certa dificuldade, como se dizer isso doia por dentro.- Por um tempo. Até QUE meu pai voltou e eles começaram a agir feito inimigos e acabou que o Shane...- Carl se interrompeu.- Ele... Ele tenou matar meu pai.

– O que?- Eu gaguejei de novo e dessa vez me virei para encarar Carl.

Por sorte, ele não estava olhando para mim, mas sim para sua arma.

– Não sei bem o que aconteceu, só sei que quando eu cheguei lá, o Shane havia voltado como um zumbi e eu atirei nele... Atirei nele sem pensar duas vezes.- Carl estava serio. Eu duvidava se alguma vez ele tivvesse chorado.

Um silencio tomou conta do lugar, de novo.

– Acho que meu pai o matou... Antes de que chegar até eles pude ouvir um disparo.- Carl completou, levantando o olhar para mim.

Eu tentei evitar, mas as lagrimas já estavam descendo de novo e minha asma estava atacando.

Ele rapidamente remexeu nos bolsos e me entrgou uma bombinha pela metade.

– Tome...- Eu arranquei da mão dele.- Por que vocÊ esta chorando?

–Eu... E que entrou um cisco no meu olho, só isso.- Tentei disfarçar, mas Carl pareceu nao acreditar.

De repente, ouvimos um assobio. Quando nos debruçamos sobre a grade de proteção da torre, meu corpo congelou. Comecei e soar frio.

A Norte, dois homens vinham andando tranquilamente. Mas um deles chamou minha atenção.

–Merle! -Exclamou Carl.

– Mas... Mas...- Eu gaguejei.

– Tenho que chamar meu pai.- Carl gritou, correndo até a porta que dava para as escadas.

–Espera...- Eu gritei, mas Carl já tinha descido.

Resolvi correr atrás dele e quando cheguei lá embaixo,vi Rick se aproximando, com Glenn ao seu lado e atrás vinha Carl com a cabeça baixa.

Carl se aproximou de mim e sussurrou.

–Suba... Suba depressa.

Eu permaneci quieta. Decidi fazer o que ele falou e vi que ele vinha logo atrás. Trazia consigo uma espingarda e uma pistola na cintura.

– Carl, o que esta acontecendo?- Perguntei nervosa.

– Meu pai disse para subirmos aqui e ficarmos atentos a qualquer movimento suspeito.- Carl disse sem olhar para mim.

–Mas...

– Sem Mas Charlie, vai me ajudar ou não?

Não querendo contraria-lo, me juntei a ele e fiquei torcendo para que não houvesse necessidade de usar uma arma.


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Notas finais do capítulo

E agora.... Ai ai ai...

E ai , vc estão gostando da minha fic? Espero que sim... bjs



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