The Walking Dead - Matar ou morrer escrita por WolfWalker


Capítulo 11
Não desista...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui esta outro capitulo e espero que gostem...
Não quero seguir os episodis na linha, por isso eu estou mudando algumas coisas, como vcs vão perceber mais para frente.

Espero que gostem :)



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Tudo estava quieto... Quieto demais. O fim da tarde anunciava que logo mais um temporal cairia sobre a região. O cheiro de chuva pairava no ar. A pequena cidade abandonada estava em ruínas. As casas, os comércios, tudo estava se deteriorando devagar, como um cadáver.
Mas um comércio em particular chamou atenção indesejada. Cerca de 4 Walkers se debatiam nas portas de ferro que lacravam a entrada da farmácia. Os trovões já tomavam conta do céu cinzento. As janelas da farmácia não estavam protegidas, por isso era possível ver o que se passava do lado de dentro e vice e versa. Mas quem quer que seja que estava lá dentro, não parecia estar muito preocupado... Andando de um lado para o outro, uma mulher alta, forte, de cor negra e cabelos compridos estilo dred procurava nas prateleiras antibióticos. A farmácia não estava em seu melhor estado. Suas paredes estavam descascando, revelando um marrom feio e mofado. A iluminação era precária e as prateleiras estavam em sua maioria quebradas e por consequência disto, o chão estava coberto por produtos de higiene e medicamentos.
Com um suspiro, ela deu meia volta e foi para trás do balcão, onde havia uma porta que levava ao estoque da pequena farmácia.
Num canto da pequena sala que se encontrava atrás da porta, Dois errantes acorrentados, sem braços e sem mandíbula se moviam de um lado para o outro impacientes, como se soubessem que uma tempestade se aproximava. No outro canto, uma mulher de calos loiros estava deitada, enrolada em um coberto vinho de aparência velha. A outra mulher se aproximou e entregou a ela alguns compridos, junto com um pouco de água.

– Michonne, já disse que não precisava. Falou a Mulher que se levantava com dificuldade, para se encostar-se à parede.

– Mas você precisa de remédios Andrea, não pode viver assim, doente.

– Nem sei que vou passar dessa noite. Exclamou Andrea, com uma tosse.

Michone a encarou, e entregou-lhe uma garrafa d água.

– Vamos, tome. Ela falou.

Andre, de ma vontade, pegou a garrafa e tomou um pequeno gole, mas logo cuspiu tudo, seguido de uma tosse mais forte.

– Não consigo... Ela murmurou.

Michonne a observou. Estava pálida, como se já tivesse voltado dos mortos. Sua febre estava alta,mas não o bastante para que a matasse. Michonne estava preocupada com sua gripe, que provavelmente havia evoluído para uma pneumonia.

– Mas você tem que tentar. Ou vai simplesmente desistir? Michonme se levantou, arrumando sua espada nas costas.

Andrea não respondeu, apenas encarou a amiga. Michonne notou que seus olhos estavam vazios e sem brilho.

– Michonne, acho que você deveria... Andrea foi interrompida.

– Não vamos começar isso de novo... Não vou te deixar e ponto final.

– Mas... Andrea foi cortada novamente.

–Esqueça. Michonne falou com convicção. - Vamos ficar juntas.

Andrea desistiu de insistir. Foi quando ouviu um estrondo vindo da entrada da farmácia, seguido por vozes. Ela notou que havia uma voz masculina e uma femínea e se encolheu. Michonne sacou sua espada e sorrateiramente, foi até a porta. Se esgueirando por trás do balcão, ela percebeu que as pessoas procuravam algo nas prateleiras, provavelmente remédios.

– Vamos nos dividir: Eu vou por aquele lado e você vai para o outro. Falou o homem que carregava uma arma estranha nas mãos. A mulher ao seu lado concordou e abriu a mochila, preparando-a para colocar tudo que fosse possível.

Michonne tomou cuidado para não fazer nenhum movimento brusco,mas ao retornar para a porta, acabou esbarrando em algum coisa.
Com o barulho, as duas pessoas voltaram seu olhar para o balcão. Com um gesto de mão indicando para seguirem em frente, o homem e a mulher andaram devagar até o balcão.
De repente, com um movimento rápido,Michonne saiu de trás do balcão, levantando sua espada para o alto, em direção aquelas pessoas.
Se sentindo ameaçado também, o homem levantou sua arma estranha e a mulher apontou uma pistola para Michonne. Por um bom tempo, ficaram assim, apenas se encarando.
Logo, cambaleante, Andrea saiu da porta. Enrolada no velho cobertor, ela se espantou ao ver quem eram aquelas pessoas: Daryl e Carol.

...................................

O dia na prisão tinha sido difícil. Hershel havia sido mordido e Rick, numa tentativa de salvar a vida do amigo, teve que amputar sua perna. Charlie continuava dormindo. O choque de ver todo aquele sangue, vindo de uma pessoa conhecida como Hershel, a atingiu profundamente.
Carl estava ao seu lado, esperando pacientemente que ela acordasse. Sua bombinha havia acabado e não havia muitas coisas na enfermaria da prisão - Carl tinha ido lá averiguar - então Daryl e Carol se ofereceram para ir buscar gases, ataduras, medicamentos e etc na cidade. Para piorar, Eles haviam encontrado 5 sobreviventes vivendo escondidos no estoque da prisão. Axel, Big Tiny, Andrew, Thomas e Oscar.
Thomas era o mais se mostrava agressivo. Junto com Andrew que era como seu capataz. Axel, Big Tiny e Oscar pareciam gente boa, mas Rick não queria arriscar. Thomas não parecia ser o cara que aceitasse o fato de que a sua ``prisão´´ não era mais dele.
Assim que Daryl e Carol saíram, Rick se reuniu com Glenn e T-Dog - Maggie e Beth que estavam com Hershel no quarto, acompanhadas por Lori.

– Não acho uma boa idéia ter esses caras aqui. Glenn começou.

– Mas a gente nem conhece eles direito, vai ver são gente boa... Eles vão dividir a comida deles com a gente. T-Dog exclamou.

– Vão Dividir por que fizemos um acordo com eles... De que os ajudaríamos a limpar uma parte da prisão, caso escolhessem ficar. Rick indagou.

– Não sei, não confio naquele Thomas. Glenn estava de braços cruzados encostado na parede, outro lado das celas.

– Eu concordo com você nessa parte.T-Dog esfregava as têmporas impaciente.

Rick permanecia quiete. Era como se ele estivesse pensando em algo, pensando-nos pros e contras de ter esse outro grupo morando junto com eles na prisão. Ele estava ao lado de T-Dog, que estava sentando nos degraus da escada.

– E você Rick? Glenn perguntou vendo o silencio do líder.

– Demos uma escolha para eles. A prisão é nosso - ele deu ênfase nessa ultima frase - E se eles quiserem ficar, serão sob nossas regras. Não importa o quanto eles parecem `` gente Boa´´. Rick colocou a mão em sua arma ao perceber que alguém se aproximava. Era Thomas.

– Vamos aceitar o seu acordo. Vamos dar metade da comida e vocês nos ajudam a limpar uma parte da prisão. Thomas estava acompanhado de Andrew.

Rick os encarou com cara de poucos amigos.

– Ok... Assim que... Rick parou. Não queria que Thomas pensasse que estava em vantagem, já que Daryl e Carol tinha saído...- Assim que possível vamos limpar um bloco de celas. Mas espero que saiba que seu eu sentir o cheiro de vocês perto do meu pessoal, se vir vocês andando perto deles, Se os vir do nosso lado, não terei a mínima piedade em acabar com vocês.

Thomas o encarou e Rick pode perceber um pequeno sorriso surgindo.

– Como quiser, Chefia. Foi apenas o que Thomas disse, se retirando logo em seguida.

T-Dog encarou Rick.

– Quase acreditei que você ameaçou ele de morte,Rick.

– Mas eu ameacei de verdade. Não os quero perto de nos. Rick disse isso e saiu, indo em direção a cela em que Hershel estava.

Glenn e T-Dog se encararam.

............................

Carol estava sem reação e Daryl havia abaixado sua besta.

– Andrea. Carol sussurrou baixinho.

Num impulso, Andrea saiu correndo para abraçar Carol, que a recebeu com uma mistura de emoções: Alívio, alegria, espanto.
Daryl apenas observava, voltando sua atenção logo em seguida para Michonne, que permanecia com a Katana em posição de ataque.

Andrea se virou e lançou um olhar de repreensão a amiga.

– Não podemos confiar neles. Foi o que disse Michonne.

– Mas eu os conheço - Andrea se voltou para Carol e depois para Daryl - São meus amigos. Ela falou com brilho nos olhos.

Michone então abaixou sua espada.

– Pesávamos que estivesse morta. Daryl finalmente falou, chamando a atenção de Andrea.

– Eu estaria se não fosse Michonne para me salvar.

– Não tenho palavras para descrever o quanto estou feliz em te ver. Carol exclamou, levando as mãos a boca.

– Eu também não. Andrea agora estava sem o coberto e parecia bem melhor.

Mas Michonne não parecia nem um pouco a vontade, assim como Daryl.

– Carol temos que ir... O Hershel e a Charlie precisam de medicamentos. Anunciou Daryl.

Andrea os encarou, surpresa.

– Charlie?... Quem é ela e o que aconteceu com o Herslhe? Andrea perguntou aflita.

– Rick teve que amputar a perna do Hershel e Charlie... Bem, ela é nova e precisa de remédio para asma, é apenas uma menina. Carol respondeu, ajeitando a mochila vazia no ombro.

– Vocês estão aqui perto? Perguntou Michonne com certa curiosidade.

– Mais ou menos, por quê? Perguntou Daryl, arrogantemente.

Michone o fuzilou.

– Vocês podem vir conosco se quiserem. Carol disse.

Daryl a cutucou.

– Estamos bem aqui. Michonne colocou a espada de volta a sua capa.

Andrea encarou a amiga, sua expressão estava aflita.

– Quer dizer, não estamos tão bem assim... Ela continuou... - Estamos quase sem comida e a água esta acabando. Andrea falou devagar, olhando para Michonne para ver se ela demonstrava alguma reação.

– O Rick vai ficar feliz em saber que você estava viva. Daryl murmurou, de ma vontade.

Houve um silencio na sala.

– Você vem ou não, Andrea? Carol perguntou.


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Notas finais do capítulo

Será que Andrea vai voltar com Daryl e Carol?
Acompanhem o proximo capitulo. bjs