A brisa era suave, mas ao mesmo tempo era constante. O inicio de outono já tomava conta do retrato da paisagem. As arvores exibiam suas folhas amarronzadas e as flores iam perdendo sua beleza aos poucos. Tudo isso poderia gerar uma imagem de beleza e encanto, mas num mundo como esse nada mais importa. A sobrevivência não permite distrações, caso contrario, suas chances de sobreviver seriam mínimas.
No meio da mata, um conjunto de movimentos firmes e velozes era o único indicio de que ainda havia algum sinal de vida naquele lugar. Cautelosamente, os dois homens percorreram alguns quilômetros até chegarem a margem de uma ribanceira. Atentos a qualquer movimento, os dois homens observavam o lugar com certo interesse. Era difícil não notar aquela enorme construção, cujo terreno era cercado por grades e mais grades. Ao longe, era possível avistar as torres que se erguiam por dentro de muros fortemente protegidos... Apesar de estarem ali, as cercas elétricas não pareceram incomodar os dois homens que ali estavam... Provavelmente pelo fato de possivelmente estarem desligadas.
A prisão parecia ser basicamente segura... Se não fosse pelo fato de que ela estava sendo ocupada por moradores indesejados... Dezenas talvez Centenas de Errantes dominavam o pátio da prisão, andando de um lado para o outro como se esperassem o jantar. Do lado de fora das grades, a situação também não era uma das melhores... Walkers se empoleiravam nas grades, esperando consegui ultrapassá-las...

Um dos homens que estava observando a prisão se virou para o outro e disse:

– Eu não queria que os outros soubessem sem antes saber o que você acha... Ele continuou... - No começo achei uma boa idéia, mas vendo de perto agora...

O outro homem o interrompeu.

– É perfeita. Disse com um sorriso.

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Pouco tempo depois, estavam de volta a estrada, onde tinham deixado algumas pessoas.

– E então? Perguntou Hershel.

– Ela parece ser segura, mas... Rick parou.

– Mas? Carol perguntou aflita.

Todos encaram Rick, esperando que desse o veredito... Carl e Charlie conversavam um pouco afastados do local, mas quando perceberam que Daryl e Rick haviam voltado, correram para se juntar a eles.

Rick olhou ao redor, parando seu olhar num dos carros estacionados. Lá, ele avistou Lori, que observa a vegetação ao seu redor com uma expressão triste no rosto.

– Mas esta infestada de Walkers...

Apesar de não parecerem, todos desanimaram um pouco... Daryl que estava ao lado de Rick enrijeceu os ombros E Rick desviou o olhar para o horizonte.
Ele sabia que se fossem ficar com a prisão, teriam que limpa-la, o que envolveria certo risco.

– Temos outra opção a não ser ficar vagando sem rumo pelas estradas? Hershel perguntou... Ele era o que mais parecia conformado com a situação em que estavam... Não era por menos, Depois que Dale morreu, Hershel vem assumindo um papel crucial na sobrevivência do grupo, fazendo-os manterem ao Maximo sua humanidade.

– Não. Rick respondeu frio e seco. Ele mudou drasticamente ao longo do rigoroso inverno, provavelmente pelas escolhas difíceis que ele tomou pelo bem do grupo... Ao seu ver, se eles quisessem sobreviver, teriam que ser realistas e estarem dispostos a fazes qualquer coisa para isso... Sobreviver.

Hershel o encarou, depois se virou, dando uma olhada em todos ao seu redor.

– Vamos então.

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Indo de carro, o caminho foi mais curto. Chegaram lá me pouco tempo. Rick foi a frente de todos. Para entrar, foi necessário que abrissem um buraco na cerca, que dava acesso a um longo corredor. Após todos terem passado, Dary e Glenn rapidamente fecharam o buraco.
Todos estavam nervosos. Mas Charlie não parava um minuto sequer de roer a unha.

– Assim seus dedos ficarão em carne viva sabia? Carl a repreendeu.

Charlie o encarou.

– Obrigada pela dica, Mamãe...

Carl revirou os olhos.

– Carl... Charlie continuou, ela havia parado de roer as unhas quando percebeu que estavam um pouco afastados dos outros. Rick havia chegado a um portão, que dava acesso ao pátio, totalmente dominado por Errantes... - Daryl sabe que o irmão dele tá vivo?

Carl olhou para baixo. A aba do chapéu de Xerife cobria totalmente seu rosto.

– Carl? Charlie pronunciou devagar.

– Não... Bem antes de você chegar... Quando tudo isso começou... Ele parou... - Eu e minha mãe achávamos que meu pai estivesse morto... Ele estava em coma e quando foi nos procurar, esbarrou num grupo de busca que era do nosso antigo acampamento...

– Ah, eu me de você ter me falado sobre esse acampamento, ficava perto da cidade né... Ela exclamou, apertando o passo ao perceber que todos os aguardavam.

– É... E nesse grupo estava o Merle... Sei que ele era um babaca e meu pai o algemou no telhado, para que não arrumasse confusão... Mas quando foram fugir do prédio, o T-Dog perdeu a chave da algema e o Merle ficou preso lá... Até que meu pai, mai o Daryl, o T-Dog e o Glenn foram buscá-lo, mas não o encontraram... No lugar havia somente uma mão.

– A mão do Merle. Charlie sussurrou assustada.

Carl assentiu com a cabeça.

– Só não fale disso perto do Daryl, principalmente sobre o Merle ainda estar vivo. Carl pediu.

– pode deixar. Charlie concordou.

Ao se aproximarem dos outros, Charlie e Carl mantiveram silencio absoluto. Duck, que caminhava ao lado de Charlie estava cada vez mais fraco. Seu pelo havia perdido o brilho e seus olhos estavam vazios. Charlie estava preocupada. Hershel falou que não era nada de mais, mas é melhor prevenir do que remediar pensou Ela.

– Até que enfim os pombinhos chegaram. Dary comentou, dando uma tossida para disfarçar.

Carl corou e Charlie se encheu de raiva. Se não fosse Rick interromper, ela teria ido para cima do Daryl.

– Muito bem... Ele olhou para além das cercas... - Alguém tem que ir lá e fechar aquele portão... Talvez fique mais fácil eliminar esses aqui do pátio. Ele falou apontando o braço direito para um portão que ficava a poucos metros de onde estavam.

– Eu vou... Glenn se candidatou... - Sou mais rápido e...

– Glenn, não... Maggie implorou.

– Eu vou... Rick exclamou... - Carl e Hershel, vocês vão para aquela torre ali... Carol e Daryl, vocês vão para aquela, mas economize balas Carol, você esta atirando bem, mas estamos sem munição. Os outros - Rick encarando Charlie - vão tentar atrair o Maximo de Walkers que conseguirem para o outro lado, assim vai ficar mais fácil para eu ir até lá e fechar o portão.

Todos concordaram somente Charlie não parecia feliz com isso. Ela até poderia ter problemas em atirar, mas queria poder fazer algo mais.

– E se eu fosse com você Rick... Poderia lhe dar mais cobertura? Glenn disse, bem na hora em que Charlie iria sugerir que ela mesma fosse com ele.

– Não precisa, eu vou conseguir. Ele falou olhando com preocupação para Lori, que segurava a enorme barriga com uma das mãos, e na outra segurava uma arma.- Vamos começar.

Todos tomaram seus devidos lugares. Mas Charlie não estava nada contente. A seu ver, o plano de Rick não estava dando muito certo, pois os Errantes estavam começando a se concentrar ao seu redor. De longe, Daryl,Carl e Hershel livravam seu caminho. Por pouco um Walker não mordeu Rick, que foi abatido com uma flechada de Daryl.
Rick estava bem perto do portão agora. Com sua arma, ele livrava alguns Errantes em seu caminho. Ao chegar no portão, teve que chutar alguns para dentro. Seus corpos já não eram os mesmos, por isso com um simples chute, era possível derrubá-los.
Com sucesso, Rick conseguiu fechar o portão. Mas estava sendo cercado pelos residentes no patio. Rapidamente, ele foi até uma entrada numa das torres e subiu pelas escadas, fechando a porta atrás de si antes que os Walker o alcançassem.

– Ele conseguiu. Exclamou Carol.

– É... Falou Daryl...- Podem mandar ver.completou com um grito.

Nisso, todos começaram a atirar nos Walkers, não restando nenhum em pouco tempo.

– Ele conseguiu. Beth falou com entusiasmo.

Charlie queria poder ficar feliz também, mas estava preocupada. Estavam um pouco longe da cidade e sua bombinha continha poucas dozes. Mas o que ela estava pensando?... Pensando assim até soava como uma garota egoísta... Ela daria um jeito, pensou ela.

A tarde chegou e todos se reuniram em volta de uma fogueira. Exceto pro Rick, que continuava de vigia, para se certificar de que nenhum Walker passasse pela cerca.

– Essa é a quarta volta dele pela cerca, se houvesse algum dano ele já teria encontrado. Hershel comentou. Suas feições a luza da fogueira denunciavam ainda mais sua aparência velha.

Ninguém pareceu dar ouvidos ao comentário, exceto Lori que olhou para o marido distante.

– O bebe vai poder nascer seguro agora. Beth disse dando um sorriso para Lori, que lhe retribuiu com um sorriso meio apagado.

– Beth tem razão, não precisa mais se preocupar... Charlie afirmou, com pouco entusiasmo.

Carl a fuzilou., e ela lhe retribuiu com um olhar do tipo `` O que eu disse de mais´´?
Hershel então pediu para que Beth cantasse alguma musica. Ela concordou e começou a cantar Parting Glass.
No meio da musica, Maggie se juntou a ela e ambas fizeram um coro. Logo, Rick estava se aproximando, devagar, com uma M16 pendurada nas costas. Ele se abaixou e pegou um prato, oferendo-o para Lori sem dizer uma palavra.

– Não obrigada, eu já comi. Lori disse, mas Rick pareceu não ligar. Lori então pegou um pouco.

Beth e Maggie terminaram de cantar e ouve um silencio ao redor da fogueira. Daryl e Carol que estavam na entrada do pátio, vigiando, se aproximaram.

– Acho que todos devemos ir descansar... Amanha será um longo dia. Rick falou olhando para as brasas que subiam da fogueira.

– Um longo dia, como assim? Perguntou Glenn.

Rick manteve silencio e então continuou.

– Amanhã iremos entrar na prisão... - Todos o encaram - E u lugar grande e parece que sucumbiu bem cedo pela quantidade de detentos que estavam aqui... Levando isso em conta provavelmente haja comida, remédios e talvez até armas...

– Mas Rick... Charlie começou, mas foi interrompida quando Rick se levantou abruptamente e se retirou, sem dar mais explicações.

– Não podemos ter um dia sossegado não. T-Dog resmungou, se virando para o lado para dormir.

– Eu vou falar com ele. Lori se levantou com certa dificuldade e foi atrás de Rick.

– Acha que ela vai conseguir convencê-lo do contrario? Charlie perguntou, sussurrando no ouvido de Carl para que só ele ouvisse.

– Acho que não, mas não custa tentar. Hershel murmurou e Charlie o encarou de lado.

Todos agora estavam se aconchegando perto da fogueira e Charlie estava ao lado de Carl. Duck dormia pesadamente ao seu lado e ela começou a se preocupar novamente com sua bombinha e o que aconteceria caso ela tivesse um ataque de asma, será que morreria? Pensou ela. Tentando afastas esses pensamentos ruins, ela moveu a cabeça de um lado para o outro.

Não muito longe dali, Lori se aproximava de Rick.

– Rick, espere.

Ele parou e se virou devagar.

– Sabe, eu sei que você esta fazendo tudo que pode por nos, mas precisamos de um descanso... Estamos exaustos e acho que um dia não fará diferença.

Rick a encarou, fazendo com que ela se encolhesse um pouco.

– Além disso, precisamos conversar sobre... Coisas.
– Coisas? Eu estou fazendo coisas Lori, coisas... Ele falou seco, como se não aguentasse olhar para Lori por muito tempo.

– Eu sei disso, mas precisamos falar sobre...

– Sobre? Ele falou frio como gelo.

– Sobre o bebe... Ele ou ela pode nascer a qualquer momento e não decidimos nada, nem o nome e...

– Isso você pode conversar com o Hershel.Ele respondeu, ameaçando se virar novamente, mas Lori o segurou pelo braço.

– Olha, eu posso não ser a melhor esposa do mundo, nem ganhar o premio de melhor mãe do ano, mas eu me arrependo muito de tudo que eu fiz... Eu só queria que você me desse outra chance Rick...

Rick se soltou de suas mãos e virou para encará-la. Pela sua expressão, podia se dizer que ele iria falar algo, mas ao invés disso se virou de novo e saiu, deixando Lori parada ali...

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POV Charlie

No dia seguinte, todos acordaram muito cedo. Rick fez questão de conversar com todos antes de entrarem na parte interna da prisão. O pior de tudo e que fiquei de fora, mas não posso reclamar muito, pois o Carl também ficou de fora.

No final foram: Rick, Daryl, Gleen, Maggie e T-Dog. Não pude ver muita coisa pois da onde nos estávamos, tínhamos visão limitada por conta das paredes. Lori parecia muito aflita e eu me senti um pouco solidaria com ela, afinal, carregar um bebe num mundo desses não deve ser fácil.
Resolvi ir falar com ela e me desculpar pro ter sido rude com ela ontem a noite.

– Lori, desculpe por ontem, eu fui uma idiota.

Lori deu um sorriso fraco.

– Tudo bem Charlie, já passou. Foi só o que ela disse, mas foi suficiente para fazer-me sentir mal.

De repente, percebi que não havia sido minha consciência que estava pesando, mas sim minha asma atacando. Rapidamente peguei minha bombinha e apertei em minha boca. Mas meu alivio durou pouco, pois percebi que havia acabado.
Nisso, nem percebi que Carl me olhava preocupado.

– Acabou? Ele perguntou.

Assenti com a cabeça.

– Vamos ter que ir procurar logo. Ele arrumou o chapéu sobre a cabeça, tampando totalmente seu rosto.

Eu pensei em retrucar, mas deixei para lá. Logo ouvimos Beth e Hershel nos chamar. Fomos até lá e vimos que podíamos entrar na prisão. Não era muito aconchegante, mas era o melhor que tivemos em muito tempo. Chegamos ao Bloco C, que possuía um longo corredor, onde num dos lados havia varias celas e no fim dele, havia uma escada que levava a um segundo andar, onde havia mais celas. Com o canto do olho vi Lori agradecendo Rick, mas ele simplesmente a ignorou.
O Sol já estava se pondo quando terminamos de arrumar nossas coisas nas celas. Eu fiquei sozinha, quer dizer, Duck iria dormir comigo, então eu me sentia segura.

No dia seguinte, a rotina não foi diferente. Como sempre, as `` crianças`` ficaram de fora - odeio ser chamada de criança - e Rick, Glenn, Maggie, Daryl, T-Dog e Hershel foram adentrando ainda mais para o coração da prisão.

Para passar o tempo, Carl e eu ficamos conversando dentro da minha cela. Eu estava deitada na cama de cima e Carl estava na de baixo.

– Queria poder fazer algo mais para ajudar o grupo, mas sempre me tratam como seu eu fosse indefeso e eu não sou. Carl Exclamou. Eu percebi que ele estava realmente bravo por não poder ter ido.

– Mas você faz Carl, só não consegue ver... Talvez devesse parar de se criticar tanto. Eu falei, desenhando com os dedos um coração no ar.

– Você só fala isso por que não passou pelo que eu passei, não perdeu pessoas próximas a você. Ele falou se levantando da cama e ficando sentando. Eu bufei e me virei para o lado, olhando para baixo em sua direção.

– Como é?... Acha que eu não perdi pessoas importantes... Acha que só você sofreu? Eu falei alto.

Carl não respondeu.

– Talvez eu tenha exagerado um pouco... Ele admitiu.

– Um pouco... Quer saber, vou deixar isso para lá, mas é só dessa vez... Eu falei voltando a me deitar na cama.

Mas ainda estava com raiva do Carl, como ele se atreve a falar isso na cara dura? Mas de repente, veio algo em minha mente e grudou como chiclete.

– Carl - comecei devagar - Você gosta da Beth?

Apesar de não estar olhando para ele, tinha certeza de que ele estava corado.

– Por que você acha isso? Ele se mexeu na cama, fazendo um barulho de molas velhas.

– Ah sei lá... O jeito que ela te olha e como você olha para ela... É um pouco suspeito.

Ele não falou nada. Logo me arrependi de ter começado esse assunto.

– Ela é só minha amiga, como você... Foi somente isso que falou.

Achei melhor ficar quieta. Pelo seu tom de voz, ele não gostou muito da pergunta. Por um bom tempo ficamos em silencio. Eu fiquei repensando em tudo que tinha acontecido comigo, antes e depois do inicio do apocalipse. Meu pensamento parou então em minha mãe, Rick não tinha me contado sobre ela, não teve chance. Mas eu estava decidida a perguntar para ele quando o mesmo voltasse.

– Carl, Você conhecia o Shane? Eu perguntei calmamente, sem pensar nas consequências disto.
Apesar de me lembrar de Rick,não conhecia sua família. Aposto que nem Lori e nem Carl sabiam da minha existência... E não dei nenhuma chance de Lori ou Rick me contarem mais sobre o meu pai, esses dias foram corridos e aposto que nenhum dos dois iria querer falar sobre isso.

– Ele... Peraí, como sabe do Shane? Eu não me lembro de ter falado dele para você... Carl afirmou convicto de que algo estava errado.

Eu arregalei os olhos e percebi a burrada que tinha feito. Não que houvesse algum problema em contar que eu era filha do Shane, mas algo me dizia que devia ter mantido isso em segredo.

– Eu... Eu... - Gaguejei- eu me lembro de ter ouvido Rick falando sobre ele...

– Meu pai não gosta de falar sobre ele. Carl murmurou.

Eu fiquei curiosa. Não gostava como assim não gostava....

– Por isso e estranho que você o tenha ouvido falar nele. Carl completou.

– Eu não sei de nada, por isso estou perguntando. Eu tentei disfarçar o Maximo que pude.

– Não sei... Tem mais coisa ai.Carl se levantou da cama e subiu as escadas. Quando chegou ao topo me encarou... - Por que quer saber sobre ele... Justo ele, aposto que já nos ouviu falar sobre Sophia, Andrea, Dale, Amy...

Eu dei de ombros.

– Sei lá... Fale-me sobre todos então.

Carl fechou a cara.

– Não me faça de idiota Charlie.

Eu ia responder, mas um barulho de portas sendo abertas com um estrondo, seguido de vozes me fez estremecer. Carl desceu as escadas primeiro e eu fui atrás. Ao chegarmos à porta da cela, meus joelhos começaram a tremer. A cela em que estávamos era a ultima do corredor, mas mesmo assim, era possível ver que algo tinha acontecido.
Carl saiu correndo, me deixando sozinha. Eu fui logo atrás. Na hora em que eu estava me aproximando, vi que Rick, ajudado pro Glenn e Maggie carregava alguém : Hershel...
Sangue se espalhava pela camisa de Rick, que entrou correndo em uma das celas. Eu congelei no lugar... Senti a falta de ar ficando mais forte, senti tudo girar... E cai desacordada no chão frio e úmido.