A Epidemia. - FIC INTERATIVA escrita por Merida Vison


Capítulo 3
'San Martin'


Notas iniciais do capítulo

mais um. torcendo para que gostem ^^



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O bom homem abaixa a arma e a guarda na cintura. “estamos sendo observados, sabia?” Ele cochicha. “Eu não entendo...” Olho para os lados e não vejo nada, além de mato e algumas casas abandonadas.

“Eu explicaria tudo... se pudesse” Ele se vira para as garotas e com um sinal elas entram no furgão. “olha moça, isso é tudo que posso te oferecer no momento, quem sabe com um pouco de sorte você salve-se” Ele diz me entregando uma chave e mostrando um carro antigo e com aparência velha, dois galões de gasolina. Agradeço e pegando o carro, com lagrimas nos olhos, sigo um caminho desconhecido.

A praça onde estacionei para me recompor está cheia de entulhos e mosquitos voam por toda a parte, deixando-me indisposta. Penso no papai, em como não cumpriu a promessa. O que terá acontecido com ele? Meu Deus, o que eu estou fazendo no mundo ainda? Permaneço nesse devaneio por um bom tempo. Quando estou praticamente adormecida, batidas fortes no vidro do carro me acordam. Assustada, ligo o carro, mas quando vou sair vejo que é um homem, e o homem em questão é meu pai. Eufórica, saio do carro e imediatamente o abraço.

“Vamos, vou te levar para um lugar seguro” Papai diz colocando-me no carro. Ele pega a direção e segue para a pista. Algo está muito estranho, de certa forma não parece que seja meu pai ali do meu lado. Está distante, frio, e seus olhos estão diferentes. Um arrepio me percorre a coluna. Após algumas horas no carro em total silencio, ele estaciona em frente á uma enorme construção, rodeada de altos muros. No portão tinha a descrição “San Martin”. Aquele nome me era familiar, mas não me lembrava de onde. Papai abre o enorme portão. O caminho até a escada que fica aos pés da enorme porta de madeira, é repleto de arvores e um gramado pacifico. Atrás da porta uma enorme sala me recepciona, no lado direito um piano ocupa o espaço abaixo da janela, que está coberta com uma rala cortina branca empoeirada. Do outro lado algumas mesas com tabuleiros de xadrez. Mas o que me chamou a atenção foi o quadro a cima das mesas, ele retratava a imagem de uma moça com olhos tão complexos que imediatamente minha memória voltou pra quando eu tinha sete anos e fui visitar meu avô que havia enlouquecido logo após a morte da minha avó e esse quadro em questão havia muito me chamado à atenção.

Pensei pedir explicações, mas no momento que ia fazê-lo, dois homens exatamente iguais adentram na sala. O primeiro tinha nos olhos uma maldade incontável. Já o segundo transmitia paz. Eles se aproximaram e então meu pai, pegando-me pelos braços jogou-me na direção deles, que por sua vez me agarraram e arrastaram-me para longe dele. Não importava o quanto eu gritava, eles continuavam me levando. Amarram-me em uma maca, como se eu fosse uma louca. Minha garganta arde em quanto eu grito. Meus pulsos e tornozelos ardem, por estarem esfolados pelas amarras. Com a visão embaçada de tantas lagrimas adormeço.

...

Três dias amarrada e drogada. TRÊS. Estou acordada, mas não abro os olhos. Eles me drogam quando acordo.

“Já não era pra estar acordada, Dr. Donson?” Pergunta uma voz masculina, minha respiração se acelera.

“Desculpe Dr. Palmer, ela já vai acordar.” Responde o outro.

Cansada de manter os olhos fechados, e com fome, abro os olhos. A sala onde estou tem o teto alto, paredes brancas imaculadas apesar da baixa iluminação.

“Finalmente.” Diz um homenzinho de pequena estatura, calvo e barrigudo. Ele aperta um pequeno botão ao lado da cama, e então a cama levanta, deixando-me sentada. O outro homem, o de olhar pacifico que havia me amarrado também estava lá. Com um sinal o baixinho o coloca pra fora dali. Com a porta fechada, ele se apresenta como Dr. Palmer, um grande cientista. Ele começa com um discurso de como ele tinha descoberto uma forma de dominar o mundo, através de um ‘parasita’ criado por ele.

“o problema é que existem pessoas que são imunes intoleráveis e uma vez com o meu lindo bichinho no cérebro, a pessoa enlouquece e acaba morrendo, a pessoa morre não o vírus o que então os transforma em comedores de carne humana, patético não?” Ele espera que eu faça algum comentário, mas permaneço calada. Então ele continua. “ Mas existem pessoas como seu querido papai, o corpo dele aceitou meu bichinho e agora ele não passa de um hospedeiro, seu corpo obedece as ordens do parasita, e o parasita obedece a mim”. Ele diz triunfante. “Você é um louco, me solta seu idiota desgraçado”. Grito enraivecida. Ele me olha por alguns segundos e então abrindo um compartimento do pequeno guarda roupa, pega um chicote com pontas de aço e acerta varias vezes em minha barriga sinto minha camiseta umedecer de sangue. “Tem o seu caso, que é imune e tolerável, seu corpo matou meu querido parasita” Ele cospe as palavras açoitando-me com raiva. Ele percebe que estou preste a desmaiar e para de bater. Sai do quarto. A dor é tanta que mal consigo respirar. Os gemidos e choro pertencem a dois tipos de dor. A da surra,e a da perda do meu pai.


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Notas finais do capítulo

reviwes ???



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