NaLu Chibi escrita por Happy


Capítulo 15
Um pequeno conto de fadas...


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san!

Novamente peço desculpas pela demora, ter que ir pra faculdade e não poder dormir é chato -_-
Pra tentar compensar, aqui está o maior capitulo que já escrevi em minha pequena vida...

E tipo, vocês viram a volta do anime? Cara, eu morri aqui, tá muito perfeito! E aquela ending *-*... Nem parece shonen...
E a capa do capítulo dessa semana... Mira Mira...
Bem, sem mais assuntos para atrasar sua leitura...

Boa leitura ^^



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Conta certa lenda que, afastada das terras do continente, existe uma pequena ilha, um minúsculo pedaço de terra, coberta por árvores e mais árvores, que juntas formavam uma densa e espinhosa floresta, e no meio desta, uma enorme torre negra, sem portas ou qualquer tipo de entrada, apenas uma única janela, localizada no quarto mais alto. O quarto de uma jovem e solitária dama, que desconhecia algo além do finito horizonte, algo fora de seu pequeno mundo.

Isto é o que contam as efêmeras palavras deste conto...

Numa certa manhã de verão, gritos, que jamais seriam escutados, vinham da negra torre.

–Quantas vezes terei que repetir? Você jamais deixará este quarto! Jamais! – Gritava uma voz histérica.

–Mas eu apenas... – Uma pequena garota, de cabelos dourados, estava sobre sua cama, encolhida contra a parede, com uma expressão assustada em seu rosto.

–Jamais! – Tornou a gritar.

–AAHH!! – Um berro veio do lado de fora da torre, do interior da floresta.

–Parece que outro idiota metido a príncipe foi pego pelo dragão... Hia Ha Ha Ha! – Ria de maneira escandalosa – Você se lembra das razões porque ninguém jamais a salvará? – Perguntou, com um enorme sorriso sádico.

–...

–Estamos em uma ilha afastada do continente, onde ninguém se interessa em explorar; A floresta densa e seus perigos, e o temível dragão, que destruirá tudo em seu caminho... – Disse. Abraçada aos seus joelhos, a loira deixava algumas lágrimas escaparem, o que divertia a bruxa – Certo, estou voltando para meu palácio! – Avisou, abrindo um portão mágico e desparecendo.

Não aguentando mais, a garota afundou o rosto no travesseiro, e aos berros, chorou.

[...]

O dia passava rapidamente, e de uma brilhante e triste manhã, já estávamos em um crepúsculo escarlate.

A loira girava pelo colchão, despertando de seu sono. Levantando-se, andou até um enorme espelho preso à parede, onde encarou o rosto inchado e os olhos vermelhos de tanto chorar.

Andou pelo quarto, até que ouviu algo, e olhando em direção à janela, viu dois olhos arregalados, que a observavam incessantemente. Os fitou por alguns segundos, imóvel.

–Kyah! – Gritou em pânico, correndo em círculos pelo quarto, até que novamente escutou algo, e voltando o olhar para a mesma direção, não enxergou ninguém. Uma expressão de preocupação tomou conta de seu belo rosto – Será que ele caiu?

Lentamente, ela se aproximou das janelas, e se apoiando, olhou para baixo. O lugar era realmente muito alto, e devido à noite, não se podia ver nada... Nada ao não ser um ponto, que escalando os tijolos da torre a uma incrível velocidade, subiu em direção à única abertura.

Um tanto quanto surpresa, ela continuou a observá-lo, até que finalmente a alcançasse.

–O-Olá... – Disse o garoto, segurando-se à janela pelo lado de fora. Em seu rosto um sorriso enorme.

–Oi... – Respondeu tímida. O vento noturno soprava, balançando os cabelos dourados da garota.

–AH! – Gritou ao ver as mãos do garoto escaparem. Em um movimento rápido, ela o pegou pela roupa, e usando toda sua força, conseguiu puxa-lo para dentro, caindo sentada no chão – V-Você está bem?

–Sim... Obrigado! – Disse sorrindo, e estendendo a mão – Meu nome é Natsu!

–M-Meu nome é-é... É Lucy! – Suas bochechas estavam coradas, podia senti-las queimando, e o motivo - Está era a primeira vez que via um garoto – Ela também estendeu a mão, tremendo em nervosismo.

–Princesa, eu... – A empregada (A única pessoa além da garota que vivia na torre) abriu a porta, e os olhando surpresa, estagnou-se.

–Princesa? – O garoto de cabelos rosados olhou para a pequena, e então para a mão dela, a qual segurava. Sem jeito, ele se aproximou, beijando delicadamente as costas da mão dela.

–Princesa, porque o dragão está aqui? – Perguntou a empregada, porem sem obter resposta – Princesa?

A garota estava totalmente vermelha, seu cérebro ainda processava o beijo em sua mão.

–Você está bem? – Perguntou o rosado, a acordando.

–S-Sim... – Ela o encarou por alguns segundos – Você é... O dragão?

–Sou... – Um completo silêncio.

–Você não parece um temível dragão que cospe fogo... – Disse perplexa.

–Eu sou um dragão! – Afirmou, soltando fogo para o alto.

–Nossa! – Os olhos castanhos se iluminaram – Isso é tão legal! Faz de novo...

–Já fazia muitos anos que não a via sorrir dessa forma... – Pensou a empregada, encostada contra a parede.

–Virgo, a cortina está pegando fogo! – Um grito a despertou. As duas miniaturas corriam em desespero de um lado para o outro... Correção, os três corriam desesperados de um lado para o outro.

Cansado de correr, o garoto pegou a cortina e a atirou pela janela – Problema resolvido...

Paralisadas com o pensamento “O que foi isso?”, as duas garotas o encaravam perplexas.

–B-Bem... Princesa, eu vou buscar o jantar para vocês dois... – Disse Virgo, desaparecendo e deixando-os a sós.

Novamente aquele silêncio, uma séria dúvida do que falar passava pela cabeça das duas crianças coradas.

–V-Você não se queimou na cortina? – Indagou Lucy, nervosa.

–Não! – Respondeu sorrindo – Eu sou um dragão, aquilo não é nada para mim! – Disse em uma pose heroica.

–Mas você não tem escamas, nem asas ou uma cauda... – Reparou, analisando o garoto.

–Bem... Eu não sou exatamente um dragão... – O rosado se sentou de frente para a garota – Eu fui criado pelo dragão que guardava esta torre antigamente...

Entendo... – Falou atenta.

–Mas ele não era do mal... Ele apenas guardava está torre porque a bruxa o amaldiçoou, o prendendo nesta ilha... – Explicou.

–Eu posso te perguntar uma coisa?

–Claro...

A loira sorriu, e engatinhando, se aproximou do pequeno dragão.

–Você já viu o mundo que há além do horizonte? – Questionou, e encarando bem de perto.

–Eu já vi um pouco do que há lá das poucas vezes em que fui...

–E como é? – Seus olhos curiosos se iluminavam.

–Bem... – O menino procurava, mas não achava uma forma de descrever tudo. Forçando seu cérebro, uma ideia lhe surgiu – Eu vou te levar lá!

A garota o encarou estática. Suas mãos tremiam e lágrimas começavam a se formar em seu rosto – Você vai mesmo?

–É-É c-claro! – Vê-la naquele estado o fez entrar em desespero. Como agir nesse tipo de situação?

–Verdade verdadeira? – Verificou, fazendo beicinho na tentativa de prender o choro.

–Verdade verdadeira! – Confirmou, secando as lágrimas do rosto da princesa.

[...]

–Princesa, o jantar... – Anunciou, abrindo a porta. Ao entrar, encontrou o quarto em silencio.

A loira dormia em sua cama, enquanto sentado no chão, ao lado da mesma, estava o garoto, que admirava o rosto adormecido à sua frente.

–Dragão? – Chamou, dando um pequeno susto no garoto.

–Virgo, eu quero te pedir uma coisa... – Disse, se levantando e ficando de frente para a mulher – Eu quero levar a Luce para passear pelo continente...

A empregada se sentou na beirada da cama, observando a princesa – Ela sempre esteve presa nesta torre por motivos que desconhece, jamais teve a oportunidade de conhecer algo além dessa ilha e nunca teve um amigo... – Ela se levantou, indo em direção ao rosado – Por favor, tome conta dela de agora em diante...

Ele sorriu, e dando uma última olhada na garota, saltou pela janela.

[Na manhã seguinte...]

Do lado de fora da negra torre, alguém escalava os tijolos, um pequeno ponto rosado conhecido como “O Dragão”.

–Será que ela já está acordada? Será que vai demorar muito para se arrumar? – Se perguntava, olhando em direção à janela – E se ela estiver trocando de roupa? – Seu rosto corou, enquanto um fio de sangue escapava de seu nariz.

Sacudindo a cabeça para espantar os “maus” pensamentos, o garoto continuou a subir, até que finalmente alcançasse a janela. Espiou, verificando que não havia ninguém em estado de nudez. Seu olhar passou por todo o quarto, parando na loira, que sentada na cama, encarava as próprias pernas, nervosa.

–Você está pronta? – Perguntou Natsu, invadindo o quarto.

–Hai! – Gritou assustada.

–Ela é tão fofa! – Pensou, tentando desviar o olhar, que insistia em voltar para a garota. Ela estava perfeita... Vestia um vestido azul, com pequenos detalhes brancos, calçava botas em um tom de marrom claro, nas costas uma pequena mochila, aparentemente lotada ao ponto de estourar, os cabelos dourados e lisos soltos.

–Essas roupas estão boas? – Perguntou, com as bochechas avermelhadas.

–Você está muito bonita! – Respondeu com um enorme sorriso.

–Princesa... – As duas crianças encararam a empregada, que misteriosamente saíra debaixo da cama.

–O que você estava fazendo aí? – Questionou Lucy.

–Bem, podemos ir? – Sorriu Natsu.

–Hai! – Respondeu alegre, correndo até a janela, onde, sentado, estava o dragão a sua espera – Como nós vamos ir?

–Com a ajuda dele! – Falou, apontando para algo que voava ao redor da torre – O gato alado de botas!

–Aye! – Um pequeno gato, de pelagem azul e asas brancas, usando botas de couro e um chapéu, pairava em frente aos dois – Meu nome é Happy. Prazer em conhecê-la, senhorita!

–Prazer em conhecê-lo Happy, meu nome é Lucy!

–Eu estive observando a cena de agora a pouco, e se me permite... – O felino respirou fundo, e sorrindo, cobriu a boca com as patas – Eles se goxxxtam!

Um silêncio, duas crianças estupidamente coradas, e um gato, que após ser socado pelo dragão, aterrissou de cara no chão, lá em baixo...

Nervosa, a garota abaixou o olhar, sem conseguir falar algo ou sequer encara-lo. O mesmo acontecia com ele.

–Bem... E-Eu gosto de você... – Disse, desviando o olhar. Ela, que até então encarava o chão, levantou o olhar em sua direção – M-Mas não é desse jeito... É daquele... É daquele jeito, sabe?

A pequena riu do desespero do rapaz, que sem jeito, a encarava.

–Bem, estão prontos? – Happy, totalmente recuperado de sua esmagadora queda, pousava na janela.

–Claro! – Gritou o rosado animado, disfarçando o rosto corado.

O pequeno felino segurou Natsu, que por sua vez segurou Lucy, e levantou voo em direção ao continente.

–É tão lindo! – Exclamou a princesa, admirando o pequeno ponto de terra que surgia ao longe, em meio à imensidão azul.

–Bem, eu irei resolver alguns assuntos... Então se virem sozinhos! – Disse o gato azulado, logo após pousar, e dando as costas, completou – Nos encontramos aqui às 18:00.

–Assuntos? – Será que ele não precisa da nossa ajuda? – Perguntou a pequena, preocupada.

–Não se preocupe, ele apenas vai dar em cima de uma gata que ele conheceu.

–Entendo... – A loira olhou ao redor – Aonde você vai me levar? – Questionou alegre, segurando a mão do chibi, que corou de imediato.

–Bem... Eu não planejei nada... Então... – Respondeu nervoso.

–Então vamos apenas passear pela cidade até que você se decida! – Sorriu, puxando-o pela mão.

Os dois caminharam pelas ruas lotadas de pessoas, atraíram olhares pelo ar maravilhado da garota, visitaram lojas de comida a pedido do rosado, lojinhas de itens e outras coisas mais. Natsu carbonizou alguns nobres que olharam de maneira pervertida para a inocente Lucy, e logo depois tiveram que fugir dos guardas, e agora se encontravam sentados em um banco do porto, que dava uma bela vista do mar, da praia e do farol.

–Ronck – Um tímido ruído. O garoto olhou para a pequena, que vermelha, tentava disfarçar, e então sorriu, a puxando pelo braço.

–Vem, vamos comer algo!

Entraram em um pequeno restaurante, sentando-se em uma mesa ao lado da janela.

–Natsu? – Disse a mulher que vinha atendê-los.

–Oi tia! – Falou sorridente.

Então você finalmente voltou (Para comer de graça)... – A garçonete olhou para a garota – E trouxe uma linda jovem consigo! – Sorriu maliciosamente, deixando o rosado vermelho, enquanto a loira, sem entender, os encarava – Como é o seu nome garotinha?

–Meu nome é Lucy...

–Lucy, que nome fofo! – As duas conversaram por algum tempo, no qual ela insistia em apertar as bochechas da pequena. A conversa e os avisos de “Se cuide com ele” duraram até que Natsu gritasse, tentando salvar a sua imagem de boa pessoa, e convencendo ela a servi-los.

–Aonde você vai me levar depois? – Perguntou sorrindo.

–É surpresa! – Respondeu com a boca abarrotada de comida.

–Então irei aguardar ansiosa! – Falou, olhando pela janela e imaginando tudo que ainda poderia conhecer ao longo daquele dia.

[...]

–Bem, podemos ir! – Falou alegre, segurando a mão da princesa e voltando a andar pela cidade – Eu vou te levar em um lugar muito divertido!

A pequena apertou a mão do garoto, e com um sorriso tímido e um leve rubor na face, enquanto caminhavam pelas ruas.

–Mas primeiro nós teremos que passar em um lugar.

Andaram durante alguns minutos, chegando a uma pequena casa em forma de um cogumelo, um pouco afastada da cidade.

–Voltei! – Gritou Natsu, que com um chute, fez a porta voar contra a parede. Perplexa com a delicadeza do garoto, a loira o encarava – Vamos!

–Seu idiota, precisa explodir a porta todas as vezes? – Uma voz o repreendeu.

A garota entrou ao lado dele, olhando tudo ao redor, percebendo uma pequena e branca gata, que sentada à mesa, tomava chá, acompanhada por...

–Happy? – Disse surpresa.

–Lucy, Natsu... O que vocês estão fazendo aqui? – Questionou entre um gole e outro de chá.

–Nós viemos falar com a Wendy – Respondeu, invadindo um quarto qualquer.

–Natsu-san? – Pronunciou alegre, aparecendo de trás de uma cortina e revelando-se uma jovem de cabelos azuis, talvez apenas um pouco mais velha que eles, e que animada, pulou sobre o garoto.

Voltando ao chão, as duas garotas ficaram se encarando através de um silêncio angustiante.

–Meu nome é Wendy! – Disse com um sorriso, estendendo a mão.

–Meu nome é Lucy! – Respondeu nervosa, apertando a mão da azulada.

–Natsu-san, vai querer o mesmo de sempre? – Indagou, o guiando até uma poltrona.

–Isso mesmo!

–Essa garota bonita é a sua namorada? – Sussurrou.

–AAAAAHHHHH!!!! – Gritou nervoso, explodindo em vermelhidão.

Meio que sem entender a situação, a pequena Lucy se dirigiu à mesa na qual o casal de gatos tomava chá, sentando-se de joelhos – Happy...

–O eu foi princesa? – Falou o gato alado de botas.

–O que está acontecendo ali? Você sabe?

–Bem... – Começou, tomando mais um gole e respirando fundo – Digamos que o Natsu, o herói da sua história, é o tipo de idiota que enjoa em coisas que se movimentem, então ele procura pela Wendy, que possui feitiços para ajuda-lo...

–Entendo... Sussurrou, espiando o tratamento – E porque ele não fica enjoado com você? – Questionou inocentemente.

Totalmente horrorizado, o felino a encarava, deixando sua xícara cair no chão – Eu não sou “uma coisa que se movimenta”... Sou o amigo dele...

Entrando em pânico por ter dito coisas tão cruéis, a loira soltava palavras aleatórias, procurando por algo que pudesse ser usado em tal situação – É, eu, me... Eu... Me desculpe... Não foi isso... Não foi o quis... – Em meio a gestos nervosos, lágrimas começavam a se formar em seus olhos.

–BAM!

Uma xícara se arrebenta contra a cabeça de Happy, que apenas caiu em coma no chão – Seu idiota, não faça esse tipo de brincadeira com a garota! – Dizia a gata branca.

–Aye, Charuru... – Suas últimas palavras antes de sua alma abandonar seu corpo.

–Não chore... – Disse, oferecendo chá e bolo para a pequena – Meu nome é Charl!

–O meu nome é Lucy... – Se apresentou, secando as lágrimas.

O tempo continuou a passar, Charl havia conseguido animar Lucy, Wendy enfeitiçava Natsu com um encanto anti-enjoo, e Happy... Ele continuava em coma.

–Bem... Vamos Luce! – Disse sorrindo, estendendo a mão para a garota, que o olhava – Eu posso te chamar assim, certo?

–C-Claro... – Respondeu corada, segurando a mão dele – É-É fofo!

Trocaram mais alguns sorrisos, e correndo, desapareceram da casinha em forma de cogumelo.

Em meio à calmaria que havia se tornado o local, o tempo congelou, e várias imagens começaram a passar diante dos olhos da gata.

–O que foi Vidente Charl? – Questionou a azulada em tom de brincadeira.

–O tudo acabará, para que assim um novo possa começar...

–O que foi isso? – Perguntou a garota, assustada.

–Chame aqueles dois! – Gritou, indo em direção à porta, mas era tarde demais...

–Uma visão?

–Sim... Uma visão de algo que mudará o mundo daqueles dois...

[...]

–Chegamos Luce! – Falou, tirando as mãos que cobriam os olhos da garota.

–I-Isso é... – Disse surpresa, mordendo os lábios enquanto algumas lágrimas escorriam.

–P-Porque você tá chorando? – Não gostou? – Questionou apavorado, pois acreditava que ela iria adorar o lugar, já que o admirou o dia todo.

–Não é isso... É que este é o dia mais feliz que já tive... – Sorriu tímida, secando as lágrimas, e em alguns poucos passos, abraçou o rosado, escondendo o rosto em seu peito.

–SEJAM TODOS BEM VINDOS AO PARQUE DE DIVERSÕES MÁGICO FAIRY TAIL: ONDE SUAS FÁBULAS TE AGUARDAM! – Anunciava a voz vinda dos auto falantes. As pessoas passavam, cruzavam de um lado para o outro, o relógio girava em seus míseros segundos, as vozes de fundo, distantes, ecoavam pelo nada... O nada que havia se tornado o tudo ao redor das duas crianças, que apenas permaneceram ali, em meio à multidão que caminhava pela entrada do local.

Limpando o rosto, e sem dizer uma única palavra, a princesa pegou novamente a mão do dragão, correndo por todo parque, enquanto admirava brinquedo por brinquedo.

–Em qual você quer ir? – Questionou Natsu, a olhando.

–Bem... Eu não posso decidir... Então me diga você... – Respondeu envergonhada.

–Bem, se é assim... Então vamos em todos! – Berrou animado.

–Espere, eu não quero gastar o seu dinheiro... – Se desculpou.

–Não tem problemas... – O garoto começou a andar em direção à bilheteria, guiando-a pela mão – Durante algum tempo, eu apenas vinha para o continente para fazer alguns trabalhos, na tentativa de conseguir dinheiro... Eu fiz isso apenas por esse dia, então temos que aproveitá-lo ao máximo, certo?

O que responder para aquelas palavras... Ela simplesmente não sabia! Seus se encheram de lágrimas novamente, porem as segurou. Queria aproveitar ao máximo aquele dia, ao lado daquele que fazia ela se divertir tanto...

Uma fila de bilheteria depois...

–Então, já decidiu em qual vai querer ir primeiro?

–Eu quero ir naquele ali! – Apontou animada, puxando o garoto em direção ao carrossel.

Entraram na fila, que após algumas encaradas do garoto, encolheu drasticamente.

–Espero que se divirtam no Pegasus Fantasy! – Disse o mago que manipulava a atração. Todos em seus alazões (Natsu montado ao contrário, pois assim poderia contemplar o sorriso de Lucy, que estava no cavalo atrás do seu), o brinquedo começou a rodopiar através das luzes mágicas e de uma romântica melodia.

Quando desceram do carrossel (No qual acabaram indo três vezes), a loira pegou a mão do rosado, correndo através das pessoas.

Alguns (Muitos) brinquedos depois...

–Você tem certeza que quer entrar aí? – Questionou, receoso.

–Se você vier comigo! – Respondeu confiante, abraçando-se ao braço dele. Uma enorme placa mágica ditava a regra “Apenas casais”, posta na entrada... A entrada da Casa dos Horrores.

O local era escuro, húmido, as paredes vermelhas encobertas de desejos e estagnações, a doce lira em notas nada agradáveis... De pontos em pontos, pequenos fachos de luz surgiam, acompanhados de um medo psicológico do que há além.

Tremendo, a garota continuava abraçada ao braço do dragão, que apenas encarava as aberrações, sem reação alguma. Andaram por um longo tempo, em meio a “Buh’s” e “Kyah’s”, finalmente chegando ao que parecia um ponto sem saída daquele nefasto labirinto, um longo corredor negro. Chegando ao final do mesmo, um enorme bolo de carne humanoide, que carregava “HOMEM” em seu peito, saltou sobre eles.

Com o enorme susto, Lucy gritou, caindo no chão, e chorando, se levantou, correndo até se perder na escuridão infinita. Natsu correu atrás dela (Mas não sem antes explodir o homem). Correu o mais rápido que podia, atravessando paredes e monstros, perseguindo o agradável perfume que flutuava pela inquietante atmosfera, a achando encolhida em um ínfimo canto.

–Me tira daqui... – Pediu, levantando o olhar.

–Certo, vem comigo... – Ele pegou sua mão, porem ela não andava, estava travada no pequeno círculo de luz.

–Me leve nas suas costas... – Pediu, abraçando-o pelas costas, com um pequeno beicinho formado.

Sentindo o calor das gostas do garoto e a segurança que ele lhe dava, a loira adormeceu, enquanto o rosado continuava em sua busca por uma saída, resistindo a toda vontade de simplesmente mandar tudo pelos ares.

Finalmente uma saída, pela qual tanto procuraram...

–Luce... – Chamou, atravessando a multidão, buscando um local mais calmo – Luce... – Chamou novamente, percebendo então que ela dormia. Com um sorriso, continuou andando, chegando a um silencioso gramado. Provavelmente estava cansada após todo aquele pavor...

Mesmo que lenta, a tarde continuou a passar, sem que sequer fosse percebida...

–Natsu- chamou sonolenta. Ao abrir os olhos, notou que estava deitada ao lado do garoto, que a abraçando, se apoiava em uma das várias árvores – Natsu...

O garoto havia adormecido enquanto a admirava.

–Ele é tão fofo enquanto dorme... – Pensou, cutucando o rosto do rapaz.

–RONCK!-

Aquele som ecoou pelo parque. Rindo, Lucy observou Natsu acordar assustado com os ruídos do seu próprio corpo.

Recuperado do susto, os dois resolveram provar os muitos doces que encontravam pelo caminho.

–Aonde nós vamos agora? – Perguntou a pequena, enquanto tentava compreender o complexo processo de devorar um Fairyburguer sem se sujar toda.

–Só tem mais um lugar para irmos... – Respondeu, olhando em direção à roda gigante, que lentamente completava suas simples voltas.

Os olhos da princesa se iluminaram, enquanto o rosado a levava à atração, que possuía uma enorme fila.

–Droga... Nós não temos tanto tempo para perdemos... – Reclamou, começando a se mostrar preocupado.

–Hoje foi muito divertido, então não me importo se tivermos que voltar... – Disse a loira, tentando disfarçar a tristeza.

–Não mesmo! Nós vamos na roda gigante, não importa o que... – Respondeu, levantando o rosto e a encarando.

–Mas se não voltarmos, você vai...

–Não me importo... Desde que possa passar cada segundo ao seu lado neste dia perfeito, eu não me importo...

Tendo duas palavras contraditas por suas ações, a garota derramou lágrimas de alegria. Tudo que ela queria era o mesmo que aquele dragão idiota.

–Idiota... – Sussurrou, abraçando-se ao peito do garoto.

–Me desculpe... Mas eu e a minha namorada não pudemos deixar de escutar... – Um homem, acompanhado de uma mulher, lhes falava – Podem passar na nossa frente!

Sem saber como reagir, as duas crianças o fizeram, se olhando enquanto a história se espalhava por cada uma das pessoas da fila, que sorridentes, sediam seus lugares, até que os dois estivessem nos pequenos degraus da entrada do brinquedo, de frente à maga que o manipulava.

–Se divirtam na Tsuioko Merry-Go-Round! – Desejou, começando o processo de lançar feitiços nas engrenagens.

Sentados em um dos bancos das diversas cabines, Lucy se deitava sobre o ombro de Natsu, segurando sua mão, admirando, ao longe, o horizonte, onde calmamente o sol se punha sobre o vasto oceano, algo que já haviam visto muitas e muitas vezes, mas que agora possuía um novo significado, enquanto o silêncio das alturas cantava doces melodias...

–Esse momento é perfeito... – Pronunciou a princesa, admirando o crepúsculo escarlate do ponto mais alto da cidade – Eu quero que este momento pudesse se repetir a cada dia...

–Luce... – A garota o olhou, com o mais belo dos sorrisos no rosto. A roda gigante acabava sua última volta, em uma contagem regressiva para as palavras guardadas pelo dragão – Eu te amo...

O brinquedo parou. Todos olhavam a porta se abrindo e Natsu saindo.

–Rápido, suba nas minhas costas! Nós não temos muito tempo... – Disse sério. Assim que ela o fez, ele correu o mais rápido que pode em direção ao porto, onde havia combinado de se encontrar com o gato alado de botas.

–Happy! – Gritou o rosado.

–Me desculpe... – Uma voz se intrometia – Desde que finquei a xícara nele, esse gato esta assim, desmaiado... – Disse Charl, olhando para o felino em seu colo.

–Droga... Como vamos voltar agora? – Berrou, batendo a cabeça contra uma parede. Não conseguir retornar antes que a bruxa dessa falta deles... Esse não poderia ser o final... Poderia?

–Subam no meu barco, eu os levarei... – Outra voz intrometida.

O garoto o encarou sério. Um bondoso senhor em roupas de capitão pirata, tendo um gancho em uma das mãos, aparecia do nada, dizendo que os levaria até a temível ilha... Isso realmente era muito suspeito, mas eles não tinham escolha...

–Natsu, vamos... – Disse a garota, puxando o garoto pela mão.

O barco saiu do porto, navegando em direção à ilha da torre negra...

–Porque você está nos ajudando? – Questionou o nosso herói.

O homem hesitou, olhando algumas vezes para Natsu e Lucy, e então suspirou – Estou atrás da mulher que amo...

Ele desviou o olhar para as crianças, na esperança de que fossem crias de merda e achassem a história entediante e dormissem, mas ali estavam elas, atentas a cada palavra.

–Vocês não vão desistir, estou certo? – Questionou, sorrindo, enquanto controlava a pequena embarcação.

–Não mesmo! – Gritou o rosado, seguido pela confirmação em forma de um fofo sorriso da loira.

–Certo... Alguns anos atrás, eu e minha antiga tripulação estávamos navegando por terras distantes, pelas terras dos gigantes e dos homens peixes, por um mundo de sonhos e pesadelos, e em meio a tudo isso, conheci uma linda sereia de cabelos azuis, pele alva, a mais doce das vozes e a mais fofa das personalidades, seu único problema foi ter se apaixonado por um idiota... Mesmo sofrendo com palavras e ações, ela nunca parou de me seguir, como uma verdadeira stalker... – O tempo passava, a embarcação balançava pelas ondas. O dragão agradecia ao feitiço de Wendy, enquanto o capitão finalizava sua história de amor - ... E então tivemos uma briga, na qual eu lhe disse coisas terríveis... Então em lágrimas, a minha doce sereia desapareceu em meio ao tempestuoso oceano – Uma única e passageira lágrima escorreu por seu rosto – Quando percebi o que realmente sentia, era tarde demais... Mas decidi que iria encontra-la, e para isso deixei minha tripulação, peguei este pequeno barco e sai pelos mares... E depois de todo esse tempo, eu finalmente a encontrei... – Seus olhos se levantaram, encarando o céu tempestuoso e a negra torre.

–Essa história é triste e bonita ao mesmo tempo... - -Disse Lucy, ficando de pé junto de Natsu.

O homem sorriu – Apenas me pergunto que tipo de sentimento ela nutre por mim desde então...

–Você só vai descobrir se perguntar a ela... – Respondeu o garoto, se preparando para desembarcarem na ilha.

Um relâmpago cortou os céus...

–A bruxa já deu por nossa falta... – A pequena se encolheu, seu corpo tremendo, temendo a terrível mulher.

O dragão ficou de frente para ela, a abraçando – Não se preocupe... Tudo que eu tenho que fazer é ir lá e espancar aquela velha, certo?

O barco atracou na ilha, que totalmente envolvida em escuridão, pelo silêncio de algo perto de seu fim, apenas desafiado pelo forte som do vento e dos trovões.

–Porque vocês não fugiram? Não acham que é idiotice voltarem para cá depois de tudo? – O capitão os questionou.

–Ela não iria simplesmente nos deixar livres, vivenciando momentos felizes... – Respondeu o garoto.

–Entend... – Uma doce canção ecoava pela ilha, uma melódica e angustiante voz, algo que se tornava impossível de resistir – E-Essa voz...

O homem correu pela praia, desesperado, não se importando com os tropeções e as vezes que caiu, até que chegasse ao ponto onde pode avistar a pedra em meio à água, sobre a qual estava ela, a pessoa que entoava tal canto.

Lágrimas começaram a descer, incessantes, pelo rosto dele, que entrando no mar, correu até ela, a doce sereia, que triste, cantava.

–V-Você... – Disse ela, perdendo sua voz em lágrimas.

O homem acariciou o pálido e assustado rosto, enquanto a chuva começava a cair sobre a ilha. Tímido, falou – Eu queria me desculpar... Pela última vez...

–BAM!-

Uma voadora de Natsu o acertou em cheio, o estendendo no chão. Se levantando, e visualmente irritado, o encarou, pronto para berrar em fúria, porem não teve tempo para tal.

–Você não passou todo esse tempo atrás dela para dizer essa merda toda! – Gritava, apontando-lhe o dedo – Diga o que você veio dizer!

O capitão sorriu, e chegando mais perto da sereia, pegou uma de suas mãos – Eu te amo... Eu passe todo esse tempo perseguindo seus rastros apenas para te dizer estas palavras... Não me importo se elas não tiverem mais nenhuma importância para você... Mas eu te a... – Ele foi calado por um beijo, um longo beijo roubado.

Quando se separaram, trocaram olhares a poucos centímetros... E uma voz os atrapalhou.

–Tio, como é o seu nome e o da tia sereia? – Berrava Natsu, recebendo alguns cascudos da pequena princesa posteriormente.

–O meu nome é Gray! – Gritou sorrindo, enquanto pegava a azulada em seus braços – E o nome desta perfeita mulher pela qual me apaixonei é Juvia!

O clima alegre e romântico poderia muito bem durar para sempre... Mas não em meio ao caos que aquilo estava... Percebendo os vários movimentos dentre as folhagens, finalmente notaram que estavam cercados por estranhas criaturas, observados por dezenas e centenas de olhos vermelhos imersos em sombras espinhosas.

–Deem o fora daqui! – Falou o dragão, enchendo o peito e se preparando para a batalha.

–Me desculpe, mas eu não posso fazer isso... – Respondeu o moreno.

–Idiota, essa batalha não é sua... – Seu olhar sério encarava ferozmente cada um dos monstros – E porque você tá pelado! – Gritou.

–Na verdade a Juvia não pode deixar a ilha – A mulher de cabelos azuis se intrometeu – Durante todos esses anos a bruxa me manteve presa à ilha, como uma das armadilhas...

–Agora eu tenho um motivo para lutar – Disse, parando ao lado do garoto – Deixe esses caras comigo, vá até a bruxa... Você precisa salvar a sua princesa, não estou certo, dragão?

O rosado sorriu, e pegando a mão de Lucy, correu pela floresta, em direção à torre.

Uma corrida depois...

Os dois encaravam algo... Por algum motivo havia uma porta na base da torre, um provável convite para uma armadilha...

–Vamos entrar por aqui – Disse sério.

–Espere... – A loira o parou pela mão – Isso não te parece nem um pouco suspeito?

–Isso é muito suspeito, é por isso que eu vou fazer ISSO! – Com um poderoso chute, o rosado enterrou a porta na parede – Acho que tinha alguém do outro lado.

–Era eu, Taurus, o touro guardião... – Sussurrava em uma quase morte, passando despercebido.

–Porque você está fazendo tudo isso por mim? – Questionou, parada em meio aos destroços do primeiro andar, encarando o garoto.

–Porque esse é o único jeito de poder ficar ao seu lado – Respondeu, segurando a mão da hesitante garota – Eu faço isso pelo meu desejo de poder ver o seu sorriso todos os dias...

O dragão olhou para as escadas, que circulavam pelas paredes em espirais, e ao lado da garota, correu pelos degraus que levavam ao quarto mais alto, onde estava o último obstáculo em seu caminho.

A porta do quarto da princesa estava em cinzas, um silêncio de angustias se espalhava por cada canto. Próximo a uma das paredes do quarto, havia alguém atirado contra os tijolos empilhados, e percebendo quem era, os olhos da pequena se arregalaram em preocupação.

–Virgo! – Gritou, correndo até a mulher, que toda machucada, se forçava a não perder sua consciência.

–Princesa... Me desculpe... Eu tentei... – Disse. Sua visão já estava sem foco, e então não mais aguentando, ela desmaiou.

–Virgo! – Gritou Lucy, a sacudindo.

–Não se preocupe, ela vai ficar bem... – O dragão a confortou, tocando em seu ombro – Agora vamos pulverizar aquela bruxa!

–Hm! – Concordou, se levantando, e andando ao lado do garoto, invadiram o quarto.

–Então vocês voltaram! – Sorria friamente – Bem, isso me poupou o trabalho de ter de caça-los...

–Cala a boca, seu traveco de merda! – Berrou Natsu, soltando uma rajada de fogo pela boca.

A explosão resultante do ataque destruiu parte do quarto, porem a bruxa continuava em pé, sem um mísero arranhão, protegida por um escudo envolto em sombras e inveja.

–Traveco? Quem você está chamando de traveco? – Gritava exaltada – Eu sou uma bela dama!

–Cala a boca, traveco! – Ele fez questão de enfatizar o “traveco” – Você até tem um XXXXX!

O rosto da vilã adquiriu uma expressão de raiva, enquanto que o da princesa se tornava rubro ao ouvir tal palavra.

–Sim, você tem razão... EU SOU UM TRAVECO! – A falsa voz de mulher deu lugar a uma voz grave, que berrava – E é por isso que eu preciso desta garota! Assim que seu corpo amadurecer, eu irei transferir minha alma para ele, e assim me tornarei a mais perfeita e bela das mulheres! E é por isso que você n...

Um soco na cara do homem/mulher o interrompeu, o soco de Natsu, que berrando, o fincou no chão.

–Você acha que vou te deixar fazer isso? – Seus dentes cerrados, os olhos consumidos pela fúria – Eu vou te bater até não poder mais! – Uma segunda explosão de chamas, ainda maior que a anterior.

–Ku ku... Hia ha ha ha! – Ria histericamente, arremessando o rosado contra o teto – Seu dragão idiota, você acha que pode me derrotar?

–Solte ele! – Gritou Lucy, que usando um chicote com uma lâmina na ponta, abriu um grande corte sobre o olho da bruxa, a fazer recuar alguns passos enquanto colocava a mão no ferimento e olhava para o sangue, soltando o garoto, que ofegante, tentava recuperar o folego.

–Não aguento mais... Irei matar os dois! – Gritou, transformando seus braços em braços de um demônio, atirando rajadas de magia negra de suas mãos, causando uma terceira explosão.

Neste exato momento, Gray caia exausto nos braços de sua amada, após derrotar o último dos monstros.

–Será que eles estão bem? – Questionou Juvia, abraçando-o fortemente contra seu peito.

–Não se preocupe, aquele projeto de dragão anão idiota não vai perder até salvar aquela garota... – Disse, perdendo litros e litros de sangue em uma hemorragia nasal. O poder dos peitos de uma sereia...

Na pequena casa em forma de cogumelo...

–Será que o Natsu-san e a Lucy-san ficaram bem? – Preocupada, Wendy caminhava de um lado ao outro da casa – Charl, você não pode usar o seu poder para descobrir?

–Me desculpe, mas por algum motivo eu não consigo fazê-lo... – Respondeu, enfiando uma bolsa de gelo no enorme galo na cabeça do felino azul.

–Não se preocupem... Ele é meu amigo, por isso não vai perder... – Falou Happy, acordando de seu coma – Ele tem que salva-la, a mulher que ama...

Torre Negra...

Lentamente a negra e densa fumaça começou a se dissipar, revelando apenas uma enorme cratera no chão do quarto.

–Hia ha ha ha! – Ria escandalosa – Fim da história... Agora apenas preciso achar outra bela garota...

–Não tão rápido, bruxa! – Uma voz paralisou a vilã.

–Quem está aí? – Seus olhos enraivecidos olharam freneticamente ao redor, e os voltando para cima, em direção ao tempestuoso céu, avistou alguém... Uma fada de armadura!

–Como ousas fazer isso à minha protegida? – Uma aura sanguinária se formou ao seu redor. Ao seu lado, as duas crianças flutuavam, inteiras e conscientes – Agora eu, Erza, a fada escarlate, irei puni-la! – Um intimidante olhar em seu rosto, e apontando uma enorme varinha em forma de lança, explodiu todo o andar da torre – Dragão, agora! – Gritou em meio ao seu ataque.

Enchendo ao máximo os pulmões, o rosado colocou todo o seu poder restante na forma de uma única bola de fogo, a cuspindo contra a bruxa.

–BOWM-

Uma gigantesca explosão iluminou os céus, tendo seu brilho visto de diversos lugares distantes, vários reinos e vilarejos ao redor do mundo, em cidades submersas ou flutuantes, uma explosão tão forte que destruiu andar por andar da torre, transformando tudo em uma enorme pilha de escombros, restos de um passado de sofrimento e dor.

Quando a poeira e cinzas baixaram, Natsu, Lucy e Erza desceram ao chão, caminhando até o local onde se encontrava a bruxa derrotada.

–Seu dragão maldito, como ousas me trair? – Questionou, tentando se por de pé.

–Eu não te trai, eu apenas fiz o que me foi dito por meu pai antes de ser morto. Ele disse “Lute pela garota que ama, pequeno idiota...”. – Respondeu, e se aproximando, levantou a mão – Agora morre de uma vez! – Gritou, dando um cascudo na bruxa, deixando-a inconsciente.

Após longos minutos depois do término desta última batalha, Gray, carregando Juvia em seus braços, chegou ao local.

–Deve ter sido uma batalha difícil... – Comentou, analisando a quantidade de destruição que havia sido causada. Notando a fada, ele perguntou – Quem é ela?

–Sou Erza, a fada escarlate! A guardiã da pequena Lucy! – Apresentou-se. O clima de final feliz tomava conta deles, que riam incessantemente.

–Bem, eu vou indo na frente, tenho que arrumar o barco que foi danificado por aqueles monstros de merda... – Falou o Capitão, se levantando e desaparecendo em meio às árvores, juntamente de sua sereia.

–Arrumar o barco, sei... – Comentou o rosado, que atirado no chão, descansava.

–Lucy, venha aqui um pouquinho! – Chamou a ruiva, levando-a para um canto mais afastado e cochichando algo em seus ouvidos infantis. Enquanto escutava as palavras, o rosto da pequena se tornava mais e mais vermelho – Você entendeu?

–H-Hai!

O sol começava a nascer no agora limpo horizonte, sobre o infinito oceano, pintando o céu de um tom perfeito.

–Natsu... – Chamou a pequena – Fique em pé...

Sem entender o que se passava, o garoto apenas obedeceu, postando-se frente a ela – O-O que foi? – Perguntou curioso.

–B-Bem... – O rosto da loira tornou a corar – V-Você é-é o herói... E derrotou o vilão... Então e-eu vou retribui-lo c-com meus sentimentos...

Fechando os olhos, a princesa pulou sobre o dragão, caindo ambos no chão. Deitada sobre ele, seus delicados lábios tocaram os dele, enquanto seu rosto queimava e seu coração se mantinha acelerado.

Os braços do rosado deram a volta em torno da cintura da pequena, a puxando para si. Mexendo-se contra o sol, ela sussurrou três pequenas palavras – Eu te amo...

–Luce... Luce... Lucy... Acorda Lucy...

–Hã? Tia Mira? – A pequena esfregava os olhos sonolentos.

–Acorda, já está na hora de irmos para a guilda! – Disse ajudando a loira a se levantar – Com o que você estava sonhando?

–C-Como assim? – A garota corou instantaneamente.

–Você ficava repetindo “Natsu”, e no final você disse “ Eu te amo...” – Falou com um sorriso malicioso – Foi muito fofo! Depois que tomar banho, vai ter que me contar esse sonho...

A garota olhou sobre a escrivaninha, onde uma pilha de romances e contos de fadas ameaçava desmoronar, e sorrindo, se levantou, correndo em direção ao banheiro – Vou não!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
Comentem!