NaLu Chibi escrita por Happy


Capítulo 10
Não Estou Preparada Para A Chuva...




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Algumas horas antes...

–Mira, posso te pedir um favor?

–Claro! – Respondeu sorridente – De que você precisa Erza?

–Bem, eu estou pensando em fazer um trabalho, então você poderia cuidar do Natsu por algum tempo?

A albina sorriu novamente – Claro! Eu e a Lucy – Ela colocou ênfase em “Lucy” – Vamos cuidar muito bem dele. Não precisa se preocupar!

–Obrigada Mira!

Agora...

–Será que está mesmo tudo bem em deixar o Natsu com a Mira? – Se perguntava. A ruiva andava por uma estrada em meio a um campo nas montanhas. Algumas árvores enfeitavam o caminho e um pequeno e velho murinho a acompanhava pelo lado direito.

Totalmente distraída, pensando em todos os problemas que o rosado poderia causar, esqueceu de prestar atenção na estrada, e em meio ao nada, esbarrou em um homem.

–Me desculpe sen... – Sua voz desapareceu ao ver o rosto deste homem – Jellal!

–Erza? – Pronunciou surpreso, abrindo em seguida um sorriso – Erza!

–A-A quanto t-tempo... – Scarlet tentava a expressão surpresa – O que você anda fazendo?

–Bem, eu e a Meredy estávamos indo à cidade que fica logo após este caminho, mas ela acabou indo na frente... – Disse, iniciando uma caminhada ao lado da ruiva – E você?

–Bem, eu estava indo fazer uma missão nesta mesma cidade... – Silêncio – P-Porque a Meredy foi na frente? Algum motivo especial?

–Bem, ela não me disse... – O mago parou, pensando... Se lembrando e juntando fatos – Entendo... Eu vou matar aquela garota... – Uma aura sombria se formou ao seu redor.

–J-Jellal? – Ele não parecia muito bem, ficava sussurrando coisas incompreensíveis.

–Ela foi naquela vidente, e depois sumiu com aquele sorriso dela... MEREDY! – Gritou, e com um passo em falso, o azulado caiu, levando a titânia consigo – Erza, me desc...

Os dois estavam caídos na grama. Seu corpo sobre o dela, suas mãos por algum motivo estavam nos peitos da maga, o que deixou ambos violentamente corados. Em um ato desesperado, Fernandes começou a balançar os braços no ar, procurando uma desculpa, mas toda essa agitação o fez cair mais uma vez, deixando seus rostos tão próximos. Os olhos brilhantes da ruiva, os lábios semiabertos, talvez esperando algo, a respiração ofegante, o rosto avermelhado, o coração acelerado, todos esses detalhes da mulher a sua frente entorpeciam seus pensamentos, deixando apenas uma escolha a se tomar: Diminuir a distância que os separava...

–Hu? Chuva... – Algumas gotas começaram a cair. Erza se perguntava quando o céu havia se tornado tão cinza.

–Erza, vamos... – Já de pé, Jellal estendia a mão na direção dela. Aquela chuva que estragará todo o momento havia o feito recuperar sua razão.

Com o rosto corado de pensar no que poderia ter acontecido, ela agarrou a mão dele.

–Deve haver alguma casa ou algum lugar onde possamos ficar até que a chuva passe... – Falou, tomando a maga nos braços como sua princesa.

–O q-que v-você está fazendo? – Scarlet estava desesperadamente vermelha.

–Nada! – Respondeu sorrindo.

Após caminharem por algum tempo, puderam avistar um galpão na beira da estrada.

–Finalmente um local para ficarmos... – Suspirou aliviado – Você está bem Erza? – Perguntou, olhando para o rosto da mulher em seus braços.

Ela estava dormindo. Durante a caminhada, escutando o bater do coração e sentindo o calor do azulado, ela acabou fechando seus olhos e adormecendo.

Vendo-a daquela maneira, ele sorriu, e entrando no lugar, se dirigiu até uma pilha de caixas na parede dos fundos, onde se apoiou ao se sentar, deitando-a em seu colo. A chuva do lado de fora ficava cada vez mais forte, não dava sinais de que fosse parar tão cedo.

–Quem será o cupido engraçadinho que deve ter planejando isso? – Se perguntava em pensamento, olhando o céu por uma pequena janela no alto da parede da porta.

O galpão era muito simples e velho. As paredes de madeiras desbotadas pelo tempo, o teto de zinco enferrujado, apenas uma janela e uma porta. Contra a parede dos fundos, várias caixas empilhadas e algumas pilhas de palha espalhadas, juntamente de algumas ferramentas, o interior mal iluminado.

O homem estava distraído, até que sentiu a ruiva apertar sua mão – Erza? – Sua expressão mudou repentinamente – Droga! Ela está gelada... – A maga tremia, sua pele estava pálida – Só tem uma coisa que consigo pensar em fazer...

Cuidadosamente, começou a retirar as roupas molhadas dela, depois arrumou um local para deita-la, e mexendo em suas coisas, conseguiu algo para cobri-la. Deitou ao lado dela, abraçando-a contra seu peito na tentativa de mantê-la aquecida. Ele se perguntava se aquilo era o certo, e a única resposta que conseguia era que salva-la era o mais importante.

[...]

A noite já havia chegado e a chuva e o vento forte continuavam, incessantes.

–Jellal... – Lentamente ela abriu seus olhos, dando de cara com o peito do mago adormecido, que a abraçava fortemente. Scarlet sorriu vendo o rosto adormecido do rapaz, acariciando-o com a ponta de seus dedos.

–Erza... – Sussurrou, despertando.

–Desculpe, eu te acordei... – Disse sorrindo.

–Não precisa se desculpar... – Sorriam um para o outro. Uma pequena lacrima criava uma luz fraca, um clima perfeito... Mas algo chamou a atenção.

Erza olhou para baixo do cobertor. Ela estava apenas com roupas íntimas, e então olhou para o rosto vermelho de Fernandes, também corando.

A maga saiu correndo em círculos, desesperada, ou pelo menos pensou em fazer isso, porem continuou abraçada ao mago, escondendo o rosto em seu peito.

–E-Eu posso explicar... – Ela o olhava totalmente corada, não com uma expressão de pânico, apenas o espiava com o rosto coberto pelo cobertor – É que devido às roupas molhadas, o seu corpo estava começando a ficar gelado, e para evitar uma hipotermia, eu as tirei e te aqueci... – Explicou envergonhado.

–Entendo... – A ruiva sorriu, e sob o cobertor, continuaram abraçados.

–Me pergunto quando esta chuva vai passar... – Comentou Jellal.

–Espero que demore mais um pouco... – Disse Erza, chamando-o a atenção.

Vendo o olhar brilhante que ela tinha sorriu. Calmamente seu corpo ficou sobre o dela, apoiando-se sobre um de seus braços. A mão livre acariciava o rosto levemente corado, passava pelos cabelos escarlates. Os lábios semiabertos o convidavam a algo novo, algo que desejará.

Lentamente se aproximaram. Ela fechou os olhos, com uma última pergunta em forma de sussurro – Desta vez você não vai fugir, vai?

A resposta veio com um leve tocar de lábios, que se tornava um longo e apaixonado beijo...


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