Isso a fazia lembrar que ainda estava viva escrita por Monica Romero


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Agora q estou de férias vai ser mais fácil postar.
Boa Leitura..



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Era inacreditável.
Eu já tinha imaginado como seria esse dia. Nos meus sonhos eu parava na frente dele, sem coragem o suficiênte para abrir a boca. Eu chorava e ele também. Nos abraçavamos e logo meus pais chegavam dizendo seu nome e sorrindo, Max abraçaria Hans e depois Rosa. Logo Rudy entrava e eu o levaria até Max e diria que aquele é Jesse Owens, o garoto de cabelo cor limões e das medalhas, meu algo-mais-que-um-amigo. E meu irmão e Paula, minha verdadeira mãe se juntavam a nós. Bárbara e seus filhos. Todos felizes. Sorrindo ao se encontrarem.
Eu estava feliz ao ver finalmente todos eles. Tinha esse sonho desde a destruição da rua Himmel.
Mas então um homem de cabelos loiros saia de um avião com um ursinho e me pedia para entrar. Ele me mostraria uma coisa. Eu ia até ele sorridente e apontava para o ursinho ele sorria e fazia que sim com a cabeça. Ele era o piloto. Ele repetia a mesma palavra que disse antes de morrer, mas eu nunca entendia, pois não era alemão. Eu entrava no avião e ele pilotava. Eu acenava para os outros pela janela, ainda sorrindo, mas eles começaram a chorar. Então a porta do avião ao meu lado era aberta e o vento me puxava. Quando eu caia eu estava novamente nos escombros da rua Himmel.
Eram sonhos tristes. Por algum motivo todos que estavam nele estavam mortos. Quando me dei conta disso, durante uma noite, eu chorei ainda mais, me perguntando se realmente perdi Max. Se ele também tinha ido embora.
Eu não conseguia parar de pensar nisso. Não queria desistir dele, assim como fiz com minha mãe verdadeira, não conseguiria suportar a culpa de não saber a verdade e desisitir.
Era como se todos que eu amasse me abandonasse. E não queria que Max fosse um deles.
Não sei por quanto tempo ficamos abraçados. Mas não era o suficiente.
Eu queria ver seu rosto. Quando soube que era ele fiquei tão extaseada que não me importei tanto, apenas queria senti-lo.
Mas eu não conseguia me afastar dele o suficiente para vê-lo. Por um momento eu soube que ele não seria mais aquele magrelo judeu do porão, ele poderia estar pior.
Preferi então deixar seus braços me apertar forte e sentir que aquilo era verdade.
–Max. Ai meu Deus. É mesmo você. Você não me abandonou.
Passei i dedo por seus cabelos e sorri ainda mais ao ver que estavam como plumas.
–Jamais iria te abandonar Liesel.
Chorei muito. Era a voz dele.
–Max...
Não conseguia acreditar.
Quando ele me afastou e segurou meus braços pude finalmente vê-lo.
Ele estava limpo e suas bochechas mostravam que estava sendo alimentado muito bem nas últimas semanas. Seus olhos azuis estavam marejando e felizes. Ele também chorava tanto quanto eu. E sua boca estava aberta em um sorriso. Ele não estava tão magro como imaginei que deveria estar. Ele estava forte.
–Liesel. Como você cresceu. Está com quantos anos? Quinze?
–Dezesseis. -Sorrio.
Ele seca minhas lágrimas delicadamente, mas sei que não vai adiantar nada, estou chorando tanto.
–Quando eu sai do campo estava tão feio que me inpediram por um tempo de sair do hospital. Quando eu estav um pouco melhor recebi um apartamento temporário e voltei a treinar. Então voltei a rua Himmel. Estava em uma aparecia mais saudável e estav enlouquecendo de saudade. Mas quando cheguei e vi todos os destroços... -sua voz se perde.
Lágrimas silenciosas saem dos seus olhos, assim como dos meus. Doloridas. Queimando a pele a sua frente.
–Pensei que estivesse morta. Mas ouvi dizer que houve um sobrevivente. Uma garota. Perguntei o nome e disseram o seu. Fiquei tão feliz que por um momento eu esqueci que ainda tinha que encontra-la. Me disseram que você estava trabalhando aqui. Aqui estou.
–Por que vocês não vão passear um pouco?
Levei um susto ao perceber que Alex ainda etava lá.
Assenti com a cabeça e me levantei.
Max me seguiu e me contou como foi os dias no campo. Os dias de trabalho.
Demorou um tempo para eu perceber, mas estávamos andando de mãos dadas. Mas fingi não notar. Era a minha vez de contar a história e queria apoio.
Contei para ele porque eu não fui atingida pelas bombas. E como foi encontrar os escombros. Da minha nova casa e família.
Mas naquele instante, de mãos dadas com Max, eu percebi que não tinha perdido tudo.


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Notas finais do capítulo

Pf comentem.
Bjo