Sobre Mentiras e Casamentos escrita por sobrehumana


Capítulo 8
Aquele da Ligação Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEE MEU POVO AQUI ESTOU EUUUU!
A fic atingiu 660 vizualizações MUIIIIITO OBRIGADA SEUS LINDOSSSS mas cade o mesmo numero de comentários hein hein hein??
SMEC TEVE SUA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!!!! OBRIGADA ANA CAROLINA MANSUR VC É LINDA E MARAVILHOSA E FLDKFJLKER;VLKD
Entao, estou num lugar onde a internet é escassa entao me desculpem se demorei para postar :xxxx
Esse capitulo ficou pequeno e meio chato, eu sei, mas ele é essencial na historia, ainda mais em relação ao lance Sirius-Lene-Remus.
Também há uma quantidade significativa de Jily e MT JUDY E HARRY PRA VCCCCCS
Apreciem sem moderação



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Chegava a ser assustador o quanto os olhos de Lily Evans brilhavam quando ela estava irritada.

James sempre achara graça da maneira que a ruiva bufava quando irritada, e de como colocava os cabelos atrás da orelha e andava de um lado para o outro quando discutia com alguém, mas se havia algo do qual ele nunca achara graça de era dos olhos de Lily.

Eles eram, no mínimo, impressionantes. Era um tom verde, beirando para esmeralda, mas misturado de vários riscos de azul. E quando ela estava irritada, ou extremamente feliz, os traços azuis se intensificavam de um modo tão bonito que James fez de irritar Lily um de seus passatempos favoritos, só para ver aquela íris oscilar entre verde e o azul mar. Mas é claro que disso ela não sabia.

Então quando ela lhe dava uma bronca sobre como não queria seus filhos envolvidos nas bagunças do idiota do Potter, de como ela se sentia ofendida por ele ter desobedecido suas ordens, etc., etc., etc., ele simplesmente não ouviu. Ele bem que queria, – Deus sabe o quanto a amiga era... hipnotizante quando dava sermões e afins, ainda mais com aquela saia curta e decote generoso – mas os como sempre ocorria naquelas ocasiões, ele simplesmente a ficava encarando com uma falsa expressão culpada enquanto admirava aquelas orbes e murmurava “Eu sei, Lily.”e “Me desculpe.” toda vez que ela parava para respirar.

“Eu sei, Lily.” Ele murmurou pela milionésima vez, mas sentindo-se realmente culpado. Harry e Judy não tinham nada a ver com aquela loucura toda, afinal. “Me desculpe.”

“Poxa James, por que você sempre faz as coisas sem pensar nas consequências?” Ela pergunta parecendo cansada e profundamente chateada, sentando-se finalmente em seu sofá ao lado de James. “Sabe que essa história não vai dar certo. Uma hora ela vai descobrir que tudo é uma farsa, e aí? Ela vai te largar, vocês dois sairão magoados nessa história! Eu não quero te ver sofrer por causa de nenhuma mulher, nunca mais, entendeu?”

Ele suspira e segura as mãos de Lily. Ele nunca seria capaz de agradece-la por tudo que já fez por ele. Em todos os momentos que ele precisou, desde problemas amorosos até os de perda. Principalmente após a morte do seu pai, quando James ficou sem chão e teve que assumir a empresa sozinho, e largou a faculdade para fazê-lo. Mesmo com um casamento para organizar, trabalhos e provas finais da universidade, ela deu um jeito de ajuda-lo com o que fosse preciso dentro da Potter’s County junto com Sirius e Remus. Sendo o curso de Lily administração – ela era um prodígio, sem mais -, Remus de Contabilidade e Sirius também de administração, os três ajudaram a reerguer a empresa do seu falecido pai, tornando-a uma das maiores de toda L.A.

Ele devia tanto a Lily, e ali estava ele, pedindo cada vez mais a ela, inclusive seus filhos.

“Olha, Lily, eu sei que eu não deveria te pedir isso, ok? Mas... sei lá. Talvez ela se apaixone por mim e me perdoe. Se você só fingir mais uma vez...”

Ela o encara com os olhos enormes e tristes.

“Eu já ouvi essa história antes. Com Emmeline, lembra?” ele estremeceu ao ouvir o nome. “Você teve muitas expectativas, e no final, ela estava te traindo com o seu vizinho.”

“Lil, não é a mesma coisa!”

“Como não?!” Ela exclama indignada. “Como não, James? É exatamente a mesma coisa. É você colocando fé em um relacionamento que sabe que não tem futuro!”

“Como seu relacionamento com Amos?” Ele não conseguiu evitar. Simplesmente odiava quando Lily ia com três pedras na mão para julgá-lo, mas não via o quão hipócrita estava sendo. Amos foi a pior escolha possível para marido e mesmo tendo dez anos desde que Lily o pegara com outra mulher, ele ainda sentia uma vontade imensa de socar o cara com a força de mil homens.

“Como é?” Ela se levanta irada, e seus olhos estão quase completamente azuis de raiva. James suspira. “Como ousa falar isso pra mim? Eu não coloquei nenhuma expectativa no meu relacionamento com o Amos, eu simplesmente me apaixonei e depois consertei a burrada ao ver o tipo de homem que ele era.”

“Mas foi exatamente o que aconteceu com Emmeline! Eu me apaixonei, vi que ela era uma completa vaca, e terminei tudo!” James se sentiu extremamente irritado. Por que eles estavam discutindo isso, pelo amor de Deus?

“A diferença é que você espera demais das pessoas em uma pequena quantidade de tempo! Você ficou com ela por, o que, dois meses antes de dizer que a amava? Não é à toa que ela correu assustada, Potter!”

“Ah, ok!” ele respondeu irônico. “E você diz isso com que moral? Se casou com o Diggory depois de dois anos de namorico.”

“Foram quatro anos de casada.” Ela murmurou. “Somando seis anos de convivência. E esse era o problema. Mesmo depois de todos aqueles anos com o maldito do meu ex-marido era como se eu não o conhecesse.”

Ele se acalmou e entendeu o que ela quis dizer. Lily não queria que ele se jogasse de cabeça em algo tão novo, e foi o que ele fez. Após uma noite com Jessica, ele inventou uma ex-mulher para poder ter uma chance de conhece-la melhor. Inventou dois filhos para a mesma por conta de um deslize da ruiva – ele não poderia a culpar, afinal, era Harry no telefone e ela estava preocupada com os filhos – e agora estava prestes a envolver Judith e o garotinho na bagaça toda.

Talvez ele estivesse carente. Talvez desesperado. Mas a questão era que, no final das contas, ele não tinha nada a perder. Se ele se apaixonasse de verdade – o que estava prestes a acontecer, ele pressentiu – seria apenas mais uma decepção para sua enorme lista no quesito vida amorosa. Tudo bem que ele poderia magoar Jessica no processo, mas ele já havia mentido, e como dizia Sirius: Não adianta chorar sob o leite derramado.

“Me desculpe por ter mencionado o Diggory. Eu não tinha o direito. Mas, droga Lily, eu quero tanto que isso dê certo. Pelo menos uma vez, alguma coisa tem que dar certo. Então eu estou te pedindo, por favor, deixe as crianças fingirem ser meus filhos? É só por um dia, para ver como as coisas vão sair.”

Lily suspirou e sentou-se novamente, encostando sua cabeça no ombro do amigo. Da posição em que James estava, ele tinha uma visão bem generosa do decote da ruiva, e logo se repreendeu quando encarou os seios fartos apertados pelo top.

Maldita hora em que a fiz mudar de guarda roupa. Ele pensou. Pelo menos antes as roupas dela cobriam 90% das partes essenciais.

Ele sempre esteve ciente do corpão de Lily, desde quando molhou sua blusa branca no dia em que se conheceram. No começo tudo o que queria era levar a garota para cama, mas depois eles se tornaram amigos e deixou o pensamento de lado. Mas por mais que ele tentasse, ela sempre aparecia com um short um tanto curto, um decote um pouco generoso, uma saia colada demais e ele simplesmente não podia ignorar aquilo. Então ele passou a conviver com isso, simplesmente evitando encarar os atributos de Lily Evans, mas nunca os ignorando.

Mas ela se tornou mãe e passou a usar roupas mais praticas para ir ao trabalho, sair, ou seja... Ela esqueceu de cuidar de si e sempre deu mais atenção aos filhos – ela não tinha ideia do quando James a admirava por isso.

Até ele pedir para que ela comprasse roupas novas e BUM! Lá estava a Evans da faculdade, vestindo saias apertadas e decotes novamente.

James simplesmente não podia evitar.

Então ele desviou os olhos para as escadas e fez cafuné nos cabelos ruivos, tentando adivinhar o que Judith e Harry estavam aprontando para tudo estar tão silencioso.

“Ok, eu vou te ajudar.” Ela disse depois de um tempo e ele sentiu o corpo dela relaxar contra o dele. Seus estômago, por algum motivo desconhecido, se revirou.

Quando havia sido a última vez que comera algo?

“Mas saiba que a decisão de se envolverem ou não na história será de Judith. Deus sabe que ela tem mais juízo que eu e você juntos.”

Ele riu com o comentário.

“Realmente, aquela pimentinha é mais esperta que Sirius e Remus juntos.”

“Mas vamos combinar.” Lily diz num tom de brincadeira. “Qualquer um é mais esperto que Sirius.”

Os dois riram.

“Mas sério, Lils...”ele finalmente virou para a encarar e viu que ela tinha os olhos fechados, extremamente relaxada. Ele sorriu com a visão. Ela sempre gostou de dormir em seu ombro. “Obrigado. Por tudo, quer dizer... Você não deveria fingir, ainda mais envolver os pirralhos na historia então... Obrigado.”

“Mhhmhumm.” Ela murmurou sonolenta. “Não se preocupe. As vezes não pode parecer, Potter, mas tudo o que eu quero é sua felicidade.”

Ele beija a testa dela.

“Eu sei. E é reciproco.”

“E obrigada por olhar as crianças hoje para mim. Eu realmente estava com saudades da Lene.”

“Não se preocupe, eu gosto de cuidar dos pestinhas. Mas falando em Lene...Qual o lance com ela e o Sirius? E por que ele e o Remus estão todos estranhos um com o outro?”

Ela levantou a cabeça e arqueou uma sobrancelha para ele.

“Vai me dizer que não reparou no avião que o Remus arrasta por ela?”

“Bem...”Ele coça a nuca. “Já. Eu achei que era coisa momentânea, mas aparentemente não. Então ele está com raiva do Sirius ter passado o rodo na morena?”

Lily riu das palavras de James e revirou os olhos. As vezes ele era tão delicado.

“Pode-se dizer que sim. Mas sei lá... acho que tem mais nessa história do que aparenta. A Lene também pareceu bem desconfortável com o assunto, e o Sirius nem quis entrar no McKinnon’s para dizer oi quando me deu uma carona até lá mais cedo.”

James suspirou. Padfoot podia ser bem cabeça dura quando queria.

“Ele é o Sirius, sabe como ele é. Daqui a pouco ele tá rindo e tirando sarro do chiclete da Lene como antes.”

“Ou pegando ele com a boca.”Lily murmurou para si.

“O que?”

“Nada não.” Ela sorriu amarelo. “Você já jantou? Pega alguma coisa na geladeira, deve ter lasanha de ontem. Vou trocar de roupa e chamar os meninos. Mi casa és tu casa.”

James riu.

“Ok. Mas eu quero falar com a Judy sobre a questão de ela decidir se vai nos ajudar ou não.” Ele disse. “Sabe que adoro as respostas dela.”

Lily revirou os olhos e se levantou, subindo as escadas enquanto falava.

“Sabe que vai ser difícil ela aparentar ser sua filha. Pelo menos sua filha “contente” com o pai que tem.”

“Não é como se eu estivesse contente com o pai que tenho agora, então não vai fazer muita diferença.” A pestinha ruiva saiu do seu quarto e encontrou com a mãe no topo da escada, fazendo Lily suspirar infeliz com o comentário e James encará-la com um misto de pena e admiração.

Para uma garotinha de dez anos, ela era um tanto madura demais.

“Onde está o seu irmão?” Lily pergunta acariciando os cabelos da filha. “Ele está quieto demais para não estar aprontando alguma coisa.”

“No seu quarto assistindo os programas chatos de culinária dele.” Judy revirou os olhos. “Já sabe que teremos um chef de cozinha na família”

“Só espero que ele não torne o macarrão sua especialidade.” Lily murmura e ela, Judy e até James estremecem ao se lembrarem do dia em que Harry decidiu fazer o jantar. É claro que Judith o ajudou para não ocorrerem incidentes, mas ele insistiu em fazer a maior parte – lê-se colocar o macarrão na água e misturar calda de chocolate no molho de tomate – sozinho. O resultado não foi tão delicioso quanto Lily e James fingiram ser. Judith apenas saiu correndo e vomitou na pia da cozinha.

“Enfim, James quer conversar com você.” Lily anuncia e a garotinha faz uma careta. Só quando os porcos voarem os dois se dariam bem. James até cansou de tentar.

“Se é sobre o suborno, minha oferta é final.” Judy diz cruzando os braços. James bate na própria testa.

“Suborno?!” Lily esbraveja e vira para James com os olhos arregalados. “Você subornou meus filhos para eles fazerem parte de seu joguinho estupido?”

James coça a nuca um tanto constrangido. Mas também, o que esperava de Judith? Que ela ficasse de boca fechada, principalmente se fosse sobre algo que iria incriminá-lo? Com certeza não.

“Não é exatamente um suborno, ok? Apenas um pagamento para os serviços prestativos dos meninos.”

“É, mãe!” Harry aparece exclamando. “Passagens de graça para o Havaí!”

Lily arqueia as sobrancelhas para James. Judith tenta sem sucesso esconder o sorriso.

“O que?!”

“Harry, cara, nós já conversamos sobre isso ok? Nada de Havaí ou viagens. Ou algo que passe de mil dólares.”

“Mil dólares?!” Lily parece horrorizada com a declaração. “James, isso é muito dinheiro! Ainda mais nas mãos de duas crianças como essas. Sem ofensas, queridos.”

Judy deu de ombros.

“Não ofendeu.”

“Não se preocupe, Lily.” James diz. “Não é dinheiro vivo. Bem, pelo menos não a maior parte.”

“Pelo menos não a maior parte?! Explique-se, Potter.”

A essa hora estavam todos sentados no sofá da sala, os sapatos de Lily jogados no tapete e suas pernas cruzadas. James tentou não encará-las.

Ele explicou sobre o acordo que fizera com os garotos, contou para Judy toda história e falou sobre as consequências, todo o quesito moral da coisa, mas a garota não se importou com isso, dizendo que se qualquer coisa ruim acontecesse só era preciso colocar a culpa em James.

“Bem, isso é reconfortante.” Foi a resposta irônica do moreno.

“Se é assim, eu não farei objeções.” Lily diz após muito pensar. “E eu acho que Hogwarts será um ótimo lugar para o ‘encontro’ entre Jessica e as crianças.”

“Mas Lil.” James tem o olhar pidão novamente. Lily suspira. “Você não vai falar nada sobre o dinheiro? Trezentos e cinquenta dólares é muita coisa! Quer dizer, o que o Harry vai fazer com esse dinheiro?”

“Juntar até conseguir ir para o Havaí.” É a resposta do garoto, fazendo todos rirem.

“É bom para eles aprenderem a controlar o dinheiro.”Lily deu de ombros. “E também, não é como e você não fosse o maior empresário de Los Angeles.”

James gostou quando ela disse que ele era o melhor, não “Um dos Melhores” como os tabloides costumavam fazer, o comparando com as firmas Lestrange e Riddle. Então como resposta ele apenas resmungou. Lily revirou os olhos e subiu para tomar banho.

Ele quase deu graças a Deus em voz alta. Aquela saia estava o matando, e não era legal ter pensamentos tão impuros com sua melhor amiga, ainda mais quando se é comprometido.

Harry jogava vídeo game enquanto James esquentava algo para ele e o garoto comerem quando Judith se levantou um tanto pensativa murmurando que tinha que fazer uma ligação.

“Espero realmente que esteja ligando para uma amiga!” James grita enquanto ela sobe as escadas. “Nada de namorados até os trinta anos!”

“Ah, pelo amor de Deus!” Judy exclama. “Tenho dez anos de idade! Garotos são estúpidos.”

“Continue pensando assim e você se sairá bem na vida!”

Judith o ignora e chega ao escritório da mãe, pegando o telefone e discando um número já conhecido. Ela costumava discá-lo com muita frequência, sendo o dono dos dígitos uma pessoa muito agradável de se conversar com.

Quando a pessoa atendeu, Judith sorriu.

“É a Judy. Sim. Estou muito bem, e você?” Ela diz, e um sorriso um tanto maroto brotando nos cantos dos lábios. “Eu gostaria de fazer uma proposta.”

Ela mal podia esperar para colocar o que quer que estivesse em sua mente em prática.

XXXXXXXXXX

O clima na Potter’s County estava um tanto esquisito.

James estava com um humor excepcional, provavelmente por que tinha passado a noite com Jessica.

Lily estava um tanto raivosa por conta de como sua manhã havia começado. Além disso, quando adentrou o prédio com uma saia colada de cintura alta e preta, uma blusa social branca, salto alto, brincos dourados e maquiagem os olhares de descrença e os burburinhos que a cercavam a faziam se sentir extremamente desconfortável. Michael, o cara dos grampeadores, a encarou boquiaberto – ela o havia dispensado por email mesmo – mas depois se recuperou e piscou para ela descaradamente. Ela apenas revirou os olhos.

Devia ter previsto que sua “mudança” causaria uma comoção entre os funcionários. Lily não era estúpida, ela estava ciente de sua boa aparência mas não imaginava que o efeito seria de tal tamanho. Bem que Judy havia falado: “Mãe, você está muito sexy.”

Ela preferiu não perguntar onde a filha havia aprendido o termo sexy, mas suas apostas estavam em Sirius.

Sirius que, ao contrário de Remus- esse parecia todo sorrisos, pelo menos enquanto Sirius não estivesse no mesmo local que ele - , estava tão mal humorado como Garfield em segundas feiras. Ele chegou com uma aura simplesmente negra e estava calado demais. Deus sabe o quanto ele gostava de falar. Nem bom dia ele deu para Lily, o que ela achou estranho, mas simplesmente arqueou as sobrancelhas quando ele não a respondeu. Sirius de mal humor era melhor deixar quieto.

Provavelmente tinha algo a ver com os Black, aquele bando de abutres.

Quando os quatro sentaram-se antes de uma reunião, o clima ficou senão desconfortável.

Remus conversava com James como se Sirius fosse invisível, e esse apenas encarava o tampo da mesa com uma expressão emburrada. Lily apenas alternava olhares entre eles e seus papéis e contratos.

James não pode deixar de notar que ela havia trocado a armação do óculos por uma mais discreta, consequentemente destacando ainda mais seus olhos incríveis.

Não aguentando mais o silencio constrangedor, Lily se pronunciou.

“Então, er... Remus. Como vai a Dora?” Ela optou por um tema neutro, esperando não causar problemas.

De repente Sirius se sentou um tanto atento. Aparentemente ela estava errada.

“Por que está perguntando para o Remus e não para mim?”

Lily o lançou um olhar que claramente dizia “Nem aqui, nem agora por favor.”

“Por que, Black, todos sabem que eu estou saindo com a Tonks faz um tempo e eu a vejo com mais frequência que você.” Remus diz e Lily pode notar o tom seco do amigo no final.

Ela trocou um olhar com James.

“Bem, isso é interessante pois eu encontrei com ela esses dias na casa de Andrômeda. Posso dizer como ela está tanto quanto você.”

Remus solta uma risada de escárnio.

“Ah, mas isso é ótimo.” Diz sarcástico. “Vai me dizer que dormiu com ela também? Eu sei que você deu uns pegas na Bellatrix, mas a Dora eu não esperava. Mas sabe como é, entre família...”

“Remus...” James o censurou. Não era hora para discutirem, pelo amor de Deus.

“Ah, claro, por que eu dormiria com minha prima de segundo grau que é treze anos mais nova que eu.

James se sentiu ofendido. Jessica era dez anos mais nova que ele, qual o problema nisso?

“Não me venha com essa merda, Sirius, sabe exatamente do que estou falando.” Remus agora falava um tanto alto, e Lily agradeceu aos céus que ainda faltavam meia hora para o início da reunião. Seria uma vergonha e tanto os possíveis sócios entrando e se deparando com os dois aos socos.

“Está falando sobre eu ter dormido com Marlene?” Sirius exclama, levantando de sua cadeira. “Bem, me desculpe por não ter reparado que você gostava dela, se ao menos tivesse falado...”

“Falado?! Não era preciso dizer nada! Estava na cara que eu estava afim dela, mas você é Sirius Black e sempre está na frente em qualquer coisa, não?!”

“Talvez não era tão óbvio assim, considerando que ela dormiu comigo e não com você!”

Remus pareceu ter levado um soco no estômago. Lily prendeu a respiração e percebeu James fuzilando Sirius com o olhar.

Ah, merda.

“É claro.” A voz de Remus era surpreendentemente calma. Lily o observou preocupada. “Por que Marlene McKinnon ao menos olharia para mim, quando se tem Sirius Black ao seu alcance?”

“Rem...” Lily murmurou, mas ele a interrompeu.

“Vocês podem fazer a reunião sem mim.” Ele diz amargamente e pega seus papéis apressadamente. James não pode deixar de notar que as mãos do loiro tremiam. “Lily dá conta do recado.”

E com isso, saiu ás pressas da sala, deixando Sirius se sentindo um tanto culpado e James e Lily furiosos.

“Aquilo foi realmente necessário?!” Lily sussurra raivosa. “Você mesmo me falou que não significou nada, Sirius, precisava esfregar na cara dele que pegou a Marlene? E quer saber de uma coisa? Ela não é um maldito prêmio para vocês a disputarem dessa maneira! Francamente, onde estava com a cabeça...”

“Ah Lily, não enche!” o outro exclama e James o encara chocado. Sirius estava completamente fora de si? Ele queria levar um soco, ou algo do tipo?

James estava a ponto de intervir quando Lily falou. Ele as vezes esquecia que ela não se ofendia com facilidade e tinha a língua mais afiada que uma adaga.

“Não me venha com essa merda, Black. Não venha se fazer de vítima. Você sabe que o que falou foi errado, e porra... A culpa não é minha se vocês não conversam feito adultos ao invés de ficarem se alfinetando como dois adolescentes. Não sou obrigada a ouvir meus dois melhores amigos-”

“Ei!”

“Calado James. Não sou obrigada a ouvir meus dois melhores amigos discutindo a essa hora da manhã de uma segunda feira. Hoje eu não estou muito feliz também, Amos fez o favor de me ligar reclamando sobre meus bebês – eu estou por aqui com essa bosta – , Harry teve a infeliz ideia de fazer guerra de cereal com Judy e eu peguei um transito dos infernos para chegar nessa empresa. Então por favor, eu te imploro, não seja um completo idiota e vá pedir desculpar para Remus antes que eu te atire pela janela!”

Ela terminou o sermão ofegante e massageou as têmporas.

Sirius mexeu no cabelo parecendo extremamente encabulado. Ás vezes ele se esquecia do poder da voz de mãe de Lily. Com aquele olhar, ela podia te fazer se sentir extremamente mal por ter bebido leite direto da caixa.

“Certo.” Ele murmurou, e não pode evitar reparar no olhar um tanto assustado e preocupado que James lançava para a ruiva. “Mas depois da reunião, ok?”

James ia dizer algo quando Dorcar Meadows, a secretária de James, bateu na porta.

“Senhor Potter, tem uma moça na sua sala chamada Jessica Fields alegando ser sua namorada. Devo a mandar embora?”

Lily e James trocaram um olhar de pânico.

“Pronto.” James sussurrou. “É agora que a vaca vai pro brejo.”


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Notas finais do capítulo

EEEEITA QUE AGORA LASCOU-SE
O que a Jessica foi fazer na Potter's County pelo amor do milho?
E o que vcs acharam da discussão entre o Remus e o Sirius? Muito sem noção? O Remus já deveria ter superado, já que ele tá com a Tonks?
E a Judy, pra quem vcs acham que ela ligou??
DEIXEM SUAS OPINIÕESSSSS SEM ELAS NAO SOU NINGUÉM
COMENTEM!
OPINEM!
CRITIQUEM!
Só um terço dos leitores estão comentando, gente EU IMPLORO! PRECISO< SABER A OPINIÃO DE VCSSSSS, A FIC N TEM ANDAMENTO SEM ELAS!!
Beijos e até o proximo capitulo *---*
PS.: OS QUE COMENTAREM GANHAM UM JAMES POTTER VERSÃO DE BOLSO :333333