James Potter

XXXXX

Anteriormente...

“Nós temos dois filhos.” James disse com um sorriso amarelo. Lily bateu na própria testa. Jessica arqueou uma sobrancelha parecendo irritada.

“E quando planejava me dizer isso?”

James olhava de Jessica para Lily, parecendo um pouco apreensivo, mas Lily sabia que por dentro ele estava em pânico.

“Bem, assim que a Lily saísse!” Responde ele imediatamente, encarando a namorada, que franziu o cenho.

Lily cerrou os olhos ameaçadoramente, e James compreendeu a mensagem: “Não se atreva a meter meus filhos nessa história.”

Por alguns segundos, Lily e James tinham uma conversa silenciosa.

Potter, eu juro por Deus que se... Ela tinha as sobrancelhas arqueadas.

Lily, pelo amor que tem por mim, não estrague tudo.

A expressão pidona de James era tamanha, que Lily acabou cedendo. James sempre conseguia ganhá-la na chantagem emocional.

Jessica pigarreou.

“Então...”

“Sabe o que é, Jess, a Lily tem um pouco de ciúmes das crianças.” Respondeu James com um sorriso amarelo. Se Lily não o conhecesse tão bem, cairia direitinho naquele teatro cara de pau dele. “Quando começamos a falar sobre elas, começamos a discutir e é deplorável.”

“Isso é por que você sabe que as crianças gostam mais de mim do que de você!” Lily diz finalmente, com o nariz empinado, voltando à personagem.

“Você sabe que é mentira, não sou eu que proíbo chocolate em dia de semana!” James exclama indignado e a ruiva refreia a vontade de rir. Os dois mereciam um Oscar. “Tá vendo, Jess? É sempre essa confusão. Me desculpe por não ter te falado antes, eu só queria evitar conflito.”

Lily vulgo Senhora Potter revirou os olhos resmungou algo sobre os talentos de James para o teatro.

“Ah, mas que legal que vocês tem filhos!” Jessica diz animada. “Eu amo crianças.”

James murmurou algo parecido com “não tenho certeza que vai amar as minhas”

“Qual o nome dos seus filhos?” Pergunta Jess sorridente. Lily quase se sentiu mal pela pobre garota. Ela parecia ser extremamente simpática e compreensiva, e a ruiva tinha noventa por cento de certeza que de aquele plano não iria dar certo.

“Adam e Mary.”

“Harry e Judith.” Disseram James e Lily ao mesmo tempo. Jessica franziu a testa, confusa.

Lily quis bater em James. Ela não ia colocar suas crianças no meio daquele plano maluco, e o retardado diz o nome dos dois!

“É Harry Adam e Judith Mary.” Lily respondeu, antes que Jessica desconfiasse de algo. “Adam é o nome do meu pai e Mary é o nome da mãe do James, então...”

“Ah, que adorável!” Jessica exclamou sorrindo.

“Bem.” Lily disse finalmente. “Não vou mais atrapalhar vocês dois, Robert deve estar me esperando para almoçarmos.”

“Robert?” Jess perguntou. “O motorista?”

“Sim, sim. Ele é uma ótima companhia, e um excelente amante.” Lily sorriu falsa e deu dois beijos na bochecha de Jessica, que sorriu simpática. “Foi um prazer conhecê-la, Johanna. Saiba que fico muito feliz que vai cuidar do Jamie.”

“Mas é claro.” Disse a outra ainda sorrindo. James parecia aliviado. Lily apertou suas bochechas.

“Vejo você por ai, Jimmy.” E então sussurrou, mas não tão baixo para que Jessica pudesse ouvir. “Se quiser, ainda tenho o cartão daquele médico. Seu problema com ejaculação precoce ainda não foi totalmente resolvido, quem sabe a Janaina pode te levar...”

“O nome dela é Jessica.” James fala entre dentes, cerrando os olhos para a cobra que chamava de melhor amiga. “E eu não preciso de nenhum médico, eu e meu amiguinho estamos muito bem, obrigado.”

Lily revirou os olhos e bagunçou os cabelos do moreno.

“Bem, se você diz... Até um dia desses Jimmy... e Jessica.”

E sendo assim, Lily saiu do restaurante, não antes de mandar o olhar mais sujo possível para James, O Mentiroso.

Entrou no carro e encontrou Remus falando no celular com o que parecia um Sirius raivoso.

“Sirius, foi só por agora, já estou indo aí devolver! Você me deu a chave reserva, acéfalo. Sim. Sim. Não, eu não vou te pagar um almoço.” Lily estendeu a mão para pegar o telefone. “Espera, a Lil quer falar contigo.”

“Late.” Sirius diz do outro lado da linha.

Lily apenas revirou os olhos.

“Você é o cachorro, esqueceu? Olha, eu até ia me desculpar por obrigar o Remus a pegar seu carro sem sua permissão, mas por conta dessa falta de educação resolvi não fazê-lo.”

“Ah, Lily, para de drama. E eu preciso do meu carro, eu tenho um compromisso!”

“Almoçar no McDonald’s por que você não sabe fazer uma lasanha de micro-ondas sem explodir seu apartamento não é um compromisso, Sirius. Apenas se arrume que eu e Remus vamos te buscar para comer.”

“Pode ser no McKinnon’s? Estou com saudades da comida de lá."

“Você sente falta é de outra coisa, que eu sei. E não, acabei de voltar de lá, é uma longa história. Apenas coloque uma roupa, ok? E de preferência uma cueca, por que por mais que você seja gato, Sirius, não é uma coisa bonita de se ver.”

Sirius suspirou.

“Ok, até mais.”

Remus a encarou com a sobrancelhas arqueadas enquanto dava partida no carro.

“Como foi o almoço?”

Lily gargalhou alto.

“Você não vai acreditar!”

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“A Lily é uma figura, hein?” Comentou Jessica enquanto andavam de mãos dadas pelas ruas de Los Angeles. James nunca se sentiu tão satisfeito em toda sua vida, e devia aquilo à Lily. Aquela ruiva maluca era a melhor pessoa que havia conhecido em sua vida, e se não fosse por ela, não estaria ali, com a garota dos seus sonhos.

Observando Jess de lado, ela parecia ainda mais exuberante, com seus cabelos negros esvoaçantes e os olhos azuis brilhantes. Sua boca exibia um sorriso de fazer as pernas de qualquer homem tremer, e James achava impressionante a capacidade dela de ser tão amigável e simpática com sua ex-mulher, mesmo sendo Lily uma farsa. Pensar sobre isso fazia com que o peito dele se enchesse de culpa, mas logo tentava desviar sua mente para o que mais importava: Jessica.

“Ela é, definitivamente, uma pessoa peculiar.” Responde ele com um sorriso brincalhão, e rouba dela um selinho. “Obrigada por ser tão compreensiva. Me desculpe por te fazer pensar que eu estava traindo Lily, mas... A verdade é que ela realmente dormiu com meu melhor amigos e, como pode ver, mantém um caso com Robert, o motorista.”

Ele imaginou que se fazer de coitado ajudaria na situação, ainda mais se o modo de consolo de Jessica envolvia beijos e peças de roupas jogadas pelo chão. Além do que, o fato de Lily ter seguido a risca e falado que Remus (no caso, Robert) era um ótimo amante fora extremamente hilário.

“Eu lamento muito que ela tenha feito você passar por isso.” Ela aperta sua mão. “Saiba que estou aqui para o que precisar.”

Ele não pode deixar de sorrir mais ainda. Parou de andar e, beijando a bochecha da morena rapidamente, sussurrou no seu ouvido.

“Eu já tenho o que eu preciso.”

Jessica riu.

“E seus filhos?” Ela parecia extremamente animada. “Eu quero muito conhecê-los.”

James gelou. A parte dos filhos fora algo um tanto inesperado. Lily e sua boca grande demais, tinha que atender o telefonema do pestinha e não só ficou parecendo que eles tinham um filho junto, mas sim dois. James não se importaria em fingir ser o pai de Harry, mas Judith era uma coisinha particularmente difícil de lidar. Ela era teimosa, sarcástica, e ainda por cima um gênio. Sem falar que a garota nunca gostara de James, e sempre fazia algo para irritá-lo ou deixá-lo desconfortável.

“Conhecê-los?” James sorriu amarelo. “Claro, vamos combinar um dia desses.”

Ela sorriu largamente.

“Eu vou adorar!”

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A gargalhada de Sirius era tão alta que até os garçons olharam feio para ele. Ele, Lily e Remus estavam num restaurante (que infelizmente não era o McKinnon’s) e ruiva contava dos detalhes do seu encontro com James e sua nova namorada.

“Robert, o motorista!” Sirius exclamava entre as risadas. Remus estava com uma expressão fechada e bufava em irritação. “Ai, Lily, você é um gênio!”

Lily apenas sorriu triunfante e bebericou seu refrigerante.

“Você devia ter visto a cara da tal Jessica quando eu disse que James tinha problemas sérios na cama, foi impagável. Ele, coitado, só pode me olhar feio.” Disse ela.

Sirius pareceu se recuperar de sua crise de risos, mas ainda ofegava. Lily era uma figura e tanto, isso era fato. Quando James falara sobre ela quando os dois se conheceram na faculdade, ele achou que a ruiva não tinha nada de especial. Parecia uma garota legal, mas achou que logo iria passar assim que James resolvesse se apaixonar por ela, o que não aconteceu. Os dois viraram melhores amigos, e então Lily fazia parte da turma e era praticamente um dos caras.

“Mas vocês não sabem da melhor parte!” ela disse. “Eu estava preocupada com as crianças e na hora Harry me ligou, então eu atendi, é claro. Mas eu me esqueci completamente da namorada do James, e acabei dando uma bronca na Judy. Sendo assim, Jessica ouviu e, aparentemente, eu e o Potter temos dois filhos juntos.”

Remus arregalou os olhos. Sirius arqueou as sobrancelhas. Lily suspirou.

“Bem, isso sim é uma merda.” Sirius finalmente diz, recebendo olhares tanto de Remus quanto de Lily. “Você não confirmou, confirmou?”

“Confirmei.” Disse ela. “Eu não poderia simplesmente desmentir aquilo tudo, né? Seria uma tragédia. Além do mais, isso é importante para o James, seria horrível fazer uma coisa dessas com ele.”

Sirius trocou um olhar com Remus. Eles temiam no que isso iria dar. Lily era altruísta demais, e James de menos. Não que o amigo fosse um cara egoísta, mas ele pensava nas consequências que seriam trazidas a ele quando ele se colocava na posição de ajudar alguém. Lily, por outro lado, não ligava para isso. Ela faria de tudo para ajudar qualquer um, e depois pensava nela. O fato de James ser seu melhor amigo amplificava ainda mais as coisas, pois Sirius sabia que ela faria de tudo por James e vice-versa.

O que ele e Remus já haviam conversado e concordado era que alguém iria sair magoado com essa história. E Sirius temia, mais ainda, que essa alguém pudesse ser Lily. Afinal, ela não enganava ninguém a não ser ela mesma com a história de “James é meu melhor amigo, não temos nada!”

Seria terrível se ela se visse apaixonada e quebrar a cara mais uma vez, como aconteceu com Amos.

“Lily...Você tem certeza que essa foi a escolha certa?” Remus disse. “Quer dizer, eu sei que é do James que estamos falando, mas eu sinto que no final isso vai dar merda.”

“Eu sei, Remus, mas é que... Ele sempre me falou sobre essa garota pela qual ele sentiria uma conexão maior, que não o enxergaria como o milionário dono da Potter’s County, que não estava interessada apenas com dinheiro e aparência.” Diz Lily. “E parece que ele finalmente encontrou essa garota, sabe? E eu quero que ele seja feliz. Ele já quebrou a cara demais por conta de garotas que só ligavam para status, e eu vi que a Jessica não é assim. Eu acho que vale a pena juntar os dois.”

Sirius trocou mais um olhar com Remus. Lily falava aquilo com convicção, mas depois de tantos anos de amizade, Sirius soube reconhecer a pontada de incerteza em sua voz. Torcia para que aquilo não acabasse da maneira que ele imaginava.

“Bem, se é assim, eu e Sirius respeitamos sua decisão. Só não queremos que você saia prejudicada.”

Lily fez um gesto de descaso com as mãos.

“Nah, eu vou ficar bem, mas obrigada por se preocuparem. Ei, que tal irmos ao cinema? Não tenho nada melhor para fazer a tarde mesmo.”

Sirius deu de ombros. Seria legal, afinal, fazia tempo que não saíam para fazer algo do tipo. Pensou em chamar Marlene, mas achou melhor não. Remus se irritava toda vez que o nome dela era mencionado, principalmente se fosse Sirius que o fazia. Marlene e Sirius tiveram um tipo de rolo, mas logo acabou quando Remus disse que estava afim da garota. Sirius não a havia visto desde então. A verdade era que sentia falta de Marlene, mas não de uma maneira romântica. Ela sempre fora uma ótima amiga, mas Sirius notou que depois que dormiram juntos, não era a mesma coisa. Havia essa tensão no ar, como uma frase inacabada. E sempre havia os olhares irritados de Remus e as tentativas de Lene de fingir que não notava o loiro.

Que maravilha, pensou Sirius, estraguei duas mais do que importantes amizades por causa de sexo. Parabéns, Black, por ser um tapado completo.

“Vai ser legal.” Remus disse. “Posso chamar a Dora?”

“Dora?” Sirius franziu o cenho. “Dora de Nimphadora? Nimphadora Tonks, minha priminha?”

Remus o encarou carrancudo. Lily segurou uma risada.

“Sim, Black, sua prima Tonks. Não sei se esqueceu, mas nos reencontramos na festa do Lockhart. Eu te mandei uma mensagem falando que estava saindo com ela, mas aparentemente você estava ocupado demais com a Marlene para ler, não é?”

Sirius recuou.

“Uau, calma lá, não precisa ficar na defensiva. Não tenho nada contra vocês não, aliás, acho muito maneiro. Vocês fazem um casal peculiar.”

Lily encarou os dois com interesse.

“Se o casal de velhinhos parou de brigar, podemos ir? E sim, pode convidar a Tonks. Contanto que não faça eu e Sirius de vela.”

Remus apenas lhe mostrou a língua.

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“Potter.” Amos arqueou uma sobrancelha ao ver que não fora Lily que abrira a porta do seu apartamento. “O que faz aqui?”

James sempre quis dar um soco em Amos por ser o babaca que sempre fora com Lily, e as bobagens que ele falava não ajudavam muito no seu autocontrole. Era impressionante a capacidade de um cara tão grande ter um cérebro tão pequeno.

James nunca foi com a cara de Amos. Desde a faculdade, os dois mantinham essa competição pela atenção de Lily. James acabara perdendo, afinal, Lily se casou com Amos. Mas Lily, em momento algum, deixou de ser amiga de James. Seu marido reclamava, criticava, esbravejava e morria de ciúme da amizade dos dois, mas ainda sim a ruiva tinha tempo para sair com os amigos, para o desprazer de Amos. Pouco tempo depois de casados, veio Judith. Eles não poderiam estar mais felizes com a noticia, e mesmo James não gostando de Amos, ficou alegre por Lily. Quando Lily descobriu que estava grávida de Harry, três anos depois, ela estava prestes a se divorciar. Amos havia, afinal, traído Lily com uma mulher qualquer e a gravidez não a impediu de se livrar do traste com o qual havia se casado.

Por essas e outras, James mantinha uma relação de ódio com o ex da amiga, pois além de ter traído Lily, Amos teve a audácia de acusá-la de traição também, alegando que Harry não era dele e sim, de James. O desgraçado pediu teste de DNA, mas em troca ganhou um olho roxo de James.

James seria o pai mais orgulhoso do mundo se seu filho fosse Harry, ele era louco pelo garoto. Mas ele nunca havia transado com Lily, e a única vez que havia a visto sem roupas foi quando entrou em seu quarto sem bater. Foi uma visão espetacular, e ele ficou com a imagem na cabeça por semanas, mas fora um único episódio.

Desde então James não suportava olhar para o rosto perfeitinho de Amos Diggory e sua atitude ignorante. Desde o divórcio, ele quase não liga para as crianças e a ajuda financeira era mínima. Era impressionante o fato de ele ter saído com os filhos mais de uma vez nos últimos três meses.

“Estou fazendo compras, Diggory, não vê?” Responde James finalmente, sarcasmo escorrendo em sua voz. “Eu tenho uma cópia da chave do apartamento da Lily, e como ela saiu com Marlene, pediu para que eu olhasse as crianças até que ela chegasse.”

Amos pareceu um tanto desconfortável com isso, e apenas resmungou algo sob a respiração.

James percebeu que Harry e Judith estavam ali, e se surpreendeu que a pequena ruiva não houvesse se pronunciado ainda. Parecia um tanto irritada.

“Hey, Jude.” James sorriu e ela revirou os olhos com o trocadilho. Harry correu ao encontro do moreno. “E aí, garotão? Como foi seu dia?”

Harry coçou seus olhos cansado e suspirou.

“Chato.”

Amos revirou os olhos, ganhando um olhar feio de James.

“Mas também, que tipo de pessoa leva duas crianças para um clube de golfe?! Sério, pai, até o escritório do James é melhor que aquilo. Pelo menos o Sirius nos dá biscoito, e ás vezes, batata frita!” Judith exclama indignada, bufando e entrando em casa.

“Ei, não vão dar tchau pro pai de vocês?” Amos exclama, falsamente ofendido. James sabia que ele pouco se importava com essas coisas, estava só querendo dar uma de Pai Maravilha na frente dele.

“Tchau pai.” Disseram os dois entediados e Harry correu para a televisão gritando “O último a chegar no controle assiste o que o outro quer!”

Judy logo corre atrás do irmão, vermelha como um tomate.

“Mas isso não é justo! Você sempre esconde o controle, seu trapaceiro.” E então os dois começam a discutir e puxar o controle remoto da mão do outro.

James encara Amos com tédio.

“Falou, Diggory.” E faz menção de fechar a porta, mas Amos o impede.

“Espera, Potter.” Diz ele, parecendo tomar coragem para dizer algo. “Você e a Lily... Vocês estão-”

“Oh, sim Diggory, estamos juntos.” Surrura James extremamente irônico. “A verdade é que Lily está lá em cima, se recuperando da maravilhosa tarde de sexo que tivemos.”

Amos apenas o encarou de olhos arregalados e testa franzida.

“Agora, se me dá licença, tenho que impedir Judy de fazer Harry engolir o controle remoto.” James diz e bate a porta com força na cara do moreno, murmurando “Babaca.”

“Ei, vocês dois!” Exclama ao tentar separar Judith de Harry. “Parem de brigar, pelo amor de Deus. Vocês tem duas televisões nessa casa, sabiam?”

“Mas a da sala é a única que pega Discovery Science!” Judy diz embravecida. “E Harry sempre assiste aos programas dele de tarde, e eu assisto os meus a noite. É o combinado!”

“Mas hoje a tarde eu não pude assistir, tá?” Harry cruza os braços.

“A culpa não é minha que o papai resolve fazer algo tão chato a ponto de nos fazer querer assistir programas de má qualidade.”

“Top Chef não é um programa de má qualidade!” Grita Harry e pula em cima da irmã, mas James o segura.

“Chega, vocês dois!” Ele diz com uma voz autoritária. “Não quero saber se querem assistir coisas sobre planetas ou comida, ok? Quero que se comportem até a mãe de vocês chegarem. Então ao invés de assistirem o que cada um quer, vocês vão assistir o que eu quero.”

Os dois começaram a protestar, mas James fez um gesto com a mão, os silenciando.

“Vamos assistir o filme que eu quiser, e fim.”

O casal de irmãos suspirou contentados e se sentaram emburrados no sofá.

Aproveitando que Lily não estava ali para interferir, James resolveu começar com seu plano.

“Então crianças,” ele sorri largamente. “Tenho uma proposta para vocês.”

Amos Diggory