Sobre Mentiras e Casamentos escrita por sobrehumana


Capítulo 14
Aquele do Hambúrguer


Notas iniciais do capítulo

SOCDORRRO EU VOLTEI TO DE VOLTA MAIS UM CAPITULO GENTE TUDO BEM???????????? To chorosa, não acredito que arranjei tempo pra escrever mas aqui estou eu, não deixando vocês de lado.
Meu deus do céu o que é o 3º ano do EM???? Queria estar morta. Não tenho tempo nem pra tomar banho direito gente, to pra morrer. Mas é isssso, o capitulo tá pequeno mas eu tava com sdds de vcs e da história e tirei um fim de semana pra descansar. Não sei quando terá outro capítulo, mas como eu disse NÃO VOU ABANDONAR A HISTÓRIA. Espero que se divirtam!
Beijo grande na boca de vocês, seus lindos.

PS.: Qualquer erro, perdão pelo vacilo. Não deu tempo de betar, vai assim mesmo rsrsr



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UCLA ,Universidade da Califórnia. 03 de Março de 2000. Biblioteca.

“Você tem ideia da quantidade de corante que tem nesse treco?” Pergunta Sirius à garota distraída, que encara o tampo da mesa como se fosse a coisa mais interessante do universo enquanto coloca jujubas vermelhas – exclusivamente vermelhas, as verdes eram de James – na boca.

“Uhum.” É a resposta. Estava distraída demais, pensando demais, com a cabeça nas nuvens. Sua semana tinha sido horrenda, cheia de brigas com Amos – e ela continuava a amá-lo de qualquer jeito, vê se pode - , provas e a carta que recebera estava guardada em sua bolsa, pronta para ser aberta. Mas a insegurança transformava o envelope em uma granada, pronta para explodir assim que Lily rompesse o lacre.

“Terra chamando Evans.” O garoto extremamente atraente balança as mãos em uma tentativa de chamar atenção, mas ela apenas balança a cabeça novamente.

Quer dizer, como é possível Petúnia estar se casando? Lily nem sabia que ela tinha um namorado! Não se falavam direito há anos, e agora esse convite aparece, como a mais inesperada das surpresas. Por que diabos sua irmã a convidaria, afinal?

“...Até por que você sabe que eu tenho uma enorme tara por caprinos e...”

“O que?!!” A declaração a faz sair de seus devaneios e encarar o mais velho dos irmãos Black, que logo começa a rir, sem ligar para o “shhhh” da bibliotecária.

“Sabia que isso a chamaria a atenção. Hey Madame Pince, está tudo bem?”

A senhora o encarou com ódio e saiu murmurando “Esses garotos só me causam problemas. Ainda volto pra Bahamas, ah se volto..”

“O que foi, Black? Não tem nada para aprontar hoje?” pergunta Lily entediada, comendo mais uma jujuba. Sabia que Sirius estava aprontando algo, principalmente quando estava sozinho. Pior do que Sirius Black na companhia de James Potter e Remus Lupin era Sirius Black na companhia de si mesmo, onde não havia ninguém para conte-lo.

“Nada que valha a pena te contar, Evans. Nada mesmo.” Sorri ele de lado. “Mas me conte, o que anda incomodando essa sua cabeça vermelha, huh?”

Ela suspira, cansada.

“Coisas. Negócios. Troços.”

Ele arqueia as sobrancelhas

“Trens, insígnias, troféus... O que há?”

Lily o encara, na esperança que sua expressão demonstre o quanto não queria falar sobre aquilo. Porém sabia que não iria funcionar. O garoto de olhos cinza tempestuosos era insistente demais para o próprio bem, e por mais que ela adorasse Sirius e que ele fosse um de seus melhores amigos, ele não a compreendia completamente. Só Marlene e James saberiam.

“Sirius, eu realmente não quero falar sobre isso, ok? Mas conte, como foi seu dia? Fez amizades?”

Ele dá de ombros, pegando o saquinho de jujubas de cima da mesa.

“Não pegue as verdes, elas são...”

“Do James, eu sei disso.” Ele revira os olhos e põe uma azul na boca, fazendo uma careta.

“Se odeia tanto jujubas, por que ainda as come?” pergunta Lily confusa.

“Não sei. Talvez eu siga a lógica que tenho em relação às mulheres. Veja Rita Skeeter, por exemplo. Odeio-a com todas as minhas forças, mas mesmo assim a como de vez em quando.”

Sem se conter, ela solta uma gargalhada, recebendo pares de olhares furiosos dos estudantes desesperados. Madame Pince os encara fulminantemente e aponta para a saída.

“Para fora os dois. Agora.”

“Mas Madame P, razão de minha existência.” Sirius tenta argumentar. “E se eu a levar para jantar um dia desses?”

A senhora o encara com ódio.

“Juro que se não fosse por motivos de ética profissional, eu o mataria, Black. Agora saia da minha biblioteca antes que...”

“Ok, ok, estamos indo!” Lily levanta e pega sua bolsa, não antes de dar um tapa na cabeça de Sirius e lançar um olhar de desculpas para a bibliotecária. “Vamos seu retardado. Ainda vai nos fazer ser banidos.”

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A manhã de James estava indo muito bem, obrigada. O sol estava brilhando, o céu estava azul e Karina Shizue havia aceitado sair com ele (após três tentativas frustradas, uma delas envolvendo um copo cheio de refrigerante e uma pedra), além da ótima nota que tirara em Economia 1. Estava pronto para primeira aula do dia quando – oh, deuses, sério? – Amos Diggory aparece na sua frente com sua graça divina, cabelos pretos e sedosos e olhos tão azuis quanto aquele negócio de colocar dentro da privada para ela não ter mal cheiro.

O cara era bonito, James não podia negar o fato, mas isso só o fazia odiar ainda mais.

“Hey, Potter.” O cara alto e musculoso diz. Puta merda, o braço dele é maior que minha cabeça, pensou James, e de fato, era quase isso. Não era à toa que o namorado de Lily havia conseguido uma bolsa através do futebol americano, com aquele porte de armário.

“Como vai?” disse James cordialmente. Por mais que não gostasse do namorado da amiga, procurava sempre ser educado com o mesmo. Por Lily.

“Sabe onde está a Lily? Não a vejo faz dois dias.”

E por acaso a namorada é minha? E sim, seu babaca, eu a vi hoje de cedo pois sempre tomamos café da manhã juntos. Se prestasse mais atenção no que ela fala, saberia. Foi o que James queria responder, mas forçou um sorriso.

“Talvez na biblioteca, ela disse algo sobre querer estudar para um teste.”

Amos franziu o senho.

“Como é que você sempre sabe onde ela está e eu não?” pergunta Amos, o Grande Idiota.

James revira os olhos.

“Talvez por que ela é minha melhor amiga e me conta tudo?” diz ele irônico. “Olha Diggory, não tenho tempo para essas bobagens. Estava tendo um dia maravilhoso até você chegar, agora se me dá licença...”

“James! Ai garoto, eu estava te procurando por todos os lugares! Pelo amor de deus tira o Sirius do meu lado antes que eu o esgane....” A garota em questão chega, sem notar que o namorado está ali. “Você tem ideia que ele nos fez ser expulsos da biblioteca de novo?! Eu juro por Deus, ele é uma criança.”

“Sirius, por que continua a fazer isso?” James fala com aborrecimento e encara o amigo, que parece fazer muito esforço para não cair na risada.

“Tecnicamente a culpa foi da Evans, ela que riu e...”

“Você me fez rir! A culpa não é minha que você fala tanta besteira...”

“Ahem.”

Amos pigarreia e todos param a discussão para o encara. Sirius revira os olhos ao ver quem é e vai embora sem nenhuma palavra, James tem uma expressão de tédio estampada e Lily parece extremamente irritada ao ver o moreno alto.

“O que é, Amos?” ela fala, impaciente. “Se você tem algo que não seja desculpas para falar, poupe o oxigênio.”

“Desculpas? Você quer que eu me desculpe?! Você mentiu pra mim Lily, como quer que eu reaja?”

“Eu não menti para você, Diggory. Eu só não sou obrigada a contar todos os detalhes da minha vida pra você.”

James assistia a discussão como quem assiste uma partida de ping-pong, sem nem ao menos piscar. Oh, essa seria das boas. Lily sempre tinha algo na ponta da língua que deixava alguém boquiaberto.

“Como não?! Eu sou seu namorado, caso não saiba. Por que não contou que tinha uma irmã?”

“Por que não é da sua conta!” ela exclama, e todos que passavam pelo corredor observava o casal que discutia. “Se eu escolhi não contar, isso é por que é algo particular que se diz respeito a mim e minha família apenas. Não sou como você que tem que dividir cada detalhe da vida pessoal. Eu não quero saber sua prima de terceiro grau tem uma verruga na axila, Amos!”

James segurou a risada, mas o ar acabou saindo pelo nariz, e ambos olharam para ele, Lily tentando não rir e Amos com raiva.

“Tenho certeza que Potter já sabia, não é?”

A risada de James morreu logo em seguida. Esse idiota tem que me meter na confusão...

“Não?” ele olhou para amiga, pedindo ajuda. Ela apenas sacudiu a cabeça e pegou a mão de James, o puxando com ela.

“Vamos, James. Não sou obrigada a aturar crises estúpidas de ciúmes.”

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“Você sabe que ele está certo, não é?” Remus diz, sem nem ao menos tirar seus olhos do livro que lia. “Imagine se fosse o contrário. Ele tem uma melhor amiga do sexo oposto que sabe todos os seus segredos e mais um pouco. O que você faria?”

“Morreria de ciúmes, obviamente.” Respondeu Lily, mal humorada. “Mas essa não é a questão. Ele fica arranjando briga quando claramente é um tópico sensível pra mim! E não é como se só o James soubesse da existência dela, você e o Remus também.”

“Mas só porque James nos contou.” Ele finalmente deixa seu livro de lado e a encara solidário. “Odeio dizer isso, mas o idiota não é completamente culpado. Você deveria pedir desculpas, Lily.”

“Desculpas?!” ela se levanta de posição confortável que era o colo de James e começa a andar pelo quarto do amigo, que cochilava com a boca aberta, ás vezes roncando um pouco. Com a exclamação, ele acorda de supetão e bate a cabeça na parede, xingando a “amiga”.

“Desculpe, querido.” Ela diz, e continua a andar pelo quarto. “Mas se ele ao menos percebesse que esse não é o momento pra arranjar brigas, e sim me consolar... Não é pra isso que ele serve.”

James revira os olhos. Era sempre assim. Lily e Amos brigavam. Lily reclamava e reclamava. Amos pedia desculpas. Lily sorria e o beijava e tudo estava bem, até alguém falar alguma coisa errada e boom!!! Desastre iminente.

“Dentre outras coisas, como não ser um completo pé na bunda.” Murmura ele. “Apenas o ignore e não fale com ele nunca mais! Deus sabe que estará fazendo um favor coletivo.”

Remus o encara com desaprovação.

“Não escute o que James diz. Espere uns dias, até a cabeça dos dois esfriar. Depois conversem, façam as pazes e fiquem bem, como sempre.”

“Arrrrghhhh!!!!” Lily grita e se joga na cama. “Tá.”

Os dois garotos se encaram divertidos.

“Ei Lily, o que é esse envelope na sua bolsa... ELA VAI SE CASAR?!”

“James, quantas vezes eu já disse para não mexer nas minhas coisas?” Ela levanta e tira o papel da mão do amigo, não antes de lhe dar um tapa.

“Ai! Desculpa. O que diz o convite?”

“Não sei.” Lily dá de ombros. “Não tive coragem de abrir. Espera... Tem um bilhete junto.”

“Leia!!!!!” Exclamaram os garotos.

“Ok, ok.... Certo. Lily, mamãe me obrigou a enviá-lo. Estou o fazendo por mera cordialidade e respeito à ela, nada mais. Nada mudou. Saiba que pode comparecer à cerimônia, mas não digo por minha parte que será bem vinda. Até mais, Petúnia.”

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Parque de diversões Hogwarts, atualmente.

“Ei, baby, desculpe o atraso. Sabe como é o transito.”

“Sirius?!” Exclama Lily, mas logo se recupera volta a atuar. “Querido, isso são horas? Não é educado chegar atrasado.”

“Desculpe, desculpe.” Ele beija sua bochecha, e acena para Jessica. “Hello, Jude. Como vai.”

“Já estive melhor.”diz a garotinha. “Já conheceu a namorada adolescente do papai?”

“Eu não sou adolescent-“

“Sim, ela é adorável.” Sirius sorri galante, e olha para James, que tenta controlar Harry a todo custo. “Hey, Harry! Deixe os óculos do seu pai em paz, sabe como ele é cego.”

Nisso, Harry exclama “Tio Sirius!!!!” e pula do colo de James para o colo do outro, montando rapidamente nas suas costas. “Sabia que eu que escolhi vir aqui? Legal né?”

“Impressionante.”

Enquanto Sirius conversa com Harry, Jessica observa a interação entre eles um tanto desconfiada.

“Como pode ser tão calmo em relação a isso tudo?” perguntou ela para o namorado. “Ele era seu melhor amigo e te traiu com sua esposa. E agora ele convive com você. Como consegue.”

James deu de ombros, procurando uma resposta que não soasse ridícula.

“Lily e eu já não nos amávamos. A traição foi só uma desculpa para a separação definitiva. E Sirius é um cara legal, não guardo ressentimentos.”

“Uau.” Diz Jess brincalhona, beijando-o no rosto. “Que boa pessoa.”

“Ele fala isso mas chorou durante dias depois que descobriu tudo. Teve que fazer terapia e tudo mais...” Judy completou, recebendo olhares fulminantes do casal.

“Judith, não seja rude. Não foi isso que aconteceu. James chorou por que coloquei fogo na sua moto, só por isso. Diz ele que ela era uma relíquia, seja lá o que isso significa.”

“Estava em um dos filmes do James Bond, Lily! James Bond!”

“Ei!” exclama Harry. “Vamos brincar! Quero ir na montanha russa e...”

“Você é pequeno demais para montanha russa, cara.” James fala. “Vamos, eu te levo no escorregador.”

Assim, James foi na frente com Harry e Jessica, enquanto Judy, Lily e Sirius ficaram para trás.

Lily bateu com sua bolsa na cabeça do mais velho.

“Seu idiota! O que está fazendo aqui?!”

“Ai, Evans! Eu vim conhecer direito a namorada dele. E queria te ver de Sra Potter. Vamos Lily, atue!”

Tanto a mãe quanto a filha reviraram os olhos, fazendo o moreno gargalhar.

“Pobre Jessica. Ela não sabe o que a espera.”

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Enquanto as crianças brincavam pelo parque, os adultos sentaram na lanchonete, todos com um refrigerante em mãos menos Lily, que bebia uma cerveja.

“Me conte, June, o que faz da vida?” diz ela tomando um gole da garrafa. “Bonita assim eu diria que você é modelo, acertei?!”

“Obrigada Lily, mas não. Sou professora de jardim de infância.” Respondeu a morena, recebendo um sorriso orgulhoso de James. Lily arqueou as sobrancelhas.

“Hmmm. Já quis ser professora uma vez, antes de ter filhos.” A ruiva ri escandalosamente. “Nunca mais pensei na possibilidade, sabe como é.”

“Desculpe, não sei como é.” Jessica levanta uma sobrancelha, desafiadora. “Só tenho vinte e quatro anos, afinal.”

Sirius e James trocam olhares surpresos e voltam a observar o conflito crescente. Lily cerra os olhos.

“Eu tive Judy com vinte e um. Eu diria que está um pouco atrasada, não é?”

“Ah, não se preocupe. James e eu estamos trabalhando nisso.”

Ao ouvir a frase, James, que bebia um pouco de refrigerante, quase engasga com o líquido, tossindo sem parar.

“Olha só, a tosse de novo. Acho que vocês tem que trabalhas nisso um pouco mais, não? Sabe como James é com suas tosses.”

Jessica a observa com cara de poucos amigos enquanto James tenta expulsar o líquido da sua traqueia.

“Qual o seu p...” Sirius ia dizendo, quando foi interrompido.

“Mãe, mãe, mãe! Judy não deixa eu ir no elevador!” Harry chega correndo e pula no colo da mãe, emburrado.

Judith vem logo atrás, ofegante e suada.

“Você é pequeno demais, Harry. Até eu sou pequena demais. Mãe, explica pra ele.” Diz a garota, e se larga ao lado de James, bebendo o resto de refrigerante que tinha no copo dele. Ele a encara indignado. “Que foi?”

“Querido, o elevador é pra gente grande.” Lily tenta explicar para o filho, acariciando os cabelos negros dele e ajeitando seu pequeno óculos. “Quando crescer poderá ir, ok?”

“Crescer quanto? Que nem o Remus? Por que ele é muito grande, acho que nunca vou conseguir ser que nem ele.”

James e Sirius riem. Realmente, Remus é extremamente alto.

“Quem sabe você fique como ele. Mas deve ter paciência, ok? Veja a Judy. Ela quer ir tanto quanto você-“

“Não quero não.”

“Quer ir tanto quanto você, mas ela sabe que um dia poderá. Não fique triste, está bem?” Ele assente. “Agora me dê um beijo.”

“Ei, cara.” James o chama. “Tá afim de um hambúrguer e batata frita?”

Ambos Judy e Sirius gemem, sabendo o que estava por vir. Jessica vê toda a cena com olhares curiosos.

“Hambúrguer e batata, James? Sério?” Exclama Lily, e ele revira os olhos. “É a segunda vez que quer leva-lo para comer porcarias. Já não basta a quantidade de bala que dá pra ele no escritório!”

“Ah, Lily, deixe o garoto comer! Ele vai gastar as energias pulando pelo parque! Não seja chata-”

“Chata? Chata! Eu sou chata agora?” ela bate no tampo da mesa, fazendo todos encolherem – principalmente James. “Você não viu a chata, Potter. Se cuidar da saúde dos meus filhos significa isso, serei insuportável.”

Os dois se encaram raivosos, ignorando os olhares alheios, quando Harry se pronuncia.

“Primeiro o papai não cumpre a promessa dele, agora não posso nem comer batata frita.” Diz, cruzando os braços e fazendo uma expressão triste.

Judy e Lily, conhecendo bem o garoto, suspiram, sabendo que era atuação e algo que ele estava aprontando.

Sirius, James e Jessica ficam preocupados.

“Que promessa que seu pai te fez, querido? Por que você está triste?” Jess fala, o encarando com seus olhos azuis e penetrantes. Harry funga.

“Ele prometeu que ia me levar pro Havaí para nadar com os golfinhos. Mas depois cancelou a viagem por causa do trabalho. É sempre assim.”

Todos encaram James com acusação, Lily e Sirius com pequenos sorrisos de lado.

James entra em pânico. Aquele garoto era pirado?! Tinha que ser filho da Lily pra aprontar uma dessas. Como ele iria sair dessa?!

“Eu não disse que não iríamos!” exclamou, tentando sair da roubada. “Eu disse que iríamos nas férias, quando todos nós pudéssemos ir, inclusive sua mãe.”

Harry deu um sorrisinho.

“Até o Sirius?”

Jessica encarou James. Seus olhos claramente diziam “Você não cumpre suas promessas? Agora vai, trouxa.”

“Claro. Todos nós. Jessica também. Todo mundo vai nadar com os golfinhos.”

Judy riu.

“Pensei que menores desacompanhados dos pais não pudessem viajar.”

Sirius e Lily prendem o riso. Jessica arqueia as sobrancelhas para a garota. Harry começa a cantarolar sobre golfinhos no Havaí.

James sorri, mas por dentro está completamente descontrolado. Harry é esperto demais para a idade dele. Havaí, onde já se viu? Ainda bem que James pode dar a desculpa do trabalho depois, senão estava ferrado.

“Sabe o que eu estava lembrando, James, querido?” Lily finalmente fala, sorrindo maligna. “Suas férias obrigatórias e a do Sirius são em duas semanas. O que acha?”

Ah, merda.

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Los Angeles, numa sexta feira qualquer. Horas antes do encontro em Hogwarts.

Jessica Fields acordou, além de duvidosa, se sentindo extremamente culpada.

Sexta feira, o dia marcado para dar continuidade àquela maluquice. Ela se perguntava frequentemente se estava, de fato, fazendo a coisa certa. Ela não estava enganando James tanto quanto ele a estava enganando? A resposta, para ela, sempre era não. Ela não o estava enganando, apenas dando uma lição nele. Como ele teve a audácia de seguir em frente com a mentira toda, Jesse não soube. Pobre Lily, pensou. Deve ser perdidamente apaixonada por esse idiota, e eu não a culpo nem um pouco.

A questão era que Jessica queria, sim, se apaixonar por James, pois seria tão mais fácil. Ela poderia o perdoar e então eles viveriam felizes para sempre. Mas toda vez que esse dito a vinha à mente, ela pensava em Karen, e todas as possibilidades que vinham em conjunto.

Karen havia dito que gostava muito dela, uma semana atrás, logo antes de James entrar pela porta e atrapalhar todo o momento. Se Jessica não estivesse namorando, arriscaria ter algo com Karen, mesmo que fosse casual? Provavelmente sim, já que não conseguia tirá-la de sua mente.

Ela sentia falta da garota. Num ato de impulso, pegou o telefone e discou o numero conhecido.

Após o terceiro toque, ela atendeu.

Alô?”

“Oi, Karen, sou eu, Jessie.”

“...”

“Não nos falamos faz um tempo e queria saber se está tudo bem.”

“...Sim. É, está tudo bem. Como vai você? Soube que está namorando.”

Jessica sente o coração bater mais rápido, se sentindo feliz por ouvir aquela voz e ao mesmo tempo, culpada.

“Estou bem, sim. Só... Você não está com raiva de mim, está?”

“O que?! Raiva de você? Por que estaria?”

“Não sei, talvez pelo que aconteceu Domingo... Você saiu um tanto apressada daqui de casa.”

Há uma pausa, e ambas apenas ouvem a respiração uma da outra.

“Eu não estou com raiva, Jess.” Diz Karen suavemente. “Eu só estou um pouco magoada. Não te culpo por ter agido daquela maneira, eu não deveria ter te beijado.”

“Mas você se arrepende?”

“O... O que?”

“De ter me beijado. Você se arrepende?”

...”

“...”

“Não.” Diz a voz quieta do outro lado da linha. “Não me arrependo. Isso deve significar algo, não?”

“É.” Responde Jess, um tanto ofegante. “Ei, o que acha de nos encontrarmos? Podemos almoçar juntas, o que acha?”

“Perfeito! Quer dizer, sim, claro. Se não te atrapalhar.”

“Ok, te vejo mais tarde. No lugar de sempre?”

“No lugar de sempre.”

Desligando o telefone, Jessica passou a mão nos cabelos bagunçados, num ato desesperado. O dia seria longo.

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Sirius Black (03:43 p.m) : Tudo certo para o nosso encontro, certo?

...

Remus Lupin (03:45 p.m): Oh, uau, Padfoot. Claro que sim. Te pego as 9?

Sirius Black (03:46 p.m) : Ah, merda. Enviei pra pessa errada.

Sirius Black (03:46 p.m) : Ignore isso, Remus. Finja que não aconteceu.

Sirius Black (03:47 p.m) : Meu deus, como sou tapado.

Remus Lupin (03:49 p.m): Não precisa esconder seu amor por mim, Sirius. Eu sei que morre de vontade.

Remus Lupin (03:49 p.m): Quem é a coitada da vez? Aquela moça do RH?

....

Remus Lupin (03:55 p.m): Sirius? Você não vai sair com a Lene, vai?

Remus Lupin (03:56 p.m): Puta que pariu, você vai sair com ela.

Sirius Black (03:57 p.m): Talvez.

Sirius Black (03:57 p.m): Não vai ficar bravo, vai? É que você tá com a Dora...

Remus Lupin (03:56 p.m): Não estou bravo. Divirtam-se.

Sirius Black (03:59 p.m): ... Você está bravo.

Sirius Black (03:59 p.m): Droga, Lupin, pensei que já tivéssemos resolvido isso.

...

Sirius Black (04:03 p.m): Ok, já entendi. Você que sabe.


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE CORTA

Geeeente como estou cansada, deus cristo pai de todos nós. Nunca pensei que ia me estressar tanto num ano como estou no ano de vestibular.
Mas enfimmmmmmm
Obrigada por comentarem, opinarem, acompanharem.... A FIC CHEGOU A MAIS DE 5000 VIZUALIZAÇÕES E 130 COMENTÁRIOS MDS AMO VCS QUERO ABRAÇAR TODOS
Obrigada por toda dedicação que vejo nos comentários, fico MUITO feliz em saber que cativo vocês com minha história.

COMENTEM! CRITIQUEM! OPINEM! ELOGIEM!

A opinião de vocês é a unica coisa que importa.

Quem deixar um comentário ganha um xaveco do Sirius o/



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