Sobre Mentiras e Casamentos escrita por sobrehumana


Capítulo 12
Aquele da Karen


Notas iniciais do capítulo

GENTE SOCORRO EU DESISTO DO ENSINO MÉDIO DA VIDA DE TUDO!!!!!!!!!!!!!!!
Oiiiiiiii meus amores lindos, quanto tempo não?! Milhões de desculpas pela demora, mas a vida de pré-vestibular não é fácil, eu raramente tenho tempo e, quando tenho, durmo -q
Enfim, esse capitulo está um pouco... chato. Por questões tanto de falta de interação entre James e Lily, e por concentração em outros personagens. Entendo se acharem tedioso, mas é um capitulo um tanto importante para vocês entenderem a Jessica, e espero que gostem da Karen ahhaha
Enfim, obrigada por acompanharem e comentarem, vocês são lindos maravilhosos perfeitos!
Apreciem sem moderação



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Mary Haymish

XXXXXXXXXXXXx

Música - Stubborn Love – The Lumineers

UCLA, Universidade da Califórnia – 19 de agosto de 1999

A luz adentrou o ambiente com um raio de sol intenso. Havia um zunido no ar, como se uma bomba tivesse acabado de deflagrar-se, deixado-lhe zonza e confusa. Além, é claro, da maldita dor de cabeça.

Lamentou, reclamando da dor no corpo e do peso que parecia estar em cima dela. O que diabos...

“Hmm, quem sabe um pouco mais de molho?” Uma voz desconhecida – masculina, ela reparou – disse perto demais de seu ouvido, a fazendo encolher com a dor latente em seu cérebro. Tentou se mover, mas o peso de algo – alguém – estava depositado em metade de seu corpo e era um tanto pesado. Cerrando os olhos e ignorando os protestos de desgosto de seus miolos, tentou situar o local onde estava.

Um quarto espaçoso, com um sofá, um armário e uma mesa de computador num canto. Viu sua blusa jogada no chão e empurrou a massa masculina de si, sentando-se ainda atordoada.

Checou o resto de suas roupas. Suspirou feliz. Ainda estava vestida em sua calça jeans e sutiã. O colega ao lado parecia completamente vestido.

Colega...

“OH MEU DEUS!” Ela gritou e logo se arrependeu, pois a dor latejou em sua mente assim que abriu a boca. O garoto acordou assustado, completamente desorientado.

“Potter?!” Exclamou Lily horrorizada. Será que eles... Não, não podia ser.

“E-Evans? Por que está gritando, por favor fale baixo.” Sussurrou o outro, parecendo derrotado. Afundou de novo na cama e escondeu o rosto entre as mãos.

“Nós- A gente...” A garota não conseguia terminar a frase.

“O que? Vai dizer que não se lembra da noite passada?” James falou falsamente ofendido. “Me magoa profundamente, querida.”

“Nós não...”

“Transamos? Infelizmente não. Embora eu tenha apreciado bastante os beijos e os amassos, seu cérebro pensa o contrário e resolveu apagar-se.”

Lily arqueou as sobrancelhas.

“Você está querendo dizer que eu dormi no meio da nossa suposta sessão de beijos?” Parte dela gritou que não, ela não poderia ter pegado o cara que a irritou logo no primeiro dia, mas a mais racional disse que era bastante provável aquilo ter acontecido por motivos de: James Potter era extremamente quente.

E ela se lembrava da boca dele em seu pescoço, suas mãos nos cabelos emaranhados... Então não havia escapatória.

“Bem, não foi no meio exatamente. Você meio que me puxou pra cama e deitou e quando eu ia tirar minha camisa... Puft. Dormiu.”

Ele a encarava com uma cara despreocupada e descontraída, como se o ocorrido não tivesse sido nada demais. A maioria dos caras provavelmente iriam reclamar com Lily por tê-los “deixado na mão”, mas James Potter apenas sorria sem problemas e ocasionalmente reclamava da dor de cabeça.

Ele desviou os olhos do rosto de Lily.

“Sutiã fofo, aliás.”

Ela encarou sua roupa de baixo branca com corações rosa.

“Oh, obrigada. Comprei numa liquidação.”

“Dá pra vocês calarem a boca?!” Uma nova voz falou, de algum lugar do quarto. Lily e James viram que havia um garoto jogado no sofá, não parecendo exatamente feliz. Como Lily não havia o avistado ali? “Pra alguém de ressaca, vocês falam demais.”

“Espera aí, Remus? De onde você saiu?” James falou, extremamente confuso. “Lily, de onde ele saiu?”

Ela apenas deu de ombros.

“Nem conheço o cara.”

O garoto - Remus era o nome dele - sentou-se no sofá e acenou para Lily.

“Sou Remus Lupin. Melhor amigo desse idiota com o qual você quase dormiu.”

Lily não parecia impressionada. Apenas balançou a cabeça positivamente.

“Certo... Alguém sabe onde estamos?”

James franziu a testa e Remus gemeu.

“Na casa do dono da festa de ontem, eu acho. Diggle? Dungle?” Falou o primeiro.

“Amos Diggory.” A ruiva se lembrou. E aparentemente aquele era o quarto da casa da república do cara. Onde ela tinha desmaiado. No meio de uma pegação. Com James Potter. “Ok, acho que é loucura demais para uma manhã só, eu preciso de um café. Topam?”

Remus e James se olharam e deram de ombros como quem diz “Por que não?” e seguiram a garota – que ainda não tinha vestido sua blusa – porta fora.

XXXXXXXXXX

Jessica Fields nunca fora uma garota de compromisso.

Desde a adolescência, quando se descobriu interessada por garotos e mais tarde, garotas, não tivera o nervo ou responsabilidade para ter algo realmente sério com alguém.

Até Mary Haymish aparecer.

Mary era uma garota baixa, com cabelos castanhos ondulados até os ombros e o sorriso mais doce que Jessica havia visto. Conheceram-se no segundo ano de faculdade, quando pegaram uma aula de História Avançada juntas.

Quando Mary chegou completamente atrapalhada e pouco menos atrasada, quase tropeçando em sua saia longa e sentou-se logo ao seu lado, Jess simplesmente soube que tinha algo de especial nela.

Então as duas conversaram sobre História, ternos de professores e ambições do futuro. Mary queria ser arquiteta. Jessica queria trabalhar com crianças.

Não demorou muito e logo eram um casal. Jess não soube como ou quando exatamente aquilo aconteceu, mas elas combinavam tanto que não havia dúvidas de que tinha tudo para dar certo.

Até, é claro, Mary receber uma proposta em São Francisco, e o relacionamento à distância não dera muito certo.

Depois dessa, Jess resolveu dar um tempo em namoros ou qualquer paquera. Até encontrar, é claro, James Potter.

Quando ela foi arrastada para aquela festa por Karen, não esperava sair de lá de braços dados com aquele moço tão charmoso e engraçado. Ela esperava, lá do fundo da sua alma onde o orgulho não existia, sair de braços dados com a própria Karen.

Karen, a loira que Jessica havia conhecido em outra festa, e havia beijado apenas uma vez. Karen, a garota de olhos azuis e sardas e nariz perfeito, aquela que dissera bem claramente que não queria nada sério.

Jess poderia, é claro, dizer que também não queria nada sério e se divertir, mas sabia bem o que iria acontecer. Ela se apaixonaria, Karen não iria querer nada sério e ela se machucaria, para variar, mais uma vez.

Então ela optou por James. James, o homem encantador e educado – e mais velho – que derramara um drink em cima dela. James, o cara de sorriso perfeito e óculos de aro tortos que seria o namorado perfeito.

E o melhor de tudo era que ele estava disposto a fazer qualquer coisa para ficar com ela. Inclusive mentir.

Mentir para ela.

Vejam bem, Jessica poderia ser impulsiva, um tanto irresponsável e cabeça dura, mas ela não era estúpida.

Quando encontrou a aliança no bolso da calça dele e ouviu as explicações, ela sabia que ele estava falando a verdade. Mas mesmo ela tendo o melhor sexo de sua vida e querer repetir a dose, ele queria a “conhecer melhor” e ela não queria nada sério.

Mas no mesmo dia ela trocou mensagens e falou durante horas no telefone com Karen e soube que tinha que encontrar algo para desviar sua mente. Se afogar em trabalho, alguma série de TV,ou... James. Por isso ela concordou em almoçar com ele. Distração.

E então Lily “Potter” apareceu e fora engraçado demais, divertido demais para deixar de lado. Ela acreditou no início, eles realmente pareciam um casal divorciado, mas quando James deixou escapar um “Droga, Lily vai me matar.” em uma manhã de segunda que acordaram juntos, e depois mentiu sobre sua secretária ter o mesmo nome que sua ex mulher, ela começou a ter suas suspeitas.

Apareceu de surpresa no escritório – aquele prédio precisava muito melhorar a segurança – e procurou pela secretária de James Potter, que ora vejam só... Se chamava Dorcas. James mentiu descaradamente sobre Lily tê-lo traído com seu melhor amigo – que era realmente bonito – e tudo ficou claro.

Era óbvio que James não era e nunca fora casado. Naquele escritório, tudo se esclareceu. Aquela não era a ex mulher de James Potter. Eles não tinham dois filhos juntos. Sirius Black não era advogado de Lily. Robert não era realmente o motorista.

Então ela fingiu acreditar, pois queria ver até onde aquilo daria. Queria ver a que ponto James Potter chegaria só para poder ficar com ela.

Oh, se James Potter ao menos a conhecesse...

O fato era que Jessica odiava mentiras, queria se distrair de seus sentimentos por Karen sem realmente parar de falar com a garota, e apreciava a companhia de James. Ele era um cara legal, genuíno – bem, quase – e respeitoso.

Ela gostava de tê-lo por perto, e gostava de ponderar o que fazia um ser tão legal e característico fazer seus amigos mentirem só para que ele conseguisse ficar com a garota.

Sendo assim, ela continuaria com a farsa até eles terminaram com a deles.

Estava claro que James e Lily, de fato, tinham uma história, e por algum motivo ele queria se distrair disso também.

Ela não se importou. Só esperava que James tomasse alguma vergonha na cara e tivesse logo a realização de que gostava de verdade era de Lily, pois por mais divertido que fosse todo o negócio de ato, alguém iria sair machucado. E nesse caso, Jessica tinha certeza de que não seria ela.

XXXXXXX

Após a pequena discussão, Lily expulsando ele de seu quarto e tudo mais, James sentou-se ao lado de Harry no sofá da sala, derrotado.

“Problemas no paraíso?” pergunta o garoto, sem desviar os olhos do programa de culinária que passava na televisão à sua frente.

James riu, balançando a cabeça.

“Mais ou menos, garoto. Ei, onde está sua irmã?”

Harry dá de ombros.

“E Bonnie?” pergunta o mais velho.

“Não sei. Não me importo. Shhh, que agora é o desafio final.”

James arqueia a sobrancelha, mas não está muito surpreso. O garoto sempre foi fissurado por comida, de qualquer maneira.

“Certo, então...” Ele logo ia dizendo, mas ouve um grito da cozinha.

“Meu Deus Judy! Eu não acredito que...”

“Está tudo bem por aqui?” diz James, ofegante de correr da sala até a cozinha – mesmo os dois locais não tendo uma distância muito grande -, mas ao entrar apenas encontra Judith e Bonnie sentadas na bancada, a última parecendo um tanto exaltada.

Judy, como sempre, apenas revira os olhos.

“Por que todos nessa casa são tão dramáticos? Bonnie só teve uma reação exagerada sobre um evento do qual ela não vai comentar com ninguém, não é?”

A loira adolescente balança a cabeça negativamente.

“Nenhuma palavra.”

“Certo...” diz o homem, um tanto confuso. “Ei, aproveitando que estou aqui, o que vocês acham de...”

“James, se o assunto é sua briga com a mamãe, apenas deixe pra lá por um instante, que tal?” Judith, a voz da sabedoria, se pronuncia. A garota sempre foi observadora demais.

Bonnie franze os lábios e encara as mãos que se encontram repousadas sobre a bancada. Mesmo ela sendo praticamente da família, cuidando das crianças uma vez ou outra, etc., não se sentia íntima o suficiente para se meter no assunto alheio.

Sua avó, a doce Sra. Figg, sempre dissera para sua neta não meter o nariz onde não é chamada.

“Ok, tudo bem.” James fala, levantando as mãos como sinal de rendição. “Talvez eu tenha exagerado um pouco...”

“Não.” Interrompeu a pequena ruiva. “A questão não foi que você exagerou. A história está se repetindo novamente, Potter. Quando vai entender que ela é adulta, capaz e de direito de fazer o que bem quiser, a hora que quiser, sem precisar dar satisfações à você?”

Eles se encararam por um momento, os olhos azuis da garotinha parecendo tão sábios que pareceram enviar algum tipo de luz divina para a mente do mais velho.

Era certo que James sempre fora ciumento com Lily, mas a questão se intensificou após o episódio Diggory. Ele só tinha medo de sua amiga acabar machucada novamente, por isso a preocupação em excesso. Não era intencional, era simplesmente da natureza de James Potter ter certeza que Lily Evans nunca, em hipótese alguma se magoasse novamente.

E aparentemente ele tinha acabado de magoá-la.

Vendo a reação do moreno, a expressão de Judith se abranda em um quase esboço de suavidade – o que, acreditem, era muito vindo dela, principalmente para James.

Os dois eram conhecidos por não se darem muito bem.

“Veja bem, não estou dizendo para ignorá-la. Apenas dê um tempo. Ela realmente parecia feliz hoje de manhã, então não assuste esse tal de Oliver, ok? Deixe ela respirar um pouco, então conversem direito sobre o assunto.”

James pensou e, ignorando a pontada repentina em seu peito, assentiu.

“Certo. Valeu, baixinha. Vejo você depois. Diga à sua mãe que...” Ele sacode a cabeça e acena, se dirigindo à saída. “Esquece. Tchau, Bonnie.”

“Até mais, James.”

XXXXXXXXXXXXXXX

Lily Evans estava, definitivamente, confusa.

Os acontecimentos da última semana a fizeram chegar a um humor quase insano, sendo obrigada a voltar para realidade apenas em momentos de seu cotidiano. Como, por exemplo, seus filhos tentando se matar e a pobre babá tentando impedir que a terceira guerra mundial acontecesse em sua sala de TV.

Murmurando um "Parem os dois", ela se encaminhou para a cozinha, pensando sobre os acontecimentos recentes.

James. Namorada do James. Ex-mulher do James. Filhos do James. Teia de mentiras do James.

Ciúmes, oh, tão excessivo, de James.

E tudo por que ela era uma ótima amiga!

"Parabéns, Universo. Ótima maneira de equilibrar a vida na terra." Murmurou para si.

"Lily? Falando sozinha?" Perguntou a loira adolescente que cuidava das crianças.

"Bonnie." Sorriu a ruiva, se inclinando sobre a bancada da cozinha. "Apenas refletindo sobre a justiça no universal."

"Justiça no universo, huh? Devo perguntar se isso tem algo a ver com um certo James Potter?"

"Argh, por favor, eu imploro. Não quero ouvir esse nome por no mínimo uma semana.”

Bonnie ri, levantando as mãos em gesto de rendição.

"Certo, certo, nada de J...Pessoas com óculos e cabelos espetados. Conte como foi o seu encontro!"

Com toda confusão em que Ja...Quer dizer, seu suposto melhor amigo havia a metido, Lily não tivera tempo para refletir sobre Oliver.

Sorriu de prontidão.

"Perfeito. O cara é maravilhoso, tem bom gosto e o corpo... Ah, aquele peitoral. As mulheres se enfraquecem com os braços torneados."

Bonnie explode em risadinhas.

"Então é algo sério."

Lily hesitou.

"Não sei. Tem os meninos e... Não sei se estou preparada para algo realmente sério. Mas isso não quer dizer que não vá repetir a dose." Ela termina a sentença com um sorriso malicioso.

Com um timing perfeito, seu celular toca.

"Lily Evans?"

E falando no diabo...

"Oliver! A que devo o prazer de sua ligação?"

Ao reconhecer o nome, Bonnie sorri maliciosa.

"Bem," disse ele do outro lado da linha. "Espero não estar sendo precipitado, mas eu realmente gostei de sair com você ontem à noite. O que você acha de repetirmos a dose sexta à noite?"

"Oh." Lily arqueou as sobrancelhas. Ela não esperava outro convite tão cedo. "Claro, eu adoraria! Eu só não tenho certeza sobre o dia, acho que tem algo na escola do Harry sexta. Mas eu lhe aviso, de qualquer maneira."

"Brilhante. Te vejo amanhã no trabalho?"

"Definitivamente.”

"Certo." Ele ri, parecendo um tanto constrangido. "Até mais Lily.”

“Até mais.” Sorriu e desligou. “Ah, Bonnie, pare de sorrir como uma maníaca! Foi só uma ligação, Jesus Cristo.”

“Ligação da qual você ficou sorrindo o tempo todo!” ela deu um gritinho. “Estou tão feliz por você!”

Lily sorriu. Bonnie sempre fora uma garota tão legal e carinhosa, nunca dissera uma palavra negativa sequer.

“Obrigada. Como vão as coisas com Andrew?”

E então as duas começaram a conversar sobre o namorado de Bonnie e como ele estava prestes a entrar para a universidade, e mal viram o tempo passar até Harry entrar na cozinha usando um avental três vezes o seu tamanho.

“Vou fazer o almoço. Ou me ajudam, ou saiam da minha cozinha.”

E então marchou para a geladeira, pegando os ingredientes necessários, sem perceber os olhares divertidos que recebia das duas mulheres.

“O que foi?” Disse um tanto bravo. “Estou falando sério.”

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Jessica acordou com o barulho de sua porta sendo aberta.

Um tanto alerta, ela pega a primeira coisa que vê - seu abajur- , e caminha devagar pelo corredor que leva à sala, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho. Os passos pesados do intruso chegam cada vez mais perto e ela retesa os músculos, a adrenalina correndo por suas veias.

“Jess, você está em- OH MEU DEUS!” Exclamou uma voz feminina ao se deparar com Jess, apenas de pijamas, com um abajur pronto para fazer contato com a face de qualquer pessoa que invadisse seu apartamento.

“JESUS CRISTO KAREN, QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?!” Exclamou a morena, largando o objeto no chão e colocando a mão sobre o peito, ofegante. “Não faça mais isso. O que diabos está fazendo aqui?! Como você entrou?”

Karen, a alta e loira mulher de olhos azuis arqueia as sobrancelhas surpresa.

“Você esqueceu as chaves reserva lá em casa, antes da festa. Só fui ver isso ontem.”

Jess assente.

“Ah. Ok, certo. Obrigada. Não está um pouco cedo para entrar no apartamento alheio?”

“Desculpe. Eu só queria te ver. Sinto sua falta.” Diz Karen um tanto envergonhada, colocando uma mexa loira atrás da orelha.

Oh, merda, pensou Jessica, por que ela tem que ser tão linda?

“Karen a gente precisa conversar-“ ia logo dizendo, mas foi interrompida pelos lábios da outra garota, e droga, como ela sentiu falta daquilo.

“Karen-“ disse entre respirações e beijos. “Karen, eu não posso fazer isso.”

Elas se encararam por alguns segundos, suas respirações ofegantes e em sincronia, coração acelerado e pulsante.

“Você não pode simplesmente dizer que não quer nada sério e depois fazer isso.” Jess diz chateada.

A loira assente, franzindo os lábios, e passa as mãos pelo cabelo.

Está explicado o por que gosto tanto quando James bagunça os cabelos. Pensou a morena. Droga, estou com problemas.

“Eu sei. Me desculpe, Jess, mas... Eu gosto muito de você e eu pensei que você também quisesse algo casual.”

“Você sabe que não é isso que eu quero. E também tem outra coisa, eu—“

“Jess? Por que a porta está aberta?! Aconteceu alguma... Oh. Olá.” Um James Potter um tanto preocupado adentra a cena, sorrindo educadamente para a mulher desconhecida. “Sou James, prazer te conhecer. Você é uma amiga da Jessie?”

Karen arqueia as sobrancelhas, sorrindo fracamente.

“Karen. O prazer é meu.”

James sorri e vai até a namorada, a beijando levemente nos lábios e indo diretamente para a cozinha.

“Como foi a noite na casa da sua amiga? Ela está bem?”

“Sim.” Jess responde numa voz fraca. Karen a encara magoada. Ela desvia os olhos, um tanto perdida, e corre para a porta, a fechando com força atrás de si.

Jess se encolhe com o baque.

“Ei, tudo bem?” James pergunta, e se senta no sofá enquanto come uma maçã. “Ela era a sua amiga que terminou com o namorado? Desculpe, eu não queria ser malvado.”

Jessica suspira, ainda atordoada e sorri fracamente, se sentando ao lado de James e apoiando a cabeça em seu ombro.

“Não, essa era... Uma outra amiga. Algo assim.”

“Espera.” James e encara. “Não era a sua ex, era? A de São Francisco?” Ele não parece ciumento, apenas aflito.

“Não, não. Karen é... Um rolo, digamos assim. Eu esperava ficar com ela na noite em que nos conhecemos, mas ela deixou claro que não queria nada sério.”

James franze a testa.

“Oh. Devo me preocupar?”

Jessica riu levemente. Aquilo vindo do ricaço mentiroso. Se ao menos ele soubesse...

“Não, senhor. Não deve se preocupar.”

Ela não sabe exatamente o por que de ter dito aquilo. Ela gostava de Karen, e queria ficar com ela. Mas ela também gostava de James, mesmo com toda mentira.

Talvez fosse orgulho, ou pelo fato de que James faria loucuras para ficar com ela, e Karen não.

Talvez fosse questão de vaidade, e, infelizmente, Jess sempre fora uma garota egoísta.

“Como foi sua noite?” Perguntou para ele. James pareceu pensativo.

“Foi... Normal.”

“Não parece que foi normal. Você parece cansado.” Ela notou o semblante abatido e as olheiras do moreno.

“Ah, não foi nada.” Ele desconversou. “Só trabalhei até tarde, terminando uns relatórios.”

“Ah.” Ela sabia que era mentira, que ele provavelmente ficou até tarde fazendo algo com Lily, mas não disse nada a respeito. Puxou um assunto importante. “Você vai ver as crianças essa semana? Poderíamos marcar de nos encontrarmos, estou louca para conhecê-los!” O ultimo fato não era uma mentira. Ela realmente queria conhecer os pobres coitados que iriam fingir ser filho do maluco do Potter.

“Certo!” Ele tenta parecer casual, mas falha miseravelmente, quase engasgando com a maçã que mastigava. “Podemos sexta, o que acha? Prometi que os levaria àquele parque. Hogwarts. Conhece?”

“Sim, conheço! Todos falam muito bem de lá. Meu pai é amigo do dono, o Dumbledore. Um velhinho um tanto peculiar, ele.”

James ri.

“Uma vez, na faculdade, ele foi dar uma palestra sobre administração de negócios para nossa classe mas, ao invés disso, acabou falando sobre a importância da pipoca no mercado de trabalho.”

Jessica encarou-o curiosa com seus olhos azuis.

“Nunca me falou sobre a faculdade. Foi lá que conheceu Lily?”

“Lily?” Ele sacudiu a cabeça. “Sim, foi lá que conheci ela. Ela estava na classe da palestra, e ao invés de prestarmos atenção, ficamos trocando bilhetes. Quase nos expulsaram da sala!”

Jess riu, apesar de tudo. Ela realmente apreciava a natureza divertida de James, ele era um ótimo amigo.

James a beijou de leve nos lábios, mas ela sabia que sua mente estava em outro lugar.

“Sexta feira.” Disse ela. “Sem falta.”

Ele engoliu a seco.

“Sexta. É.”

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Karen Waterland


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEEEEEEEEEIIIIII O que vocês acharam da história da Jessica com as meninas? Para caso de vocês estarem se perguntando, sim, o James sabe que a Jess é bissexual, e eu não achei que seria uma conversa lá muito importante para escrever entre eles. O plot central não é a orientação sexual da personagem, mas sim como ela lida com sua vida amorosa.
Espero que tenham gostado, próximo capitulo tem Lily Potter!!!!!!!!!! E SIRIUS ARMANDO!!!!!! E MUITO HARRY E JUDY!!!!!1
Comentem! Opinem! Critiquem! Me digam o que acharam de bom, de ruim, o que preciso melhorar, etc. Sem vocês essa história não andaaaaaa!
Milhões de beijos de açúcar, até o próximo capitulo meus amores :*