Sobre Mentiras e Casamentos escrita por sobrehumana


Capítulo 1
Aquele da Festa


Notas iniciais do capítulo

Lembram de Possivelmente? Então, essa é a versão BEM melhorada dela haha! Estou super animada para escrever essa fic, espero que gostem! Ah, e se a história se parecer com o filme Esposa de Mentirinha, qualquer semelhança não é coincidência, eu me inspirei nesse filme para escrever a fic! Beijos e boa leitura!



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Para James Potter, aguentar os jantares chatos de negócio que seu pai dava quando vivo eram infinitamente melhor do que ter que aguentar três horas seguidas de reunião com o importuno presidente da firma Lestrange.

Sério, esses caras não se calavam um minuto sequer?

O que James pedira fora algo extremamente simples: Uma breve e simples apresentação de como seria a atuação da firma em parceria com a Potter County e fim. Finished. The end.

Mas não, o cara chato de cabelo escorrido tinha que continuar falando e falando sobre as conquistas que a firma havia conseguido, e como haviam liderado algo e blá blá blá, além de ficar olhando de cinco em cinco segundos para Lily sem qualquer descrição.

Lily que, mesmo para seus padrões, parecia extremamente entediada e jogava Candy Crush no seu celular. Sirius flertava via bilhetes com uma morena da outra firma e Remus, como sempre, era o único que parecia estar realmente prestando atenção em alguma coisa.

Mas sabendo que, assim que terminasse a reunião teria que preencher milhões de papeladas e relatórios e agendar jantares de negócios super tediosos, James escreveu algo num papel e passou para Lily, que sentava-se ao seu lado.

“Você vai poder ir comigo mais tarde, não é?” Dizia o bilhete.

“James, você sabe que não posso. Tenho que buscar Harry e Judy na escola.”

“Mas e a Bonnie? Para que você paga aquela babá se ela não serve nem para buscar as crianças na escola?”

Lily revira os olhos. James a encara com as sobrancelhas arqueadas. Ela escreve no bilhete.

“Bonnie não é a mãe deles. Eu mal paro em casa por SUA culpa, Potter. Não vou ser uma mãe ausente, já não basta aquele pai desnaturado.”

“Pois é, onde está aquele cabeça de camarão*? Não era para ele ter buscado os pirralhos essa semana.?”

“Sim, mas ele resolveu esquiar nos Alpes, vê se pode?!”

James a encarou estupefato. Como aquele energúmeno ousa?! Ele é o pai daquela criança, deve arcar com as consequências e ser um pai presente!

“Ele acha que pode simplesmente depositar uma pechincha na sua conta e tá tudo bem?” Sussurra ele para a ruiva, que suspira.

“Já estou cansada de tentar entender Amos, sério.”

James passa a mão nos cabelos – um hábito um tanto vicioso, pensa ele – e encara o narigudo falar sobre ações e mais não se sabe o que. A reunião finalmente termina e é quase possível ouvir um suspiro coletivo de alívio.

“Jesus Cristo, essa foi a pior apresentação que eu já vi.” Murmura Lily. “E olha que eu já vi muita coisa ruim nesse mundo.”

Sirius, que sorria para a morena que piscava para ele sem parar, virou-se para os dois.

“E aí, vocês vão para a festa na casa do Lockhart?” Pergunta ele.

“Mas claro!” Diz James. “Vai ser a festa do ano. Pode, por favor, convencer Lily a ir também? Tudo bem que o tempo de curtição dela já passou, sendo ela uma mãe e tudo mais...”

“Ei!” Exclama a ruiva indignada. “Sendo ela uma mãe, uma ova! Saiba que eu sou a mãe mais nova e mais bonitona, segundo os professores do Harry.”

“É, é.” James faz um gesto de descaso com a mão e continua a falar com Sirius. “O caso é que, ela precisa ir! Sabe, nós precisamos arranjar alguém para Lily. Sabe-se lá quantos anos fazem desde que ela não dá uns bons beijos.”

Sirius ri escandalosamente e Lily recolhe a papelada, ajustando seus óculos nos olhos e grunhindo de raiva.

Então percebem que os membros da firma Lestrange estão encarando James como quem espera uma resposta. Ele encara Remus como quem pede ajuda.

“O Senhor Potter irá pensar sobre sua proposta e ficarão sabendo da resposta até semana que vem.” Responde Remus. “Foi uma ótima apresentação senhores, muito obrigada senhor Snape.”

“Nós agradecemos pelo seu tempo.” Diz o narigudo chamado Snape, indo embora, mas não antes de mandar mais uma olhada para Lily.

Assim que todos foram embora, Remus vira-se para os amigos.

“Nunca vi mais chato.” Diz ele e todos riem, menos Lily, que mexe compulsivamente no seu celular com a expressão raivosa.

“Qual foi, Lily? Não vai ficar com raiva, vai?” Diz James. “Era brincadeira. A questão é que: Você precisa se divertir um pouco. Trabalha mais do que deveria, e como seu chefe eu digo que a partir dessa tarde você está de folga.”

Ela arregala os olhos.

“Você está brincando? James, nós temos três seminários para apresentar para as empresas que virão aqui semana que vem e...”

“Deixe isso com o tal Weasley. Ele é novo e prestativo.”

“Mas James, ele não vai dar conta sozinho...” Lily fala com os olhos pidões.

“Se você queria um aumento, tudo o que precisava era ter falado.” James sorri e pega o celular da mão da ruiva, que o encara com uma mistura de confusão e ofensa.

Sirius e Remus trocam um olhar divertido.

“Devolva meu celular, por favor.” Diz ela numa voz contida.

“Ei, o que é isso aqui?!” Exclama James. “Um email de... Michel Blythe? Te convidando para sair?” Ele ri maleficamente. “Essa é a maior piada do século.”

Lily fica vermelha da cabeça aos pés – literalmente, uma vez que o cabelo dela também é vermelho e tudo mais... – e tenta pegar o celular, falhando miseravelmente.

“Devolva meu celular neste instante, Potter!”

James, que ri até se acabar, balança o celular fora do alcance dela.

“Querida Lily.” Ele ri ainda mais, arrancando risadas de Sirius e Remus. “Espero não estar lhe incomodando com este email, mas como pode perceber tenho a notado faz algum tempo. Tendo em vista todos os olhares que trocamos, os cafés que dividimos e o sorriso que me enviou quando a emprestei meu grampeador, não me resta fazer nada além de chamá-la para um jantar romântico a dois nesse sábado. Te pego às oito? Com amor, Mic.”

À essa altura, Sirius gargalhava tão alto que tinha lágrimas nos olhos, Remus ria divertidamente e James estava sem ar.

“Esse – hahahahaa- É sem dúvidas – ahahahaha – O pior convite – hhaahaha – Que eu já vi!” Tenta James dizer entre risadas.

Lily, não podendo se conter, soltou um sorriso debochado.

“Os cafés que dividimos?” Debochou ela. “Eu só esbarrei nele uma vez na máquina e olhe lá.”

“Por que você não nos falou nada do seu romance tórrido com o cara dos grampeadores?” Diz Remus, arrancando mais risos dos amigos. “Nós a apoiaremos, Lily. Só queremos a sua felicidade.”

“E que você vá à festa do Lockhart conosco!” Completa Sirius com o maior sorriso do universo. “Ou você prefere ir ao seu jantar romântico com o seu amado Mic?”

Lily fez uma careta de desprezo e se levantou.

“Não vou à porcaria de festa nenhuma, Black. Digam para o meu amado Mic que já estou em um relacionamento sério com o cara dos clipes de papel.” Ela manda um olhar severo para James. “E você, senhor Potter. Quero aqueles relatórios assinados até segunda feira na minha mesa, entendido? E não chegue tarde em casa, temos mais uma reunião amanhã cedo.”

James revira os olhos.

“Sim, mãe.”

Sendo assim, ela deixou a sala de reuniões.

“Agora nos explique, James.” Diz Remus arteiro. “Qual é a sensação de ser pau mandado da sua própria funcionária?”

“Vá catar coquinho, Moony.”

XxXxXx

James Potter normalmente, em festas, era encontrado em um estado muito mais avançado do que o “levemente alegre” da embriaguez. Então, quando chegou à festa de Lockhart e se deparou com milhares copos coloridos de drinks e coquetéis, litros e litros de tequila e vodka, ele... Bem, “chutou o balde.”

Vendo que Lily não tinha nenhum intuito de dar o ar de sua ruivisse, ele observou levemente tonto o local.

A confraternização em questão tinha até mulheres de apenas lingerie lutando em uma piscina de chocolate.

É, chocolate.

James estava, em termos mais populares, mais feliz do que pinto no lixo.

Sirius ria de algo que uma ruiva falava e Remus enchia a cara de coquetéis enquanto dançava sem parar na pista com uma garota de cabelos cor de rosa.

Mas algo estava faltando, algo mais além de bebida, chocolate e pessoas cantando desafinado. Ele precisava de uma garota para chamar de sua naquela noite.

E assim que se deparou com uma loira que, para a mente já confusa pela bebida de James, o estava dando mole, ele se preparou para dar o bote.

Mas, como ironia do destino, algo - provavelmente o alto teor de tequila em seu sistema - o fez esbarrar em alguém e cair de tudo no chão.

“Ai meu Deus.” Diz ele atrapalhado, se levantando e ajudando a pessoa que também tinha caído com o impacto. “Mil desculpas, eu não quis...”

“Não, está tudo bem.” A morena incrivelmente bonita diz, aceitando a mão de James e se colocando de pé. Em seu vestido branco havia uma mancha rosa de bebida.

“Santo Cristo, eu não quis... O que eu posso fazer para te compensar?” Pergunta James praticamente desesperado ao ver a mancha enorme na roupa da garota. “Eu posso te pagar outro vestido ou...”

Mas o sorriso radiante da garota o fez calar-se.

“Ou você só pode pegar outra bebida para mim. Meu nome é Jess, a propósito.”

E então, ele devolveu o sorriso.

“James.”

XxXxXX

Acordou com uma dor de cabeça tão grande que parecia que haviam martelado na sua cabeça infinitas vezes. Seu corpo doía tanto que James considerou ter levado uma surra na noite passada, mas aparentemente nenhum osso ou dente havia se quebrado.

Enfiou o rosto em seu travesseiro, tentando fugir da luz que insistia cegar seus olhos. Ele deveria estar se arrumando para a tal reunião, Lily iria ficar uma fera se ele chegasse atrasado. Se bem que se fosse o caso, ela já estaria no seu quarto o acordando a pauladas... Levantou a cabeça subitamente, amaldiçoando as gerações de quem quer que havia descoberto a tequila.

Olhando em volta, com os olhos semicerrados para tentar enxergar algo sem os óculos, constatou que aquele definitivamente não era seu quarto.

“Mas o que...” Murmurou sobre a respiração, e apalpou até encontrar a mesa de cabeceira onde estavam seus óculos. Os colocou. “Onde é que eu ‘tô, pelo amor de Deus?”

“James?” Uma voz sonolenta e feminina murmurou ao seu lado. James lembrava levemente do seu rosto e seu nome, mas nada mais. “Já vai embora?”

Ela se senta na cama e o queixo de James praticamente despenca. Ele havia dormido com aquele anjo? Quer dizer, ele já havia ficado com milhares de modelos e afins, mas nenhuma garota parecia tão naturalmente linda como ela.

“Bom dia para você também, Jess.” Diz ele sorrindo e deitando-se novamente.

“Bom dia.” Ela o beija rapidamente nos lábios e se levanta, colocando sua roupa de baixo.

“Onde você vai?” Pergunta James confuso.

Ela abre seu guarda e procura por algumas roupas.

“Deve ter alguma coisa na geladeira, eu não sei.” Murmura ela num tom de desculpas. “Eu realmente tenho que ir, tenho uma reunião importante e...”

James bate na própria testa e levanta rapidamente. A reunião!

“Droga eu também tenho uma reunião...” Diz ele procurando por sua cueca. Jessica o encara com um sorriso mínimo. “Olha, eu sei que parece meio precipitado mas... Eu realmente gostei de passar a noite com você. Será que tem como nos vermos de novo ou...”

“Claro! Me dê seu telefone que eu te ligo qualquer hora.”

“Está na minha carteira, dentro da minha calça... Essa aí.”

E então, como se fosse algo escrito pelo tio lá de cima em algum tipo de piada sem graça, um objeto não identificado cai de dentro do bolso da calça. Objeto esse, senhoras e senhores, que será um pedaço mais do que fundamental nessa história. Objeto esse que irá separar casais, uni-los e separá-los novamente. Objeto esse que fará viagens inesperadas acontecerem, melhores amigos brigarem e velhos amigos se reencontrarem.

Um objeto pequeno, brilhante, dourado que caiu no chão, quicou alguns centímetros e rodava, rodava e rodava...

Um objeto ás vezes sinônimo de amor, ás vezes de problema chamado aliança.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, espero do fundo do meu coração que gostem!CRITIQUEM!COMENTEM!ELOGIEM!DEIXEM SUAS OPINIÕES, SEM ELAS NÃO SOU NINGUÉM :CSério, não tenham medo de criticar, estou aqui para isso!Beijos e até o próximo capitulo!*Cabeça de camarão = considerando que as fezes do camarão ficam na cabeça, etc.