Thalia

FLASHBACK ON

– Vamos! – disse o Sr. D.

Fomos para a secretaria. A secretaria Iris estava lá. Nos olhou sem preocupação. O diretor fez um sinal para que ela saísse. Ela acabou de digitar alguma coisa e saiu. O diretor sentou-se em sua cadeira e nos ficamos paradas em sua frente. Rachel estava com um pano no nariz, que parara de sangrar, mais ela fazia questão de fazer cena. O diretor nos encarava.

– Eu não acredito, Srta. Dare! Você, brigando!

– Diretor – Rachel começou a chorar falsamente – Não fiz nada! Não fui eu. ela que veio me bater! Eu juro!

– Sinto muito Srta. Raquel...

– Rachel.

–... Mas a Srta. Layce, não te bateria em vão.

O que? Sr. D me defendendo! Acho que vai dar um temporal qualquer dia. Hoje, amanha. Não chove a tanto tempo. Que pensamento idiota!

– Mas ela me bateu! – Rachel fingia soluçar – Eu juro que Bateu!

– Bom, sim, eu bati – eu disse – Mas ela provocou.

– E o que aconteceu? – perguntou o Sr. D.

Contei pra ele minha versão da história. Rachel se debulhava em lagrimas, falando a toda hora que era mentira. O Sr. D assentia e ignorava a ruiva.

– Sim. Acredito em você Srta. Glace.

– Grace.

– Tanto faz. Porem, não deve sair por ai, mordendo o dedo dos outros só por que lhe insultaram ou insultaram um amigo seu. E quanto a você Srta. Ariel...

– Rachel.

–... Deveria tomar cuidado com o que fala! O que é isso? Dois dias seguidos na diretoria? Inaceitável! Pode ate não ter uma ficha de ameaças, mas lá não fala nada sobre língua quente!

Nossa! Essa doeu!

– Na verdade, aqui é a secretaria! – eu disse.

– Tanto faz! Bem, as duas terão punições!

Rachel chorou muito mais.

– Por que, Diretor? Por quê?

– Ora, por que vocês merecem!

– Espera – eu disse – E a Annabeth?

– Esta limpando a diretoria – disse o diretor.

– O QUE?

– O que você ouviu.

– Mas ela não fez nada!

– Você que pensa.

– Argh!

– Bem, estão dispensadas! Amanha eu lhes avisarei seu castigo! Podem sair.

Eu fui para a sala e a ruiva para a enfermaria. Tive que espera-la. Entramos juntas e ninguém perguntou nada de minha conversa com o diretor! Ainda bem! Estranhamente o resto do dia foi normal.

FLASHBACK OFF

– Uau! – exclamou Annabeth ao telefone quando acabei de falar – Só você em, Thalia!

– Claro! Eu sou única!

– Thalia, eu tenho que desligar. Minha madrasta esta me chamando. Depois a gente conversa.

– Mas o que aconteceu com você na diretoria?

– Depois eu te falo! Tchau!

E assim, ela desligou. Disco outro numero.

– Alo? – disse Nico.

– Di Ângelo, eu consegui!

– Thalia?

– Não, a Roberta Pardo dos Rebeldes!

– Bem que parece! Você assiste?

– Assisto!

– O que é que deu no capitulo de ontem?

– Di Ângelo! Não fuja do assunto!

Ele riu.

– Consegui mesmo?

– Sim.

– Então vai ser amanha?

– Vai!

– Como consegui?

– Luke arranjou para mim. Ele manja dessas coisas.

– Ele sabe?

– Suspeita.

– Então, qual o plano?

– Bem, olhe o que nos vamos fazer – eu contei o plano pra ele.

– É, acho que vai dar certo.

– Vai da certo!

– E se alguém me pegar!

– Ninguém vai te pegar, di Ângelo!

– Tudo bem! Então esta combinado, parceira.

– Não me chame assim!

– Por quê? Você que começou a me chamar assim!

– Exatamente! Eu posso. Você não!

– Ah, Thalia.

Eu ri dele.

– Tudo bem – eu disse – agente se vê amanha!

– Esta bem.

– Tchau, di Ângelo!

– Tchau Grace.

Desliguei o celular. Ainda era três da tarde. Me joguei na cama e apaguei.

– Thalia!

– Oi! – levantei-me depressa, sonolenta.

– Acorda! – era Jason, sentado ao me lado na cama.

– Por quê? Que horas são?

– 06h30min da manha!

– O QUE?!

– É. 06h30min. Você esta dormindo desde as três da tarde de ontem.

– Nossa!

– Uhuum! Também achamos estranho. Esta tudo bem?

– Sim! Bem, mais ou menos!

– Vamos! O ônibus é daqui meia hora!

– Ta, ta. Eu estou indo!

Arrumei-me mais que depressa. Tomei um banho, escovei os dentes, arrumei meu cabelo. Passei meu rímel preto. Descia as escadas correndo e não tomei café da manha. Jason me esperava. Nos chegamos no ponto quase atrasados, mas pelo menos chagamos a tempo.

Na escola, topei com o di Ângelo.

– Eai, trouxe? – perguntou ele.

– Sim – entreguei o pacote a ele.

– Lembre-se! Você distrai e eu coloco!

– Claro que vou me lembrar, cabeça! O plano foi meu!

Ele foi obrigado a rir.

– Pois bem. Ultima aula.

– Sim. Ultima aula.

Ele foi para um lado e eu para o outro e seguimos para nossos armários que ficavam muito longe.

Annabeth

Eu estava acabando de colocar alguns livros no armário e alguém põe a mão sobre meus olhos.

– Adivinhe – sussurrou.

– Jackson – eu digo, virando-me e dando de cara com Luke.

– Jackson? – ele pergunta.

– É. Bem. Pensei que fosse.

– E por quê?

– Ah... – não sei o que iria dizer. Luke parecia bastante chateado por não reconhece-lo. Mas por quê? Ele não podia ser a única pessoa a fazer isso comigo. A minha salvação foi a Thalia.

– Chase, tenho que falar com você!

– Tenho que ir Luke – digo.

Thalia me puxou para longe.

– O que aconteceu? – perguntei.

– Bem, eu e o Nico vamos aprontar com a Rachel...

– O que?

– Vamos aprontar com a Rachel...

– Espera essa parte eu entendi. O que não entendi a parte de você e o Nico...

– Ah, ele estava comigo na hora que eu tive a ideia. Lembra? Ele me tirou da sala. E eu precisava de ajuda e...

– E eu? – fiz cara de indignada.

– Annie!

Eu ri.

– Estou brincando, Tha.

– Não me chama de Tha.

– Nem vem. O que vocês vão aprontar?

– Bem, espera que vou lhe contar. – ela disse e me contou seu plano. – Então, vai me ajudar a distrai-la?

– Vou sim mais... Thalia, isso foi por que ela aprontou comigo?

– Sim. E por que ela aprontou isso comigo também! Ninguém se mete com a gente!

– Você esta falando igual ela! – eu disse, rindo.

– Ah é? Sqn! Eu sou mais maléfica!

– Eu acredito!

Nos rimos.

– Isso vai ser épico. – ela disse – Bem, tenho que falar umas ultimas instruções com o Nico. Depois nos vemos. – ela saiu.

Alguém chaga por trás de mim e sussurra em meu ouvido.

– Há, Há. Vão aprontar sem mim? – viro-me.

– Jackson, se não estivesse tão bem comigo mesma, eu teria te dado uma cotovelada!

– Da próxima vez toma mais cuidado.

– Melhor.

– E então, o que vão aprontar?

– Jackson, eu não posso te falar!

– Bom, ainda bem que eu já ouvi.

– O que? O que você ouviu?

– Não sei...

– Jackson Fale!

– Mandona! Eu não vou falar! Você também não quer me falar!

– Então você não sabe!

– Mas é claro que eu sei!

– Jackson, eu sei que você não sabe.

– Tudo bem, sabidinha. Eu não sei.

– Viu.

– Mas me fala!

– Não!

– Esta bem! Você e a Thalia vão aprontar. Se você vai aprontar, então é pra se vingar de alguém. E esse alguém só pode ser a Rachel!

Caramba, ele é bom! Pode ser detetive! (Produção, desde quando o Percy é inteligente?) (Produção: Burro ele não é, só é lerdo!) (Mas ele esta muito esperto pro meu gosto!) (Produção: Calma, foi só um chute!) (Ah, ta!)

– Tem certeza de que você não ouviu nada?

– Então eu to certo?

Vichi! (Produção: Agora quem deu ataque de lerdeza foi você!) (Ah, calada! Eu consigo enrolar um lerdo!)

– Jackson, eu não disse nada!

– Fala, por favor! – ele fez um biquinho. Se fosse outra garota teria se derretido. Mas eu sou Annabeth Chase! Manti todo o meu controle, mas tive que afirmar.

– Sim. É com a Rachel!

– Eu sabia! – ele disse – Mas, o que vai ser?

– Esta querendo saber de mais, né?

– Não! – ele disse com a cara mais seria do mundo. Então, acabei contando a ele tudo. Ele riu.

– Isso vai ser épico.

– Eu sei – eu ri também – Mas ela merece mais.

– Concordo.

Eu ri de novo. Ele me encarou e disse:

– Esta começando a me suportar.

– Sim, ate que você é suportável.

Ele riu. Sinceramente eu estava começando a suporta-lo. E cada vez mais suspeitava de que ele estava cumprindo o seu plano. Mas ele agia de um jeito estranho, agia como se não quisesse fazer nada comigo. Só queria ser meu amigo. Ou seja, outra tática dele. Mas eu não vou me deixar levar. Seja forte Annabeth!

– Jackson, lembre-se que você não pode falar nada! – eu disse.

– Tudo bem! Sou um tumulo.

– Jura pelo rio Estige?

– Que juramento é esse.

– Um juramento que faço entre amigos.

– Hum. Então somos amigos?

– Não sei...

– Amigos? Ou não?

– Esta bem. Amigos.

– Isso!

Ótimo! Agora ele ganhou o premio Nobel! Deu um passo grande em seu plano. Mas é melhor manter o inimigo por perto.

– Então. Jura?

– Sim. Eu juro pelo rio Estige.

– Muito bem. Se você não cumprir, vai ter que pular na piscina de roupara e ficar o resto da aula molhado.

– Credo! Assim vou ficar doente!

– Sei... – o sinal toca – Vamos?

– Eu não vou com você!

– Que bom por que eu não queria que você me acompanhasse.

Olho seria pra ele.

– O que? – ele disse.

– Eu vou com você!

Percy sorriu.

– Isso esta ficando engraçado – ele disse.

– É, talvez.

Fomos pra sala. Chagando lá, Rachel me encarou. Ela me olhava de um jeito estranho e logo dirigia o olhar para Percy. Um olhar mais estranho ainda.

Nico

A ultima aula chegou. Não estava aguentando mais! Era de Educação Física, como já dito. Fomos para os vestiários, um para meninos e um para meninos. Thalia deu uma piscadinha pra mim. Ela disse que as garotas iriam jogar primeiro. Enquanto isso, eu colocaria o plano em pratica. O jogo era queimada. Thalia disse que já avisou as garotas para não queimarem a Rachel enquanto eu não voltar. Então ela queimaria a garota com tanta força que ela pediria pra sair e logo iriar tomar um banho e quando vestisse a roupa...

Bem, troquei de roupa bem rápido. Chamei o Valdez, pois teria que abrir o armário da ruiva para deixar a surpresinha. Ele suspeitou quando falei que a Rachel pediu para guardar celular (IPhod) dela. Nem eu acreditaria em mim! (Produção: Ate o Percy não cairia nessa) (Pois é mais eu estava com pressa!) (Produção: a pressa é inimiga da perfeição!) (Não nesse caso) (Produção: Veremos!). Mas ele cumpri-o o favor.

Espalhei o máximo que pude. A sorte da ruiva era que a Thalia só tinha arranjado um pouquinho. Fechei o armário e fui para a quadra.

– Por que o atraso, Sr. Di Ângelo? – perguntou o treinador Hedge.

– Eu estava no banheiro.

Ele me olhou desconfiado. Parecia que estava prestes a me dar a poção da verdade e forçar a falar o que eu estava fazendo (Produção: Potterheadh Akie!!! o/), mas ele simplesmente continuou a aula.

Thalia olhou pra mim. Pisquei pra ela e ela sorriu. Mandou-me um olhar de “Preste atenção no que vou Fazer. Agora é comigo!” e arremeçou a bola com tudo na barriga da Rachel. Ela gemeu de dor.

– Professor! – ela disse – Posso ir pro chuveiro? Não estou me sentindo bem...

– Pode sim, Srta. Dare.

Ela foi. Thalia pareceu segurar o riso. Annabeth também. Será que ele sabia? Acho que sim.

Prosseguimos com o jogo. Agora era a vez dos meninos. O grupo da Thalia tinha ganhado.

Não demorou muito para ouvirmos os gritos do vestiário. Todos ficaram atônitos. Rachel saiu do vestiário toda vermelha com a coceira e gritando desesperadamente feito uma louca desgovernada. Bem, com ela mesma.

– Va chamar o diretor – disse o treinador Hedge a Calipso.

Rachel se debatia de coceira. Não poderíamos rir agora. Iria levantar suspeitas. Logo o diretor chegou.

– Mas o que é isso? – ele perguntou – Santo Zeus! Ainda estamos no terceiro dia de aula e essa turma já aprontou nos três dias? E, Srta. Biel, você esta em todas elas! O que esta acontecendo?

– É Rachel, diretor! E não é culpa minha! Esses seus... Alunos que me odeiam!

– Não importa! Agora eu quero o culpado por isso! Pó de Mico? Inaceitável! Vocês estão loucos?

Ele olhou no rosto de um por um.

Rachel também. Seus olhos fixaram-se em Thalia, que não aguentou e teve que rir da ponta ultra vermelha do nariz da ruiva.

– Eu sei quem foi! – disse Rachel.

– Quem? – perguntou o Diretor.

E agora? Não tínhamos combinado essa parte. Geralmente Thalia não ligava para as consequências. E sempre estava encrencada. Mas e agora? Nos dois éramos culpados. Então eu pensei: Thalia já tem uma ficha muito cheia. A minha é mais limpa. Acho que vou deixa-la sentir o ar da vingança sem se encrencar no final. É, vou fazer isso. Mas porque que eu vou fazer isso? Pergunta sem resposta.

Thalia continuava a sorrir. Mas ao ver os olhos da Rachel encarando-a, ela parou, cruzou os braços e olhou-a com cara de “Pode falar, garota. Se tiver coragem. Eu não ligo”.

– Eu também sei – eu disse. Thalia me encarou e fez uma cara de “Nem ouse fazer o que eu estou pensando que você vai fazer”. Eu a ignorei e disse:

– Fui eu!