Loucuras na Adolescencia escrita por Naty Valdez


Capítulo 39
Capitulo 39 - Birthday Party - Parte 01 - Start


Notas iniciais do capítulo

Olá peoples *-*
Antes de começar a falar tudo o que eu sempre falo e sempre repito aqui para vocês e coisa e tal, eu digo o seguinte:
#TáAcabandoOAno
Gente, vocês não fazem ideia do quão cansativo foi esse ano pra mim. Isso é porque ainda estou no 1º ano. Isso é porque não fui para aquela escola que eu falei que queria ir. Isso é porque ainda não tenho que me preocupar MUITO com vestibular e Enem. Isso é porque minha mãe ainda cozinha pra mim. IMAGINA QUANDO ISSO TUDO CHEGAR?
Mas, enfim, mantenha a fé e, nas tatuagens de Demi Lovato, #FiqueForte.
Bom, como vocês já devem estar imaginando, já que essas palavras não estão sendo escritas no Caps Lock, minha internet não voltou. E as férias CHEGARAM. Jesus, o que eu vou fazer da minha vida?
Mas, como prometido, cá está o capitulo. Que, aliás, vem com uma comemoração especial:
FELIZ ANIVERSÁRIO DE DOIS ANOS DE LOUCURAS NA ADOLESCENCIA!!!!!!! GENTE, NÓS FIZEMOS DOIS ANOS, AHHHHHHHH *-------------* FOI NO DIA 04 DE NOVEMBRO DE 2013 QUE EU COMECEI A ESCREVER ISSO E CÁ ESTAMOS NÓS COM 39 CAPITULOS, UHUUUUUL!!! Bom, eu teria postado antes – até porque, tipo, o aniversario foi a quase dois meses – mas, tipo, eu tô com tanta coisa na cabeça pra colocar nessa festa, que eu não sabia o que colocar primeiro, mas eu acabei me decidindo. Espero que gostem do resultado *-*
And eu quero agradecer a todas as pessoas que comentaram *-* Não foram muitos, mas eu fico feliz que tenham pessoas lendo. Mesmo que eu demore, essa história terá um final.
Agora, o imenso, capitulo 39.



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Produção

Uma coisa que eu tive certeza no decorrer dos fatos que aconteceram durante a festa: adolescentes são completamente esquisitos.

O enorme jardim da casa estava um espetáculo. A decoração era completamente gótica, como se já tivesse chegado o Halloween. Morcegos com olhos amarelos brilhantes estavam pendurados no ar e nas plantas. As luzes que iluminavam as flores foram apagadas, para tirar sua graciosidade. Balões laranjas de luz também estavam pendurados do ar por fios. Em um canto plano do jardim, um mini labirinto fora projetado, e lá havia uma seção sinistra de sustos, além de ser quase completamente escuro.

Havia mesas redondas e forradas com toalhas escuras que estavam espalhadas aleatoriamente pelo espaço. Uma, bem grande e retangular, ficava num canto, servindo de petiscos variados. Mas, mesmo com tudo isso, ainda havia um espaço para todos dançarem.

Isso tudo já deixava a festa uma loucura, mas os adolescentes com suas fantasias exóticas deixavam tudo ainda mais incrível. Havia tantos adolescentes com tantos tipos de fantasias que era impossível contar quais eram os “personagens” que haviam na festa. Era um verdadeiro show de cosplays.

Musica animava tocava, adolescentes dançavam, drinks de todos os sabores eram servidos e todos pareciam completamente felizes com tudo aquilo.

Menos o aniversariante.

Nico olhava da janela do quarto de sua irmã, que tinha uma vista exclusiva para o jardim onde ocorria a festa. Estava muito impressionado. Nunca podia imaginar que Bianca tinha um dom para organização de festas. Definitivamente, ele não parava de se surpreender com o que sua irmã é capaz de fazer.

Mas ele não queria descer pra festa. Não estava no clima. Queria deitar em sua cama e dormir o final de semana inteiro.

― Nico? ― ele ouviu alguém bater na porta.

Nico virou-se na hora. Seu pai estava na porta, vestido pra sair e com uma mala gigante na mão. Tinha uma expressão séria, como ficava sempre que tinha que fazer algo muito importante, algo que seria recompensador. O caso da vez era levar a avó de Nico, Deméter, de volta pra sua casa em Los Angeles.

― Pai ― Nico respondeu.

― Eu não fui a muitas festas durante a minha adolescência, mas eu ouvi falar que os aniversariantes devem ficar presentes para socializar ― o pai de Nico se aproximou, deixando a mala na porta.

Um dos cantos da boca de Nico subiu.

― Existiam festas na sua época, pai? ― perguntou sarcasticamente, sem olhar pra ele diretamente.

― É exatamente por esse tipo de resposta que eu não tenho senso de humor ― Hades parou na frente do filho, mas tinha um sorriso no rosto ― Posso saber por que ainda está aqui?

― Os tempos mudaram, pai. Os adolescentes só dão festa pra terem status, mas eles geralmente não participam delas ― Nico disse, sorrindo brincalhão.

― Mas eles se fantasiam de Darth Vader e ficam olhando pela janela pra ver se alguém faz confusão ― Hades seguiu a brincadeira de Nico. ― Claro, me desculpe. Eu estou desinformado. Realmente, no meu tempo não era assim.

Nico riu. Seu pai não era muito de fazer piada, então aquela noite ele o estava surpreendendo.

― Foi mal, pai. ― ele falou ― Eu sei que você pagou toda essa festa e tal, mas eu não estou nem um pouco a fim de aparecer nela.

Hades suspirou.

― Não se preocupe com isso. Eu financiei a festa porque você queria, porque era seu aniversário, mas eu não podia incluir sua diversão nela. Sinceramente, se fosse eu no seu lugar, eu provavelmente estaria sentindo a mesma coisa. Mas agora não é por mim, Nico. Você tem convidados. Eles vieram te ver, te trouxeram presentes, dá ver daqui. Não é justo com eles.

― Eu sei, mas... ― Nico passou a mão pelos cabelos.

― É alguém que você convidou?

Nico hesitou. Nunca compartilhara conversas desse tipo com o seu pai. Geralmente, ele ficava sabendo por outras pessoas o que Nico fazia, como Bianca e o diretor da escola. Mas seu pai estava tranquilo. E ele havia pagado toda a festa sem reclamar. Tudo bem que Nico desconfiava que Bianca tinha algo a ver com isso, mas mesmo assim...

― Na verdade ― ele resolver abrir o jogo ― É mais por alguém eu teoricamente não convidei.

― Que seria?

Nico respirou fundo. Sabia que seu pai poderia ficar irritado. Na semana anterior, havia recebido uma ligação um pouco ofensiva do Sr. Zeus Grace. Estava completamente indignado por ter encontrado sua filha e o filho de seu melhor amigo se pegando dentro da casa dele. Afinal, o filho de Hades não tinha educação?

― Uma garota que você conhece... Ah, pai, vamos deixar isso pra lá? ― pediu Nico, desistindo no meio do caminho.

― Tudo bem ― Hades ergueu as mãos em rendição e parecia mais aliviado que Nico ― Não preciso saber.

― Obrigado.

Resmungos são ouvidos do fim do corredor.

Segundos depois, a avó de Nico, Deméter, aparece na porta do quarto.

Ela não era bem a avó de Nico, já que era mãe de Perséfone, sua madrasta, e não de Maria, sua mãe, mas Nico a considerava como avó porque, além de sempre agir como uma ― como, por exemplo, quando quase enfartava quando descobrira que Nico não tinha almoçado ―, mas também porque a danada da velha era muito foda.

Deméter estava na casa fazia cinco dias. Durante a semana um tonto complexa que Nico acabou passando graças a um sábado um tanto perturbado, ela o distraiu sendo uma velha muito doida e ajudando Nico a manter uma alimentação muito saudável baseada em cereais.

Agora, vestida com um elegante vestido preto, sapatos escuros e com um mini chapéu com uma rendinha que tapava os olhos, ela olhava desafiante para Hades enquanto vestia as luvas de renda branca.

― E então, Hades? ― ela perguntou ― Vai levar minhas malas para o carro e me levar embora, ou vai esperar que eu esteja em um caixão pra fazer isso?

Ela, como toda velha sogra, detestava seu genro, principalmente pelo fato de já ter sido casado duas vezes antes de Perséfone. De acordo com Deméter, Hades foi o responsável por retirar a pureza de Perséfone. Como se alguém tivesse pureza aos 27 anos...

― Me desculpe, Deméter ― disse o pai de Nico, piscando pra ele e andando até a porta ― É que estou com muito de receio de manda-la para casa. Sua companhia é completamente agradável.

― Com quem você aprendeu a ser irônico desse jeito, Hades? ― ela perguntou indiferente ― Não me importa na verdade, já que seu humor barato não me afeta. Agora me dê licença, pois quero me despedir do meu neto.

Hades simplesmente deu um passo para o lado.

Deméter entrou no quarto e parou na frente de Nico. Ela tinha um cheiro agradável, de velha bem cuidada, e mesmo tendo um olhar de mulher destemida, também tinha um de mulher doce. Um olhar de mãe.

― Muito bem, mocinho. ― ela disse, o tom de voz natural ― Me escute: você é o homem da casa agora. Dezenove anos é uma idade de responsabilidades. É hora de tomar contadas coisas, você já pode ver que o seu pai não aguenta nem com ele mais.

― Há, há, há, que engraçado ― falou Hades da porta.

Nico abriu um leve sorriso.

― Pode deixar, vó.

Ela sorriu.

― E não se esqueça da dieta de cereais altamente nutritivas que preparei pra você. Seu cardápio semanal está colado na geladeira. E eu já avisei a cozinheira. ― ela continuou dizendo, arrumando a roupa de Nico freneticamente ― Urgh, que roupa mais feia!

― É uma fantasia! ― ele se defendeu. ― Você precisa ver a mascara!

― Não, não preciso ― ela suspirou ― Bom, feliz aniversario. Deixei o seu presente na cama, no seu quarto. Espero que goste.

― Dona Deméter, vai perder seu voo para Los Angeles! ― alertou Hades, impaciente ― Não que eu me importe com isso, mas acho que seria uma pena para a senhora perder todo o seu dinheiro que gastou na passagem e tal...

― Poupe-me de seu sarcasmo, Hades ― ela o interrompeu ― E não estou me importando com o dinheiro, já que comprei com seu cartão.

― Como é que é?!

― Diga à Bianca que mandei um tchau para ela ― Deméter prosseguiu ― E comporte-se. Se seu pai aprontar, pode me ligar na hora.

Hades suspirou. Nico apenas concordou, rindo.

― Podemos ir agora? ― perguntou Hades.

― Hades, estou ficando sem paciência! ― falou Deméter.

― Que coincidência, eu também!

― Ah! ― ela virou-se para Nico ― Tudo bem, eu preciso ir. E se comporte de novo. E mantenha aqueles adolescentes fedorentos ali embaixo longe daqui. Quero a casa inteira na minha próxima visita.

― Pode deixar.

Deméter andou até a porta e passou por Hades de nariz erguido. Hades balançou a cabeça negativamente, rindo, e inclinou-se para segurar a mala. Quando ergueu-se de novo, olhou pra Nico.

― Leve em conta o que eu disse. ― ele falou.

Nico viu nos olhos do pai que ele queria de verdade que Nico se divertisse. De repente, o novo carro que Nico ganhou não tinha mais tanto significado. Não se comparado ao olhar de quase orgulho que seu pai lhe lançava. Aquilo era um verdadeiro presente.

Nico sorriu pro pai, andando até a cama e pegando a mascara da fantasia que havia jogado.

― Eu vou.

***

O carro dos pais de Piper finalmente estacionou na rua da casa de Nico ― mesmo que tenha sido um pouquinho difícil para se achar uma vaga. A viagem demorou mais ou menos 20 minutos, mas cada segundo para Annabeth era como um dia em Júpiter.

Sua mão suava apertando o celular. Ela não parava de imaginar quem poderia ter mandado a mensagem. Poderia ser qualquer pessoa. Mas o estranho foi a parte do “quando estiver sozinha”. Isso só a levava crer ser uma pessoa: Thalia Grace.

Não podia ser outra pessoa. Annabeth sabia que Thalia nunca colocava credito no celular, o que explicava o numero desconhecido. E, talvez, ela tenha pedido para Annabeth ligar pra ela quando estivesse sozinha pra fazer uma surpresa pra ela de que ia a festa e de que talvez...

De repente, a animação interior de Annabeth começou a se expor. Enquanto o carro estacionava, as pernas de Annabeth batiam nervosamente contra o chão. Com as botas grandes que usava, nem percebeu que estava pisando e amassando o vestido verde claro de Hazel.

― Annie? ― ela perguntou ― Não precisa ficar nervosa. Você está linda! E poderosa.

Annabeth não entendeu de primeira.

― O que?! ― questionou ― Ah, não. Relaxa. Não estou nervosa com a festa do Nico. É outra coisa.

― Que outra coisa? ― perguntou Bianca.

― Uma coisa. ― ela disse rapidamente, implorando com o olhar que não perguntassem mais nada. ― Nada importante. Sério, de verdade.

― Okay, você não quer falar sobre isso ― concluiu Piper.

― Obrigada.

O motorista de Piper abre a porta do carro. As meninas saíram uma por uma. Quando todas saíram, esperaram Piper dizer ao motorista que ligaria assim que a festa acabasse. Após isso, seguiram para a entrada.

― Então, Bianca, o que você preparou pra gente? ― perguntou Piper ― Se eu for levar em conta a playlist que você escolheu, já sei que posso te dar o óscar!

Bianca sorriu tímida.

― Ah, não tem nada de especial ― falou modestamente ― Eu só fiz o que achava legal.

Elas chegaram na portaria. Havia dois homens de terno escuro com mascaras drama/comédia da Grécia antiga parados na porta. Eles liberaram a passagem na hora de vertem Bianca.

― Gente, eu vou ficar aqui, rapidinho ― Annabeth falou enquanto elas entraram ― Eu tenho que fazer uma ligação. Vai ser rápido, daqui a pouco eu entro.

Após entrarem um pouco, entraram e deixaram Annabeth ali.

Imediatamente, ela discou o numero desconhecido em seu celular.

Enquanto a linha chamava, ela imaginou o que Thalia falaria com ela e também como falaria com ela. Estava ansiosa e animada. Afinal, Thalia viria à festa! Muitas coisas boas poderiam acontecer se Thalia viesse!

Mas não era ela.

Quando o telefone parou de apitar e a ligação foi atendida, ao ouvir a voz masculina no outro lado da linha, Annabeth tomou um susto. Um susto tão grande que até gritou.

Ela nunca poderia ter esperado aquilo. Não depois da discussão que ambos tiveram no dia anterior. Quer dizer, não que tenha sido algo tão importante e complicado... Bem, talvez seja um pouco complicado, mas mesmo assim!

― Caramba, não precisa gritar de emoção ― falou Percy do outro lado da linha ― Não achei que você ficaria tão emocionada em ouvir a minha voz.

― Não é isso, seu idiota ― falou Annabeth, mas ela sorria ― É que pensei que fosse a Thalia, dizendo que iria a festa, mas, não, é apenas o Jackson irritante e potencialmente bipolar.

― É o que?!

― Nada. ― ela cortou ― O que queria falar comigo?

― Eu preciso da sua ajuda.

De repente, Annabeth ficou super curiosa.

― Minha ajuda? ― ela indagou ― Minha ajuda pra que?

Percy pareceu ficar nervoso do outro lado da linha.

― Eu não consigo falar pelo celular... ― ele parecia desesperado ― Você já está na festa? Tenho que falar pessoalmente. É urgente.

― Percy, olha, eu não sei. Eu quero curtir a festa normalmente, sem me preocupar com nada, entende? Só uma festa normal.

Percy então jogou a sua ultima cartada.

― Por favor.

Annabeth imaginou ele ali na frente, com seus olhos verde-mar brilhando e suplicantes. Imaginou aquela carinha pidona e desesperada ao mesmo tempo. E, então, não resistiu.

― Está bem. ― falou ― Onde você quer me encontrar?

― Em qualquer lugar.

― Percy, seja mais especifico, por favor.

― Eu te encontro.

E desligou o celular logo em seguida.

Annabeth olhou para o celular como se ele tivesse dito que sal tia-avó estava fazendo balé. Após notar que isso não ajudaria em nada, resolveu entrar na festa. Era o melhor que podia fazer.

***

Sugar/ Yes, please...

― Uhul ― gritou Hazel enquanto dançava ― Bianca, essa festa está incrível! Já pensou em arrumar um emprego de verão de organizadora de festas?

― Não ― respondeu Bianca simplesmente.

― Mas deveria ― comentou Piper, olhando admirada para o lados ― Você é uma caixinha de surpresas.

Bianca fez sua típica cara de humilde de quem não fez nada de mais. Hazel olhou pra ela nesse momento. Ela gostava dessa expressão. Luzes coloridas piscavam no olhos dela e no de todas. Hazel passou os olhos mais atenciosamente na festa e até que viu algo.

― Bianca, aquilo é um mini labirinto? ― perguntou.

Bianca deu de ombros.

― Não dá pra acreditar ― falou Annabeth, aparecendo ao lado de Piper. Ela parecia mais ansiosa do que estava antes ― Isso é muito legal.

Hazel deu pulinhos.

― Eu não sei vocês, mas eu vou sair por aí e explorar. ― ela falou ― Ah, aliás, fiquei de me encontrar com Frank aqui. Ele deve estar me esperando.

― Hum... ― começou a brincar Annabeth ― Um encontro com o Frank...

― Muito romântico! ― continuou Bianca.

Hazel ficou vermelha, mas torceu pra que ninguém visse isso. Se bem que, graças ao elegante coque alto que Hazel teve que fazer para entrar no personagem de sua fantasia, seu rosto ficava muito mais visível do que antes.

Ah, claro, a fantasia de Hazel. Em Piper, ela jamais poderia ter reparado que era parecida com a Princesa do Sapo. Ela usava o belo vestido verde elegante da princesa, levas até os cotovelos, sapatos e o coque. A maquiagem, feita pela mãe de Piper, Afrodite, deixava-lhe com ar mais delicado. Hazel amou completamente a fantasia.

Mas, enfim, ela nunca poderia imaginar que seus amigos viam ela e Frank daquele jeito. Tudo bem que, depois que deixou de lado sua amizade com Leo, ela havia se aproximado muito dele ― muito mesmo ―, mas isso não queria dizer que... bem... Não!

― Não! ― disse Piper, de repente, e parecia alarmada ― Hazel, você não vai procurar o Frank. Digo, não, não agora.

Todas as três olharam com cara de duvida pra Piper.

― Por quê? ― perguntaram.

― É... ― Piper olhou pra frente ― Ah, olha ali o Jason!

Quando Hazel viu Jason, começou a entender o porque de elas terem ido se arrumar na casa de Piper.

Piper, toda produzida no estilo de Pocahontas ― o vestido marrom curto, os cabelos longos e lisos, os acessórios de nativos e quase nada de maquiagem ­― correu na direção de Jason, que estava todo produzido no estilo do homem branco John Smith.

Um casal perfeito.

Eles se abraçaram e Piper sussurrou algo no ouvido de Jason. Hazel não ouviu é claro, mas viu o sorrisinho maroto de Jason e um assentimento. Depois, eles andaram até as meninas.

― Oi, meninas ― fala ele, abraçando Piper por trás.

― Oi ― elas acenam.

― Vocês estão iguais ― Hazel falou, mesmo que ilogicamente.

Jason Piper se entreolharam e riram.

― Na verdade, estamos fazendo um par ― comentou Jason, o sorriso mais largo, como se estivesse achando graça de alguma coisa ― Os casais geralmente fazem isso.

― Duvido que Thalia fizesse isso ― comentou Annabeth ― Mas é legal.

― É ― confirmou Bianca ― Agora vocês combinam ainda mais.

Jason e Piper riram e se beijaram. Bianca tinha razão: agora eles combinavam mais ainda!

― E aí, os meninos chegaram? ― perguntou Bianca.

― Sim ― respondeu Jason, parecendo que queria se matar de rir interiormente ― Chegamos todos juntos.

Piper riu com ele. Naquele momento, Hazel entendeu. Ela olhou para Piper. Quando seus olhos se encontraram e Piper continuou a sorrir, Hazel fez seu melhor olhar de “Eu já sei de tudo”, mas isso não intimidou muito a garota, já que a mesma apenas continuou a sorrir e levou os dedos aos lábios pedindo silencio.

Eu não acredito!, pensou Hazel. No final desta festa, Piper vai estar mortinha.

― Hazel ― falou Piper ― Você não ia atrás do Frank?

― Eu ia ― falou Hazel ― Até você bater o pé no chão e não deixar-me ir.

― Era brincadeira ― falou Piper ― Porque eu faria isso?

― Ah, ele está procurando você também, a propósito ― completou Jason, como quem não quer nada, e depois virou-se pra Piper ― E aí, vamos dançar?

― Claro ― concordou Piper, segurando na mão dele, enquanto ele a puxava para o meio da multidão de adolescentes.

― Bem, eu preciso ver onde está o Nico ― falou Bianca, apertando o livro que segurava contra o peito. Parecia uma coisa esquisita de se levar pra uma festa, mas se você está fantasiada de Hermione Granger, um livro pode ser um acessório chave na fantasia ― Divirtam-se meninas. Depois nos falamos ― e saiu no meio da multidão balançando sua capa de Hogwarts.

Annabeth olhou pra Hazel.

― Hazel, eu preciso ir... Uma pessoa está me esperando.

― Essa pessoa é o Percy? ― perguntou Hazel, simplesmente.

― Ah... ― Annabeth começou a gaguejar. Hazel já tinha sua resposta.

― Não fique brava com ele quando o ver. ― ela falou.

Annabeth não pareceu entender, então deu de ombros e saiu andando.

― Hazel? ― uma voz chama atrás dela.

Ela nunca se esqueceria dessa voz. A ouvia a tantos anos chamando pelo seu nome que era impossível não conhecê-la. Ela virou pra trás, rápido demais, fazendo seu longo vestido rodar envolta de si. Sua expressão era de completa surpresa.

― Nossa! ― falou Leo, com seu sorriso torto no rosto ― Não precisava de fazer o efeito do vestidão rodado comigo.

Leo vestia um típico traje de toureiro. Isso incluía um capa preta pro lado, o chapéu, Hazel abriu um sorriso.

― Leo ― ela falou, como se fosse a primeira vez que dizia esse nome em anos ― O que...? Ah... Porque está falando comigo?

― Bom... ― ele deu um passo a frente ― De acordo com a Lei Internacional De Comunicação Entre os Seres Humanos escrita por ninguém menos que yo, todos podemos dirigir a palavra a qualquer pessoa, cabe ao locutor iniciar uma conversa ou não.

― O que?! ― Hazel falou, mas estava sorrindo.

― Eu só queria te dar um oi ― ele falou, agora mais sério, o que surpreendeu Hazel. Leo nunca falava sério. Pelo menos não como estava falando agora: com melancolia.

― Anh... ― ela não sabia o que dizer. Também queria lhe dar um oi, só que a mais tempo ― Oi ― falou, então.

Leo sorriu, dando um passo atrás.

― Não quer falar comigo? Beleza. Eu vou ganhar massa muscular, puxar os cantos dos olhos e vou entrar no grupo de debate da escola pra depois vir te dar um oi outra vez.

― Leo ― ela falou, estendendo a mão. ― Serio que você quer mesmo iniciar uma discursão sobre o Frank?

― O que sobre mim? ― Frank aparece logo atrás de Leo.

Hazel estava pretendendo ir atrás de Frank logo depois dessa conversa, mas parece que o sino-canadense se adiantou. Mesmo assim, estava receosa em ficar perto do garoto sabendo o que lhe aguardava, mas vendo-o ao vivo e em core, ela se arrependeu disso na hora.

Como esperado, Frank vestia roupa de príncipe. Mas não de qualquer príncipe. Era o príncipe sapo. O par perfeito. O par de Hazel na festa.

Ele estava lindo daquele jeito. Fofo e lindo. Internamente, ela agradeceu Piper por isso. Ela não conseguia tirar os olhos dele. Tanto que não conseguiu nem dizer nada.

Leo olhou pra trás.

― Ah, claro ― falou, olhando pra frente e revirando os olhos ― Está explicado a hipnose. O príncipe chegou! ― Leo virou-se pra Frank ― Vai lá, gatão ― falou, andando até ele e pondo a mão em seu ombro ― A princesa precisa de você.

Leo saiu andando sem falar mais nada.

Frank virou-se pra Hazel. Ele andou até ela e parou na sua frente. Hazel ainda não havia deixado de encara-lo. Ele deu um sorrisinho e estalou os dedos na frente de seu rosto e Hazel voltou a si. Só naquele momento percebeu que seu coração estava batendo fortemente.

― Ah... ― ela começou a dizer, mas não sabia bem o que estava falando ― Você... O Leo... Ah... Ele... Você... Ai, meu Deus ― Hazel bateu no próprio rosto.

Frank riu.

― Ei, Hazel, calma ― ele disse enquanto ria ― Você não sabe o que está falando.

― Ah, eu sei ― Hazel disse ― Eu não sei mais o que eu faço com o Leo, com você, eu não consigo explicar pra ele que...

― Como assim não sabe o que fazer comigo? ― perguntou Frank ― Não é como se eu obrigasse você a passar algum tempo comigo.

― Eu sei, é que... ― Hazel bateu as duas mãos na testa ― Me desculpe. Eu já nem sei o que eu estou falando. Leo às vezes me deixa... ― ela ergueu as duas mãos na frente do corpo e balançou como se estivesse segurando a cabeça de Leo e sacudindo-a.

Frank riu.

― Já entendi. Você não consegue deixar de gostar dele. Certo.

Após a fala, Frank abaixou a cabeça. Hazel ficou um pouquinho chocada. No começo do ano escolar, havia prometido a si mesma que contaria tudo sobre seus sentimentos a Leo. Porem, alguma coisa a fez travar. Alguma coisa lhe disse: não, espere. Então, houve a primeira briga entre eles. E, então, apareceu Frank.

E meio que isso a fazia lembrar-se de Leo e do que sentia por ele apenas quando ele aparecia.

― Frank ― ela falou, do jeito mais suave que conseguiu ― Quer dançar comigo?

Ele apenas deu um passo a frente. Hazel então pegou sua mão e o puxou para a multidão. A musica era lenta. Hazel colocou as mãos sobre o pescoço de Frank. Ele hesitou antes de colocar as mãos em sua cintura. Depois disso, começaram a balançar.

― Você está... muito bonita ― ele falou e depois olhou pro lado timidamente.

Hazel riu.

― Você também ― ela falou ― Parece um príncipe de verdade.

Frank olhou pra ela.

― Me sinto mais um sapo.

― Certos sapo precisam de um beijo para ficarem bonitos ― ela comentou sem pensar ― Você não é um deles.

― Espere ai ― disse Frank após rir ― Então eu sou um sapo, mas sou um sapo bonito.

Hazel riu e deu um tapinha no peito dele.

― Esquece a parte do sapo ― ela falou ― E, principalmente, esqueça a parte do Leo de agora pouco. Concentre-se apenas em achar uma maneira de nos vingarmos de Piper e Jason pela pegadinha.

― Ah, eu não quero me vingar deles ― Frank disse sarcástico, o que surpreendeu Hazel ― Pessoalmente, eu até gostei da pegadinha.

Isso foi um flerte?, se perguntou Hazel, da parte de Frank?

― Bom ― ela falou então ― Então se concentre apenas em dançar comigo.

― Pode deixar, princesa.

Após trocarem um olhar suspeito e uma risadinha, concentraram-se apenas em dançar. Afinal, estavam em uma festa, e, afinal, era uma desculpa para estarem juntos.

***

Be still my heart cause i’s freaking out/ it’s freaking out/ right now…

Após um tempo procurando por Percy, parecia que Demi Lovato estava cantando para Annabeth.

Assim que saiu de perto de Hazel, ela começou a procura-lo. E foi assim por uns bons minutos. Vinte minutos. Ela bebeu vários drinks no meio desse tempo. Estavam deliciosos. Também reparou em algumas fantasias. Algumas eram clássicas, como bruxas, Dráculas, diabos, múmias. Algumas eram mais estranhas, tipo banhistas, um jogador da seleção brasileira, um cachorro, uma dançarina de hula, e até um violão humano. Ah, claro, haviam os famosos: havia, pelas contas de Annabeth, uma Madonna, três Michael Jackson’s, cinco garotos vestidos de One Direction antigo, e, claro, algumas Miley Cyrus espalhadas por aí.

Mas Annabeth não se preocupou com a fantasia de ninguém. Ela havia gostado bastante de sua. Quer dizer, até que ela combinava com sua personagem, que era ninguém mais que a Astrid de Como Treinar o Seu Dragão. O penteado a incomodava um pouco, mas a fantasia era maneira. As botas eram confortáveis e felpudas, e a roupa em geral era idêntica a da roupa da Astrid filme dois.

Annabeth queria entender o que Hazel queria dizer quando disse pra não ficar brava com o Percy quando o visse. O que isso queria dizer? Será que Hazel sabia de alguma coisa? Alguma coisa que Annabeth não sabia?

Alguém a puxou quando ela passou em frente ao mini labirinto. Lá dentro era um local escuro, com luzes de Neon em formas de desenho nas paredes ― que tinham cerca um metro de distancia entre si ― e alguns esqueletos pendurados.

Então Annabeth virou-se e deu de cara com Percy. Ela só conseguia enxergá-lo devido a lanterna do celular que ele havia ligado. Seu rosto estava normal, o que significava que ele não estava vestido de monstro nenhum. Então do que estava?

― Você... ― ela falou enquanto respirava fundo ― Você me deu o maior susto, Jackson. Não faça isso outra vez.

Ela achou que ele fosse fazer uma piada, mas Percy não parecia estar disposto a fazer alguma. Ele não riu, mas não estava nervoso.

― Já está tudo organizado. ― ele foi direto ao ponto ― Eu Já falei com meus pais, e eles vão ter folga amanha a tarde. Nós vamos ao Central Park e nós...

― O que?! ― Annabeth interrompeu-o de repente ― Percy, espere um minuto. Eu não estou entendendo. Central Park, o que? Do que você está falando?

Percy abriu um sorriso sarcasticamente irritado.

― E eu bem esperando que você fosse se lembrar. ― ele olhou para as paredes escuras envolta dos dois ― Sério, Annabeth, eu esperei isso de você. Então quer dizer que você fez aquilo tudo só pra dormir no meu quarto? Esperta, tenho que admitir.

― O que?! ― Annabeth estava indignada. Então finalmente se lembrou do que Percy estava falando ― Ah, claro. É isso. O passeio com seus pais. ― ela se sentiu culpada por dois segundos, até que se lembrou do que Percy disse e deu um soco sem muita força no peito do garoto ― Não seja idiota, Percy. Eu não me esqueci, e eu vou te ajudar. Acontece que você me assustou. Isso não te dá o direito de me ofender.

― Olhe, me desculpe ― ele falou, passando as mãos pelos cabelos escuros desarrumados ― É que eu estou estressado por ontem e...

― Espere um pouco ― Annabeth interrompeu ― Como assim você está estressado por ontem? Não entendi. Não foi você que teve o quarto invadido, nem você que estava sendo espionado, nem você foi colocado em uma situação complicada e muito menos você que ficou chamando alguém idiotamente pela janela!

― Isso não vem ao caso agora ― Percy olhou par o lado.

― Claro que não ― falou Annabeth sarcasticamente ― E, depois de tudo isso, ainda vem pedir a minha ajuda de repente, me puxando para um lugar escuro e sinistro no meio de uma festa, pra me dizer que eu sou uma qualquer que inventa desculpas esfarrapadas pra dormir em quartos de garotos. Sim, claro, Percy. Você deveria estar muito estressado já que nada disso aconteceu com você.

Percy parecia muito indignado com tudo o que Annabeth dissera, ainda mais porque ela, de fato, estava certa. Garota, por outro lado, mostrou-se compreensiva e se acalmou. Já bastava um estressado naquele lugar.

― Tudo bem ― ela falou ― Não tenho que pedir desculpas e nem nada. Nem você. Eu vou com você amanhã, tudo bem? ― Ela tentou olha-lo nos olhos, mas ele desviou ― Percy, olhe pra mim ― ela colocou um dedo sob seu queixo e o puxou, fazendo-o olhar pra ela. ― Eu disse que eu iria. Eu prometi.

Percy suspirou e cedeu.

― Tá ― ele encostou a mão na dela, tirando-a de seu queixo ― Eu te mando tudo em uma mensagem e passo na sua casa pra te buscar.

― Você fala como se fosse longe.

Ele virou-se, mas ela viu uma pontada de sorriso em seu rosto.

― Vamos? ― ele perguntou, indicando a saída ― Esse lugar me deixa claustrofóbico.

Annabeth foi na frente. Quando finalmente viram as luzes da festa, Annabeth teve uma surpresa. Logo a frente deles, concentrava ninguém menos que Rachel Elizabeth Dare.

Rachel estava fantasia de uma versão esquisita e muito vulgar da Valente. Um arco e flecha estavam pendurados em suas costas. O vestido era curto e justo, marcando seu corpo. E ela os viu na mesma hora.

― Olha que bonitinhos ― ela falou, com seu incrível jeito de falar que demonstrava sarcasmo, desgosto e nojo, tudo ao mesmo tempo ― Eles vieram de casal. Não é uma coisa fofa?

Foi quando Annabeth reparou no que Percy usava. Ele vestia uma fantasia completa e equipada do Soluço de Como Treinar o Seu Dragão. Annabeth estava entendo o que Hazel queria dizer. Percy era, fantasiadamente falando, o par dela na festa. E ela tinha certeza de que Piper e Jason tiveram algo a ver com isso.

― Nós vamos ter uma conversinha depois, Jackson ― ela falou com o garoto, que parecia entender menos que ela. Depois virou-se para Rachel ― O que está fazendo aqui, Rachel? Não bastou o que te aconteceu na sorveteria? Você não deve ter sido convidada!

― Pra sua informação, querida, eu fui convidada sim ― ela arrumou os cabelos de forma dramática ― E não pretendo ir embora tão cedo. Principalmente agora sabendo que o Nico está sozinho sem aquela irritante da Grace pra encher o saco.

― É o que?! ― Annabeth deu um passo a frente, mas Percy a segurou logo em seguida.

― Não deixa ela te provocar ― ele falou, com sua voz natural, o que deixou Annabeth grata. Sua voz, de um jeito estranho, era um calmante.

― Não quero perder tempo com você, Chase ― falou Rachel, sem mudar a expressão de convencida ― Tenho muitas coisas pra fazer nessa festa.

― Vou falar com o Nico ou com a Bianca e eles vão manda-la embora na hora! Essa festa já acabou pra você!

Rachel deu uma risada doce e maléfica.

― Oh, não, querida ― ela pegou um drink na bandeja de um garçom e deu um gole. ― Está acabando de começar.


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Notas finais do capítulo

Na verdade, eu esqueci de dizer que eu tinha muita coisa pra colocar e ainda aparecia mais um monte de coisas no caminho. Minha cara isso. Antes eu demorei por bloqueio de criatividade, e agora a danada veio on fire e eu não consegui escrever. NÃO DÁ PRA ACREDITAR EM MIM! Mas, enfim, espero que vocês tenham gostado.
Bom, gente, como já devem estar prevendo, não haverá fic’s da tia Naty mais esse ano ― espero que estejam lamentando hahahaha’. MAS ANO QUE VEM VAMOS VOLTAR COM TUDO, PORQUE PROVAVELMENTE QUEM VAI COLOCAR INTERNET NA MINHA CASA SOU EU, ENTÃO APROVEITEM SEU TEMPO SEM COMENTÁRIOS RESPONDIDOS!
Então, gente...
FELIZ NATAL E UM EXCELENTE ANO NOVO, COM MUITOS LIVROS NOVOS, CHOCOLATES E FICS DA NATY HAHAHAHAHA’
AMÉM, JESUS, OBRIGADA POR TUDO *--------*
(Produção: Já acabou, Jéssica?)
Haha’
AH, E VAMOS COMEMORAR PORQUE UM NOVA SÉRIE NO UNIVERSO DE PERCY JACKSON ESTÁ CHEGANDO AÍ, GENTE! AHHHHHH! RIORDAN ♥
Enfim, beijos da Naty e até o próximo ♥
When I'm fat and old and my kids think I'm a joke/ 'Cause the stories that I told, I tell again and again/ I can count on you after all we got up to/ 'Cause I know that you truly understand/
Music: Act My Age by One Direction u.u