Loucuras na Adolescencia escrita por Naty Valdez


Capítulo 31
Capitulo 31 - Fazendo Tudo Errado


Notas iniciais do capítulo

Heloww, peoples *--*
Tipo, eu sei que eu deveria ter vindo ontem, mas acabou que não deu hihihi’ Mas eu acabei descobrindo que não foi no dia três que eu postei a fic kkkkk’ Tipo, foi dia quatro, ou seja, há – agora sim – um ano atrás. Então, tipo:
HAPPY BIRTHDAY, PEOPLES BEAUTIFUL *----*
Gente, há um ano atrás a tia Naty chegou da escola ansiosa e com medo de postar a primeira história dela. Há um ano atrás, a tia Naty não sabia a felicidade que é postar uma história pra leitores como vocês! Por isso, eu tenho eu agradecer muito, porque nada disso teria acontecido de não fosse por vocês! Obrigada ♥
Bem, eu também tenho que agradecer a diva da que fez a décima quinta recomendação da fic *---* Menina, sua linda, eu só tenho a te agradecer! Sua fofa do meu core ♥
Bem, como era aniversário da fic, me pediram muito Percabeth, Thalico e tal. Mas, enfim, gente, eu fiz o que deu! Caso contrário, perderia o sentido da história! Okay?
Ah, e garotinhas divas que comentaram: muito obrigada, Okay? Lindas!
Aproveitem!



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Pov’s Thalia.

Era sábado de manha e eu tentava entender qual foi o real motivo de eu ter acordado as sete da matina. Francamente, Thalia, e seu orgulho, onde fica?

Foi quando me toquei de que eu não tenho motivos nenhum pra ter orgulho de mim, e meu dia praticamente desabou nessa hora.

Viro pro lado, me perguntando onde diabos está Annabeth. Se eu dormi na cama dela, aonde a loira dormiu? Deixei isso pra lá, imaginando que ela tenha dormido em algum quarto de visitas. É lógico, não é?

Então giro meu corpo para o lado, jogando minhas pernas no chão e acabo pisando em cima de uma coisa mole.

— Ai! — Annabeth reclamou — Cuidado, Thalia. Você dorme na minha cama e ainda pisa em cima de mim? Não vai querer o meu café da manhã também não?

Acabo rindo.

— É um bom dia pra você também, Annabeth!

Ela levantou do chão, já dobrando os cobertores, e sua expressão suaviza magicamente. E depois eu que sou bipolar!

— Dormiu bem? — ela perguntou.

— Sim.

E era verdade. Depois daquele dia longo que eu tive ontem, foi um grande milagre eu ter tido uma boa noite de sino. Mas eu tive, mesmo achando que não merecia.

— A propósito — continuei — Eu quero dizer obrigada... A você e ao Percy, pela força que me deram. Se não fosse por aquela ideia maluca, porém eficaz, que vocês tiveram, eu acho que teria chorado a noite inteira.

— De nada, Thalia — Annabeth disse, doce — Mas a ideia foi do Percy, só dele. E tenho que admitir que seu primo conhece você muito melhor do que eu. Foi impressionante.

Que brilho no olhar era aquele?

— É, o Percy me conhece desde criança, Annie — falei — Sabe tudo que eu vivi. Me desculpe se eu não contei. É que... Sei lá tem tanto tempo.

— Entendo. Mas agora já sei, e é isso o que importa. Ainda bem que ele estava aqui.

Ela sorriu, dando um soquinho em meu ombro. Ri de volta, indiferente. Mas ela continuou rindo, o brilho orgulhoso em seus olhos. Ai meu Deus...

— Então... — arrisquei — Ele ficou aqui por muito tempo?

— Am? — Annabeth olhou pra mim de repente, como se tivesse saído de um transe — Quem?

— O Percy. Ele ficou por aqui muito tempo? Depois que eu dormi?

— Ah...

Ela olhou de um lado para o outro, como se a resposta estivesse escondida em algum lugar ou até fugindo dela.

— Não, não, ate que não. Logo depois que você dormiu, eu o mandei embora. Pela janela.

— Você tacou ele pela janela?

— Dã, claro que não. Ele desceu pela janela.

— Ele tem uma escada pra entrar aqui?

— Ah... — ela hesitou — Digamos que é uma escada de emergência, a qual ele usa pra subir no meu quarto.

Usa?

— Ah... Droga — ela murmurou.

Controlei a minha risada.

— Annabeth... — estreitei os olhos — Quantas vezes... O Percy veio aqui?

Annabeth arregalou os olhos. Como ela poderia tanta bandeira, em? Eu pensei que ela fosse mais discreta. Digo... Eu fui discreta o tempo todo, né? Pelo menos até agora.

— Duas — disse por fim — Contando com essa.

— Tem certeza?

— Absoluta.

Olhando em seus olhos, percebi que ela dizia a verdade. Mas mesmo assim, eu achei estranho. Annabeth sempre contava pra mim sobre seus... Pretendentes. Se ela está mesmo... Digamos... Interessada como ela mesma disse, porque não contou nada a mim?

— Annabeth — falei — Se tiver alguma coisa pra dizer, diga.

— Ah, qual é, Thalia? — ela disse, abrindo um falso sorriso — Só porque ele veio aqui, tenho uma coisa pra falar? Ah, por favor. Não depois do que você me disse. Não.

Ah!, pensei, então é esse o problema.

— Sei... — abri um sorriso — Então... — levantei-me, ficando de frente pra ela — Se esse é o problema, Annabeth, então só tenha uma coisa a dizer: esqueça o que eu disse, ignore o passado e concentre-se no futuro. Bem, na verdade foi três coisas.

Annabeth me olhou sem expressão. Fiquei me perguntando o que será que se passava na mente dela.

— Tá... — ela disse, vaga — Tá, eu... Eu entendi.

— Eu sei.

— Mas agora temos que arrumar o quarto, Thalia — ela começou a arrumar a cama — E ir tomara café. Depois, a gente vê o que vamos fazer.

— Peço desculpas a minha empregada, Annabeth Chase, mas eu tenho outra visita pra fazer. — saí andando pra porta do banheiro.

Mas Annabeth chegou na minha frente.

— Você não está pensando em ver o Nico uma hora dessas, não é?

— Eu estou sim. Olha, Annie, pensa comigo: eu estou bem humorada, bem disposta, bem calma, tudo. E também posso dizer que tenho um selo de garantia de que não tenho ameaças de surtos de bipolaridade. Se eu, que sou eu, estou assim, como Nico deve estar? Igual, ou melhor, que eu.

Ela ponderou.

— Faz sentido. Mas se ele não estiver?

— Não seja pessimista.

Eu estava animada, empolgada e disposta a fazer de tudo pra ele me perdoar. Sabia que não seria fácil convence-lo, mas eu tinha, precisava tentar.

— Tá bem — Annabeth disse por fim — Não vai tomar nem café-da-manhã?

Neguei.

— Então tá. Vamos te transformar em uma punk de novo.

***

Minutos depois, eu já estava com banho tomado, cabelo lavado e arrumando; maquiagem posta e roupa limpa. Annabeth conferia e re-conferia minhas botas, meia calça rasgada, short jeans largo, e uma camiseta da AC/DC.

— Bem, está perfeita — ela disse.

— Que ótimo. Não sabia que gostar de alguém nos levava a ter surtos de vaidade. Francamente, isso passa?

— Você fala como se nunca tivesse se apaixonado.

— Não como agora.

Isso saiu sem o meu consentimento. Pouco me importa também. Tudo o que eu quero é ver o idiota do di Ângelo.

— Então está pronta! — anunciou Annabeth.

Sorri, feliz.

— Hora de ir.

— Não está muito cedo?

— Quem se importa? Além disso, eu estou ansiosa! Se eu marcar alguma hora, vai dar tudo errado, porque vou ficar pensando no que dizer, aí não vou dizer merda nenhuma, vou me embolar todinha, vou começar a chorar e...

— Chega, Thalia, eu entendi, okay? — Annabeth me interrompeu — Vai logo. E não esqueça de me contar tudo o que aconteceu, está bem?

— Tá. Me deseje sorte.

— Sorte.

***

Toquei a campainha da casa dos di Ângelo.

Meus pés batiam, minhas mãos tremiam.

Bianca abriu a porta.

— Thalia? — ele disse tão encabula, impressionada e surpresa, que tive até um pressentimento estranho de que não deveria estar aqui.

— É, sou eu, Bianca — falei, com obviedade — O Nico está?

— Está, mas...

Eu já ia entrando, quando Bianca me impediu.

— Mas eu acho que não é uma boa hora, Thalia — ela prosseguiu — Nico está mal. Ele prometeu falar com você, mas acho, de verdade, que essa não é mesmo uma boa hora.

— Por quê?

— Eu não sei. Só acho.

Só acha?, Indignei-me por dentro. Ela não quer me deixar subir porque acha que não é uma boa ideia? Fala sério!

— Olha, Bianca, ele provavelmente te contou tudo o que aconteceu. Sei que agi mal e que não devia ter brincado com ele daquele jeito. Mas eu estou arrependida e preciso explicar a ele. Preciso pedir desculpas. Por favor, Bianca, me ajuda.

Bianca me olhou compreendida. Eu fui totalmente sincera com ela.

— Tudo bem — ela disse por fim, liberando a passagem. — Ele está no quarto. Por favor, Thalia, não machuque o meu irmão de novo.

— Pode deixar.

Passei pela porta e me direcionei diretamente para as escadas. Procurei a que dizia “Não Perturbe” e entrei sem bater.

O quarto do Nico era arrumação de sempre, o que chegava a ser insuportável. Sua cama, como sempre, impecável, o que me leva a crer que ele está acordado a muito tempo. Isso me faz sentir melhor, pois ele não estará confuso enquanto conversa.

Fecho aporta. Nada de Nico.

Olho no banheiro e no closet. Nada. Juro que reviro até gavetas para procura-lo. E ele simplesmente não aparece.

Em um momento, ando para janela — uma janela enorme — o olho pra baixo. É muito alto. Me arrepio na hora e recuo com medo. Neste ato, sinto alguém me segurar com mãos geladas. Reconheço-as na hora.

— Você devia aprender a controlar esse seu medo de altura. — diz Nico — Vai viver eternamente com medo de janelas?

Viro-me. Nico me solta e me olha com um olhar vazio. Geralmente, quando ele me olha, seus olhos tem um brilho mágico, que só agora admito que me encante.

— Fala logo o que você quer — ele diz, antes que eu possa dizer qualquer coisa — Embora eu já tenha uma breve hipótese do que seja.

Ele estava arrogante. Nico não era arrogante. Bem, pelo menos não comigo. Me senti mal, mais envergonhada do que eu fiz, e hesitei em falar qualquer coisa com ele naquele estado.

— Eu vim... Vim te explicar o que aconteceu — afastei-me dele, sem saber bem o motivo — Eu juro que não queria te magoar. Eu... Agi por impulso, como sempre.

Os olhos negros de Nico não demonstravam expressão. Se eu não o conhecesse, ficaria com medo de um cara daquele me olhando daquele jeito.

— Tá — ele falou assentindo e cruzando os braços — Só isso?

— Não, é claro que não — falei — Olha, Nico, eu não vou colocar a culpa em Hera, embora ela tenha sido o começo de tudo isso. Vou colocar em mim e na minha impulsividade. Eu queria vingança, estava irritada. Você chegou lá, e eu tinha acabado de brigar com ela. Mas eu não a culpo. Eu me culpo. E te peço perdão pelo o que eu fiz.

Nico fechou os olhos. Eu não sabia o que viria agora, mas eu sabia que tinha aberto o meu coração e sido totalmente sincera.

Nico abriu os olhos.

— Olha, Thalia — ele falou, se aproximando de mim — Eu compreendo porque você fez isso, Okay? Sua madrasta te estressou e você resolveu descontar em mim. Ah, claro, eu não te culpo. Isso é bem típico de você.

Aquilo doeu. Nico estava me desprezando.

— Mas eu acho que você deveria começar a pensar antes de agir — ele continuou — Avaliar seus atos. Nunca imaginou que eles podiam machucar alguém? Pois machucam... E muito.

Nico deu-me as costas, e eu o vi suspirar e passar as mãos no rosto. Nunca o vi tão irritado, desconcertado e frágil ao mesmo tempo. Eu também não estava muito diferente. A cada segundo que passava, meus olhos ardiam mais e mais.

— Você... — arrisquei — Não vai me perdoar, vai?

— Eu... Eu estou um pouco confuso, Thalia. — ele disse, ainda de costas — Por enquanto, eu preciso de um tempo. Sei lá, eu... Eu pensei que havia me apaixonado por você por completo, sabe? Com suas qualidades e os seus defeitos.

— E não? — minha voz saiu mais aguda que o habitual.

Nico virou-se, a expressão confusa.

— Não sei — ele mexeu os braços em dúvida, a voz quase um sussurro — Eu não sei.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu limpei-a na mesma hora.

— Tá... — gaguejei — Tá. Eu... Eu vou embora.

Passei por ele, sem toca-lo, por que pra mim, seria de mais. Quando cheguei na porta, parei e olhei pra trás, vendo que ele ainda estava na mesma posição. Então, resolvi dizer:

— Ah, di Angelo! Eu queria dizer que... Eu me apaixonei completamente por você. Acredite... Ou não.

Sai antes de ver a sua reação.

***

Bianca me pegou chorando sentada no pé da escada dela. Depois, sem dizer nada, sentou-se ao meu lado, envolveu uma mão em minhas costas, e me fez deitar a cabeça em seu ombro.

— Sinto muito — ela disse.

— Não. — falei, levantando a cabeça e olhando pra ela — Eu que sinto. Eu que fiz aquilo com seu irmão. Me desculpe por isso.

— Ah, Thalia. Não se preocupe. Nico é tão cabeça dura quanto você. Logo, logo, vocês estão acertados. Ele vai te perdoar.

— Não creio — levantei-me e limpei as lágrimas — Vou embora.

— Quer que eu te leve?

— Não, eu... Quero ir a pé.

— É meio longe.

— Eu chamo um taxi.

— Nem ouse. Eu vou te levar. Serio, não tem problema nenhum. Não tenho nada pra fazer. Alias, do jeito que você está, é capaz de se perder pela cidade.

Sorri o que foi o milagre do dia.

— Está bem. Eu não tinha trago dinheiro mesmo. Estava pensando em parar na beira do afasto, erguer a perna pros motoristas e fazer setinha pra eles me darem carona.

— Isso provavelmente seria eficaz. Mas deixaria Nico com ciúmes, é sério. Então é mais prático eu te levar. E mais rápido também.

— Posso dirigir?

— Já está se empolgando? Nesse estado, você também bateria o carro.

— Engraçadinha.

Bianca riu e eu a acompanhei. Ela ria como o Nico, mais em uma versão feminina, logicamente. Isso fez eu me sentir bem e mal ao mesmo tempo. Enfim, fomos pra garagem e ela me deu a carona.

Jason

Thalia chegou em casa era nove e meia da manhã. Eu a vi, pela janela do meu quarto, sair de um carro preto em frente a nossa casa. E esse carro preto era muito bonito. E ele estava sendo dirigido por Bianca di Angelo. É, agora eu já vi de tudo.

Corri pra porta e abri a porta antes que Thalia abrisse. Sua expressão era triste. A primeira coisa que ela me perguntou, foi:

― Zeus e Hera estão aqui?

― Não ― eu respondi ― Eles saíram pra fazer algumas compras e acho que não voltam tão cedo. Mas você está bem? Como passou a noite?

Enquanto eu falava tudo isso, Thalia havia passado pela porta, e andado até a cozinha. Pegou uma caixa de cereais no armário, uma colher na pia e uma caixa de leite na geladeira.

― Eu estou bem. Não se preocupe.

― Tem certeza?

― Aham.

― Então porque você está colocando leite dentro da caixa de cereais? Não é melhor colocar dentro de uma vasilha primeiro?

E, de fato, ela estava mesmo colocando leite dentro da caixa, sem perceber. O líquido já estava pingando na mão dela pela caixa. Thalia jogou a caixa de cereais dentro do lixo. Depois, pegou outra no armário, jogou em uma vasilha, derramou pra tudo que é lado, tacou leite em cima, e deu uma colherada de quase quebrar a tigela.

― Viu? Eu estou bem. ― ela repetiu ― Não sei o que te faz pensar que eu estou mal. Não sei, não sei. Está vendo coisas, irmãozinho.

Ela sentou-se no banquinho da bancada de mármore da cozinha. Sentei-me na sua frente.

― Desembucha logo ― falei.

― Levei um fora.

Ela falou bem rápido, porém foi compreensível. Depois, ficou mexendo a colher na tigela de cereais, sem se preocupar em comer. Seus olhos estavam caídos. Não brilhavam nem de raiva e nem nada. Estavam tristes.

― Entendi ― falei, levantando-me ― Você sabe onde está a espingarda do papai?

― Não, mas... Am? Espingarda? Pra que você quer a espingarda?

― Eu vou matar uma coisa voadora cujo sobrenome é di Angelo.

Thalia gargalhou e me fez sentar, puxando a gola da minha camiseta.

― Senta aí, seu idiota ― ela ainda ria ― Você sabe muito bem que a culpa foi minha. Se eu não tivesse feito nada daquilo, estaríamos bem.

― É, estariam. Namorando felizes e esfregando na cara da sociedade que punks também amam. Seriam os namorados mais chamativos que eu já vi.

Thalia arregalou os olhos.

― O que foi? ― perguntei ― O que eu falei?

― Sei lá, eu... Nunca pensei na palavra namorar. ― ela meio que torceu o nariz ― Eu prometi a mim mesma que não ia namorar tão cedo depois do... Você sabe... O Luke. Não sei, é que... Isso ainda me assusta um pouco.

― Fala serio, Thalia. Você não disse que o que você sente por ele é diferente?

― É diferente.

― Então do que tem medo? Nico não vai te decepcionar. O que vocês sentem um pelo outro é recíproco. Lembra-se do dia da boate? Quando ele veio aqui pra te resgatar do castigo de Hera? Ele confessou para todos o quanto estava apaixonado por você.

― Nico é ridículo.

Mas ela sorriu, olhando pra cima, provavelmente imaginando a cena.

― Ridiculamente apaixonado, só pode. ― falei ― Mas, acredite Thalia, ele não vai ser como o Luke. Isso eu te garanto.

Ele me estendeu a mão pela bancada. Seus olhos recuperaram o brilho. Eu peguei sua mão.

― Obrigada. ― ela falou.

― De nada maninha ― ergui a sua mão e a beijei.

― Eca! Argh, que nojo, Jason. Não faça mais isso, cara. ― ela limpou a mão na roupa, o que me levou a rir. ― Sério não gosto desse tipo de coisa.

E continuei rindo. Pelo menos até o meu celular começar a tocar. Quando o tirei do bolso, e olhei quem era, deixei em cima do balcão.

― Quem é? ― Thalia perguntou.

― A Piper.

― Então atende.

― Não.

― O que?

― Não.

Thalia pegou o telefone e atendeu.

― Piper? Oi, aqui é a Thalia... Sim, o Jason está aqui... Mas eu não posso passar pra ele agora... Por quê? Por que... Ele está tomando banho... Não, eu não estou mentindo... É serio... Tá, eu vou te mandar uma foto dele pelado. Não há muito que ver, mas você pode matar a vontade... Não precisa?... Tá, tá bem... Ele já está saindo... Ele vai retornar pra você... Tá, de nada. ― Thalia desligou o celular e o colocou em cima da mesa ― Livrei sua barra. Agora desembucha.

Bufei.

― Foi o que eu te disse ontem. Ela quer que eu vá até a casa dela hoje para um jantar com os pais dela.

― E porque você não quer ir, seu idiota?

― Eu não sei ― bati as mãos no rosto ― Sei lá, eu... Com certeza ela já deve ter falado de mim antes e... Bem, eu não era o tipo de pessoa legal, entende...

― Legal você até era. Mas era um cachorrinho domado.

― Obrigado, Thalia. Sua positividade é uma graça. ― eu ri do que eu disse e ela também ― Mas é que... Eu tenho medo de os pais dela não gostarem de mim. Tipo, eu nunca fiz isso antes e...

― Está se borrando de medo?

― Não diria exatamente isso. Mas é.

― Olha, Jason. Você ama a Piper?

― Aham.

― Então está com medo de que? ― ela levantou-se ― Escuta, cara. Eu fiquei com medo de dizer ao Nico que gostava dele e olha no que deu! E você está com medo de conhecer os pais dela? Isso é a coisa mais simples do mundo. Vai me dizer que você acha que se os pais dela não gostarem de você, ela vai terminar o namoro?

Assenti.

― Ah, Jason ― Thalia riu ― Pobrezinho de você. Nem se ela estivesse tendo ameaças de morte, ela iria largar você. Acho que ela só te largaria, se você recebesse ameaças de morte por estar com ela. Acorda, Jason. Piper te ama. E você não tem que se preocupar com os pais dela. A mãe dela é uma diva. Lembra o que ela fez pela gente quando eu coloquei pó de mico na roupa da Rachel? Se não fosse por ela, estávamos fritos até hoje.

― Parece er acontecido há tantos anos atrás.

― E não é? Tem apenas duas semanas, praticamente.

Então, tomei uma decisão.

― Ok. ― levantei-me ― Eu vou ligar pra ela, e dizer que eu vou.

― É isso aí.

Thalia disse que iria subir, pois precisava fazer uma ligação pra Annabeth. Imagino que seja a típica fofoca de garota. Thalia provavelmente vai contar tudo pra Annabeth.

Peguei meu telefone. Digitei a letra P na pasta de contatos. O nome Piper apareceu. Liguei pra ela.

Piper atendeu no primeiro toque.

Oi Jason. ― ela falou. Sua voz saiu tão animada que parecia que ela falava com alguém em um velório.

― Oi Pipes...

E ficamos nisso por um bom tempo. Eu escutava sua respiração do outro lado do celular. E só. Nenhum dos dois falava nada. Até que eu tomei a atitude.

― Eu só queria dizer que não estava tomando banho quando você ligou. A Thalia que inventou isso pra...

Eu sei. ― ela me interrompeu. ― Jason, se não queria vir hoje aqui em casa era só me dizer, poxa. Você sabe muito bem que eu não te obrigaria a nada.

― É que... Não é bem eu não querer ir... Eu quero, só que...

Só que...?

Eu não contaria nada pra ela. Não, pelo menos, por telefone.

― Esqueça. Eu vou ― falei.

O que?

― Eu vou.

Sério? ― sua voz era surpresa e animada. ― Mesmo?

― Sim.

Escutei o seu grito de comemoração, sua risada, e fiquei terminantemente feliz em ouvir.

Obrigada, Jason. ― ela falou, a voz embargada com risadas ― Obrigada, obrigada, obrigada.

― Tudo por você. Me aguarde as sete.

Com certeza.

Desliguei o celular.

É, acho que vou mesmo me encontrar com o pai da Piper. Pera aí, EU VOU ME ENCONTRAR COM O PAI DA PIPER! AH, MEU ZEUS!

Luke

(Luke: Não... Isso é uma brincadeira! Só pode ser... Um POV meu? Não... O que é isso...? Será que vai neve no nordeste do Brasil? Eu nem moro no Brasil, mas eu soube que é impossível...) (Produção: Sério que vai cair? Eu também não moro lá) (Luke: Não sei. Acho que vai porque, sei lá... VOCÊ ME DEU UM POV!) (Produção: Eu dei? Pera, que merda é essa? Não era você!) (Luke: Claro que era! A história só fica boa quando eu narro) (Produção: *sarcasmo* Ah, sei, sei... Enfim, é porque ninguém mais quer narrar, olha! LEO!) (Leo: Produção, tô tomando banho!) (Produção: Percy!) (Percy: Am? O que?) (Produção: Lerdo *revira os olhos* Nico!) (Nico: você quer mesmo que eu te xingue em público?) (Produção: Melhor não. Frank!) (Frank: eu alguma vez já narrei?) (Produção: Não. Jason!) (Jason: Eu acabei de narrar, sabe...) (Produção: Viu? Não ia colocar nenhuma menina, então...) (Todas as meninas da fic: o que você tem contra nós?) (Produção: EU? Nada. Só queria escrever sobre os boys, sabe...) (Todas as meninas da fic: Fique longe do ~lê cada uma fala o nome do seu respectivo parceiro~! *ameaçando tacar uma pedra na Produção*) (Produção: Ah, é só uma pedrinha... *gargalhadas* Seus boys são todinhos meus!) (Todas as meninas da fic: *pegando cada uma vassoura* Corre, sua vaca!) (Luke: Se eu fosse você eu corria) (Produção: Jura? *sai correndo*) (Todas as meninas da fic: *correndo atrás da Produção*) (Produção: AHHHHH!) (Luke: *Gargalhadas*) (Naty: Sabe o que eu não entendo? Porque está todo mundo querendo bater em um fruto da minha imaginação?) (Produção: Verdade. Então se eu sou um fruto da sua imaginação, eu posso sumir magicamente?) (Naty: acho que sim) (Produção: Então tchau! *puf* *Produção sumiu*) (Thalia: Na próxima a gente pega ela!) (Todas as meninas da fic: sim, capitã! *meninas saem com as vassouras postas como espingardas nos ombros*) (Luke: isso foi estranho) (Naty: Você acha?).

Bem, depois dessa confusão em minha mente, eu estava a caminho da casa do Nico. O cara havia me ligado havia algumas horas e tinha emergência de falar comigo imediatamente. Eu fui logo, pois apenas uma palavra era murmurada em minha mente quando ele disse que era uma emergência: problema.

Nico mandou mensagem pra ele entrar direto, porque a porta estava aberta. Quando entrei no quarto, ele estava espancando um travesseiro.

― Nico, cara, Nico! ― andei gritando até ele, e ele nem se incomodou em me acertar uma travesseirada ― Ai! QUER PRAR COM ISSO, POR FAVOR! ― tomei o travesseiro da mão dele.

Ele fingiu que eu não estava ali e se jogou na cama de barriga pra baixo. Depois colocou o travesseiro no rosto e deu um grito. Então, finalmente, ele levantou-se como se nada tivesse acontecido e disse:

― Oi, Luke.

O QUE?!

Aproximei-me dele, dizendo:

― Será que a troca de saliva com a Thalia passou a doença de bipolaridade pra você, di Angelo? Serio, está parecendo!

― É, é bem provável, Luke.

Ele estava maluco, depois ficou bem, e agora está com cara de cachorro que caiu de caminhão de mudança.

― O que aconteceu, Nico? ― perguntei.

Ele deu um longo suspiro antes de me contar. Bem, foi uma história um pouquinho maluca, mas se tem o nome Thalia no meio, eu não duvido de nada. Ele continuou cabisbaixo quando acabou de me contar. Isso o tinha magoado. E com toda certeza, é claro.

― Cara ― pus a mão sobre a boca, surpreso ― Eu não acredito! Serio. Eu que depois do segundo ou terceiro beijo tudo estaria certo entre vocês dois. Comigo e ela foi assim.

― Muito obrigado por mostrar o nível da minha incompetência ― ele murmurou.

― Nico, não foi o que...

― O que eu fiz de errado, Luke? ― Nico levantou-se ― Pode falar, cara, eu preciso muito saber o que foi que eu fiz de errado. Juro, juro que fiz tudo o que você falou! Porque ela não... Argh!

Ele gritava enquanto falava. Parecia desesperado. Ele virou-se e andou até a janela, totalmente sem chão.

Eu tinha certeza que o Nico não havia feito nada de errado. Ele tinha agido perfeitamente com ela, do mesmo jeito que eu havia agido. Talvez ele tenha mesmo conquistado a, como ela disse. Mas isso não bastou pra faze-la ficar com ele. Mas eu tenho certeza de que ele... Agiu do mesmo jeito que eu. Ah, não.

É isso.

― Nico ― falei, andando até perto dele ― Olha, cara, você fez realmente tudo errado.

― O que? ― ele virou-se de repente pra trás.

― Você fez tudo errado. ― repeti ― Talvez você não tenha que seguir as minhas dicas de como eu fiz pra conquista-la. Talvez você tenha que tê-la conquistado a maneira di Angelo, não a maneira Castellan. Talvez seja isso.

Os olhos de Nico se iluminaram.

― Entendeu, não é? ― falei ― Você não pode repetir o que ela viveu. Você tem que mostrar que tudo vai ser diferente.

Nico abriu a boca pra falar alguma coisa, mas desistiu. Porem, no segundo seguinte, disse:

― Agora eu não quero, Castellan. Eu não quero. Thalia não é pra mim, cara. Eu... Eu acho que não a aguentaria. Ela... Ela é de mais pra mim.

― Ei, está se subestimando? Nem ouse fazer isso, Nico. Depois de todo esse seu esforço, depois de tantos tapas, tantos momentos com ela, você vai desistir? Olha, Nico, não pra qualquer um chegar a onde você chegou. Acorda, cara, você conseguiu conquista-la. Sabe quantos caras chegaram aonde você chegou? Nenhum. Nem mesmo eu, eu acho.

― Você chegou.

― É, sim, talvez, mas você viu no que deu? Eu não diria que o romance que tive com ela foi bom pros dois. Viu como ela está agora? Mas você a curou. Vai perder uma chance dessa, cara?!

Nico pensou por um tempo.

― Tudo bem ― ele falou por fim, erguendo as mãos ― eu acho que vou continuar, a minha maneira. Está bem assim? Mas eu preciso de um tempo. Eu ainda estou chateado.

― Esse é o meu aprendiz!

Pulei nele com um abraço, bagunçando os seus cabelos. Ele me empurrou em seguida.

― Sai fora.

Depois de um tempo conversando baboseiras de garoto, disse a ele que precisava ir embora. Ele concordou, falando que agora precisava pensar um pouquinho.

Quando desci, encontrei Bianca estacionando o carro. Espera! Bianca estacionando o carro? Dede quando ela dirige? Corri pra janela do carona, e falei a ela.

― Uau! Desde quando você dirige?

― Que tal, desde que tirei minha carteira? ― ela devolveu.

Eu ri. Ela estava cada vez mais engraçadinha.

― Que tal me dar uma carona pra casa? ― falei.

― Ah... Tá bem. Eu estou me sentindo um taxi hoje, mas eu te levo.

Eu ri, me perguntando o que ela queria dizer com isso, e entrei no carro.

― Duvido que você vá a toda velocidade. ― falei.

― Não vou arriscar com o carro do meu irmão. ― ela falou.

― Ah, por favor. ― fiz cara de pidão.

― Não, nem em sonho. Não vou te dar esse gostinho, Castellan. Da ultima vez em que fui na sua, acabei por limpar a biblioteca.

― Mas eu te ajudei.

― Tanto faz.

Bianca ligou o rádio bem auto e deu a partida no carro.

Alguns minutos depois, chegamos a minha casa. Ela desligou o rádio, e me esperou descer. Eu tirei o cinto, mas não desci. Eu a encarei a viagem inteira: seu cabelo soltou, o olhos pretos brilhantes, a camiseta verde com uma arvore estampada. Ela estava completamente linda!

Então, ergui minha mão até o seu queixo e a beijei. Simplesmente beijei, e os lábios dela tinham gosto de morango. Em seguida, saí do carro, sem dizer nada, e sem nem ao menos ver a sua expressão.

Fiquei de pé ali fora, de cotas pro carro, antes dela dar a partida. Quando ela deu, finalmente caiu a ficha do tamanho da minha loucura. Pelo deuses, Castellan, o que foi isso?


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Notas finais do capítulo

E ai? Está bom esse finalzinho pra um aniversário?
Tá, eu confesso que foi premeditado, mas eu achei que já estava na hora! Ah, e perdão por Thalico, mas eu tenho uma coisa a dizer: já imaginei todinha a volta deles, Okay? Hihihihihi’
GENTE, O SANGUE DO OLIMPO É COMPLETAMENTE DIVO, AQUELA BELEZURA! Tá, tudo bem que deixou algumas coisas a desejar, mas mesmo assim eu amei aquela droga de livro! E... MAGNUS CHASE, CHEGA LOGO PORQUE EU PRECISO DESCOBRIR ESSE MISTÉRIO MISERÁVEL!
u.u Gente, talvez eu não poste tão logo assim, Okay? Bem eu tenho que atualizar mais duas fics, e tem outra que vai fazer aniversario também! Sem falar que a tia Naty aqui foi convidada, pela professora, formalmente, a escrever uma peça de teatro pra escola, inspirada em algum fato histórico! Eu, toda eu, aceitei! Tipo, agora to cheia de trabalho! Eu tenho vários prazos até quinta e acho que vou faltar aula amanha pra cumprir tudo hahahaha’ Alias, segunda feira eu vou ter que mostrar um vídeo meu cantando Let it go pra toda a minha sala pra um trabalho de inglês! Posso com isso? Hahahaha’
Bem, gente, eu acho que dou meu jeitinho pra postar ainda esse mês! Mas, lembrem-se, que é só mais esse e a tia Naty está liberada pra vocês u.u
Me desejem sorte no teatro e no trabalho, Okay?
Beijos da tia Naty ♥