Loucuras na Adolescencia escrita por Naty Valdez


Capítulo 23
Capitulo 23 - Festa - Parte 1: Resgate


Notas iniciais do capítulo

Hey Peoples *---*
Não, gente, eu não morri! Não fiquem de luto! Vocês ainda vão ter o ar da minha graça hehehe’ Mas, desculpem pelo atraso, ok? É que eu estava na semana de provas, trabalhos, aniversários, compromissos, em fim! Desculpe!
Mas eu quero agradecer as divas que comentaram *---* Lindaas ^^ Muito Obrigado, viu?
E eu quero agradecer, principalmente, a diva da “ Julia R C Potter “ que fez uma recomendação perfect pra fic *------------* OBRIGADAAAA !!
SIGAM O EXEMPLO DELA, OK?
Bom, vamos logo ao capitulo que eu acho que tá mais interessante do que eu, tá? Kkkk’ E, pessoas que pediram pra Produção não narrar e voltar a perturbar, hoje ela tá de volta hehehe’ E, vou confessar logo que esse capitulo tá gigante, ok?
NOS VEMOS LÁ EM BAIXO *-*



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Thalia

Já era sábado à tarde. Sim, passou rápido, e dai?

Eu estava no meu quarto, deitada em minha cama, pensando em o que eu faria com minha ruiva preferida dessa vez.

Quem sabe eu não colocaria um sapo no armário dela? Não, ela pensaria que é um retrato dela. Ou talvez a prenderia no banheiro? Não, muito simples. Ou quem sabe a faria pensar que foi expulsa? Não, muito meigo de minha parte. Já sei! Colocaria fogo no cabelo dela? Não, muito exagero! Droga! Nada presta! Nada presta!

Mas, cara, eu estava mais do que irritada com essa garota.

Como ela ousa aprontar pro meu irmão? E pra Piper? Simplesmente amei o fora que a Reyna recebeu, mas tinha que envolver a Piper? Ok, ok, eu sei que isso já tem alguns dias, mas eu só fui me ligar agora, porque a Annie me disse. Como eu pude ser tão estupida? Ok, Thalia, você tá perdendo a moral, querida! (Produção: E algum dia você já teve?) (Thalia: Olha, Produção, cale esse boca de caçarola sua, ok? Isso tudo é culpa sua! Somente sua!) (Produção: Mas que droga! Eu tive uma ideia genial pra você usar contra a Rachel...) (Thalia: Eu já mandei você calar... Espera! Que ideia?) (Produção:...) (Thalia: PRODUÇÃO, ME FALA!) (Produção: Você não me mandou calar a boca, esperta?) (Thalia: Sim, mas, agora você pode falar!) (Produção: Quando te interessa, você gosta, né?) (Thalia: *sorrisinho de esperta* Ah... *outro sorrisinho* É, né) (Produção: *fazendo língua* Há Há, vai esperando sentada, tá!) (Thalia: Mas que droga!).

E sabe qual é o pior de tudo isso? Agora o Jason fica perdido pelos cantos, deprimido, com cara de peixe morto, como se estivesse sozinho no mundo.

Quem essa Rachel pensa que é? Só eu posso acabar com a alto estima dele, ok? Mas essa garota me paga!

E, falando no diabo, advinha quem entra no meu quarto?

– Ei, não leu a placa? – eu disse – “Proibida a Entrada de Madrastas Vacas, Patricinhas e Jason’s”. Você ainda não aprendeu, garoto?

– Annabeth te ligou. – ele disse como se fosse um robô – Ela disse que vai estar lá na festa ás oito e que é pra você estar lá no mesmo horário. Mas, Hera disse que você não vai poder sair até acabar o jantar!

Maldita Chatonilda. Não me deixa em paz essa vaca! Esse jantar foi marcado de ultima hora. É que meu pai decidiu virar sócio de outro cara, que eu acho que se chama Hipnos, e marcou uma reunião aqui com a nossa “família”, para o cara conhecer como é a vida íntima do meu pai. Agora me expliquem: pra que isso?

E ainda tem essa loira. Eu que a chamo pra festa, e ela que marca o horário?

– Ok – disse Jason – Já dei o recado. Agora viva sua vidinha mais ou menos!

Ele virou-se pra sair.

– Ei, Jason, pera ai! – sentei-me.

Ele virou-se novamente e olhou pra mim. Fiz sinal pra ele se aproximar.

– Agora pouco você falou da placa, e agora me manda entrar?

– Cale a boca e faz o que eu mandei!

Ele se aproximou da minha cama. Fiz sinal pra ele se sentar.

– O que? Não! Não e não! Você só pode ter colocado tachinhas ai!

Gargalhei.

– Claro que não, idiota! Mas, sabe, é uma boa ideia!

– Droga!

– Senta logo – disse rindo.

Ele me obedeceu.

– Agora, Jason, me fala: porque você está assim?

– O que é isso? Uma conversa psicológica?

– Não, porque um psicólogo tem que entender como funciona a mente das pessoas. Eu não entendo nem a minha, quanto mais a dos outros. Pior ainda se for a sua! Então, vamos considerar isso uma conversa de irmã mais velha preocupada com irmão mais novo depressivo.

– Sabe, Thalia, o posto de “Irmã mais velha preocupada” realmente não combina com você! E eu não sou um “Irmão mais novo depressivo”.

– Se isso não é depressão, meu querido, então eu não sei o que isso é! O que foi, Jason? O tapa que a Reyna te deu ontem bugou seu cérebro?

– O tapa não bugou o meu cérebro!

– Certo, esqueci que ele já era bugado!

Jason e eu rimos.

– Você não tem jeito.

– Uma vez Thalia Grace, sempre Thalia Grace. Mas eu não quero falar de mim, meu mal humor constante e meu bom humor ilimitado.

– Como alguém tem um mal humor constante e um bom humor ilimitado?

– Eu sei lá! O que interessa é que eu quero falar de você e de sua depressão.

– Eu não estou com...

– CALE A BOCA, JASON, SE NÃO TE DOU UM TAPA AGORA MESMO!

– Isso é porque você está preocupada comigo?

– Argh! Tá vendo o que acontece quando você tenta ajudar alguém? A gente só se estressa!

– Thalia, você sempre está estressada.

Eu fiz língua pra ele.

– Ok, vamos começar novamente: Jason, meu querido, me conte o que está acontecendo com você. Você não fala com mais ninguém, só anda olhando pros calos do seus pés, não penteia esse ninho de ratos que você chama de cabelo, e não implica mais comigo. Cara, isso não é normal!

Jason suspirou.

– Olha, Thalia, isso é mentira. Eu conversei com o Léo, não sou obrigado a olhar quem me encara, meu cabelo não para arrumado, e eu coloquei Ketchup no seu All Star vermelho, mas você mandou lavar.

– Claro, ele não estava mais vermelho, estava marrom. Mesmo assim, você não está normal! Bem, pelo mesmo o que pode ser considerado normal pra você.

– Engraçadinha.

– Vai, me fala. O que aconteceu.

– Você sabe o que aconteceu. O lance entre a Reyna e a Piper.

– Sim, sei, foi o triângulo do ano. Você e a Piper brigaram depois. Mas o que ela disse exatamente.

– Ela disse que só podia ser eu a tirar a foto e fazer o anuncio. Afinal, só estávamos nós dois lá.

– Verdade e mentira. Rachel estava lá, então é mentira que estavam sozinhos. Mas como ela não pode ser considerada uma pessoa, então... Mas o que mais ela disse?

– Bom, ela disse que, pra ela acreditar que eu gosto dela de verdade, eu teria que provar.

– Sim?

– Só que eu não sei como.

– Como não sabe como? Cara, todos sabemos que ela gosta de você, então fica fácil.

– É?

– Dã! Vai me dizer que não percebeu?

– É... Não.

– Jason, você é mais lerdo que o Percy. Qualquer ser vivo sabe que a Piper tem um abismo, digo, uma queda da terra ao tártaro por você! Sinceramente, eu achei que você sabia.

– Eu não...

– Viu, vai babar na minissaia da Reyna, panaca! Nem as novidades mais óbvias você sabe. Mas o que interessa é que isso já é fato há muito tempo! E eu acho que... Bom, ela gosta realmente de você. Então eu acho que provar pra ela que você gosta realmente dela não deve ser difícil. Bem... Você gosta mesmo dela, né?

Jason sorriu.

– Nunca tive mais certeza de nada na minha vida!

– Ótimo, então você vai começar com isso hoje.

– Hoje? Como?

– Oras, na festa que vamos hoje! Todo muito vai. Inclusive a Piper.

– Sério? – Jason levantou-se – Vou me arrumar. – ele andou ate a porta – E, Thalia – ele virou-se – Obrigada.

– Que isso. Sou sua irmã e te amo, ok?

– Não acredito que você disse isso!

– Sabe, nunca mais vou abrir a minha boca.

– Ah, Thalia, eu também te amo, ok?

– Eu sei.

– Convencida.

– Quem pode, pode, querido.

– E ganha um abraço.

Jason correu até minha cama e me esmagou com um abraço.

– Obrigado, Thalia.

– Ah, chega, né? Já me amou de mais por hoje!

Jason sorriu e me largou. Então saiu do meu quarto com um sorriso no rosto.

***

Não, queridos, o meu momento ainda não acabou. O pior foi o jantar antes da festa.

Como já dito, o jantar era de negócios entre meu pai e o cara chamado Hipnos. Hera praticamente nos obrigou a participar. Se você nunca participou de um jantar desses, queira não participar. Resumindo tudo: uma chatice!

E lá estávamos nós.

Você acredita que aquela vaca me obrigou a usar um vestido? Mas claro que ela teve que engolir que eu só tinha um vestido todo preto, justinho, e que combinou perfeitamente com minha jaqueta de couro e com um cinto de caveiras que eu tinha. Coloquei uma meia calça preta e minha botinha cano baixo.

Com, o cara estava sentado ao lado esquerdo de Zeus, que estava da cabeceira da mesa. Jason estava do lado do cara. No lado direito estava Hera e em seguida eu.

O mais hilário de tudo era que ele ficava bocejando o tempo todo. E, pra ajudar, bebia vinho.

Eu bem queria estar no lugar dele.

Sim, eu sou de maior, mas meu pai se recusa a me deixar tomar bebida alcoólica. Pelo menos na presença dele. Mas o fato é que: pra ele eu só tenho idade; juízo que é bom, nada!

E começou aquele bate papo sem sal do jantar.

– Bom Zeus – Hipnos disse, bocejando, depois de tomar mais um gole de vinho – Primeiro quero saber como anda a empresa, não posso ser sócio de alguém sem nem o conhecer direito e muito menos – ele bocejou – as condições da empresa que ele comanda.

– Posso garantir que minha empresa está em perfeitas condições – meu pai falou – Nossos lucros anuais só vem aumentando as porcentagens nos últimos anos. Quanto ao fato de me conhecer, chamei você aqui só pra conhecer um pouco de mim e da minha família.

– Não se assuste, ok? – eu soltei.

Hera virou-se pra mim.

– Thalia, silencio.

Dei de ombros. Meu pai continuou.

– Bem, achei que o trazendo a minha casa, pudesse ver como convivo com minha família, pra perceber como sou honesto.

– Meu marido é um ótimo homem. – começou Hera, com um sorriso no rosto – Sou muito sortuda em ter me casado com ele. Tenho certeza de que tomou a decisão certa se afiliando a ele como sócio.

Hipnos bocejou.

– Além disso – Hera continuou – Devo dizer que foi graças a Zeus que essa empresa cresceu. Quando Zeus a herdou de seu pai, Cronos, ela estava um caos. Zeus a concertou e a colocou nos trilhos.

Outro bocejo. Isso tudo era sono?

– Bem, tive muita ajuda – disse meu pai – Meus outros sócios tinham ideias que eu nunca poderia ter!

– Ele está sendo modesto – disse Hera, engrandecendo-se – Se não fosse por ele, a empresa não seria o que é hoje.

– Hum...

Hipnos bocejou e bebeu mais vinho. Ele parecia não acreditar em nada daquilo. Cara esperto.

– Bom saber. Mas agora eu quero ouvir a opinião de seus filhos. Adolescentes nunca mentem, pelo menos na maioria das vezes, e inventam discursos interessantes espontaneamente.

Soltei uma gargalhada. Jason mordeu o lábio inferior. Meu pai me olhou ameaçadoramente. Grande coisa.

Olhei para o lado e vi Hera dar uma leve corada. Me segurei pra não rir de novo.

– Bem – os nós dos dedos de meu pai estavam brancos – Que tal você, Jason? Já que é o segundo homem da família?

– Ah... – Jason ficou mais branco do que de costume – Bem, o que eu posso dizer é que, como Hera já disse, meu pai é um grande homem. Além de ser muito inteligente quando se trata de seus negócios. Principalmente na hora de escolher seus sócios.

Jason, meu querido Jason, você é muito espertinho, meu querido.

Meu pai, obviamente, sorriu largamente e orgulhosamente. Hipnos, nada impressionado, voltou-se pra mim.

– E você, minha querida? O que acha de seu pai?

– Acho que ela não precisa... – começou meu pai.

– Pra começar, Sr. Hipnos, eu não sou sua querida – eu disse na lata – Francamente, acabamos de nos conhecer! Não te dei essa intimidade!

Meu pai me lançou um olhar de advertência. Hera me lançou um olhar de desgosto. Os olhos de Jason quase saíram das orbitas.

Mas Hipnos estava sorrindo.

– Tem razão – ele disse – Mas então, senhorita, o que acha de seu pai?

– Na empresa, tenho que admitir que o velho é um gênio. Mas com pai... Ele é um mala – respondi.

– Thalia – advertiu meu pai.

– Calma, Zeus – disse Hipnos – Vamos escutar sua filha. Ela parece interessante. Simpatizei com ela.

Parecia verdade. Ele tinha até parado de bocejar. Resolvi continuar.

Geralmente os sócios do meu pai nem falam comigo ou com Jason. Esse foi o primeiro. E foi o que eu mais simpatizei.

Ok, eu sei que filhos normais não fariam isso com os pais em uma ocasião dessas, mas eu não sou uma filha normal. E Hera não é minha mãe. E meu pai nunca põe fé em mim.

– Ok – Hipnos prosseguiu – Você o acha um mala. Porque?

– Olha só minha vida! Acha que eu gosto de estar aqui? Eu ainda tenho uma festa pra ir hoje a noite! Além disso, eu sou o único ser vivo de maior, filha de milionário que não tem um carro!

– Você sabe muito bem o que... – começou meu pai.

– Tirando também o fato de que eu não posso nem beber – prossegui – Eu apenas gostaria que ele fosse mais compreensivo!

– Eu sou compreensivo.

– Igual uma porta! E, além de tudo isso, temos essa cria aqui – indiquei Hera – Sinceramente, acho que a junção de homem com vaca não fica muito legal. Não quero ter o Minotauro como irmão.

– Thalia! – protestou meu pai e Hera ao mesmo tempo.

– O que? – perguntei inocentemente.

– Pro seu quarto – disse meu pai – Agora!

– Por quê? – levantei-me.

– E esqueça sua festa de hoje à noite – disse Hera.

– O QUE? – perguntei – PAI, ISSO NÃO É JUSTO!

– Obedeça-a! – disse meu pai – Agora, pro seu quarto e de lá você não sai até segunda ordem!

– Não. É. Justo! Agora somos castigados por dizer a verdade? – voltei-me pra Hipnos – Está vendo, senhor? Essa é a verdade sobre o senhor Grace.

Depois disso, subi para o meu quarto, mas só chorei depois que sai da vista de todos.

Joguei-me na cama.

Tá, eu sei que eu não deveria ter feito isso, mas eu sempre aprendi, por incrível que pareça pelo meu pai, a dizer a verdade. Não que eu queira que ele se de mal na empresa, mas que pelo menos saiba o que eu penso. E, talvez, dizendo isso na frente de alguém importante, ele comece a mudar.

Alguns minutos depois Jason entra e acende a luz.

– Thalia, eu...

– Você nada, Jason. Você não fez nada.

Ele sentou-se em minha cama. Eu também me sentei.

– Hipnos disse que iria pensar na resposta que daria ao nosso pai. Foi embora logo em seguida. Papai está furioso com você.

– Quanta novidade.

– Ele disse que se Hipnos não aceitasse ser sócio dele, mandaria você diretamente para um colégio interno em Washington.

– Aposto que quem teve a ideia foi Hera.

– Correto. Ela está com muita raiva de você. Você deveria ter pegado mais leve. Deveria por um freio nessa sua língua.

– Cale a boca, Jason. Você sabe que eu não consigo.

– Eu sei – ele disse sorrindo.

Sorri também.

– Vai logo pra festa – eu disse – Divirta-se por mim.

– Thalia...

– Vai logo! Você tem que resolver sua situação com a Piper.

Demorou pra mim convence-lo, mas ele finalmente foi. Ao fechar a porta, voltei a chorar.

Annabeth

Eu já estava na boate na qual Thalia tinha me mandado ir.

A verdade é que eu não estava pra festa, mas Thalia insistiu tanto que... Bem, só você vendo pra entender.

Então, lá estava eu.

Bem, eu parecia mais que estava indo pra biblioteca estudar do que indo pra uma festa curtir, porque eu estava de jeans, All Star preto, regatinha branca e uma blusa xadrez preto e branco que deixei aberta. Meu cabelo estava solto, mas nada de especial. Nada de maquiagem, nada de acessório.

E a boate nada combinava com meu visual.

Luzes coloridas por todo lado, o globo de vidro lá em cima, uma banda tocando musica ao vivo, paetês brilhantes caindo por todo o lado, pessoas dançando, paquerando, se beijando, bebendo, em fim. Tudo o que se deve acontecer em uma boate acontecia ali.

Ali, paradona que nem uma lunática no meio do nada, vi Hazel chegar com Frank e Piper. Todos estavam em estilo de festa, mas a cara de Piper era de velório. Hazel vinha entre os dois, praticamente puxando-os pra dentro. Ate que me acompanharam.

– E ai, Annie? – disse Hazel. Ela vestia um short verde escuro, com uma blusa vermelha. Não são corres que, penso eu, combinam. Mas ficou bonito nela.

– Oi – respondi – Oi Piper. Oi Frank.

– Ei – responderam os dois.

Piper vestia um vestido rosa bebe com um cinto dourado na cintura. Já Frank vestia jeans, blusa preta estampada e jaqueta.

– Isso aqui está muito bom – Hazel dançava parada no mesmo lugar. – To louca pra dançar. Mas primeiro quero beber alguma coisa. Vamos procurar uma mesa?

– Boa ideia! – disse Piper e eu ao mesmo tempo.

Sentamos em uma mesa bem grande, pois ainda tinha muita gente pra chegar.

– Bom, eu e o Frank vamos pegar as bebidas. – disse Hazel – Ah, mas eu não vou aguentar! Primeiro tenho que dançar uma musica! Dança comigo, Frank?

– É... Eu não sei dançar. – ele disse envergonhado.

– Há Há. Que ótimo! Eu também não! – Hazel pegou a mão do garoto e o puxou pra pista.

Era engraçado vê-los dançar juntos. Acabou que Frank sabia dança muito bem.

– O Frank é tão doce – disse Piper, de repente, ao meu lado – Ele parece gostar da Hazel.

– Eu sei – respondi – Só me preocupo com uma pessoa.

– Quem?

– E ai, meninas? – Léo chega animadamente na mesa – Como estão? – ele se senta entre mim e Piper e põe a mão sobre os ombros de cada uma. – Sabe que a luz dessa festa deixa vocês mais bonitas? Se não fossem minhas amigas, com certeza eu paqueraria vocês.

Eu e Piper rimos.

– Ah, Léo. Essa luz também te deixa mais charmoso! – disse Piper.

– Menos magrelo. – eu disse.

– Ora, obrigado! É por isso que vocês são minha loira e minha morena preferida! – ele beijou a minha bochecha e a de Piper.

Nós rimos novamente.

E foi quando minha noite começou a ficar estranha.

Jason entra na mesa acompanhado de... Percy. Droga, Thalia, porque você tinha que convida-lo?

Eu não queria vê-lo. Não depois do beijo e da discursão de ontem. Será que nem um “Ate segunda, Jackson” essa Produção pode respeitar?

Só que não consegui evitar que minhas mãos tremessem, meu coração acelerasse, e as cores em volta começassem a ficar mais nítidas.

– Oi pra vocês – disse Jason, mas seu olhar estava em Piper.

– Oi – eu e Léo dissemos.

– Ah... – Léo disse, percebendo o olhar que Jason lhe lançava e tirando o braço de Piper – Que festa, não?

– É, que festa – disse Percy, encarando Léo, com um olhar um tanto irritado.

Só quando Léo tirou o braço dos meus ombros que eu fui entender. Percy estava com... Ciúme? Ah, ótimo!

– Parece que nós nos encontramos antes da segunda feira – disse Percy pra mim.

– Percebo que não dou tanta sorte na vida – não consegui segurar um sorriso – Quem te chamou aqui?

– A Thalia.

– Thalia? Ah, tinha que... – então notei a ausência da punk. Voltei-me pra Jason – Jason, cadê a Thalia? Ela me avisou que viria com você!

– Boa noite meu povo! – disse Nico, chegando ao lado de Percy, com Bianca ao seu lado – Boa escolha de boate!

– Oi Nico – eu cumprimentei, assim como todos. Depois, voltei-me pra Jason – E ai, Grace? Cadê sua irmã?

Nico ficou mais interessado que eu na resposta pra pergunta.

– Como assim “Cadê sua irmã?”? – ele disse – Ela não veio?

– Tivemos um probleminha com um jantar hoje a noite – disse Jason. Ah, eu me lembro do jantar! Thalia tinha comentado isso quando nos falamos pelo celular. Jason prosseguiu: – E Thalia ficou de castigo em cassa. Hera a trancou no quarto.

– O que? – Nico e eu perguntamos.

– Explica direito – disse Nico.

– Ah! – Jason contou detalhadamente o que aconteceu nesse jantar.

Léo começou a gargalhar que nem um bocó ao meu lado.

– Do que você está rindo, Léo? – perguntou Piper.

– Da parte que ela disse que não teria ter o Minotauro como irmão – Léo gargalhava – Essa foi de mais pro meu pâncreas!

Todos rimos com isso, menos Nico.

– Não, não, não! – ele disse.

– O que, Nico? – perguntou Bianca.

– Ela não pode ficar presa lá – ele respondeu – Jason, porque você não a convenceu de fugir?

– Ela não conseguiria – disse Jason – Hera trancou a porta do quarto.

– Mas você podia...

– Não adianta, Nico – eu disse – Eu conheço aquela vaca. Ela não seria enganada tão fácil.

– Mas... Precisamos ir busca-la.

– Calma, Nico – disse Bianca – Porque esta tão preocupado assim com ela?

– É, di Ângelo – disse Piper – Vocês não tinham brigado?

– Sim, mas...

– Ah, Nico – disse Piper – Não vai me dizer que você tá gostando da punk?

Put’z!, pensei, vai dar bandeira, di Ângelo!

Cara, o Nico é uma anta. Se algum comentário chegar aos ouvidos de Thalia... Meu Zeus...

– Sim, estou, e muito! – ele confessou. – E não vou deixa-la presa na própria casa porque disse a verdade.

Todos ficaram completamente chocados com a confissão. Até Nico ficou despois que percebeu o que tinha feito. Cada olho mais arregalado que o outro. Jason estava mais branco que o Nico. Bianca estava com um sorriso tão largo que praticamente passava do rosto. Minha expressão era despreocupada e relaxada. Percy olhou pra mim com cara de “Ah, então você sabia?!” e eu simplesmente dei de ombros. Léo foi o primeiro, depois de mim, a se recobrar.

– Grace, cumprimente seu genro, por favor.

– Ah, cale a boca Léo! – disse Jason.

– Quanto tempo tem isso, Nico? – perguntou Bianca.

– Alguns dias.

– Ela sabe? – perguntou Piper.

– Porque não contou pra gente? – perguntou Percy

– Não – disse Nico – Ela não sabe. E eu não contei pra ninguém, porque eu não quero que ela saiba. Por isso, vou pedir um favor a todos: não contem pra ela. Por favor. Se ela descobrir, do jeito que ela é, é capaz dela nunca mais falar comigo. Por favor, não falem.

Seguiu-se apenas silencio.

– Tudo bem – Léo levantou-se – Nós juramos pelo rio Estige não dizer nada. Não é pessoal?

Todos concordaram.

– Ótimo – disse Léo, andando até Nico e colocando o braço ao redor dele – Mas, cá entre nós, di Ângelo: você esta feito com problemas.

– Obrigado pela auto estima, Valdez. – disse Nico, tirando a mão de Léo dele – Mas, acho eu você deveria dar uma olhada lá na pista de dança.

Léo olhou pra direção que Nico apontou. A alegria parecia ter sido drenada momentaneamente de seu rosto. Mas voltou com a mesma rapidez.

– Não to vendo nada de mais.

– Aham, sei – Nico voltou-se pra Jason – Tem alguma maneira de tira-la de lá?

– Não. A não ser... Já sei! Vou te dar minhas chaves, pra você abri o portão. Então você vai bem lá no fundo do jardim e pega uma escada que tem lá.

– Porque você não vai? – perguntou Léo.

– Tenho uma situação pra resolver aqui – Jason olhou de relance pra Piper, que desviou o olhar – Pois bem: Use-a para subir até o quarto pela janela.

Pigarreei.

– Janela? Do segundo andar? – eu disse.

– É, Annabeth. Qual é o problema? – perguntou Jason.

– Ah... Nada.

– Ok – disse Nico. – E como eu vou?

– Comigo, de carro – ofereceu Percy – Eu levo.

– Ok, agora só tem um problema – disse Nico – Não sei qual a janela de Thalia.

Percy olhou diretamente pra mim.

– A Annabeth sabe. Ela te diz. – disse.

Não sei se eu o agradeço por me tirar da festa, ou o bato por me fazer ir a algum lugar com ele. Infelizmente não posso negar a oferta, se não vão começar a perguntar o porque e você sabe o resto, já que você também tem amigos.

– Ok – eu disse – Eu vou. Mas então vamos logo. Vou dar um tapa em Thalia por ter a língua quente!

Nico

Já estávamos praticamente na casa de Thalia. Eu estava no banco de trás, Annabeth no carona e Percy no volante.

Fui o caminho todo pensando no que eu fiz. Assumir na frente de todo mundo que eu gosto da Grace? Qual é, di Ângelo, pirou o cabeção? Se ela descobrir, provavelmente nunca mais vai me deixar se aproximar dela. e isso eu não suportaria. Mas eles são meus amigos? Se eu não confiar neles, vou confiar em quem?

Paramos em frente a casa.

– Muito bem – eu disse, tirando o cinto – Eu vou lá. Annabeth, qual a janela?

– O que? Eu não vou ficar aqui! – protestou Annabeth.

– Annabeth...

– Cale a boca, di Ângelo! Você não manda em mim! Eu também vou lá.

Percy gargalhou.

– O estilo Thalia não combina com você – ele disse.

– Não te perguntei.

– Ei, nem comecem, ok? Nada de DR aqui! – eu disse, fingindo ser sério, mas no fundo estava rindo.

– DR? – Annabeth tirou o cinto, ficou de joelhos na poltrona de frete pra mim e puxou a gola da minha camisa – Repita isso novamente e eu estrago sua vida!

– Ok – disse rindo – Desculpe Annabeth. Agora qual é a janela?

Ela começou a protestar.

– Annabeth, você sabe que sou mais silencioso que você. Quanto mais pessoas, mais barulho. E, por favor, me deixa ir – fiz cara de pidão.

Annabeth suspirou.

– No lado direito da casa. Terceira janela de frente pra trás. Vamos sair que eu te mostro. E volte logo – ela soltou minha camisa – Não quero ficar aqui sozinha. – e olhou de relance pra Percy.

No lado de fora do carro, ela me explicou onde era. Depois voltou pra dentro. Tentei imaginar o que realmente estava acontecendo com esses dois.

Abri o portão com a chave que Jason me emprestou e corri silenciosamente até o fundo do jardim, onde, mesmo estando muito escuro, consegui achar escada.

Thalia deixou a janela aberta, o que deixou tudo mais fácil. Entrei no quarto. Mesmo estando escuro, consegui ver a bagunça do quarto. Agora entendia porque meio que estranhou quando viu o meu.

E lá estava ela, deitada na cama. Aproximei-me e pude ver que ela andara chorando, mas agora estava dormindo.

Saber que ela chorou acabou comigo. Tive vontade de abrir aquela porta e ter uma conversa séria com a tal Hera. Mas me controlei.

Agachei-me na beirada da sua cama e sacudi levemente o seu ombro.

– Thalia – sussurrei.

Ela meio que gemeu.

– Isso é um pesadelo – ela disse, quase não dando pra ouvir – Essa voz tem que me perseguir até em sonho?

Ri. Serio que minha voz estava perseguindo ela, Produção?

– Não é um pesadelo – sacudi-la novamente – Abra os olhos.

E ela abriu.

Gostaria de dizer que ela riu contentíssima e pulou em mim com um abraço, mas não foi isso o que aconteceu.

Ao invés de sorrir, ela começou a gritar. E ao invés de me abraçar, ela me deu um soco no queixo a lá Thalia Grace.

Quando ela finalmente terminou de gritar, disse, ainda sentada na cama:

– O que você tá fazendo aqui?

Thalia, o que houve? – escutei uma voz masculina dizer do outro lado da porta.

– Droga! – ela sussurrou, empurrando minha cabeça pra baixo e eu me escondi embaixo de sua cama, quando escutei o barulho de porta sendo destrancada e aberta.

A luz foi acesa.

– O que aconteceu filha? Se machucou, ou algo do tipo? Pesadelo? Escutei seus gritos lá de baixo!

– Ah, agora você quer ser o paizinho preocupado, né? – vi os pés de Thalia passearem pelo quarto. – Estou bem, pai. Não que você precise ter o trabalho de se preocupar.

– Thalia, seu castigo foi merecido. Você sabe disso. Você me insultou na frente de um futuro sócio!

– Eu estava falando a verdade, pai! Foi o que ele pediu, não foi?

Escutei Zeus suspirar.

– Não vou discutir com você novamente.

Depois que disse isso, ele saiu do quarto e trancou a porta. Sai de debaixo da cama. Thalia andou até mim, me agarrou pelo pescoço e me jogou na cama, ficando ajoelhada ao meu lado.

– O que você está fazendo aqui, di Ângelo?

– Não da pra mim te responder com você apertando minha garganta! – eu disse.

Ela me soltou e levantou-se, cruzando os braços. Sentei-me.

– Diga agora.

– Eu vim... Te levar pra festa.

– O que?

– Não me diz que quer ficar aqui? Eu vim te buscar.

Não entendi a expressão dela. Era uma mistura de surpresa, gratidão e intriga.

– Como você conseguiu entrar aqui? – ela quis saber.

– Eu te explico outra hora. Agora temos que ir.

Levantei-me e a puxei pelo pulso até a janela.

– O que? – ela disse – Nós vamos... – ela olhou lá em baixo pela janela – Descer ai?

– Eu acho que a porta não é uma boa opção.

– É, mas... Eu não vou! – ela soltou de repente.

– O que? Por quê?

– Não vou pular janelas. É ridículo. – ela olhou novamente lá pra baixo.

– Thalia! Você não vai pular, tem uma escada.

– Mesmo assim. Não vou di Ângelo! – outra olhada lá em baixo.

– Mas...

Então me liguei. A expressão dela não era preocupação com isso, mas parecia mais... Medo. Não acredito! Thalia Grace tem medo de altura? Ela enfrentaria o Lord Voldemort, não participaria do voo de vassouras?

Não posso acreditar. Tenho que convence-la a descer. E o único jeito de faze-la fazer uma coisa que ela não quer é... Desafia-la.

– Está preocupada com como é ridículo, ou está com medo? – disse Thalia.

– Não tenho medo de nada, di Ângelo! Só que isso é muito ridículo pra mim.

– Não é ridículo. É uma aventura! Nunca fez isso na vida?

– Não, porque é ridículo!

– Está com medo!

– Não estou.

– Está sim!

– Não estou não!

– Está sim!

– Cara, eu vou te jogar pela janela.

– Se não está com medo, então venha.

– Ok, eu vou.

Ela subiu no peitoril da janela e olhou pra baixo novamente. Começou a respirar pesado, e mais pesado, até que o medo a venceu e ela pulou e saiu correndo. Sentou-se abraçando o joelho no canto do quarto e eu logo a acompanhei, sentando-se ao seu lado.

– Não acredito que você tem medo de altura. – eu disse.

– Cale a boca, seu mané. – ela abaixou a cabeça entre as pernas – Olha, foi legal a sua intenção. Mas eu não desço por ali.

– Hum... – então, graças a Atena, uma ideia me ocorreu. – Já sei! Tive uma ideia.

– O que? – ela levantou a cabeça.

– Você sobe em minhas costas, fecha os olhos, e eu desço. Assim você não precisa ver a altura.

– Você vai cair me carregando. Sou um pouquinho pesada.

– Você é a primeira garota que admite seu peso pra mim – ri – Vai aceitar a ideia?

– Bom – ele estremeceu – espero que seus músculos não sejam só fachada.

Gargalhei. Nos levantamos e andamos até a janela. Thalia subiu em minhas costas, e se agarrou no meu pescoço. Na realidade, ela não era pesada. Subi no peitoril da janela.

– Pronta? – perguntei.

– Se você me deixar cair, eu quebro seu pescoço.

Ri.

– Vamos lá.

Thalia encostou a cabeça em minha nuca, provavelmente de olhos muito bem fechados, e fez um arrepio correr por mim. Concentrei-me. Comecei a descer.

Quando estávamos no meio da escada, pisei em falso. Thalia gritou.

– Di Ângelo – sussurrou, apertando mais o meu pescoço.

– Calma – eu disse.

Finalmente chegamos lá em baixo.

– Pode descer – eu disse.

Ela obedeceu. Olhou pra cima, pra sua janela.

– Ufa!

– Ficou com medo?

– O que você acha?

Ri.

– É normal sentir medo, Thalia.

– Não pra mim. – ela passou a mão pelo cabelo – Pode me fazer um favor, Nico?

– Claro.

Ela suspirou.

– Não conte a ninguém, ok? Ninguém sabe disso, então...

– Tudo bem – a interrompi – Sou um tumulo.

– Já disse que, pra um garoto cujo pai se chama Hades e é dono de funerária, isso é ironia dizer?

Sorri.

– Já – eu disse – Agora vamos. Percy e Annabeth nos esperam no carro.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviews? Hehehehehe’
Teve muito Thalico e Thalia nesse capitulo, né? Eu sei, me empolguei um pouco hihi’
Pedidoras suplicantes de Percabeth, não se preocupem, tá? Próximo capitulo, que já está sendo preparado, entramos com eles, ok? Acho que essa festa vai ter até “Parte 03” porque eu planejei muuuuita coisa hehehehehe’
Bom, durante esse tempo que eu fiquei fora, eu fiquei velhinha! ^^’ Sim, peoples, fiz aniversario *-* 14 anos *-* Dia 14 de maio o.O kkkk’ LooL’ Eu sou tão estranha, que nasci no dia da festa da cidade em que eu moro kkk’ E ai, todo ano, eles fazem um desfile em minha homenagem #SQN hehe’ E, sabe, eu ainda estou aceitando presentes, ok? Reviews, Favoritações e Recomendações são perfeitos *-----* rsrsrs’
kkkk’ Não sei se repararam, ok, mas tenho agora dois noivos! U.u O lindo do Gus ♥ E o lindo do Valdez ♥ É, não consigo largar ele hehe’ *o* rsrsrs’ Isso é em homenagem ao filme “A Culpa é das Estrelas” que vai lançar dia 05! Ansiosos e Ansiosas? Eu to muito, muito, muito! ♥
Ok, espero que tenham gostado!
Me mandem presentes, ok? ~Dai as Efeitos Colaterais me mandam um “Ok” de volta~
Beijos da Naty ♥