A História de um Dragão Chamado Spike escrita por GambitRJ


Capítulo 42
Mantendo a Forma na Floresta da Liberdade


Notas iniciais do capítulo

Spike retorna a sua rotina em Poniville, porém agora essa rotina é bem diferente de muito tempo atrás.



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Durante a noite Spike rolava em sua cama, ela era quente, macia e confortável, porém algo o incomodava, até mesmo sua colcha parecia não satisfaze-lo, mudava deposição invertia o corpo em relação à cama, nada adiantava, “será que ela é muito grande?”, parecia até com a Twilight tentando se adaptar quando ela ganhou suas asas. “Mas nem asas eu tenho ainda.”, respondia mentalmente, Logo ficou de pé observando seu novo leito ficou alguns minutos observando-o ate se encostar-se a uma pequena mesa de pedra num canto do quarto, sentou sobre ela de frente para cama. Começou a alisar a mesa e falou:

– Ei até que não está ruim... – experimentou deitar-se sobre ela e como era confortável! Mas ainda faltava algum detalhe. Ficando de joelhos sobre a mesa esfregou o queixo e não pensou duas vezes cuspindo seu hálito flamejante sobre a mesa aquecendo a rocha de cristal e logo depois deitando sobre ela.

– Perfeito! – comemorou consigo mesmo lembrando-se dos ensinamentos, por mais bobos que parecessem que aprendera no reino dos dragões.

Spike despertou um pouco antes de Celestia levantar o sol, como antigamente deixou preparado o café da manhã para Twilight, deixando um bilhete a mesa, logo saiu do castelo carregando a urna com sua armadura envolta numa manta para evitar olhares curiosos.

O Sol começava a nascer e Spike caminhava pelas ruas de Poniville se afastando do castelo. Passou pela loja dos Cakes que já acordados trabalhavam fazendo a primeira fornada de lanches do dia.

– Bom dia Spike! Você madrugou hoje. – falou a Sra. Cake.

– Olá Sra. Cake faz bem a saúde uma caminhada pela manhã.

O pequeno continuou sua caminhada e falou consigo mesmo:

– Poxa para aonde eu vou para treinar, não dá para fazer isso em praça pública. – olhou em volta e avistou ao longe a Floresta da Liberdade – Hmmm, bem ninguém vai lá acho que se eu ficar na borda da floresta não vai ter problema.

Pegando a direção da floresta, Spike observou um vulto conhecido vindo em sua direção.

– Ora então é verdade, o pequeno Spike está de volta à cidade!

– Olá Zecora que bom vê-la.

Após alguns minutos de conversa.

– Bem agora preciso continuar mina caminhada matinal tenho que manter a forma que consegui treinando com meu povo.

Cada um seguiu seu caminho e Spike tomou o cuidado de entrar na mata por um caminho bem afastado da casa da Zecora. Em uma clareira bem sombreada colocou a urna no chão e a descobriu. Olhou-a de frente vendo o brasão de seus pais, para abri-la havia um sistema de fechadura bem elaborado por Éfeso que consistia em um disco perfurado onde para girá-lo é necessário que ele insira suas garras da pata esquerda e gire o disco em sentido anti-horário e ao ouvir um estalo puxe uma alça com a pata direita o que libera um sistema de correntes fazendo com que as laterais da urna abrir como pétalas de uma flor. Para fecha-la era só posicionar a parte traseira (que possuía a parte superior também) da urna na posição fechada que todas as outras laterais posicionavam-se sozinhas, para depois girar o disco no sentido horário travando toda a estrutura.

A armadura ficava montada num suporte como se estivesse em pé de frente a ele, Spike a contemplou por alguns instantes, lembrando-se do tempo em que suas responsabilidades eram mais simples como organizar livros na biblioteca e escrever cartas. Quem diria que um dia ele iria vestir uma armadura. A vontade de usá-la e se mostrar para suas amigas, em especial a Rarity era imensa, porém logo vinha a mente a voz do GOLD KING e do Éfeso sobre a responsabilidade de só usa-la em treino ou em caso de extrema necessidade.

Spike pegou os protetores de braço e de mãos e os vestiu, com um movimento rápido as garras coloridas estavam em posição de combate. Fez alguns movimentos cortando o ar com as garras, recolhendo-as e socando o ar como se estivesse lutando boxe, estava todo empolgado.

– Você está falando comigo? Eu sou sir Spike Wikle, não se meta comigo. – falava com um tronco velho de árvore, quando de repente ouviu um estalar de galhos.

– Quem está aí? – perguntou num susto, foi aproximando do ponto de onde veio o som. E levou um susto quando um vulto saiu dos arbustos voando próximo a sua cabeça fazendo-o cair de costas no chão.

– Hã, o que? – Spike se virou procurando seu oponente quando percebeu que seu adversário era um gaio azul que saíra voando do arbusto e pousando sobre o velho tronco. Spike riu.

– Desculpe amiguinho acho que te acordei. Você deveria tomar mais cuidado viu? Eu poderia tê-lo atacado. – falou tentando disfarçar o susto que tomara – Vê essas garras são armas mortais são garras de poderosos dragões.

Enquanto o pequeno dragão falava o pássaro apenas o observava atentamente.

– Eu estava precisando enfrentar um oponente de verdade... – comentou.

Ao ouvir isso o gaio deu alguns pios e apontou com uma das asas para o lado de Spike.

– O que você quer falar para mim? – ao se virar Spike recebeu uma baforada quente e fedida na cara, era um lobo de madeira acompanhado por ouros dois. Spike deu um grito e saiu correndo.

– Ah! Timber Wolves! – logo os lobos começaram a persegui-lo, o gaio azul levantou voo deixando que todos passassem pairou no ar por alguns instantes balançando a cabeça negativamente e indo atrás deles.

Spike corria como se estivesse numa corrida de cem metros rasos, quando se tocou.

– Peraí, eu estou correndo por quê? Comparados aos meus parceiros de treino eles não são nada. – o pequeno parou de correr e virou-se para o confronto.

Os lobos de madeira pararam e começaram a cerca-lo, quando o primeiro pulou sobre ele, Spike rolou por baixo do atacante liberando as garras da armadura, com o braço esquerdo as garras penetraram no tronco do ser mágico o peso do animal deveria ter arrastado Spike como as garras haviam sido fincadas no dorso, porém as garras começaram a rasgar a madeira. Ao atingir o chão o primeiro oponente se desmontou.

Os dois restantes se entre olharam não entendendo o que acabara de acontecer, seria um gole de sorte? O seguinte faz sua investida Spike recolhe as garras do braço esquerdo e usa o formato da proteção do mesmo como sua função básica de escudo (ela é um pouco mais larga que o da direita) o lobo morde a proteção e fica com a boca entalada com a estrutura, com um golpe rápido Spike separa a cabeça do corpo (que cai se desmontando) de seu atacante os olhos desse lobo ficam piscando sem entender o que aconteceu.

– Bem só faltou você. – Spike faz sinal provocativo com a pata de “vem aqui”, Spike se abaixou colocando uma das mãos no chão e joelhos dobrados esperando o ataque. O último oponente serrou os olhos e avançou de forma direta abrindo a grande boca, nesse momento o pequeno dragão soltou uma pequena bola de fogo bem na garganta do lobo que acabou por engoli-la o lobo parou por um momento como se tivesse acabado de comer algo que não caíra bem, e num movimento de soltar um arroto acabou por explodir.

Spike observava seus oponentes desmontados no chão suas cabeças espalhadas e com os olhos piscando atônitos não entendiam o que acabara de acontecer.

– Bem, foi divertido, eu falei de vocês para o Winston e ele disse que vocês tem a capacidade de se remontarem em algumas horas assim tomei a liberdade de não pegar leve. Nos vemos na próxima pessoal. – Spike saiu todo feliz do alo deum galho de árvore o pequeno gaio observava e aparentemente deu um suspiro de alívio. O pássaro ficou por alguns momentos pensando na vida sem perceber a aproximação de uma serpente o pequeno pássaro vira a cabeça e percebe que ela está quase dando o bote e num rápido abrir de asas a atinge bem no queixo fazendo-a decolar, a serpente voa como uma flecha por sobre a floresta caindo no meio das folhagens completamente tonta, com os olhos girando.

O pequeno gaio azul levanta voo vê Spike guardando sua armadura e toma a direção das ruinas do castelo das duas irmãs, no caminho dá um rasante e com suas garras pega duas algibeiras de pelo menos quatro quilos!

Mais um mergulho a ave está na caverna onde se encontra a árvore e os elementos da harmonia, ele coloca cuidadosamente a as algibeiras no chão e ao pousar começa a mudar de forma para no final.

– Ai eu vou acabar destruindo minha coluna assim! – falou Blue já na forma de Pégaso – Pelos ancestrais! Bem que eles poderiam ter pássaros um pouco maiores por aqui, eu vou acabar ficando com uma escoliose.

Ao fazer uma pausa para se alongar olhou para os elementos da harmonia.

– Bem então essa é a famosa Árvore da Harmonia... Com todo respeito melhor eu terminar logo com isso. – Blue abriu as duas algibeiras retirando quatro pequenas estatuetas de dragão, com as patas cavou quatro buracos um em cada ponto cardeal (norte, sul, leste e oeste) colocando toda a área incluindo o cofre dentro de um círculo. Com as estatuetas enterradas o dragão disfarçado comentou.

– Parte da missão cumprida. Agora vamos ver como o resto vai caminhar. Preciso arrumar aquela caverna para poder me esticar um pouquinho. – e assim Blue sai em direção a montanha em que há algum tempo atrás um dos desgarrados usou como toca e lançou sua fumaça por toda Poniville. A vantagem de ser um dragão azul é que ele não ronca fumaça o que não vai chamar atenção.


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Notas finais do capítulo

Pois é pessoal acabei estourando minha meta de um capítulo por mês, além da demora mesmo de fazer o capítulo, também perdi um tempinho tentando fazer um diálogo entre a Zecora e o Spike, porém fazer frases rimadas é mui complicado, e ela sem as rimas eu acho que ficaria muito estranho. Primeiro dia em que nosso herói foi treinar para manter a forma, espero que tenham gostado da primeira reação dele ao ver os lobos de madeira só para lembrar o tempo da série. Um treino discreto tinha que ser na Floresta da Liberdade né? Assim ninguém vai perturbar... Pelo menos por enquanto...
Acho que o tempo dele dormir em camas acabaram também...
Bem voltarei a postar o mais breve possível, mas de novo tentarei manter pelo menos um capítulo por mês. Obrigado por acompanharem e pela paciência, e fiquem a vontade para comentar.