A História de um Dragão Chamado Spike escrita por GambitRJ


Capítulo 28
No Mundo dos Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Spike vai parar num mundo diferente. Mal sabe ele que esse mundo está mais próximo do que pode pensar.



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Spike acorda em um lugar repleto de sombras, porém, notou algo estranho ele podia ver a própria pata como se fosse dia claro. A sua volta tudo era preto, de repente ouviu risadas familiares, correu em direção a elas e viu surgir a imagem de suas amigas pôneis, todas brincando com seus animais de estimação, elas coloriam todo o ambiente preto.

– Twilight! Rarity! Garotas, eu estou aqui! – falou correndo em direção a elas. No entanto notou alguma coisa a suas costas ao virar-se notou um par de olhos vermelhos observando e logo depois outros foram se abrindo, havia em diversas formas, e todos pareciam possuir intenções malignas.

Eles vinham se aproximando.

– Fujam meninas! Fujam! – elas não ouviam.

Spike se pôs no caminho dos olhos malignos semelhantes a da vespa negra que ele sonhara há algum tempo atrás.

– Não vou deixar que vocês toquem nelas! – ao falar isso Spike cuspiu suas chamas verdes em todas as direções os seres pareciam se assustar e se afastavam para rapidamente tentar se aproximar de novo. Depois de várias investidas eles pararam e se amontoaram em um lado de frente ao pequeno dragão. Todos os observavam, enquanto as pôneis continuavam suas vidas como se nada estivesse acontecendo.

– Eu não tenho medo! Se for para protegê-las não tenho medo!

Os olhos o fitaram por alguns instantes, para depois o silêncio ser interrompido com risadas de deboche e escárnio.

– Não riam eu falo sério! – logo após isso aquelas órbitas vermelhas começaram a circundar Spike e ficavam passando em volta do pequeno como um redemoinho Spike atacava, mas nada acertava, e as risadas aumentavam.

– Spike! – ele ouviu outra voz familiar bem ao longe.

– Princesa Luna? Não venha!

– Spike! Sinto sua angústia, mas não o vejo!

– É um sonho. – comentou para si mesmo – Estou bem Princesa!

– Onde está pequeno Spike? Sinto que está em perigo!

– Eu estou bem... – ao falar isso viu um grande olho vermelho vir em sua direção, de repente um grande clarão o envolveu. Ao abrir seus próprios olhos viu que a paisagem preta mudou para um branco pálido, parecia que a luz vinha de todas as direções. Era um branco suave e acolhedor.

– Spike? – ouviu a Princesa Luna uma última vez bem ao longe até sua voz sumir.

O dragão roxo viu a parede branca se abrir de novo como se fossem cortinas, foi quando percebeu que eram asas. Viu uma grande dragoa com escamas num tom pálido que emitia uma luz fantasmagórica, porém, transmitia uma serenidade reconfortante. A dragoa observava na direção de onde vinha a voz de Luna. Quando está se afastou voltou sua atenção a Spike ela possuía um símbolo de lua minguante na testa que lembrava a bela marca de Luna.

Ele a observou ela não era estranha, lembrou-se de ter sentido a presença dela no dia em que sonhara com seu pai.

– Ei eu já a vi! Você estava atrás do meu pai no outro sonho que tive! Quase não a notei!

A dragoa apenas acenou positivamente com a cabeça.

– O que foi aquele sonho? Ou esse? Espera você é um sonho?

Aceno negativo com a cabeça.

– Meu pai... Era um sonho?

Negativo de novo.

– Eu posso falar com ele de novo? Com minha mãe? Onde estão?...

A dragoa levantou uma das garras como se pedisse que ele se acalmasse, com a mesma garra começou a desenhar no ar como se usasse uma pena com tinta branca brilhante num papel preto.

Primeiro desenhou um ovo que rapidamente se tornou um desenho perfeito de Spike bem novinho aprendendo a andar e depois caminhar, junto desse desenho ela rapidamente havia feito os rostos de seus pais o acompanhando-o na caminhada que fazia sempre observando de longe.

– Não entendo eles podem me ver? Por que não posso vê-los também?

No que ele indagou a dragoa sorriu, e num movimento o desenho expandiu ocupando todos os cantos, como numa noite estrelada, Spike viu seu eu desenhado sentado escrevendo um pergaminho e no céu as constelações formavam os rostos de seus pais. Ele percebeu que eles estavam fora de seu alcance.

– Eu tenho tanto que perguntar...

A dragoa apontou para o outro lado e Spike viu suas amigas desenhadas a gravura foi se afastando quando percebeu que o fundo da imagem era ele, cobrindo-as com as patas de forma protetora, como se protegendo pequenas miniaturas de suas amigas.

– Mas eu que sou o pequeno da história, como faço isso sozinho?...

A dragoa sorriu novamente e deu um peteleco na testa de Spike e ele entendeu a mensagem – E o que você acabou de fazer? – ele coçou a testa e sorriu. Olhou para o céu e se perdeu em pensamentos e percebeu que quanto mais pensava imagens se formavam a sua volta, eram todos os dragões que conhecera nos últimos tempos Solaris, Brave, Gold King, Teela, Blue, todos... E nesse instante não se sentiu sozinho como se carregasse algum fardo.

Notou a dragoa se virando indo embora.

– Espere! Quem é você? Tenho tanto a perguntar!

Ela se virou e encostou a ponta da garra na testa de Spike e ele ouviu uma voz diretamente em sua cabeça.

– Me chamo Éther. As respostas estão dentro de você interprete-as da melhor forma possível.

Spike caiu de costas e por um momento tudo ficou escuro.

– Éther espera! – ao se levantar deu uma testada em Teela.

– Ai! Calma queridinho... Anda sonhando com outras é?

Spike olhou em volta estava num dos grandes salões do rei e era observado por Blue e Winston também.

– Você disse Éther? – perguntou o velho dragão azul coçando o queixo.

Enquanto isso numa manhã em Canterlot...

Celestia acabara de levantar o Sol e estava escutando o relato de Luna sobre a noite que passara em que sentiu a angústia de Spike no mundo dos sonhos, mas algo a afastou dela.

– Irmã, sabemos muito pouco do mundo dos dragões, não podemos tirar conclusões precipitadas.

– Eu ainda não concordo com sua decisão de deixa-lo ir irmã ele é mais ligado a nós do que com os de sua própria espécie. Você não pensa na Twilight?

– Claro que penso Luna, mas ficar longe das pessoas que ama também é uma lição dolorosa a ser aprendida. Eu passei por isso durante mil anos lembra?

Luna desvia o olhar.

– Mas já dei muito tempo ao pedido de Brave. Vou escrever uma carta a Spike agora mesmo, e já que vou quebrar essa promessa vou encontrar minha aluna e ver se ela e as amigas também querem mandar algumas palavras para ele.


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Notas finais do capítulo

Ola pessoal esse era um capítulo que fiquei na dúvida se postava ou não, depois de muito pensar achei que era hora de coloca-lo na fic! Hehe
Não só Spike, mas deixo a vocês leitores margem para interpretar esse "sonho" da melhor forma possível! :)
Espero que tenham gostado. Obrigado. e comentem!