A História de um Dragão Chamado Spike escrita por GambitRJ


Capítulo 12
Um Fragmento da Grande Guerra


Notas iniciais do capítulo

Aqui Spike conhece um pouco mais do que aconteceu no passado de seu povo. E como seus pais o defenderam.



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Solaris pegou um rumo para o norte e logo chegou a uma montanha onde sua entrada era mais trabalhada duas grandes piras queimavam e dois dragões da terra com suas escamas em tom marrom, faziam a guarda. Uma coisa chamava a atenção ambos trajavam armaduras, com elmos e tudo mais. Spike já havia visto um dragão jovem desse tipo na vez da sua grande migração, mas ver um adulto era mais impressionante, logo pousaram.

Solaris se aproximou ainda com Spike nas costas, ao ser avistada foi saudada por um dos vigias.

– Lady Solaris, bem-vinda de volta.

– Obrigada Rock, dessa vez vim devido a esse pequeno, desça Spike e apresente-se.

– Ah, sim, me chamo Spike muito prazer. – falou timidamente.

– Você é novo demais, de onde veio? – respondeu o dragão curiosamente.

– De ponieville.

– Rock ele é um dos perdidos, o último. – falou Solaris.

– O filhote da guardiã? Que bom! Que bom! Finalmente a última lacuna do passado foi preenchida! – falou alegremente.

– Guardiã?

– Sim sua mãe Alannis. Eu te contarei tudo lá dentro. Permita-nos Rock?

– Como disse, você é sempre bem-vinda Solaris.

Ambos passaram pelo pórtico andaram alguns metros por uma pequena estrada até a entrada da montanha, ela era construida por três grandes blocos de pedra dando em um grande corredor bem iluminados por tochas. Logo chegaram a um grande salão, que ao entrarem suas tochas aumentaram suas chamas deixando tudo iluminado magicamente.

O salão era gigantesco no coração da montanha, de cada lado havia grandes eestátuas de dragões uma ao lado da outra, todas diferentes, Spike e Solaris andavam por entre elas, o pequenino olhava de um lado a outro, já havia perdido o medo inicial havia sumido, eram poucas as estátuas com feições ameaçadoras, ao observar bem percebia que cada feição possuia uma peculiaridade, ele podia jurar que uma parecia demonstrar alegria outra, coragem, Spike podia refletir aqueles rostos no de suas amigas em ponieville.

– Que lugar é esse Solaris?

– Chamamos de memorial uma homenagem àqueles que se juntaram aos ancestrais defendendo esse mundo e seus irmãos na guerra.

– Isso é um... Cemitério? – perguntou Spike meio receoso.

– Não pequeno – sorriu Solaris – quando o último dia de um dragão nesse mundo chega seu corpo se desfaz e seu espírito vai para outro plano se unir aos nossos antepassados. Aqui estamos!

Eles pararam no fundo do salão onde quatro grandes estátuas estavam, essas eram as únicas de frente para entrada, aos pés de cada uma havia um elmo do tamanho de suas cabeças, eles brilhavam intensamente a luz das chamas.

– Chegamos? – Spike se deparou com uma das estátuas olhando para ele de uma forma terna.

– Essa que você está vendo é sua mãe Allanis, a sua direita seu pai Fury.

Spike ficou hipnotizado pela cena dos dois, imponentes, sua mãe tinha um ar bondoso e protetor, seu pai parecia nobre e vigoroso.

– Agora preste a atenção na história que vou lhe contar, antigamente aqui era o que podemos chamar de berçario, onde todos os ovos eram colocados para chocar com o calor que emana da terra. Esses quatro dragões eram os guardiões desse local, é uma das maiores honrarias entre nós receber essa atribuição. Mas durante a grande Guerra não podiamos esperar um ataque tão massivo a esse lugar. Eu ainda me lembro do que me contaram do que ocorreu aqui...

...... Flash Back.....

Quatro dragões observavam os céus de guarda na entrada da maternidade. A batalha iluminava céus e terra.

– Deveríamos estar na batalha – falou um grande dragão da terra com sua cauda em forma de maça.

– Não Rock nossa missão é proteger as futuras gerações – respondeu Fury um grande crista verde líder dos guardiões.

– O que são essas coisas que atacam, parecem ser feitas de fumaça. – indagou a dragoa da terra que os acompanhavam.

– São feitas de maldade Friga - respondeu Allanis outra crista verde.

Allanis estava atenta ao redor seu olhar era aguçado, estava estranhando a concentração do ataque, que aparentemente os ignorava, e cada vez mais se afastava de onde estavam, nada indicava que os dragões estavam provocando isso. O inimigo parecia pensar em conjunto e se movimentar como um só. Logo percebeu que isso não era por acaso uma grande coluna de criaturas das sombras vinham voando baixo pelo flanco direito deles.

– Fury! Veja! – gritou para seu marido.

– Maldição eles querem atacar os ovos! Alannis entre rápido proteja a maternidade!

– Mas vocês?

– Não discuta, você é a única que pode mandar os ovos para um local seguro.

Allanis se vira, sabe que aquela era uma batalha perdida se não houvesse reforço rápido para eles.

– Eu te amo! – disse em alto e bom tom.

– Também te amo minha graciosa crista esmeralda, a verei do outro lado.

Rock e Friga acariciaram a asa um do outro antes da chegada da primeira onda de ataque.

– Que nossos filhotes vivam tão intensamente quanto nós. – disse Rock.

– Sim querido!

Allanis entrou na caverna logo pode ouvir os urros de guerra de seus companheiros e suas rajadas flamejantes. O plano era simples. Proteger a entrada o máximo possível para que ela pudesse mandar o máximo de ovos possíveis para um lugar seguro com suas chamas mágicas. Mas que local seria seguro agora?

Antes que pudesse pensar em algo uma imagem a chocou, alguns ovos já destruidos e outros sendo atacados por vespas ferrões vermelhos, cada ferroada fazia um ovo escurecer e explodir liberando a sua essencia no ar e desaparecendo. Uma dessas vespas se aproximava de um ovo roxo e verde, o que despertou a ira de Allanis.

– Fiquem longe dele!!!!! – dito isso a guardiã liberou seu hálito de fogo uma chama verde intensa varreu o ambiente desintegrando as vespas, aquecendo as rochas, porém, deixando os ovos intactos.

– Por onde essas criaturas entraram? – falou consigo mesma antes de pegar o ovo roxo e verde em suas patas.

Allanis começou a cuspir suas chamas sobre os outros ovos a medida que eram envolto pelas mesmas eles desapareciam, logo, a dragoa sentiu sua pele queimar onde não estava protegida por sua armadura. Mais vespas apareceram e agora a atacavam, ela usou suas garras e cauda, a medida que as abatia elas viravam uma poeira preta. Logo ela viu mais ovos sendo destruidos e novamente usou seu hálito para acabar com essas pragas. A dragoa continuava segurando aquele ovo contra seu peito.

Essa situação continuou por um tempo incontável, até que todos os insetos haviam desaparecido, Allanis olhava desesperada a perda, que custara, ela conhecia todas as mães daqueles pequenos que jamais viriam a esse plano, mas não houve tempo para chorar logo, ela começou a ouvir guinchos do corredor, haviam furado as defesas da maternidade oque significava que seu marido e amigos...

Ao se virar uma grande sombra pulou sobre ela, parecia um dragão maltrapilho, suas asas não possuia membranas, somente ossos e um pouco de pele, Allanis conseguiu usar uma das asas paraa se proteger, as garras da criatura a rasgaram. Outras duas criaturas menores também entraram uma se juntou ao ataque, a outra mirou os ovos remanescentes.

A luta foi feroz, não era uma batalha comum allanis ainda protegia algo muito precioso contra seu peito. A criatura menor atacou mordendo justo o braço que o segurava, derrubando-o no chão e a dragoa respondeu com uma forte mordida na nuca da criatura que acabou quebrando-o, ao mesmo tempo em que usando sua cauda derrubou a besta maior.

Nesse instante ela disparou uma bola de fogo que atingiu em cheio a terceira criatura que ja havia quebrado os ultimos ovos do salão. Com o impacto ela foi arremessada contra a parede atordoando-a.

Mais um golpe atinge o flanco direito de Allanis rasgando sua armadura e sua carne a fazendo desequilibrar, outro golpe de garra a atinge na cabeça arrancando seu elmo. Com a guardiã caída a grande besta vê o último ovo inteiro no recinto e vai atrás dele, quando está quase nele sente guarras e presas fincando em seu pescoço Allanis o atacara com ferocidade no ponto cego de qualquer dragão, mas esse não era um dragão de verdade, logo a crista-verde sentiu uma grande dor as pontas das asas da besta fizeram um movimento de ataque e como lanças a perfuraram de ambos os lados. Porém ela não o soltou com lágrimas nos olhos ela fincou garras e presas ainda mais fortemente na besta arrancando a cabeça de seu corpo.

A criatura caiu e logo virou poeira, Allanis também caiu exausta e mortalmente ferida só olhava para o pequeno ovo que restara. Quando começou a ouvir um grunido a besta menor ainda estava viva ela não tinha como lutar mais.

– Minha pequena cria, meu sangue, meu amor, que você vá para o lugar mais seguro desse mundo e seja feliz, com muitos amigos que o ensinem e que você possa protegê-los e ama-los assim como eu fiz. – dito isso a crista-verde manda uma rajada de fogo verde fazendo o ovo desaparecer no ar.

A besta menor cravando suas garras nas costas de Allanis, começando a grunir e rosnar.

Allanis ri.

– Criatura fétida você não tocará no meu filho, queria ter forças para acabar com você pelo que fez.

A criatura pareceu ficar irritada com as palavras de Allanis. Quando ia dar o golpe final acabou recebendo uma rajada de chamas prateada nas costas derrubando-a e um grande vulto prata caiu sobre ela sendo rapidamente derrotada.

Logo a jovem dragoa se virou e começou a falar num tom choroso.

– Mestra! Você ficará bem não se preocupe! – ao terminar de falar ela começa a olhar em volta vendo os ovos destruidos.

– Me perdoe Solaris... Eu tentei salvar todos, mas não consegui, não consegui salvar o seu, me perdoe... – falou Allanis a sua aluna.

– Jamais a culparia por essa babárie mestra. – falou Solaris encostando sua testa a dela.

– Eu só pensava em segurança enquanto enviava os ovos não sei para onde os mandei.

– Nós os encontraremos senhora. – outros dragões já entravam no salão o velho Wiston e Brave estavam entre eles.

– Logo estarei junta de Fury, Rock e Friga, estaremos observando tudo.

– Fique mestra, por favor!

Não houve resposta, os olhos de Allanis se fecharam seu corpo começou a brilhar e se desfazer em pó de estrelas que iam em direção a saída da caverna deixando para trás sua armadura. Ao passar pela porta outras tres armaduras se encontravam no chão outros dragões observavam a essência da crista verde ir para o céu se unir a fonte de criação. Nesse momento os dragões presentes urraram em respeito aquela guadiã que cumprira seu dever assim como os outros até o último momento.

......Fim do flash back......

– E essa é a história de como seus pais o protegeram e o porquê de você ter ido parar em Canterlot. Sua mãe pedira o lugar mais seguro de Equestira para você Spike e nessa época Celestia já dominava os elementos da harmonia. Após isso prometi a mim mesma que quando o encontrasse eu acolheria assim como sua mãe me acolheu.

Spike com lágrima nos olhos subiu no pedestal da estátua de sua mãe e encostou sua cabeça no peito da estatua Solaris percebeu que com a pata direita levantada parecia que a figura em pedra de Allanis iria abraçar Spike.

Solaris olhou para o lado para deixar Spike um pouco sozinho, se aproximou de um pequeno pedestal onde havia uma runa circular entalhada, ela delicadamente encostou sua testa nela e disse.

– Filho finalmente seu último irmão voltou para casa.


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Notas finais do capítulo

Foi o capítulo mais difícil que já escrevi! Eu tinha que parar de rodeios e fechar esse arco de como o Spike foi parar em Canterlot, quem eram seus pais, dar uma amostra de como foi essa famigerada guerra. Acho que ficou meio dramático... mas acredito que os laços familiares, não só o de mãe e filho, como o de mestre e aluno também mereciam isso.
Queria mostrar também a ligação passada em comum entre Solaris e Spike.
Espero que tenha ficado bom, e que tenham gostado.
Fiquem a vontade para comentar! E muito obrigado por acompanharem!
PS: Foi mal a demora na postagem :)