Ninguém está pronto para a vida escrita por Kori Hime


Capítulo 18
Ninguém está pronto para: Visitas inesperadas Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém vivo depois do carnaval? hehehe



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Como ordenado por Dionísio, Nico trocou de lugar com Drew. Ele acordou bem cedo no outro dia e antes do café da manhã, foi dar uma olhada no arsenal. O lugar estava virado de cabeça para baixo, havia alguns arrombo no telhado. As armaduras espalhadas pelo chão, assim como todo o armamento. Caixas quebradas, paredes rachadas.

Nico assoviou e pensou o que aqueles dois haviam aprontado ali dentro para tal destruição.

A ordem era arrumar, mas não sabia por onde começar. Começou tentando abrir passagem para dentro do galpão. Ele removeu alguns pedaços de madeira e depois passou a separar o armamento perigoso. Principalmente coisas que explodiam.

Alguns minutos depois, Nico recebeu companhia.

Dante entrou no arsenal carregando um carrinho de mão. Havia pás, enxadas e alguns objetos para ajudar na limpeza. Miguel entrou logo em seguida, fazendo uma careta quando viu que Nico também estava lá.

— Seu namorado não está precisando de uma massagem no ego não? Pode deixar que a gente resolve isso aqui rapidinho. — Miguel deu uma risada sarcástica e jogou no chão algumas tábuas para arrumar o telhado.

— Miguel, agora não. — Dante mandou que ele começasse a tirar o entulho da parede destruída. O rapaz foi sem reclamar. — Não precisa se preocupar, eu vou arrumar tudo aqui.

Nico pegou uma adaga do chão. Ele conhecia muito bem aquela adaga. Era de Drew. Seu cabo era de ouro e um dragão chinês desenhado na lâmina.

— Estou aqui por ordem do Senhor Dionísio, então acho que não é muito esperto desacatar uma ordem dele. — Nico percebeu que Dante estava olhando para a adaga. — Se quiser, pode entregar para ela.

— Não. Eu não tenho que fazer nada para ela. — Dante virou-se.

Nico não estava satisfeito com aquela situação. Ele suspirou, estava parecendo Percy, querendo cuidar dos amigos. Se bem que Dante não era assim tão amigo dele, mas levando em consideração que ambos nunca tiveram desavenças, então poderia dizer que eram ao menos colegas.

Nico desvirou uma mesa jogada no chão, tirando sua jaqueta, colocando-a em cima da mesa. A adaga de Drew também ficou lá. Depois, mais campistas vieram ajudar no conserto do Arsenal. O chalé de Atena compareceu, Alex era um deles. A manhã foi puxada e o almoço esquecido. Todos estavam trabalhando seriamente naquilo. No final da tarde, perto do por de sol, Nico caiu sentado no chão, sentindo os músculos do corpo latejarem, mas o trabalho havia sido feito, pelo menos o galpão fora reconstituído.

— Trouxe água. — Alex entregou para Nico uma garrafa de água mineral. — Bom trabalho.

— Você fez mais coisas do que eu.

— Tem razão, então bom trabalho para mim. — Ele sorriu amigável.

Nico estava prestando atenção em Dante, que terminava de preencher uma prateleira com foices e escudos. Alex percebeu e por curiosidade perguntou o que havia acontecido ali. Embora ninguém soubesse exatamente o que e porque eles lutaram.

— Não sei. — Nico respondeu, ele não achava certo sair fofocando por aí sobre a vida pessoal dos outros. — Mas eu acho que nunca vou mexer com um filho de Afrodite.

— Brindemos a isso. — Alex ergueu sua garrafa de água e depois bebeu.

Uma trombeta soou, era hora do jantar. Os campistas deixaram o arsenal, pudera né? Estavam morrendo de fome após o dia puxado. Nico foi direto para seu chalé tomar um banho.

Já estava saindo do banheiro quando Percy solicitou um pedido para entrar.

— Nem pensar. — Falou rapidamente.

— Qual é? Não estou querendo abusar de você. — Percy riu. — Tá, eu até faria isso, mas só vim te chamar para irmos até a praia. Todo mundo já foi para lá.

— Tudo bem. — Nico não tinha escolha, era isso ou passar uma noite tediosa em seu chalé. Ele se vestiu rapidamente e encontrou Percy do lado de fora. — Já vou avisar que eu não quero que beba aquelas coisas coloridas.

— Não se preocupe com isso, Dedee ainda esta sem seus poderes, então nada de loucura essa noite. Seremos somente nós, os semideuses mais legais do acampamento.

— Sei. — Nico queria acreditar nisso.

Não havia bebidas coloridas, mas Annabeth e Rachel deram um jeito de conseguir cerveja com o chalé de Hermes. A fogueira foi acesa por Leo, que controlava a chama para não ficar muito alta e chamar atenção. Tecnicamente a praia em que estavam não fazia parte do acampamento, por alguns centímetros de distância da proteção criada pelo Velocino de ouro.

Nico e Percy foram os últimos a chegar. Annabeth estava sentada em um tronco de árvore sobre a areia, ao seu lado estava Butch, o filho de Iris. Percy poderia jurar que ele estava sorrindo, mas como geralmente não fazia aquilo, deveria ser somente uma coincidência. Rachel sentava logo ao lado dele, segurando um graveto com um marshmallow, apontando para a fogueira.

— Vai beber alguma coisa? — Travis Stoll abriu uma caixa térmica azul. Percy aceitou a cerveja depois de Nico fazer um olha de tudo bem.

— Como está a Andrômeda? — Ele perguntou, pronto para tomar alguma atitude mais drástica caso Travis estivesse magoando-a.

— Na verdade, eu não sei. Ela me falou que precisava de um tempo para pensar, e desde então não tem falado comigo. — Travis falou em um tom de desânimo, isso deixou Percy feliz. Digo, já era hora, não? Andrômeda estava mostrando para ele quem é que manda.

Nico pediu licença e foi falar com Drew que estava em pé, perto do fogo ao lado de Alex.

— Achei uma coisa que te pertence. — Ele entregou para Drew um embrulho feito com tecido. Drew desembrulhou calmamente, olhando para a adaga.

— Agradeço por me devolver. Achei que tivesse perdido. — Ela embrulhou novamente a adaga e olhou para Nico. — Você está péssimo.

— É, foi um pouco cansativo limpar sua bagunça no arsenal.

Drew não ficou ofendida, mas agradecida por ele não tocar mais no assunto.

— Tem alguma poção para pé no saco? — Alex perguntou, olhando na direção de Jason e Leo, que estavam conversando mais afastados do grupo. — Ou uma seringa, também serve, isso está me dando diabetes.

— Se isso te consola, eu passei alguns anos pensando a mesma coisa. — Nico comentou. — Não tem nenhuma forma de melhorar o humor, senão ignorar.

— Impossível. — Alex fez uma careta, enquanto via Jason passar a mão nos cabelos de Leo. O filho de Atena bufou.

Drew não estava muito afim de falar sobre aquilo, ainda mais porque Dante chegou na companhia de Andrômeda, com uma caixa com cupcakes que trouxeram da Cafeteria Crepúsculo dos Semideuses. Os dois sentaram-se próximo a fogueira.

Nico podia sentir a tensão no ar. Do seu lado esquerdo estava Drew, armada com uma adaga. O que era extremamente perigoso. E do lado direito, Travis Stoll, armado com uma lata de cerveja. Ok! Não era assim tão perigoso, mas estava tão irritado quanto.

Naquele momento Nico entendeu porque Percy se preocupava tanto em ajudar seus amigos. Ele próprio estava determinado a fazer alguma coisa, mas não estava mais ao seu alcance. Nico enfiou as mãos dentro dos bolsos da calça que vestia. Ele desejou poder fazer alguma coisa.

Quem sabe Afrodite não poderia ajudar? — Ele pensou.

Foi um pensamento poderoso, como um desejo que se faz para a estrela cadente no céu. Um pedido feito de coração. E um pedido poderoso, feito de coração, jamais é recusado por Afrodite.

Nico sentiu uma brisa suave vinda do mar, ele olhou para Percy, que estava com seus olhos fechados, sentindo a mesma brisa. O vento aumentou e nem mesmo Leo conseguiu controlar as chamas da fogueira, ela ergueu alguns metros e quando o fogo diminuiu, sentada em uma cadeira branca, com rosas entrelaçadas, estava uma mulher tão bela que olhá-la causava rubor.

Todos estavam estáticos, olhando para a mulher recém-chegada. Cada um a via de uma maneira diferente, sua beleza era interpretada de forma pessoal. Por exemplo, Nico via uma mulher de cabelos curtos encaracolados e negros, com olhos azuis. Ela sorria com delicadeza e segurava em sua mão um leque, abanando graciosamente o rosto de porcelana.

— Ora essa, porque pararam? Por favor, continuem a festa. — Ela sorriu para todos. — Drew, querida, traga-me algo para beber.

Drew gaguejou, antes de dar o primeiro passo.

— Sim, mamãe.


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Notas finais do capítulo

Eu achei que tinha programado o capítulo para ontem, mas acabei esquecendo e deixando para depois. Sabe que nunca se deve deixar algo pra depois né? Enfim, decidi postar agora porque achei que seria justo para quem leu e comentou o capítulo 17 e aguardou o capítulo no feriado.

Os comentários vou responder amanhã com carinho, quando eu estiver com mais tempo livre.

Beijocas