Ninguém está pronto para a vida escrita por Kori Hime


Capítulo 11
Ninguém está pronto para: Perder o Charme


Notas iniciais do capítulo

Nada como ficar sem seus poderes.



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Aquela semana foi movimentada no Café Crepúsculo dos semideuses. Percy fez entrevistas com doze meio-sangues que precisavam de um emprego. Ele não poderia contratar todos, o que era triste, sabendo que eles realmente precisavam. Então decidiu ajudá-los, indicando para outras pessoas. Por exemplo, Leo não queria admitir, mas estava precisando de alguém para administrar sua agenda profissional. Ele era um ótimo engenheiro mecânico e inventor de primeiro escalão, mas era ruim demais com atendimento ao cliente, prazos e contratos.

Percy encontrou a pessoa perfeita para ajudar Leo.

— Bom dia, meu nome é Alexander James Mitchell. — Disse o rapaz alto, de cabelos loiros e olhos acinzentados. Aquele sorriso esperto e a postura inconfundível que só os filhos de Atena possuíam. — É um prazer conhecê-lo.

— O prazer é meu, Alexand- desculpe, como é mesmo? — Percy olhou na ficha de cadastro dele. Não o culpe, era mesmo um grande nome para o rapaz lembrar.

— Meus irmãos me chamam de Alex. — Ele sentou-se na cadeira em frente Percy, deixando os braços sobre a mesa. — Meus amigos não me chamam, bem, porque eu não tenho nenhum ainda, sou novo na cidade.

— Nossa, cara! Sinto muito por isso.

— Relaxa. — Ele sorriu.

— Como é que eu não te conheço ainda? Você frequenta o acampamento?

— É, bem. — Alex usava óculos escuro pendurado na gola da camisa verde. Ele era maior que a maioria dos irmãos de Annabeth. Seus cabelos loiros eram finos e jogados para o lado. — Eu entrei no acampamento logo quando você desapareceu.

— Oh! É, foi um ano complicado aquele.

— Depois viajei para o Wisconsin. Minha madrasta está doente, então não podia dar conta da fazenda sozinha. Meu pai morreu quando eu era ainda pequeno. Eu não podia deixá-la.

— E ela está melhor agora?

— Sim, está. Obrigado por perguntar. — Alex mexeu nos cabelos e jogou para trás, Percy teve a impressão de que era culpa do DNA de Atena, porque ele conseguia ver os movimentos de Annabeth ali. — Algum problema?

— Não. Digo, nenhum em especial. É que você e Annabeth são muito parecidos.

— É, já me falaram. Vai ver porque temos a mesma mãe. — Ele deu uma risada, mas era óbvio seu desconforto. Por mais que você aceitasse ser filho de um deus, era difícil quando ganhava junto uns quarenta irmãos. Ainda mais os espertinhos de Atena. Parecia uma verdadeira quadrilha organizada de nerds.

— Pelo seu cadastro você tem ótimas habilidades. Tem certeza de que quer trabalhar em uma cafeteria?

— Eu preciso pagar o aluguel do meu apartamento. Por isso estou pegando qualquer coisa. Não se ofenda.

— Imagina, eu entendo como é isso. — Percy deu uma olhada na lista de habilidades dele, sendo irmão de quem era, tinha uma ideia de como Alex viria a trabalhar. — Olha. Eu tenho um amigo que está precisando de ajuda, você deve conhecê-lo. É o Leo Valdez, filho de...

— Hefesto, chalé nove. Sim eu conheço ele.

— Ok. — Percy poderia ter muitos defeitos, mas às vezes (somente às vezes) percebia quando alguma coisa estava dando certo demais. — Então eu vou passar o endereço dele para você. É lá no Brooklyn.

— Perfeito, eu moro no Brooklyn.

— Então eu acho que vocês vão se dar muito bem. — Eles deram as mãos e logo depois Alex foi direto para o endereço marcado.

O próximo a ser entrevistado era um dos filhos de Deméter e isso deixou Percy Jackson um pouco nervoso. Depois do jantar no mundo inferior, uma semana atrás, ele não estava preparado para aquilo. Mas ao contrário do que pensou, Steve era uma pessoa completamente diferente da mãe. Incrível. Principalmente porque ele falava pouco, muito pouco. Respondeu as perguntas de forma monossilábica.

Adivinha? Percy o contratou. Porque Andrômeda já falava pelos cotovelos, então ele precisava de alguém para contrabalançar o clima na cafeteria. Ainda mais agora que Andrômeda estava toda chorosa porque Travis não mandava nenhuma mensagem de Iris para ela há quase um dia. Isso cortou o coração de Percy por saber que não devia ter mexido com aqueles sentimentos. Esperava que Annabeth entrasse a qualquer momento ali dentro para dar uma surra nele.

Continuando.

Percy contratou mais uma pessoa para fazer as entregas. Isso mesmo, agora eles possuíam um serviço de entregas. E nada melhor do que um filho de Ares para o trabalho. Contratou então Dante. Ele era alto, forte e tinha uma cara malvada, então ninguém ia mexer com ele. Mas no fundo era um cara legal.

Os demais meio-sangue foram indicados para a boate de Drew Tanaka, um supermercado na Allen Street gerenciado por uma ninfa. Um teatro na Broadway e outros pontos importantes como metrô, galerias e lojas de meio sangue, entre outras criaturas mitológicas que não comiam meio sangue.

A manhã foi bem produtiva no ponto de vista de Percy. Ele trocou de turno com Sally então teve o resto da tarde livre. Ele foi para casa dormir. Pelo menos tentar dormir.

Desde que deixou o mundo inferior, Percy estava pensativo. Ele não falou nada sobre as anotações do caderno para Nico, não sabia como iniciar a conversa. Mas a oportunidade estava batendo na porta dele. Ou melhor, tocando a campainha.

Quando abriu a porta, Percy encontrou Drew Tanaka parada no corredor, segurando uma bolsa Prada e batendo a sola de sua bota no chão. Ela usava óculos escuro e um vestido roxo, com cinto de fivela dourado. Brincos enormes e, como sempre, uma maquiagem perfeita.

— Como tá, Dedee?

— Não me venha com essa, Perseu Jackson. — Ela tirou os óculos escuros e entrou causando um eco pela casa com os saltos de suas botas.

— Aconteceu alguma coisa? — Percy afastou-se com medo de que aquela bolsa voasse até sua cabeça. Drew parecia nervosa.

— Sim! Aconteceu. Minha mãe está furiosa! Você sabe como é a Deusa do amor furiosa?

Drew largou a bolsa no sofá e olhou séria para Percy, aguardando uma resposta.

— Acho que tenho uma breve impressão de como seria. — Ele coçou a nuca.

— Não, você não tem ideia. — Ela virou-se, fazendo seus belos cabelos planarem no ar como em câmera lenta. — Ela descobriu que eu confeccionei uma poção do amor.

— Mas você disse que aquelas não eram poções do amor.

— Eu sei. — Drew caiu sentada no sofá, com as mãos no rosto. — Eu não sei o que aconteceu. As poções do amor foram confiscadas, assim como as do desnamoro. Alguém entrou no meu laboratório e levou as últimas que eu havia guardado apenas para experiências.

— E seu laboratório não tem segurança? — Percy sentou-se ao lado dela, quase desistindo de ter perguntado aquilo. — Quero dizer, câmera de vigilância.

— Sim, mas as imagens não ajudaram em nada. Pode ser qualquer um.

— Sua mãe não sabe quem usou?

— Mesmo que soubesse, ela não vai dizer quem é. — Drew largou-se no sofá, desistindo da pose, ela só queria um enorme pote de sorvete naquele momento. — Eu preciso descobrir quem roubou e o que fez com as poções. E se alguém beber? Pode se apaixonar por qualquer pessoa sem as indicações corretas.

Percy estendeu o braço e numa tentativa de parecer legal, abraçou Drew, acariciando os cabelos dela. E nossa, eram bem hidratados e tinha cheirinho de frutas vermelhas. Poxa, Percy entende de condicionadores também.

— Eu te ajudo. — O que ele poderia fazer? Era aquele charme maldito das filhas de Afrodite. Odiava ver a rainha da beleza naquele estado deplorável. Gostava de ver Drew linda e pisando no calo de todo mundo. — E se você criar uma poção do desnamoro para quem bebeu?

— Não posso. Estou de castigo. Mamãe tirou meus poderes.

— Espera. Então você não está usando seu charme para conseguir minha ajuda? — Percy a olhou confuso.

— É claro que não! Eu não sabia a quem recorrer, a primeira pessoa que pensei foi em você. — Drew deu o melhor olhar de gatinha carente. — Você acha mesmo que eu uso meu charme para tudo? Hoje cedo passei uma hora arrumando meu cabelo com o secador e a escova. Até passei chapinha, eu nunca uso chapinha, Percy.

Ela disse chorosa.

— Bem... é conveniente, não?

— Típico. — Drew levantou-se. — Todos pensam a mesma coisa dos filhos de Afrodite. Que somos fúteis e mimados. As pessoas se aproximam de nós somente para exigir ajuda no amor. Arrumar namorado, esquecer namorado, se vingar do namorado. Sabe de uma coisa? Eu estou cansada disso. Não é como se minha vida se baseasse naquele acampamento e em um único sentimento chamado Amor. Eu tenho outras necessidades.

Drew cruzou os braços, parecendo irritada. Percy decidiu não a interromper. Estavam tendo um daqueles momentos de desabafo e o melhor a se fazer era dar apoio e ouvir.

— Eu não quero ser lembrada somente pelo charme. Muitas vezes eu não o uso. E as pessoas ainda assim acreditam que foram influenciadas por mim. Francamente. — Ela parou diante da janela. — Sabe quantas vezes minha mãe apareceu para mim?

— Não. — Percy sabia que não precisava responder. No entanto, ele não queria que Drew se sentisse sozinha, como se estivesse falando para um espelho vazio. — Quantas vezes ela apareceu?

— Quatro vezes. — Drew respondeu, segurando a cortina para olhar a tarde lá fora.

— Alguns sequer recebem a visita de seus pais. — Ele tentou consolar.

— Eu sei. Alguns irmãos só a viram em seus sonhos apenas uma vez. E é o mesmo sonho. Nem ao menos um olá pessoalmente receberam. — Ela abaixou a cabeça, seus cabelos caíram como uma cortina negra. A chapinha dela era mesmo boa.

— O que sua mãe disse, quando vocês se encontraram?

Drew virou-se e respirou fundo.

— A primeira vez eu estava com sete anos. Ela apareceu em uma noite quando meu pai estava internado no hospital e eu não podia passar a noite com ele. Mamãe me contou toda a verdade. Foi uma história de amor bonita a que eles viveram no Japão. — O sorriso nos lábios dela foi breve. — Ela me disse então que eu seria responsável por colaborar com alguém muito importante. Silena Beauregard. A partir daí eu via Silena em meus sonhos. E sabia que um dia nós iríamos nos encontrar.

— Vocês eram bem amigas, não?

— Sim. — Drew engoliu o desejo de chorar. — Até que ela mudou depois que começou a namorar Charles. Enfim. A segunda vez que mamãe apareceu foi para me punir sobre as primeiras poções do amor que acabaram em um desastre. As pessoas não estão preparadas para o amor. E ainda me procuravam para pedir ajuda depois que Silena morreu.

— Mas mesmo assim você criava as poções?

— O que eu poderia fazer? — Ela se lamentou. — Não sei dar bons conselhos como Silena fazia. Então eu pensei que as poções certas fariam a diferença. E então a terceira vez que mamãe apareceu, foi para me informar que Piper estava a caminho. Foi um sonho bem desagradável. Eu sempre a via com Jason para lá e para cá.

— Não vai me dizer que você também gosta do Jason? — Percy balançou a cabeça, estava ficando bem confuso aquela conversa. — Ele é um cara bonitão, mas dai todo mundo se apaixonar...

— Quieto, Percy. — Drew moveu uma das mãos. — Não sou apaixonada por Jason Grace.

— Ah! Tudo bem, foi erro meu. Continua.

— É claro que me senti ameaçada, tanto é que a presença dela me valeu a liderança do Chalé.

— Pelo que sei você foi uma bruxa. — Percy era corajoso mesmo, ou só abriu a boca porque Drew estava sem poderes? Continuemos.

— Não é como se eu fosse agir com falsidade. O mundo é um lugar perigoso, ou você controla, ou é controlado. E eu não sou do tipo a ser controlada.

— Nem eu. Formamos uma boa dupla Dedee.

Ela girou os olhos, Percy apenas sorriu. Drew sem poderes e sem respeito alheio, era engraçado demais para ele deixar passar.

— Essa noite mamãe apareceu novamente. — Seu tom ficou mais sério. — Ela disse que estava decepcionada comigo. Por um momento achei que fosse por causa das poções, mas não. Não pode ser apenas as poções. Mamãe não me puniria por isso.

— Mas porque ela tiraria seus poderes?

— Eu... eu não sei.

— Deve haver um motivo. Pense bem. — Percy pediu um minutinho porque o telefone estava tocando. Ele foi até o quarto para atender. — Estou com uma visita em casa, mas pode vir aqui.

Era Nico, eles não se viram durante aquela semana, não era como se Percy estivesse fugindo. Ah! Não, era sim. Ele só precisava de um tempo para pensar melhor. Combinaram de sair aquela noite, e Percy achou que deveria alertar Nico de que Drew estava com problemas, por isso precisavam ajudá-la.

— Não me diga que mais alguém está apaixonado.

— Não sei, pode ser. E não sabemos quem é. Nos falamos mais tarde.

Ele desligou o telefone e voltou para a sala. Não encontrou Drew lá, mas ouviu um barulho na cozinha. Drew estava sentada na cadeira devorando uma torta de pêssegos. A única coisa que Percy pensou em fazer para ajudar foi pegar uma colher extra, sentar e comer com ela.

— Tem chantili?

— Vou pegar. — Percy se levantou e pegou o tubo de chantili dentro da geladeira. — Ah! Annabeth me contou da brincadeirinha que vocês duas fizeram para juntar Nico e eu.

— Que brincadeira? — Drew perguntou toda lamuriosa, criando uma verdadeira montanha de chantili sobre a torta. Ela enfiou a colher e levou uma quantidade generosa até a boca.

— A poção que nos fez beber. Olha, eu quero dizer que não estou bravo, mas daqui para frente vamos manter essas poções bem guardadas. — Percy sentou novamente na cadeira e analisou o olhar desinteressado de Drew.

— Sabe, estou cansada de todos me procurarem para pedir ajuda no amor. Por isso, quando Annabeth me pediu aquela poção do esquecimento e essa poção do carinho. Eu apenas entreguei um placebo.

— Placebo?

Não vamos fazer bullying. Percy não entendeu mesmo o significado de placebo.

Drew comeu mais um pedaço da torta.

— Placebo é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.

Percy a olhou completamente confuso.

— E isso é bom?

— No seu caso foi bom. Tudo o que aconteceu aquela noite não foi culpa da poção, porque era somente vinho misturado com suco de amora e sua tara por garotos de cor pálida.

— Então a Annabeth apenas achou que esqueceu do Luke?

— Ela precisava de um empurrãozinho para se livrar daquele sentimento de culpa, eu apenas lhe dei suco de tangerina com limão.

— Você é muito esperta, Dedee. Ou cruel.

— Eu sei.

— Então essas últimas poções...

— São reais.

— Ahhh. — Percy lamentou, porque estava quase comemorando o tal Placebo.

***

Leo Valdez estava trabalhando em algo muito importante quando a campainha tocou. Ele havia trocado o famoso Ding Dong para uma música mais moderna, como por exemplo The Strokes. Leo abaixou o fogo e atendeu a porta. Ele estava esperando pelo filho de Atena que Percy comentou no telefone. Se fosse ele, havia feito uma viagem do centro até o Brooklyn em tempo recorde.

— Hey, cara! Entra aí. — Leo apertou a mão de Alex. — Percy me falou que você vinha, mas não disse que ia usar um teleporte. Como chegou aqui tão rápido?

Alex riu um pouco envergonhado. O que não combinava muito para alguém com aquela boa aparência. Não que homens altos, bonitos e com pinta de galã não tivessem o direito de ficar envergonhados e... vocês me entenderam.

— Eu vim de moto. — Ele comentou.

— Jura? Você tem uma moto?

— Sim. Uma Harley-Davidson 883 Roadster. — Alex sequer havia entrado na oficina de Leo. Mas quando o assunto da moto virou o foco daquele encontro, Valdez saiu na calçada mesmo com o avental de cozinha amarrado na cintura, ele estava preparando o almoço. Ah! Eu disse que ele estava trabalhando em algo importante.

— Não acredito! Cara você é meu novo melhor amigo. — Leo deu uma boa olhada na motocicleta estacionada de frente à oficina. — Olha esse cromado. Esse laranja metálico. O motor 883R, pode ligar para eu ouvir o ronco? — Alex entregou a chave para Leo, que subiu na moto parecendo uma criança na manhã de natal. — Esse som do V2 é inconfundível. Você deve fazer um estrago com essa máquina.

— Até que não. Ultimamente eu tenho trabalhado muito na fazenda da minha família.

— É mesmo? Onde?

— Three Lakes, Wisconsin.

Leo desceu da moto com muito esforço, segurando um desejo grande de dar uma volta pela cidade. Afinal, era uma Harley-Davidson. Mas ao invés disso, ele convidou Alex para entrar. Encontrou a frigideira no fogo baixo, queimando a panqueca que preparava. Foi um pouco vergonhoso apagar o incêndio com seu novo assistente observando de camarote. No final, tudo deu certo, menos o almoço. Ele ofereceu algo para Alex comer, e esse só aceitou uma garrafa de água mineral.

Eles conversaram sobre o trabalho que Alex exerceria na oficina, trabalhos puramente burocráticos e administrativos, chatos demais na opinião de Leo. E ele decidiu que Alex era perfeito para isso. Parecia um cara legal, possuía bom gosto para motos e cuidava da madrasta.

É bem fácil conquistar a atenção desse filho de Hefesto.

— Quando você pode começar?

— Quando você quiser. Eu estou disponível. — Alex esfregou as mãos, animado para começar a organizar a agenda que sequer Leo sabia se existia.

— Tudo bem. — Leo se virou e pegou o tablet de cima da mesa. — Toma, aqui tem os meus contatos e alguns e-mails de trabalho. Se quiser dar uma olhada.

— Já é um começo.

Enquanto Alex mexia no tablet, Leo atendeu uma ligação de Percy que pedia para se encontrarem naquela noite na boate Tanaka, pois havia um caso urgente para resolverem.

— Hey, Alex. Tá afim de ir em uma boate essa noite comigo? — Leo perguntou, assim que desligou o telefone

— Eu? — Alex quase deixou o tablet cair no chão com o convite inesperado.

— É, vamos encontrar meus amigos. Você já conhece o Percy, falta conhecer o resto da gangue.

— Parece legal.

Leo também achou legal, não, não muito. Ele ainda estava chateado com uma certa pessoa que foi para um certo acampamento Romano do outro lado do país sem se despedir. E era exatamente por isso que precisava sair de casa.


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Notas finais do capítulo

- Drew é tipo Sérgio Malandro, pregando pegadinha em todo mundo. Ahá pegadinha