Amor às Avessas escrita por Samyni


Capítulo 38
Amizade também é Amor


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiii peoples!!!!!!!
Um mês exatamente
Tá virando rotina hein?
Querem me matar, eu sei, mas prometo que esse é último capítulo transição por um booooommmm tempo!!!!!!!
Compenso nos próximos, acho que vocês vão gostar hein? TENHO UMA SURPRESA GRANDE!
Enfim
Leiam, ok?
Boa leitura! *---------------*

PS. Capítulo especial para Alice, Ana Clara, Maria Nayara e Nyne... Obrigado por estarem sempre comigo! ~coração enorme~



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Pov Rachel

"As emoções de um humano machucam demais."–Kitty.

–Rachel, precisamos conversar.

Tais palavras saíram da boca de um Luke com cabelos emaranhados e ombros tensos.

A pista de dança atrás de si estava emaranhada de gente pulando, se divertindo e dançando com os braços para o alto. A música que tocava é um mistério para mim, uma vez que minha audição parou naquele momento.

–Agora? –Benjamin perguntou. –Você sempre aparece quando estamos indo dançar! Parece até armação.

Luke fechou as mãos em punho e travou a mandíbula.

–Eu não preciso “armar” para você, engomadinho...

Coloquei a mão no ombro de Luke.

–Certo, Luke. Vamos conversar então, ok? –procurei seus olhos em meio ao escuro da boate.

Ele sorriu amargamente para Ben:

–É uma questão de preferência, companheiro.

Voltei-me para Ben:

–Eu já volto.

✶ ✵ ✴

Estávamos no banheiro dos funcionários. O local era escuro, sem janelas e abafado. Além disso, havia pouquíssima luz, já que a lâmpada pendurada por um fio corroído falhava a cada cinco minutos.

–Certo. O que você precisa conversar comigo? –cruzei os braços escorando na parede.

–Você não pode ficar perto dele. –ele simplesmente disse, passando as mãos nos cabelos.

Luke não estava bem.

Péssimo sinal.

Suspirei.

–Vocês são inimigos ou algo assim, não é?

–A questão, Rach, é que esse “homem” é um merdinha.

–Você é o que mesmo, Luke?

–Um babaca. –ele respondeu de contragosto.

–Meio contraditório essa ofensa vir de você, não?

–Mas ele é uma merda com as mulheres! –ele jogou as mãos para o alto.

–Luke Dean, como chama a sociedade que a Emily disse que você participa?

–Sociedade dos Come e Foge... –ele bufou. –É diferente!

–Diferente como, Luke? O que você está tentando fazer? Me explica, pelo amor de Deus!.

Ele deu um murro na parede a qual eu estava escora. Algum centímetro para a direita e o soco teria acertado meu ombro, ao invés dos blocos de tijolo sem reboco.

–Droga! Estou tentando te proteger, Rachel!

–Explica. –falei entre dentes.

–Esse cara... Esse Benjamin... Uma vez ele veio aqui acompanhado de uma mulher. Eu e ela estávamos conversando e ele chegou empurrando ela, gritando, quase batendo. Eu parei ele... Eu comprei briga com ele por estar fazendo algo assim. Olha, eu estou confuso, eu posso ter bebido um pouquinho antes de você chegar, mas eu estou falando a verdade aqui. Sei que sou um babaca. Acredite, eu sei disso melhor do que ninguém. Esse cara, entretanto, consegue ser pior. Eu acho que nunca tratei nenhuma mulher com violência e tamanha propriedade. –pela forma que ele falava, a embriaguez era nítida.

–Você acha? –indaguei.

–É. Acho.

–Eu acho que você está bêbado, Luke. É isso o que eu acho.

–Rachel... Rach, não sai com esse cara. Ele não é bom.

–Você também não e eu...

–Você o que?

Desviei o olhar.

–Nada, ok? Só que você não pode dizer das pessoas quando não faz por onde também...

Ele respirou fundo, mas por fim, gritou:

–Caralho, você só dificulta! Eu estou tentando te ajudar e você só fica me lembrando que eu também sou um cretino. Eu, ao menos, tenho a decência de ficar longe.

–E você acha isso legal?

Eu bufei. Estava frustrada.

Ele olhou para o chão.

A lâmpada piscou algumas vezes antes de finalmente cessar.

–Eu cuido de mim mesma, pode deixar. –dei dois passos.

–Rach... –ele me puxou pelo braço.

Minhas costas estavam de volta à parede de tijolos. A temperatura era quase reconfortante, mas a umidade incomodava. Luke estava absurdamente perto de meu rosto.

–Rach...

–Luke...

–Estou tentando, mas não consigo.

–Olha, Luke... Você está bêbado, certo? Depois a gente conversa, porque daqui só vai sair merda.

–Rachel! Me escuta! –ele segurou meu rosto com as suas duas mãos. –Estou tentando te dizer...

–Me dizer...? –o encorajei.

–Que eu não quero que você saia com aquele cara.

–Porque ele é um idiota?

–Porque eu... eu... Acho que ele só vai te pegar e ir embora.

–Vocês são primos ou algo assim?

Ele soltou meu rosto.

–Eu não fiz isso com você. Ainda.

–Ainda? –quase gritei.

–Você sabe que isso aconteceria se... Ficássemos juntos, não é?

–Você iria embora?

–Provavelmente. Mais cedo ou mais tarde. Você me conhece... Eu faço tudo errado, Rach.

Uma sensação estranha inundou meu corpo. Tristeza. Abandono. Decepção. Doeu no fundo do estômago.

–Tente fazer certo, então... –minha voz falhou.

Luke fechou os olhos com força.

–Não consigo... –sua voz era quase inaudível.

Assenti.

Eu sai do banheiro e Luke não me puxou novamente.

✶ ✵ ✴

Bati a porta do apartamento e joguei-me no sofá. Deitada de bruços, escondi o rosto entre as almofadas. Sem qualquer controle, algo subiu por meu esôfago, queimando, doendo... Solucei alto e senti todas as lágrimas retidas por tanto tempo virem à tona.

Minutos depois, senti mãos delicadas em minhas costas.

–Rach... –Kate sussurrou, apreensiva.

Levantei a cabeça e a olhei nos olhos. Tantos anos de amizade me permitiram detectar rapidamente os sinais de imponência, frustração e até dor em Kate.

–O que houve, Rach?

–Luke.

Ela me abraçou –quase deitando-se em cima de mim.

–Imaginei que aquele idiota não deixaria de ser covarde. Sinto muitíssimo, Rach.

Funguei.

Nesse momento, Emily surgiu do corredor, com uma cara amassada e voz rouca:

–Opa. Quem lhe fez mal, Rachel?

–O animal de estimação dela. –Kate respondeu, revirando os olhos.

–Fumaça?!

–Não! –respondemos em uníssono.

–Homem Fogo, então?

Assenti e Kate fez uma careta.

–Quer que eu chute a bunda dele?

Rimos em meio aos meus soluços.

–Só se você me deixar chutar também.

–Você é a dona do chute especial, Rach! Bem nos países baixos.

–Ui... Vai doer, hein? Ele merece. É daquele tipo de covarde que merece. –Kate sorriu perversamente.

–Talvez. –eu respondi.

–Você é muito boazinha, já reparou? –a ruiva perguntou.

–Infelizmente, sim...

Kate e Emily me abraçaram novamente. Nós três ficamos daquele jeito por um bom tempo.

–Amo vocês. –sussurrei.

–Também amo você. –Kate sussurrou de volta.

–Eu também amo vocês, mulheres da minha vida! –Emily gritou.

Rimos, novamente.

Eu enxuguei as lágrimas e respirei fundo, levando-me do sofá.

–Acho melhor eu lavar o rosto.

–Sim, com certeza. –Kate colocou as mãos na cintura e me olhou de cima a baixo.

–Chata.

–Sempre a sua disposição. –e jogou um beijo no ar.

Revirei os olhos e fui para o banheiro. Lá, encarei meu reflexo no espelho. O rosto estava um pouco avermelhado e inchado. Mas as marcas físicas logo passariam, infelizmente não podia dizer o mesmo das emocionais.

–Ei, eu estava pensando em uma coisa... –Kate escorou o rosto no batente da porta.

–Ihhh... Soltou fumaça? –provoquei.

Ela riu, na esportiva.

–Na verdade, um pouco. Enfim... Que tal colocarmos os colchões lá na sala hoje, pegar um pote de sorvete, um vidro de calda e dormir por lá mesmo?

–Ótima ideia, Kat. Não precisou de ajuda para elaboração? Estou surpresa! –respinguei água em seu rosto.

Ela deu de ombros, do jeito “Kate”:

–Ah, sabe o que dizem... Louras são burras, mas ruivas não. –e piscou para mim.

Arqueei uma sobrancelha.

–Nem vou dizer o que morenas são para não deixá-las no chinelo, sim? –Emily surgiu.

–Vamos logo! –Kate jogou as mãos para o alto.

Impaciente, como sempre. Essa é a Kate.

Colocamos os colchões em frente aos “panos de vidro” –janelas que ocupam uma parede inteira do cômodo –na sala de estar. Geralmente, as cortinas ficavam fechadas por conta da claridade excessiva,–que por sua vez, atrapalhava Luke a assistir à TV –mas naquela noite seria diferente.

Durante várias horas, nós, as três mulheres mais lindas do décimo terceiro andar, juntamente com Fumaça e sorvete com calda, conversamos e gargalhamos até os primeiros raios solares de uma movimentada Nova York.

Suspiramos ao olhar o trânsito já congestionado e o rio Hudson fazendo uma curva ao horizonte. A cidade era linda, o apartamento era sinônimo de conforto e eu tinha as duas melhores amizades que alguém poderia querer para compartilhar tudo aquilo.

–Vamos dormir... –Kate bocejou.

A ruiva deitou-se, a morena ao seu lado e eu ao lado da morena. Emily deu uma mão a Kate e a outra para mim.

–Estamos sempre aqui. -ouvi ela dizer antes de cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Awnnntt
CERTO
CERTO
CERTO
ÚLTIMO CAP CHATO
PROMETO!
Beijossssssssssssssssssssss
~Samyni

PS. gosto tanto da amizade delas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PS2: viram que a capa do capítulo é pra retratar a última cena?



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