Amor às Avessas escrita por Samyni


Capítulo 24
O "Emprego"


Notas iniciais do capítulo

Koééééééé gente!!!!!!!! fiquei ocupadassa nesses dias alone aqui, mas apareci no último dia sem pais para deixar um capítulo para vocês!

Muito bem-vindas:
—Skye Miller
—Samantha
—the disaster
—Nyah_Garota

Acho que não esqueci ninguém...

Ah! Um obrigada especial a Samantha, que recomendou a fic! Muiitooo obrigada, sumida linda!

Bom, é isso. Conversamos mais lá embaixo.

Boa leitura! :3



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POV LUKE DEAN ROACH

"-Eu não me meto em confusões. Elas é que me perseguem" -A Maldição do Tigre.

O céu estava estrelado naquela noite, eu me encontrava sentado no meio fio de touca na cabeça e tragando um cigarro. Um carro esportivo branco parou na rua de frente e do banco de carona, surgiu uma Sara cambaleando. O automóvel acelerou e eu continuei sentado no meio fio a observando. Ela sorriu para o céu e ajudou a bolsa preta em seu ombro.

–Luke? ela perguntou finalmente notando minha presença e sentando-se ao meu lado.

–Oi. e soltei fumaça em seu rosto e logo em seguida o cigarro dançava entre seus dedos.

–Está fazendo o que aqui?

–Pegando um ar. Saiu com um mauricinho hoje?

–Legal, né? O nome dele é Cameron. Ele é rico pra caralho, baby.

–Idade?

–Está na faculdade já.

–Certo e anda ficando com uma garota do ensino médio ainda?

–Você só tem dezessete! Não começa a falar de mim.

–E você nem tem dezesseis ainda, moça.

–Que mania de chamar todo mundo assim!

Sara mexeu em seu coque mal arrumado e soltou os cabelos castanhos claro e lisos por cima das costas.

–Por que você está com ele?

–Fala sério. ela respondeu revirando os olhos de um jeito infantil que só ela tinha.

Sara levantou-se e eu a puxei pelo braço.

–Hein? Eu lhe fiz uma pergunta. disse ríspido perto de seu rosto.

–Não devo satisfações a você, moço.ela cuspiu essa última palavraÉ só você colocar essa cabeça cheia de fumaça para pensar... Do que todas as riquinhas filhinhas de papai gostam?

–Dinheiro? Bolsas? Cachorros minúsculos?

–Não! Elas já têm tudo isso! Elas querem um vagabundo. Alguém para sair com elas, dizer que gosta delas, procuram novidades, loucuras e experimentar verdinhas, cerveja barata e principalmente para irritar o papai. Fica a dica, baby.

A última garrafa de cerveja do estoque de Kate encontrava-se na minha mão, esquentando. Naquela aparente tranquila manhã, Rachel havia deitado no chão ao lado da minha cama –quero dizer, sofá. Ela encarava o teto branco fosco com seus grandes olhos castanhos.

–Qual foi? –perguntei.

–Temos um problema, Luke. E dos grandes.

Senti algo preso na minha garganta imediatamente.

–Qual?

Então Rachel me explicou que minha estádia havia complicado o financeiro delas e que se eu não achasse um emprego para ontem, teria de ir embora. Na verdade, todos nós teríamos se eu continuasse ali. A loira disse algo como “vou te ajudar a encontrar algo”, mas eu já estava fora do ar, pensando naquela noite estrelada com Sara, um cigarro compartilhado e uma bolsa preta que o tempo todo insistia em cair de seu ombro.

Respirei fundo e passei as mãos na cabeça.

Mesmo na hora de mais desespero eu sempre usava uma brincadeira ou ironia como auxilio.

As primeiras e únicas opções que vieram em minha cabeça foram: barraquinha de beijo no Central Park, dançarino de despedida de solteira, segurança de bordel, tráfico de drogas, ladrão de banco com aquelas armas bem doidas ou vagabundo de filhinha de papai. Convenhamos, aposto que você ia gostar de Luke Dean Roach com uma placa na mão em pleno Central Park escrito: “Um beijo, um dólar.” Ou então dançando com roupa de Papai Noel ou Policial na festa de despedida de solteira da sua amiga, aquela que namora milhões de anos o mesmo cara e jamais passaria a mão em mim.

Confiança era algo que eu possuía de sobra, então por que não?

–É sério? –perguntou Rachel quando contei a ela meu plano. –Luke, você não vai conseguir muito dinheiro assim...

–Quer apostar?

–Sabe, você se acha demais... Outros caras por aí fazem isso de graça.

–Mas nenhum é tão bonito ou tão gostoso quanto eu.

Rachel revirou os olhos.

–Ok. Vou com você então. Passo antes na biblioteca, já que não podemos gastar dinheiro no momento e me encontro com você no ponto em referência. De acordo?

–Sim, moça. De acordo. –e pisquei um olho para ela.

✶✵✴

Eu estava de pé no ponto de encontro há quase duas horas e nem sinal da loira magrela. Com os braços estendidos, eu segurava um pedaço de papelão que roubei de um mendigo no caminho e escrevi com o batom da Rachel: “Um beijo, um dólar”. Até agora eu já tinha cinco dólares. Se a Rachel decidiu-se rebocar metade da biblioteca pública para o apartamento, ao menos eu tinha dinheiro para... Para nada. O apartamento ficava bem perto do Central Park. Não precisava de metro e táxi seria desperdício com o famoso transito caótico.

–Olá! Desculpa a demora. –Rachel apareceu atrás de mim com um livro de capa verde água e uma loira como ilustração. Estava escrito “A Garota de Papel”.

–Caralho, você demorou duas horas para escolher um livro?

–Foi difícil de achar algo “novo” disponível! O governo cortou verbas sabia?

–Certo. Certo. Eu já ganhei cinco dólares.

–Você já deu cinco beijos?

–Ei, são selinhos só. E sim, só isso. Acho que vou ter que tirar a camisa...

–Hãm... Não. Onde você achou esse papelão? Não deixamos caixas em casa, Fumaça destrói todas e faz uma grande bagunça... –ela gesticulou pensativa, perdida em lembranças.

–Peguei por aí. –o mendigo não tinha gostado. Havia gritado algo como "-Esses moleques vagabundos!"

–E que canetinha é essa?

–Ah, é seu batom.

–LUKE!!!!

–Aí moça, sossega. Senta essa bunda magra lá no banco e veja o garanhão seduzir geral. Rápido, você está espantando a clientela!

–Veado.

–EU OUVI ISSO! –gritei.

Rachel enviou a cara em sua leitura recente, fazendo expressões engraçadas, às vezes.

Eu não podia ficar simplesmente parado, esperando as mulheres chegarem. Eu tinha de fazer a minha própria campanha, então, eu andava quatro metros para frente e cinco para trás a partir de onde Rachel estava sentada, gritando sempre: “Quem quer um beijo por um dólar? Gente, ganhe um beijo por apenas um dólar! Qual é, moças lindas, quem vai querer um beijo por apenas um dólar? É a promoção do dia!”

Acabei conseguindo mais dez dólares em uma hora. Acho que beijei umas quatro loiras, três morenas e três mulheres que pareciam ser casadas, mas essa informação não era importante. Eu anunciava meu produto, mas ia atrás quem queria. Então não me culpem pelos problemas conjugais.

Rachel estava chocada, olhando de boca aberta as mulheres que passavam ao meu lado com uma nota de um dólar já em mãos e um sorriso travesso ou tímido nos lábios que logo eram tocados por mim.

–Isso pode ser considerado prostituição? –uma garota de treze anos mais ou menos, óculos tartaruga, pele branca como giz e cabelos negros como petróleo me perguntou depois que a décima das últimas clientes havia saído. Era fofa, mas sem os óculos lembrava A Órfã.

–Eu acho que não, mocinha. Vai querer também?

Rachel me reprimiu com o olhar. Tal gato, tal dona, não é mesmo?

–Meu primeiro beijo com um cara que nem sei o nome? Não me parece certo.

–Qual seu nome? –perguntei-lhe.

–Melanie.

–Você tem razão, Mel... Posso te chamar de Mel?

–Não.

–Certo. Então, Mel, não se deve sair por aí beijando alguém que não se sabe nem o primeiro nome. Você está certa.

–Qual o seu nome?

–Luke.

–Hmm... Bonito. E qual era o nome da pessoa que você deu o primeiro beijo?

–Já que você quer saber, o nome dela era...

Fomos interrompidos por uma adolescente, quase adulta, ela tinha no máximo dezenove anos. Olhos castanhos, cabelos pretos e lisos até um pouco abaixo da linha dos seios, ela tinha um sorriso largo e um corpo alto e magro.

–Melanie! Quantas milhões de vezes já falei para você não sair do meu lado?

A tal garota usava short jeans, blusa curta e “larguinha” como diria Rachel branca, um colar quase do tamanho da blusa e tênis. Em seus braços havia milhões de pulseiras coloridas. A loira ao meu olhado olhou admirada, como se quisesse ter menos de dezenove anos novamente.

–Eu estava conversando, Anna! E você também, por sinal. Por isso consegui sair sem ser notada. -a criança revirou os olhos e cruzou os braços em frente ao corpo.

A morena voltou-se para mim e calou-se por mais de um minuto, seus olhos castanhos quase não piscavam. Melanie fez movimentos negativos com a cabeça e jogou a mão na própria testa, Rachel revirou os olhos com mais força do que talvez fosse necessário.

–Ah... O-oi... Eu me ch-chamo... É...

–Anna! Seu nome é Anna! –Melanie gritou.

–Isso. Anna Benson. Eu acho. -ela olhou para os lados, confusa.

–Luke Dean. –pisquei e Anna pareceu necessitar de oxigênio.

–É sua irmã? –perguntei a Melanie baixinho, enquanto Anna ainda me encarava.

–Minha prima. Ela não é normal... Coitada.

Assenti.

–Cara, você é muito gostoso. –ela deixou escapar com um suspiro.

Sorri.

–Quer um beijo?

–CLARO! PARA ONTEM! ME LEVA PARA A SUA CASA! ME FAÇA DE SUA ESCRAVA!

–Custa um dólar cada. –e estendi o papelão com letras em rosa choque.

Ela sorriu como se fosse uma pirralha travessa.

✶✵✴

Consegui mais trinta dólares só com a tal de Anna Benson. Acho que então ao todo eu tinha faturado uns quarenta e cinco dólares só naquele dia, mas continuei até o cair da noite e Rachel queixar-se de fome e frio.

Voltamos para o apartamento e Kate perguntou que placa era aquela.

–Meu ganha pão. –respondi.

Ela abriu a boca para falar algo, mas desistiu imediatamente.

–Ele ganhou mais de cinquenta dólares só hoje, Kate. –Rachel contou-lhe.

–Quem pagaria para beijar você sendo que já come um monte de graça por aí?

–Acredite, teve uma morena doida que gastou mais de trinta dólares só com o encostar de lábios do Dean aqui. E ela ainda perguntou se por dez dólares ele a beijaria de verdade...

–E? –Kate quis saber.

–Ela não tinha o dinheiro. –dei de ombros. –Ela é bonita e tudo, mas acho que não é muito normal e eu não vou me aproveitar de alguém assim.

Rachel e Kate arquearam uma sobrancelha.

–O canalha tem coração. Quem diria. –Rachel começou.

–Você não engana ninguém, bichinho de estimação. Agora passa essa grana para cá que ela vai ser usada para pagar a conta de água.

✶✵✴

Estávamos deitados após um dia de trabalho –eu considero, ao menos.– vendo alguns episódios de The O.C, quando Rachel apoiou sua cabeça em meu ombro.

–Vai ficar beijando mulheres no Central Park para sempre? –sua voz estava entorpecida de sono.

–Algum problema para você? -foi uma deixa boa, convenhamos. Contudo, ela ignorou.

–Você está ganhando grana porque é novidade... E depois? Quando virar só mais um dos tantos que tentam ganhar dinheiro lá?

–Aí eu tentarei outra coisa, Rachel.

–Quando você vai trabalhar de verdade, Luke? –ela suspirou.

–Não sei, mas não vai ser por agora. –passei o braço por cima de seu ombro à medida do possível. –Vem, está na hora de dormir.

Ela resmungou. Peguei Rachel no colo e a levei para seu quarto, em seguida colocando-a em sua cama.

Ela resmungou novamente.

–Luke?

–Sim?

–Você não respondeu aquela garotinha... O nome da pessoa do seu primeiro beijo.

Fechei os olhos e visualizei seu rosto por alguns segundos.

–Eu nem lembro, Rachel. –falei por fim.

–Mentiroso. Ninguém esquece isso.

Sorri com apenas um dos cantos da boca.

–Boa noite, Rach. Bons sonhos.

–Boa noite, Luke. –ela bocejou e virou-se para o canto.


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Notas finais do capítulo

E ai, gente? O que acharam? A personagem Anna foi pedido de uma leitora e amiga muito gostosa -ops- que me atenta o dia inteiro, mas eu amo ela demais *-*
Mas não foi só para satisfazer seu desejo de correr atrás do Luke, mas tbm para representar todas vocês que gostariam de fazer o mesmo e vivem tendo orgasmos nos reviews e me deixam assustada -cof cof cof- ENTÃO, quem tiver ideias de coisas que a Anna possa fazer (como se fosse realmente obcecada por ele igual vocês), por favor, escrevam nos reviews essas situações que vou usá-las! hein ;) contando com vocês!

Melanie é uma fofa né *-* gostei dela, acho que vai aparecer mais u.u

E esse Luke com o papelão hein? Ideia adaptada da leitora Arayan (Naynay) e acho que deve de outra leitora que eu vou inspirar tbm no decorrer da história, só que tá dando erro aqui e não consigo enxergar os reviews, então talvez eu demore pra responder... Vou entrar em contato com o povinho chefe aqui do site.

Mas é sério, eu adorei a ideia de vender beijos, e vocês? Torrariam todo seu dinheiro igual a Anna? KKKKKKKKKKKKKKKKKKK'

Acho que é isso. Me dizem o que acharam de tudo, mais ideias para loucuras da Anna (que vamos conhecer tbm), recomendações... dizer pros amiguinhos, gritar na janela do seu quarto, escrito na bandeira do Brasil que tá pendurada por algum motivo na janela da sua casa. Uma garota pode sonhar não? '-'

Mas é sério. FRED TÁ COM FOME! Seguem o exemplo da Samantha e recomendem a fic *-*

Mil beijos!
~Samyni



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