Amor às Avessas escrita por Samyni


Capítulo 16
"-Eu jamais terei algo com você."


Notas iniciais do capítulo

Oiiieee, gente!!!

Sejam muiiitoooo bem-vindas:

—DoceMeninaSonhadora
—Moale
—Brenda
—the disaster

Moças, como descobriram a fic? Poderiam me dizer? Pq fiquei curiosa '-'

Capítulo curto e inteiramente pov Rachel, é um dos famosos "parados de transição" mas precisam ler para entender o que está para se seguir.

Boa leitura e até lá embaixo!!!

:3



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POV RACHEL’

"Não há garantias. Nem no amor e nem na vida. Mas não podemos viver sem nunca assumir riscos" –Levada ao Entardecer. (Acampamento S.F #3)

Quando acordei, Mike estava sentado na beirada de minha cama, encarando-me.

–Bom dia, linda. –ele disse e beijou-me carinhosamente na testa.

–Bom dia, surfista encantado. –sorri com a bochecha esquerda contra o travesseiro macio.

–Quer café da manhã? –ele perguntou.

–Daqui a pouco. Estou com preguiça de levantar. –mexi na cama, endireitando-me.

Mike apenas sorriu e desceu seus lábios aos meus. Levei minhas mãos ao seu cabelo e sorri contra o beijo.

Acho que desde o dia anterior, eu havia sorrido como não o fazia há muito tempo.

–Já está bem tarde, sabia? Kate e Emily já lancharam, já se beijaram milhões de vezes no sofá, eu já comi, Fumaça já me arranhou, Luke chegou da noitada...

–Noitada? Ele havia saído ontem?

–Tudo indica que sim. –Mike respondeu de um jeito despreocupado.

Mas eu não me importava, de qualquer forma.

–Você é linda até quando acorda, Rachel!

–Não. Você é cego, Mike.

Comecei a me lembrar das vezes que Luke me viu ao acordar, o quanto ele tirou sarro, o quanto ele reparou só para poder me encher a paciência e lembro até das provocações a partir da minha aparência, como “cabelo de vassoura, bruxa bêbada” e até regime aquele homem já havia me aconselhado a fazer! De que mundo esse canalha poderia ter vindo?

–Rachel? –Mike chamou-me, desviando meus pensamentos.

–Sim?

–Hora de comer, não?

✶✵✴

Andávamos de mãos dadas pela Times Square no fim de tarde, após almoçarmos em casa e conversamos bastante –principalmente sobre a cidade de Mike­– resolvemos sair para andar e respirar novos ares, já que todos havíamos perdido as aulas daquele dia de qualquer forma.

–Acho que você deveria me visitar, sabe? –Mike disse, enquanto eu olhava distraidamente alguns livros.

–Bom, é meio difícil, Mike... Eu realmente gostaria, mas...

–Yeah, eu entendo. Não disse por agora, após minha partida, digo depois... Um dia, talvez.

Assenti.

–Claro, eu adoraria!

–Que bom, Rach. Porque ainda quero ver como você fica em cima de uma prancha. Daria a surfista mais gata da praia.

Ri. Muito.

–É verdade! Você tem jeito de quem mora na costa sudeste. Vocêé loira, tem uma cor... Não são traços que geralmente encontramos em cidades do norte americano.

–Sim, há uma explicação para isso. –droga, não queria entrar nesse assunto.

–E qual seria, Rach?

Parei de olhar os livros e respirei fundo.

–Meu pai.

Mike assentiu esperando e prossegui:

–Ele é brasileiro. Alguns deles tem uma cor mais “bronzeada” e meu pai é um deles.

–Pensei que Brasil só havia sei lá, índios, macacos... –Mike começou.

Era uma coisa que eu detestava nos americanos. Comecei a andar a passos vagarosos, em direção a rua novamente.

–Não, claro que não! É um país lindo! Quer dizer, lotado de estereótipos, como “selvagens”, “andam nus”, “dormem em árvores”... Sério, já ouvi cada absurdo. Mas é um país em desenvolvimento, com problemas políticos como qualquer outro, há muitas misturas de etnias por lá, nem todas as pessoas gostam de carnaval e nem todas as mulheres têm bundas enormes, peitos gigantes e gostam de dançar sem roupas. As águas são lindas, a natureza é linda, as praias são... Meu Deus, nem das praias da Flórida chegam aos pés.

–Então você já foi lá?

–Claro! Fui visitar meu pai algumas vezes. Ele veio ilegalmente para os Estados Unidos, casou-se com minha mãe, eu nasci e pouquíssimos anos depois ele teve um caso, minha mãe suspeitou e colocou um detetive particular atrás dele... Então, viu que estava certa. Separou-se dele, ele voltou para o Brasil e minha mãe casou-se com o detetive. É uma história maluca.

–Sinto muito. Não deve ter sido fácil. –ele disse, reconfortando-me

–Não foi muito difícil. Quero dizer, eu fiquei com raiva do meu pai, ainda a tenho dentro de mim, mas por mais incrível que pareça, foi minha raiva de Renato que me fez ser amiga de Kate. Nós duas tínhamos problemas com nossos pais... Mas de certa forma, eu tinha uma figura paterna em casa e apesar de não ser meu pai, meu padrasto nunca me maltratou. Podia não me amar, mas ao menos nenhum mal fez a mim.

–E a Kate? O pai também a abandonou?

–Na verdade, a mãe dela foi esperta e caiu fora. Não sei da história ao certo, não é uma história que ela goste de comentar e muito menos a mãe dela, então, às vezes penso que Kate pouco sabe.

Mike assentiu.

–E como é sua família? –continuávamos andando.

Ele sorriu.

–Ah, acho que a típica de onde eu vim... Temos uma casa relativamente boa, meu pai é salva vidas, pescador e um surfista excelente, ele me ensinou tudo que sei. Minha mãe é sócia de um dos hotéis da cidade. É ela que praticamente sustenta a casa, mas ela faz isso de bom grado e apesar de não ser um peixe como meu pai, não entra em casa antes de dar um mergulho rápido no mar. Já fez isso de “terninho” e tudo. Minha irmã riu bastante. O nome dela é Ariel e este é o motivo para ela amar tanto as princesas. Principalmente a pequena sereia, já que compartilham o mesmo nome.

–Você gosta muito deles, não?

–Yeah! Bastante! Não viveria sem eles. Estou morrendo de saudades de casa já. –ele disse tais palavras e enfiou as mãos no bolso do casaco.

–Quando você volta, afinal? –perguntei um tanto quanto receosa.

–Domingo. Isto é, depois de amanhã.

Encarei minhas botas contra o chão escorregadio.

–Ahh...

–Ei, -Mike disse tomando meu rosto entre suas mãos enluvadas. –Podemos aproveitar o tempo que nos resta. O que me diz?

Não havia escolha, não é mesmo? Eu não poderia ir com Mike e ele não poderia permanecer.

–Acho uma ótima ideia. –respondi por fim.

Mike me puxou para um beijo.

–Que tal voltarmos para o apartamento hein? –perguntei, mais uma vez, sorrindo.

✶✵✴

Levantei tarde da noite, bem devagar para não acordar Mike, que dormia profundamente. Minha cama era de solteiro, por meu quarto ser menor do que de Kate, então eu praticamente havia dormido em cima de Mike e agora minhas costas reclamavam.

Após usar o banheiro, fui para a cozinha tomar um copo de leite. Enquanto me servia, meu sumido felino ronronava e aconchegava-se em cima do meu pé descalço. Fumaça estava quentinho e eu sabia melhor do que ninguém que tal agrado só significava uma coisa: “Quero leite”.

Então coloquei um pouco na tigela vermelha de Fumaça, agradando o bichano.

Ao sair da cozinha, dei-me de cara com o pescoço de Luke, que para variar estava sentado no sofá assistindo televisão.

–Está assistindo o quê? –perguntei após me sentar ao seu lado.

–A morte pede carona.

–Aí, credo, Luke!

–É fraquinho, cabelo-de-capim. Mas a atriz, a namorada desse cara daí, é muito gostosa.

–Você só vê filmes em que as mulheres são gostosas? –perguntei arqueando uma sobrancelha. -a atriz apareceu e mesmo assustada, era bonita.

–Por aí, mas se você parar para pensar, é uma artimanha da mídia.

–Artimanha? Oh meu Deus, Luke! Onde você aprendeu essa palavra? –perguntei provocando.

–Há-há. Fique sabendo, moça, que eu tenho meus momentos, sim?

–Ah. Ok, moço. Eu finjo que acredito para o seu próprio ego, ok?

–Ô palito de dente, está aqui para me atentar por quê? Acho que o esquimó idiotão está lhe esperando... Ah não ser que ele finalmente tenha acordado e dado o fora.

–Há. Há. Há. Você é um idiota, Luke. –disse levantando-me.

–Não tanto quanto o Marcus, Michael, Mathews...

–Mike! E quem disse que você ao menos chega aos pés dele?

–Moça, eu sou irresistível.

–Puta que te pariu! Como você me irrita! Você não é irresistível, vocêé apenas um ridículo com o ego cem vezes maior do que você merecia por ser quem é.

–Sabe, a opinião de uma mulher ma-....

O interrompi:

–Cala essa boca, Luke. Você não presta. Apenas isso.

–Aposto que você sonha comigo todas as noites. Aposto que namoraria comigo, casaria comigo e teria filhos comigo se pudesse.

–Bom, então preste atenção: Eu jamais terei algo com você.

E voltei para o meu quarto pisando forte.


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Notas finais do capítulo

Meio chato né gente?
E sim, defendo BRASIL.
E pra quem acha que Eua é lindo, perfeição e tal, eu nessa fic vou mostrar que tá longe de ser isso. Vocês podem achar a Rachel sem graça, mas ela é uma futura jornalista realista e alienada ;)

O Mike n tem cara tão 'seduzindo você' não, mas eu não encontrei ngm parecido com o Mike que eu imaginei, esse foi o q mais pareceu, tirando claro, o olhar de "dê pra mim, now"

Luke sendo Luke ~coração~

não toma jeito né gente? Impressionante!!!

Um aviso: feriado semana que vem, portanto mamãe me arrastará contra minha vontade para Ibertioga (nunca ouviu falar né, eu sei. Sorte sua, colega --') e aí n terei como postar e nem escrever, ou seja, nada de cap pra vocês :'( ~chorem

Mas na semana que se seguir o feriado, eu vou tentar postar, mas tá difícil também pq terei altas provas (não paro de ter prova, PUTA Q PARIU) e tem o aniversário de namoro dia 26... Ai ceus, to lotada de coisa, mas prometo me esforçar pra escrever pra vocês, tá bem?

Reviews, recomendações (qual é, gente! N temos uma nova desde slá, tempos), favoritem e espalhem para os amiguinhos u.u

Bjinhossssssssssssssss doces, :*

~Fred e Samyni

PS. falando em aniversário de namoro, leiam o que eu fiz pro ser no niver do ano passado u.u
Aqui está: http://fanfiction.com.br/historia/358971/Closer/



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