Estava uma bela manhã naquele dia ensolarado, que ficou ainda mais bonita quando foi anunciado aos alunos no intervalo, pelo diretor, que eles não teriam mais aulas naquele dia.

Haveria a instalação do novo complexo de Jump Contact nesse momento e, como tanto as salas de treinamento quanto as de competição, que seriam criadas teriam uma tecnologia extremamente avançada e com alto gasto de energia, as luzes das salas seriam desligadas temporariamente para não haver sobrecarga.

Portanto, o diretor avisou aos alunos que deveriam se juntar com seus clubes durante o restante do dia, para praticar suas atividades e se auto-divulgarem aos demais pelas áreas abertas do Instituto.

Porém o que os alunos ouviram mesmo foi somente até a parte de que não iria ter mais aula no segundo horário, o que veio seguido de um enorme urro de alegria pelos pátios e corredores do IGE de onde a notícia foi escutada.

Nesse momento Luana já corria puxando Ana Lúcia em busca de Emilly, para chama-la também para assistir o jogo de futebol dos meninos que iria começar em minutos.

Quando não conseguiram acha-la, simplesmente foram até o campo aberto, ver o jogo que já estava começando. Luana assistia sonhadora vendo Bento correr atravessando a quadra chutando habilmente a bola.

– Emilly é tão sortuda. - A garota só suspirou para a loira ao seu lado, sem tirar os olhos do jogo.

Nesse momento a arquibancada já estava ficando mais cheia e Renata e Alexandre chegaram ali próximos a elas, já vestidos em seus uniformes do time de Jump Contact.

O garoto imediatamente pegou o celular da mão de Ana Lúcia para que ele pudesse ver o que ela tanto assistia naquela tela de vidro.

Ao perceber que nele se passava o mesmo jogo que estava acontecendo em frente a eles, porém ali Ana tinha uma visão de ângulos privilegiados da partida, ele suspirou.

Renata se debruçou sobre o celular da menina loira fazendo uma retórica pergunta:

– O que estão fazendo aqui? - Dizia já entendendo a quase baba saindo da boca de Luana. - As meninas do clube de dança já estão acabando de preparar o stand para a distribuição dos convites. Eu estava procurando a Isa, mas não consegui achar...

– A Isa foi para Ladário. – Noticiou Ana, pegando seu celular de volta ao lançar um olhar mortal a Alexandre, que sem muita opção soltou.

– Andem logo com isso. Eu só vim aqui pegar meu convite. - Falou Alex, apressando as meninas que ainda olhavam o jogo entusiasmadas.

Então logo Renata voltou ao pátio, trazendo as duas garotas para que pudesse distribuir os cartões-convites do grande Baile de Boas-Vindas. Eram cartões com um código que era lido por celulares e encaminharia a uma página com o endereço da festa, no dia do evento, se fosse colocado na devida página o nome correspondente àquele cartão que o enviou até lá.

Pois cada cartão era destinado a uma pessoa diferente, sendo específico dessa pessoa.

Alexandre foi o primeiro a pegar o seu e de seus amigos, saindo de perto do alvoroço formado ao redor das meninas do clube que anunciavam calmamente por um microfone o nome de quem Iria ser convidado, esperando que ele se aproximasse e pagasse seu cartão.

Jane estava ajudando desde cedo na organização daquele stand, esperando ansiosamente que no fim lhe dissessem que teriam um convite para ela. Afinal ela agora era parte do clube de dança.

Porém suas esperanças diminuíram quando percebeu que várias meninas do clube estavam sem convites ou certeza de que iam recebe-los e Renata fez questão de explicar que uma coisa não estava relacionada a outra.

Que elas estavam ajudando na organização somente porque Isadora era líder do clube de dança assim como também era da comissão de eventos, então elas acabavam envolvidas. Mas que nenhuma delas era obrigada a estar ali.

Isso não as fez saírem, pelo contrário, queriam mostrar eficiência o bastante para receber no fim, quem sabe, um convite também.

Então uma menina chamada Penélope foi anunciada pelo microfone, a garota se aproximou e pegou seu convite, saindo dali a pulos e gritos por ter sido chamada. Dizendo que ela nunca esperaria por isso, fazendo quase as organizadoras se arrependerem de a ter chamado.

Penélope se aproximou de suas duas outras amigas, agora morrendo de inveja por ela ter sido convidada e elas não, tentando se controlar e dizendo para que fossem no banheiro onde ela poderia se descabelar mais um pouco pela animação que sentia.

Por mais que ela fosse ter o endereço e um cartão para entrar, ela não tinha coragem de tramar para suas amigas conseguirem ir também, porque se descobrissem ela podia acabar nunca mais sendo chamada para nada.

Era um risco que ela não iria MESMO correr. Queria tanto ir nessa festa, comer e beber bem, dançar rodeada dos caras mais gatos e ricos da escola, ou do pais! Era tudo que ela podia sonhar.