Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 37
Chace nos fale um pouco sobre você!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo do nosso loirinho. Iremos nos aprofundar nele com o tempo xD



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Chace chegou atrasado no Instituto, sem a menor vontade de correr para sua empolgante primeira aula de geografia do ano.

Ele estava com muito sono quando apareceu na porta da sala e simplesmente procurou com os olhos, uma carteira vazia.

A sala estava mais cheia do que ele esperava para a primeira semana de aula. Todos, inclusive a professora de Geologia que dava a aula ali hoje, pararam por um momento enquanto olhavam surpresos o garoto a porta.

Ele estava acostumado com isso. Não ligava mesmo sobre ser o centro das atenções, não mais.

A sala estava cheia de telas projetando formações rochosas e constituições do solo enquanto a professora tentava voltar a sua linha de raciocínio, depois de vê-lo chegar.

Aquela era uma sala bem interativa, que dava para ser usada para várias aulas, de vários conteúdos.

O garoto só se sentou ao fundo enquanto deitava a cabeça na mesa e tirava uma soneca.

Só acordou quando a aula já tinha acabado e foi informado sobre isso com Alexander e Rômulo entrando na sala e sentando ali perto, para a aula de inglês que eles teriam ali agora.

A sala logo ficaria cheia, mas naquele momento, Alex só se sentava sobre uma mesa cutucando Chace para acorda-lo.

– Está vivo Chace?

O garoto levantou então a cabeça e olhou seus amigos. Rômulo também não tinha uma cara de muito inteiro naquele dia. Tinha se sentado atrás de Chace e se encostado na parede para descansar.

Vendo que Chace tinha levantado, Alex continuou:

– Ei Chace, não tinha te visto direito ainda, desde que a gente voltou de viagem você sumiu...

– Tive que resolver algumas coisas... - Dizia sonolento, como quem acaba de acordar.

– Sei, algumas coisas... - Disse Alex com sua cabeça e voz carregadas de pensamentos pervertidos. Então ele riu e continuou. - Ow, você me fez me passar por seu advogado aquele dia quando me ligou. Me deu o nome ridículo de Celso e ainda tive que ouvir o cara me chamar de querido. Acho que no mínimo, eu mereço uma explicação convincente do que você estava tramando com tudo isso...

Alex perguntou de uma dessas situações estranhas que ocorreu nas férias. Uma dessas que esses garotos se metem em planos mirabolantes que eles acabam criando para resolver seus problemas por si mesmos. Surpreendentemente, eles sempre acabam conseguindo fazer tudo isso muito bem e muito melhor do que o "jeito convencional" resolveria...

Por coincidência, aquele momento Chace olhou para a porta e viu Isadora entrar conversando com as amigas, quando ouviram uma voz familiar ao lado, que assustou os três garotos, que pularam como se acabassem de ser pegos fazendo o que não deviam:

– De acordo com as minhas pesquisas. Chace fez aquilo na loja da ilha para dar o troco, pelo o que o cara interesseiro fez com a Isa. Não que eu entenda o que isso quer dizer...

Eles três se viraram para trás e viram uma menina com os cabelos lisos e dourados cortinando seu rosto, enquanto se concentrava digitando em sua tela de celular que ficava em um cartão de vidro, que carregava na mão.

Era Ana e por mais que eles quisessem a olhar assustados, eles estavam realmente já acostumados em como isso, a presença dela em lugares que você nunca esperaria, acabou se tornando algo tão normal.

Ela se dizia uma boa repórter, ou cineastra, no fim.

Então Alex continuou olhando para Chace:

– Então o que isso quer dizer...?

– Um cara se aproveitou da Isa, enquanto ela estava bêbada em uma festa na ilha, para transar com ela, só porque ela é filha do senador Miranda.

– Se aproveitou? - Perguntou Alexander, pensando que era uma coisa mais séria.

– Talvez não exatamente... Eu tentei tirar ele de perto dela, mas ela simplesmente não me deu ouvidos naquele momento. E nem o idiota com ela... Então resolvi dar um jeito na mulher dele no outro dia.

Alexander olhou surpreso, como se ele não soubesse de nada dessa história. Olhou para a frente e Isadora conversava alegremente com suas amigas, sentadas em fileiras lá na frente.

Então ele olhou para trás e viu Ana, deitada na mesa, parecendo ter capotado de sono.

Estava parecendo que todo mundo estava com tanto sono por ali, todos seus amigos, que estava inevitavelmente dando sono nele também.

Cutucou o ombro de Ana Lúcia para acorda-la. Mas logo que ele apertou seu ombro uma vez, ela só disse:

– Fiquei sabendo que ela foi demitida. - Ela levantou uma mão ao ar e os dois meninos ficaram olhando sem entender porque ela tinha feito isso. Enquanto Rômulo só cochilava encostado na parede.

Então Chace parecendo entender, bateu na mão dela em um cumprimento, que a fez logo em seguida abaixar a mão e voltar ao seu estado imóvel, parecendo voltar a dormir.

Alex ia acorda-la de novo, cutucando-a mais uma vez, com um sorriso irritante no rosto, quando a garota com sua voz sonolenta só disse:

– Não se atreva a fazer isso de novo. – A sua voz estava tão profunda e ameaçadora que ele realmente não se atreveu.

Só se arrepiou e sorriu vendo o professor de inglês entrar, um cara todo londrino e meio gay.

Logo o professor pediu para que algum aluno lesse um certo texto, porém ninguém se propôs a leitura a não ser uma mão meio solicita demais durante as aulas, que no mesmo instante se levantou.

Era Dani. Ela começou a ler e quando falou:

– Who's THAT Sara?

O professor a mandou parar com um “para, para, para; está tudo errado!”. Falava fazendo um escarcéu como sempre fazia com tudo ao seu redor.

Dani sentiu seu rosto esquentar e não só por vergonha, mas por raiva desse professor. Como ele podia dizer que estava tudo errado? Ela só estava lendo.

Então ele continuou:

– Agora vocês já estão em uma fase que deveriam se dedicar para adquirir fluência. Fluência em inglês, significa intonação certa. Não é "who's THAT Sara?". Entenda o sentido da frase. A mulher dele o está perguntando enciumada quem é aquela garota que saiu de férias com ele naquele ano... Mostre ciúmes!

Então Alexander querendo zoar um pouco se propôs a ler dizendo que ele entendeu e sabia fazer isso:

– Who's that Sara? – Disse gritado com um sorriso no rosto. Porém achou que deveria soar melhor, então continuou. – Não, peraí. Tá errado isso.

– Se você sabe que está errado então por que falou? Você não está perguntando para a Sara. Você esta perguntando para seu marido!

– Eu sei como é. É assim: "who is that Sara, my dear?". – Chace entrou na discussão da aula.

Deu uma improvisada, ironizando a fala e arrancando uma exclamação de "excelente!" do professor, enquanto ele batia palma arrastando toda a sala a uma salva de palmas junto.

Alguns riram como Alex que se matava de rir, sem que realmente houvesse tanto motivo. Logo depois Alex parabenizou o amigo por ser tão bom ator.

Chace agradeceu sem parecer se constranger nem um pouco com a situação. Pelo contrário, só se divertia também junto com Alex.

Com isso a raiva de Dani só aumentava. Pensava de mal humor que aquele professor o tratava assim porque era um puxa-saco e porque ele era gay também! Não que ela fosse preconceituosa, pelo contrário, o professor que é!

Mais um certo tempo da aula se passou, quando Chace que parecia ter voltado a dormir, finalmente se levantou de sua carteira saindo sem falar nada, pela porta da sala.

Sua saída estranha, antes daquela aula acabar, indo para o intervalo mais cedo, atiçou inteiramente a curiosidade de Isadora, logo que o viu passando pela porta.

Sabia naquele momento que deveria ir atrás. Então se levantou para sair, porém com ela a reação do professor foi bem diferente:

– Onde pensa que vai, senhorita?

– Só vou no banheiro, professor Michael. - Ela inventou, tentando olhar pela porta, ainda só se preocupando em sair logo para não perder Chace de vista.

– Não. Sente-se aí. Já vai acabar a aula, no intervalo você poderá ir.

Isadora não pôde acreditar que ele lhe disse aquilo. Ela estreitou os olhos e em sua cabeça só se passou o pensamento de que "quem esse cara pensa que é, para querer impedir a ela de fazer alguma coisa?".

Então pensando rapidamente em uma ideia e ainda de pé falou:

– Desculpe, professor. Mas é que eu preciso mesmo ir, eu tenho... - Fez uma pausa, pensando no que deveria dizer. - Polifagia... – O professor assim como toda a sala permaneceram em silêncio. A garota pensou mais um pouco e então continuou. – E polidipsia... E sialorreia...

Michael a ficou olhando como se ela estivesse falando outra língua, então Isadora percebendo ter ganhado território, decidiu continuar tirando a placa de vidro transparente, que era o seu celular novo, do bolso.

– É sério. Se não acredita, eu poderia ligar para o meu pai para você perguntar. - Disse ela começando a discar. - É só que ele não gosta muito que incomodem ele esse horário... mas talvez ele não se importe tanto assim... Vai saber...

Então o professor se apressou a dizer para que ela fosse de uma vez nesse banheiro. Mas que fosse rápido, porque o sinal já estava indo bater e a aula iria acabar, em menos de quinze minutos.

Isadora disse com um sorriso enorme de vitória no rosto, que sabia disso.

E então saiu.


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