Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 21
Todos para fora!


Notas iniciais do capítulo

Que confusão que vai dar, pessoal. Confusão leva a confusão, lembrem-se disso. xD
E sim, Emilly é confusa por si só... Independente da situação que está metida...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433439/chapter/21

– Uau! – Disse Isadora lentamente olhando maravilhada a uma estante de uma loja do shopping.

Havia centenas de máscaras, extremamente detalhadas e dos mais diversos modelos que se puder imaginar. Olhou para trás tentando achar as garotas, mas não conseguiu avistá-las.

Saiu da loja e lá na frente estava Luana acenando para ela, indicando para se apressar.

As outras meninas estavam sentadas em uma das mesas da praça de alimentação pensando sobre qual dessas opções de celulite seria menos pior escolher, quando Isa viu lá no início do corredor, os meninos se aproximando.

A garota já iria começar a pular e acenar para eles, quando um monte de guardas apareceu também em sua visão e começaram a barrar todo mundo.

– O que está acontecendo? – Renata perguntou já um pouco desesperada.

Um guarda chegou ao lado delas e disse para elas se levantarem e sairem. As meninas estavam assustadas e chocadas o bastante para não se mexerem quando lhes foi pedido para sair. Então esse mesmo guarda pegou pelo braço a Isa fazendo-a se levantar.

– Ei, o que pensa que está fazendo? Você sabe com quem está falando?

– Vamos embora. – Emilly cortou o escândalo que iria acontecer se levantando primeiro, puxou o braço do policial para que soltasse de Isadora, saindo logo depois andando para longe dali.

Logo atrás dela ainda ia sem olhar para o caminho Ana Lúcia. Quando Isa as viu se afastar, imediatamente correu atrás junto de Luana e Renata.

– Mas o que está acontecendo? – Luana refez a retórica pergunta.

– Eu sei lá. Mas eu sempre quis dizer aquilo... – Isa agora já não mais assustada ria sozinha da situação.

Elas todas se encaminhavam para a saída, junto com todo o restante do shopping. Então não pareciam estar encrencadas, pensando assim Isa só achava graça da cara das pessoas de assustadas ao serem abordadas pelos policiais.

– Sabe? Eu tinha visto os meninos, bem naquela hora... Devem ter sido colocados para fora também... – Disse Isadora já mudando de assunto, procurando-os levantando a cabeça o máximo que podia.

– Eu nunca fui colocada para fora de um shopping, ou de lugar nenhum! – Renata constatou.

– Pois é! O meu currículo só está que fica cada vez maior... – Luana pensou animada.

– Não gosto desse tipo de experiência... – Renata ia dizendo quando Isa gritou apontando para um garoto deslumbrantemente bonito parado ao lado do conversível do Drauziu:

– Olha o Rô, ali!

As meninas olharam para eles e Renata levantou a cabeça também para ver se enxergava melhor entre a multidão que se formava do lado de fora do shopping. Ainda procurando disse:

– Não estou vendo o Chace.

– Nem eu... Por que o Chace não está com eles? – Isa se autoperguntou.

– Bom meninas. Foi um ótimo dia, mas agora eu já devia ir indo.

Emilly começou a se afastar acenando para elas.

– Como assim? Você não quer nem saber o que aconteceu com o shopping para colocarem a gente para fora desse jeito?

– Eu tenho certeza que vocês vão me contar sobre isso amanhã. – Virou-se uma última vez para Isadora enquanto falava do que ela tinha certeza que aconteceria amanhã, pois conhecia suas amigas muito bem... elas falariam disso por ainda muito tempo.

Quando então se afastava de costas, esbarrou em alguém. Sabia quem era sem ter necessidade de se virar. Mas querendo ou não teria que resolver isso, só não queria que fosse agora...

– Olá Mih. – Ele sorriu para ela quando Emilly se virou.

Ela olhou para ele por um instante. Tentou manter seus olhos nos dele, mas algo estranho, que normalmente não lhe ocorre, impedia que pudesse o encarar como deveria.

– É. Olá. – Acenou sem vontade.

– Estou tentando te ligar faz dias. O que aconteceu com seu celular?

A garota desviou o olhar para as amigas, estavam todas prestando atenção em sua conversa, só não querendo demostrar demais isso. Normalmente Emilly não liga, mas nesse momento não se sentia nem um pouco confortável com a audiência.

Sentia que ia perder a cabeça a qualquer momento. Disse a si mesma para se controlar, não é como se ela pudesse se dar o direito de agir ainda mais infatilmente. Não tinha para onde correr, literalmente. Mesmo se quisesse sair dali correndo e evitar isso como vinha fazendo, evitar isso por mais 100 anos.

Correr para um lugar novo, onde ninguém a conhecia. Onde nada disso daqui existia ou iria existir.

Ela não podia. Não há para onde ir. Estava tudo ali na sua frente e ela deveria resolver... Ou no mínimo cometer os mesmos erros de novo e de novo... Enquanto assisti tudo dando errado... Ela não tem o que fazer, tantos problemas que a obrigam a conviver que simplesmente não consegue ser razoável e pensar como lidar direito com nenhum deles.

Trancou os dentes, era forte o bastante para esconder o que precisasse. Seu rosto sereno como o céu da noite de Corumbá. Abriu os olhos, um novo pedaço se soltou dentro de si e então parecendo realmente entediada com a situação e só querendo que ela terminasse logo, disse a primeira coisa que pôde.

– Sem bateria. – Deu a ele um pequeno sorriso.

Ele a olhou sem entender. Era querer demais realmente entender a Emilly, sempre foi assim. Ele nunca sabia o que deveria fazer ou dizer para agrada-la. Nunca sabia o que ela queria.

Ela era realmente um desafio.

– Sabe que precisamos conversar, né?

– Claro.

Então ele se virou para as amigas de Emilly e disse a elas:

– Vou rouba-la de vocês um pouco. – Disse se afastando com o braço na cintura dela.

Mas agora? Ele queria conversar agora? No meio dessa confusão no estacionamento? Emilly não esperava por isso.

O pior que ela nem mesmo poderia usar esse argumento como desculpa, pois Rômulo foi com ela até um corredor que levava a uma entrada do shopping, a porta de vidro estava fechada, mas eles ficaram lá em frente a ela naquele corredor vazio. Não havia mais restígios da confusão ali.

Por que parece que só surgem mais e mais problemas, a todo minuto? Ela só pensava agora em “por favor não me diga aquilo”.

– Eu fiz alguma coisa? – Ele perguntou.

Ela não respondeu. Não sabia o que dizer, não era questão dela não querer perdê-lo, era só que ela não podia perdê-lo.

Não depois de tudo. Por mais difícil que fosse... Não iria perdê-lo também...

– Fiz alguma coisa errada Emilly? – Ele perguntou preocupado.

– Não. – A menina finalmente disse sorrindo para ele.

– Porque se eu fiz você pode me dizer e a gente da um jeito nisso...

– É claro. – Ela disse se aproximando dele.

– Então está tudo bem? Não quero te perder... Eu...

“Não, não diga...” Foi tudo que ela pode pensar antes de por precaução levar seus lábios até os dele.

Ela o beijou o surpreendendo, mas então ele imediatamente a puxou mais próxima, passando a mão por sua cintura enquanto uma outra mão entrava nos seus longos cabelos.

Ele inverteu a posição deles colocando-a na parede e então seus beijos se tornaram bem mais ardentes, as mãos dele desceram pela sua barriga alcançando a parte de baixo de sua blusa, procurando por sua pele. Ela apertava os dedos entre os cabelos dele.

E então quando ele já estava praticamente sem ar, se afastou um pouco antes de continuar qualquer coisa para dizer...

Tudo que ela não queria ouvir.

– Eu amo você, Emilly.

Foi então que ela sentiu a falta de ar ao seu redor.

Os olhos dela foram imediatamente para o chão. Ela respirou fundo e com muito esforço voltou a olha-lo.

– Eu estou cansada, eu vou para a casa agora. A gente se vê amanhã na escola. – Se afastando dele, sorriu.

Sorriu. Porque assim estaria tudo bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É só ele que não a entende? Acho que não, né?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Instituto Gore" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.