Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 50
Presentes de Natal


Notas iniciais do capítulo

SIM, EU ESTOU VIVA KKKKKKKKKKKKK' Perdão pela demora, amores, bloqueios são tensos e.e O clima na minha casa não anda um dos melhores e creio que esse tenha sido o motivo da minha demora, eu não tenho tido a paz necessária pra escrever quieta, o único momento que tive foi ontem e logo já o aproveitei para escrever, então não me matem e.e KKKK' QUE AS TRETAS COMECEM!

XOXO >> Angie *-*



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P.O.V: Alvo.

Eu amo os meus pais! Mas não só por serem os meus pais e sim por que Gina Potter, com o passar dos anos, se tornou a pessoa mais persuasiva que o mundo já conheceu, e, graças aos seus incríveis dotes que eu amaria ter herdado, ela convenceu Katherine a ir na festa de Natal da família.

Estou procurando ela por toda a parte, meus primos e primas vem todos em cima de mim, todos loucos para conversar, colocar o papo em dia como fazemos todo o Natal, mas não tenho paciência para isso. Inclusive, acabo de bater em Fred acidentalmente, a minha sorte é que meu primo tem um lado muito brincalhão, caso contrário eu seria o primeiro Potter a arrumar uma briga feia em plena véspera de Natal. Por mais que eu quisesse ouvir as histórias dele sobre como jogar Quadribol em Durmstrang é legal, meus olhos não param nem um mísero segundo, em desespero, até que a vejo.

Oh, santo Merlin, ela está linda. Não apenas linda, não... Linda não é suficiente para descrevê-la essa noite. Ela está deslumbrante.

As festas de Natal da família Potter-Weasley não era algo luxuoso, nenhum de nós via motivo algum para ser, porém, desde que Victoire nasceu, ela obrigou a todos que viessem muito bem arrumados. Uma desculpa idiota de garota para poder se maquiar, se vestir toda apertada em um vestido justo e se sentir bonita. Eu sempre achei estúpido, mas essa noite eu tenho vontade de abraça-la e agradecer por suas manias femininas.

Ela usa um vestido azul escuro com um tecido parecido com seda. Ele é tomara que caia, tem um decote leve e há uma tira grossa de brilhos emoldurando a linha de cima do decote e um broche com pedras bonitas um pouco abaixo dos seios, fazendo um tipo de plissado leve com o tecido e o ajustando em suas curvas. É longo, de forma que o destaque ali são o busto e o rosto. Um belo rosto. Os cabelos loiros estão rebeldes, ela usa a usual maquiagem preta, apenas um pouco mais intensa, destacado os olhos azuis elétricos. Os desejáveis lábios não tinham nada além de um brilho transparente, deixando que sua cor rosada natural se mostrasse.

Deslumbrante.

— Parece que alguém foi fisgado. — Fred me cutucou.

— Cala a boca. — resmunguei e roubei o hidromel de Ted, dando alguns bons goles antes de devolver sua taça basicamente vazia.

— Se seu pai ver isso... — ele caçoou.

— Ele não viu, e você não vai contar. Eu precisava desses goles. — ajeitei minha roupa e senti uma mão no ombro, olhei para o lado e vi Scorpius.

O maldito estava com o braço engessado. Ergui as sobrancelhas.

— Nem pergunte, você não vai querer saber. — ele riu brevemente. — Vai falar com ela?

Olhei para Katherine. Só agora percebo que ela está conversando com Jade. É bom, estava com medo de ela se sentir mal, sozinha, deslocada, e que acabasse indo embora.

— Preciso ter um motivo. — fiz uma careta ao constatar que não tinha nenhum.

— Chame-a para dançar! — Fred exclamou e eu rolei os olhos.

— Com que música, gênio? Eu amo a Molly, eu realmente amo, mas as músicas que ela escolheu para esse ano são ainda piores do que as do ano passado.

Está tocando Jingle Bells numa versão reggie.

— Eu cuido disso. — meu primo foi passando como um cortador de grama no meio da ruivice da família, ele logo chegou até onde Molly estava e eles discutiram brevemente, mas claro, Fred conseguiu. Ele sempre consegue. Ele faz acordos com toda a família, um manipulador nato. Ele e Hugo se dão bem, vai saber por que...

Logo ele fala no microfone.

— Boa noite família! Agora que eu estou no comando já podem começar a aproveitar música de verdade. — Molly lhe deu um tapa no ombro, nervosa, e Fred lhe mandou um beijo, começando a tocar uma música lenta.

Fiz um sinal com a cabeça o agradecendo e Scorpius me empurrou em direção a Katherine, depois dele, recebi um empurrão de James e logo depois de Lysander. Logo eu havia esbarrado na loira. Foi algo rápido, precisei segurá-la para que não caísse, de forma que puxei sua cintura e acabei colando nossos corpos sem querer.

— Alvo. — ela disse surpresa e vi suas bochechas ganhando um tom suavemente corado. — Feliz véspera de Natal...

Percebi Jade saindo de fininho e agradeci aos céus por isso.

— Feliz véspera de Natal. — repeti e a soltei devagar. — Você está... de tirar o fôlego. — falei meio baixo, como um segredo compartilhado só entre nós.

O tom rosado se intensificou e ela baixou o olhar, recuando um passo e sorrindo levemente.

— Obrigada, você também não está nada mal. — ela voltou a olhar para mim e bufou ao ver minha gravata. Sou péssimo com gravatas, ela sempre as colocava para mim.

Talvez o que veio a seguir tenha sido por querer, ou apenas um gesto induzido por hábitos antigos. Kath puxou meu paletó e ajeitou minha gravata em seguida, nem muito apertada e nem muito frouxa, exatamente como eu gostava. Fitei seu rosto enquanto ela consertava meus erros, mais precisamente seus olhos e lábios, principalmente os lábios...

Quando notou o que havia feito, ela se afastou lentamente.

— Tenha uma boa noite. — ela desejou e ia me dar as costas.

Eu não podia deixa-la ir. É a única chance que tenho em muito tempo!

Agarrei sua mão, tomando cuidado para tocá-la gentilmente.

— Hey... quer dançar? — pedi, procurando seus olhos e sabendo que ela não negaria se os encontrasse.

Por um instante eu consegui, seus olhos fixaram-se nos meus por longos instantes antes de ela desviar o olhar, suspirando e mordendo o lábio inferior...

... Como eu quero mordê-lo por ela...

— Alvo...

— Uma dança, Kath. Não vai matar. Em nome do espírito de Natal. — pedi, conseguindo finalmente não soar desesperado.

Ela ficou me olhando. Me senti em um júri no Ministério da Magia e ela era a juíza, a determinante se essa noite valeria ou não a pena.

Depois do que me pareceu uma eternidade, a loira cedeu.

Uma dança. Não mais do que isso. — ela disse rígida.

— Claro. — eu a puxei para o meio do salão, envolvendo sua cintura meio sem jeito enquanto ela colocava as mãos em meus ombros.

Imediatamente senti falta de quando ela enlaçava o meu pescoço e brincava com meus cabelos enquanto dançávamos. Ríamos, tão inocentes, sem saber que um dia estaríamos nessa posição.

Nem amigos, nem inimigos e nem amantes. Conhecidos apenas, afastados pelas circunstâncias.

— Como estão as coisas? — perguntei cuidadoso.

— Bem. — ela não queria assunto, não perguntou o mesmo nem por gentileza. Só dançaria comigo e depois sumiria pelo resto da festa. Eu precisava fazer isso durar.

Fiquei em silêncio por um tempo, tentando pensar no que falar, mas o que saiu da minha boca foi por puro impulso:

— Você e Sebastian...?

Ela bufou.

— Não é da sua conta, Alvo.

Essa doeu.

Realmente não é da minha conta, mas eu quero que seja.

— Kath... — comecei, pronunciando seu apelido com certo carinho. — Estou cansado. — murmurei.

Ela olhou para o meu rosto com isso, olhando no fundo de meus olhos como se tentasse descobrir aonde eu queria chegar. Fixei minhas mãos em sua cintura e a puxei para mais perto, notei como ela arfou e tentou disfarçar, como sua pele se arrepiou.

— Alvo. — seu tom foi de advertência, mas foi fraco.

Ponto meu.

— Escuta. — falei em seguida. — Eu não consigo fazer isso, Kath. Bandeira branca. — suspirei. — Eu não sei o que infernos está acontecendo, eu não sei por que você não pode dar uma chance para o que poderíamos ser, mas eu não me importo. Não me importo em saber, não me importo de não poder te beijar mesmo com cada átomo do meu corpo insistindo e implorando por isso; eu só não posso mais passar por você nos corredores e tentar fingir que te odeio. Ver você com ele e não poder sequer reclamar de ciúmes depois. Ver que está mal e não poder te consolar. — notei os olhos dela marejando suavemente, mas ela se controlava e não tentava sair dos meus braços, ela queria ouvir. — Podemos ser amigos? Só amigos, eu prometo não tentar nada, eu prometo o que você quiser se me desculpar por ter insistido tanto. Você sabe bem como é difícil engolir o meu orgulho, mas também sabe que eu sempre fui o elo mais fraco nessas situações. Por favor, Kath.

Era isso então. Se a sinceridade não funcionasse, nada iria funcionar. Era o ápice do meu desespero, minha última cartada.

Ela ficou em silêncio por um tempo e parou de se mexer, eu sentia os olhares dos meus primos em minha nuca, sabia que estavam se perguntando o que estaria acontecendo.

— Eu te odeio, Alvo Potter. — apesar da frase, um suave sorriso brotou em seus lábios.

Suspirei aliviado, sentindo como se o peso do mundo fosse arrancado dos meus ombros.

— Você bem que queria. — sorri de volta e senti as mãos dela subindo para o meu pescoço.

— Odeio como consegue fazer com que eu não te odeie. É irritante. Amigos, então.

Beijei sua testa, a abraçando, aliviado e feliz. Esse é o melhor Natal que eu poderia ter.

— Amigos. — concordei.

***

P.O.V: Scorpius.

Fiquei feliz por Alvo, ele é um cara legal, tenho a sensação de que ele e Katherine vão acabar juntos uma hora ou outra. Alguns casais são inevitáveis, afinal...

Olhei para Rose. Ela havia acabado de sair do banheiro, era a única na festa que usava preto em plena véspera de Natal, e para mim, a mais bonita.

Ela sorriu para mim e se aproximou animada.

— Faltam apenas quinze minutos para a meia noite. — ela envolveu meu pescoço e passei um braço em sua cintura, até por que o outro está incapacitado graças a bunda dela.

— Nem fala, eu queria que esse feriado durasse mais. — bufei, acariciando suas costas.

— Com você ama estudar, imagino que sim. — ela ironizou.

— Não é isso, não poderemos mais dormir juntos.

Ela corou arduamente e tampou a minha boca.

— Fala baixo! — ela fez aquela coisa de gritar num sussurro e eu sorri.

— Vergonha de alguém pensar coisas erradas, Rosie? Bem que você gostaria que tivesse mesmo acontecido... — murmurei perto de seu ouvido e ela empurrou o meu peito.

— Não no Natal, Malfoy. Se controle. — ela parecia irritada, mas estava corada, era difícil leva-la a sério.

Decidi que daria uma trégua em nome do Natal.

— Tudo bem. — beijei sua testa.

Eu ia convidá-la para dançar quando vi Dominique de longe. Vestida tipicamente com seu vestido curto colado. Ela tinha um olhar de fúria sobre mim e constatei que aquela dança ficaria para outra hora.

Eu não posso mais fazer isso com Rose, preciso quebrar o acordo com Dominique. Eu não posso mais negar... eu estou sim apaixonado por essa ruiva irritante. Por seu jeito desastrado, nada sutil e meio histérico. Por esses olhos que mudam de cor de acordo com a luz. Por suas carícias... Eu nunca havia sequer experimentado algo assim. Esse sentimento... nunca pensei que fosse cair nele dessa forma, e principalmente não por ela.

Mas aqui estou eu, um idiota apaixonado. Depois de tanto negar, de me convencer que ela merecia isso, eu dou a bandeira branca. Não posso mais olhar para ela e arrumar motivos invisíveis para machucá-la, eu não quero mais. Me doía só de pensar nela como no dia do armário de vassouras, chorando, tão triste...

— Scorp? — Rose me chamou.

Olhei para ela e sorri.

— Quer um suco de abóbora? Vou te deixar colocar o papo em dia com suas primas.

Ela me olhou desconfiada. Estou numa área arriscada, Rose conhece meus blefes. Ela está assim desde quando quebrou meu braço, três dias atrás. Seus olhos astutos parecem querer olhar dentro de minha alma.

— Claro. — ela sorriu de volta depois de um tempo, deixando passar. — Volte logo.

Assenti e lhe dei um selinho, me desvencilhando dela e indo para a mesa de bebidas. Peguei um suco de abóbora e depois saí de vista, sabia que se Dominique me visse iria me encontrar do lado de fora, e foi assim que ela fez.

Ela agarrou o colarinho da minha camisa e me olhou com ódio.

— Filho da mãe, está apaixonado por ela, não está?!

Soltei as mãos dela de mim, já irritado.

— Não posso seguir com o plano, Dominique.

Seus olhos faiscaram e ela socou o meu peito.

— Imbecil, estúpido, Malfoy!

— Não há por que seguir com isso! Ela sequer te irrita mais! Está ocupada com outras coisas, deixe ela em paz! — tentei fazer de tudo para manter um tom de voz meio baixo, não queríamos plateia.

— Infernos que não! — ela me empurrou e depois colocou o dedo indicador basicamente na minha cara. — Escute aqui, Scorpius, se você não está comigo, está contra mim. E nós dois sabemos que eu tenho o que usar contra você. Se não me ajudar, cairá com ela, e cairá bem mais fundo. — ela ameaçou com a voz mortal.

Mas bem, eu sou um sonserino e um Malfoy, não vou abaixar a minha cabeça. Lhe dei o meu pior olhar e ela se afastou um pouco, mas não perdeu a pose.

— Se fizer qualquer coisa contra ela, é você quem vai cair, Dominique.

— Eu não sou ela, Scorpius. Você não me quer como inimiga, eu não jogo com bonequinhas e bolinhas de papel.

— Muito menos eu. — fiz questão de não soar ameaçador, não, eu não preciso ameaçar, somente avisar.

Ela sorriu torto por alguma razão, e antes que eu pudesse notar, ela agarrou o meu rosto com as duas mãos e me beijou. Senti nojo, mas estava tão surpreso que não a afastei de início, e quando tentei, ela se afastou antes e falou em meu ouvido:

— Esse é só um gostinho de como eu posso te arruinar, Scorp. Considere um presente de Natal. — em seguida ela me empurrou e se virou de costas para mim, foi quando eu vi.

Rose.

Ela estava parada na porta do cerimonial, tinha uma expressão chocada. Dominique passou por ela enquanto eu tinha os pés grudados no chão de pânico, vi que ela sussurrou algo para a ruiva. Rose fechou os olhos e os punhos, com raiva. Dominique apenas riu e passou por ela, entrando de novo rebolando.

— Rose... — eu quase gaguejei o nome dela.

O sinal para a meia noite soou e ouvimos as comemorações da família dentro do cerimonial, mas Rose, minha Rose, apenas me olhou com dor e olhos marejados antes de aparatar.

Esse é, definitivamente, o pior Natal da minha vida.


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Notas finais do capítulo

DOMI IS BACK, BITCHES! E ELA CHEGA COM TUDO KKKKKKKKKKKKKKKK' Ayn, eu tenho que admitir, eu gosto de finais tretosos e.e Eu vou tentar não demorar para postar o próximo, ok??? Essa semana a minha vida vai ficar meio corrida, mas se eu tiver sorte, terei paz pra escrever o outro hehehe' No mas feriado, o próximo capítulo se passará em Hogwarts! Alguém ai se lembra do Lou? Não vimos ele aqui na festinha de Natal, ele perdeu um baita show, será que o nosso amiguinho tá bem? hehe' vereeeeemos!

E essa reconciliação Al x Kath?? Vocês acham que vai durar?? QUEM MAIS SHIPPA?? O//

XOXO >> Angie *-*

P.S: Um agradecimento a todas as leitoras lindas, divas e incríveis que nunca deixam de comentar mesmo com esses meus surtos de sumiços! Cês são muito tops cara, de boa! *o* s2



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