Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 44
Feriado de Natal Parte 2


Notas iniciais do capítulo

HEEEEELLOOO POTTERHEADS! HEHE' Genteee, dessa vez eu demorei, mas não foi por falta de inspiração, mas sim de tempo! Os professores começaram a tacar um monte de provas e trabalhos, no meio disso eu também tenho outras fics, então foi difícil arrumar tempo para escrever! Tanto que esse capítulo eu fiz quase inteiro em sala de aula KKK' Enfim, no capítulo passado tivemos sete comentários *-* Pessoas, faltam só vinte e um comentários para o bônus! SE VOCÊS COMENTAREM, VOCÊS GANHAM DOIS CAPS NO MESMO DIA! *O* Oía que lindo, né???? HEHEHE' Eu estou ansiosa para esse bônus, ainda estou pensando sobre quem vai ser!

Mas chega de pensar né, borá pro capítulo! Esse daqui tá meio dark só pra matar os shippers Kath + Al (admito e.e), mas eu prometo que no próximo teremos mais humor para vocês! Espero que gostem!

XOXO>> Angie *-*



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P.O.V: Jade.

Pela primeira vez desde que perdi meus pais, eu sinto a dor do silêncio e da solidão. Nas últimas semanas, Rose, Lily e James têm ocupado a minha mente. Mesmo na hora de dormir eu caía no sono rapidamente após quase uma hora conversando sem parar com uma das duas.

Agora, sozinha em um quarto exclusivo da mansão dos Potter, eu senti todas as semanas do luto esquecido destroçando e destruindo meu coração. Antes que eu pudesse notar, as lágrimas silenciosas irrompiam de meus olhos e molhavam o travesseiro.

A antiga cicatriz do buraco da perda era reaberta lentamente, tortuosamente, me fazendo ter cada vez mais vontade de arrancar meu coração. Os gritos de dor ficaram presos em minha garganta à medida que eu percebia o quanto eu perdi. O quanto era irrecuperável. Uma única noite, um único momento arrancou de mim duas partes insubstituíveis de minha vida.

Eu estava a ponto de gritar, sentia a dor deslizando em minha garganta, mas então batidas suaves soaram na porta.

Eu não teria sequer notado elas se não fosse pela voz que ouvi em seguida:

— Jade?

Era a voz de James, melodiosa; foi como uma luz em meio a tanta escuridão.

Contive um soluço e me sentei na cama, tentando secar as lágrimas e me controlar o suficiente para manda-lo embora. Foi então que notei o seguinte: eu não queria manda-lo embora. Pelo contrário, precisava dele mais do que nunca.

Antes que eu pudesse me impedir eu já andava em direção a porta, cambaleando. Agarrei a maçaneta e a girei sem hesitar.

— Jade, eu sinto tanto, eu... — James começou a dizer, desesperado, mas não o deixei terminar.

Joguei-me em seus braços, irrompendo em soluços assim que senti seu calor me envolvendo enquanto que ele retribuía o abraço.

James não fez perguntas, ele apenas me conduziu para dentro do quarto, fechando e trancando a porta atrás de nós antes de me levar para a cama. A partir desse momento ele só me abraçou, me fez carícias e ficou em silêncio até os soluços e as lágrimas irem embora.

Eu estava aconchegada em seu peito, seus dedos trilhavam um caminho carinhoso de meus braços para as minhas costas, às vezes indo para o meu cabelo.

Decidi que ele merecia ao menos uma explicação:

— É a primeira vez que fico realmente sozinha desde a morte dos meus pais. — murmurei, brincando com os botões de sua camisa. — Parece que eu estava trancando toda a dor para mais tarde, todas as preocupações, e elas finalmente chegaram. O que farei sem eles, James? Agora eu estou em Hogwarts, mas ano que vem é o último ano.... Para onde vou em seguida? Eu não tenho casa. Estou sozinha. — as lágrimas molharam meus olhos novamente.

Senti ele suspirar, seu peito subiu e desceu lentamente.

— Você nunca vai estar sozinha, Jade. Você tem a mim, Rose, Lily e até Scorpius. Quando sair de Hogwarts não vamos te desamparar. — Sua voz soou calma, reconfortante e gentil.

Eu queria discutir, debater e dizer que poderíamos terminar e perder contato. Entretanto, não pude soltar uma única palavra. Talvez porque a versão dele me parece mil vezes melhor, talvez porque apenas soe como um escape tentador, não sei dizer. Eu precisava daquelas palavras, daquela voz, daquele calor...

Enrolei os dedos em sua camisa, erguendo o olhar para ele.

— Acredita mesmo nisso?

Eu tremi com a possibilidade de ver a mentira naqueles olhos, de me deparar com algo como pena; porém, eu vi carinho e determinação, uma calma acolhedora e suave.

— Com tudo de mim. — ele sussurrou, se inclinando para beijar a minha testa. Seus lábios macios me fizeram relaxar.

Eu me senti querida e amada. A solidão pareceu ir se tornando cada vez mais distante até que meus batimentos cardíacos tiveram outro motivo para se acelerarem — paixão.

Essa é a hora em que não posso negar que James acorda o melhor de mim, e isso acontece mesmo nas horas mais escuras. Suspirei e mergulhei os dedos nos fios escuros de seus cabelos, me inclinando para pressionar os lábios nos dele levemente em um selinho demorado.

— Está perdoado, aliás. — murmurei ao me afastar, encostando a testa na dele e fechando os olhos. — Obrigada, por ficar comigo.

Senti seus dedos tocarem o meu rosto, acariciando e deixando uma trilha sutil de eletricidade por minha pele, uma sensação gostosa. Isso me fez inclinar um pouco o rosto em direção a sua mão, buscando por mais.

— Enquanto me quiser aqui, eu não vou te deixar. — eu senti o tom da promessa em sua fala e não exatamente gostei. Ele não sabe se pode cumprir isso.

Mas bem, não importa. Eu honestamente não poderia pedir por mais essa noite.

Eu não estou mais sozinha, afinal...

P.O.V: Alvo.

Nunca pensei que fosse possível sentir tanto a falta de uma pessoa. Eu havia chegado à conclusão de que o feriado seria mais suportável, porém, acho que nunca estive tão errado. Não ver Katherine, não tê-la por perto, parece ter feito a ferida apenas aumentar. Nunca pensei que poderia ser tão difícil esquecer alguém, apesar de que uma parte de mim saber que nunca poderia esquecê-la, outra parte esperava que fosse possível.

Talvez essa dor seja natural... Afinal, eu perdi uma melhor amiga e uma paixão ao mesmo tempo; ou então eu posso estar sendo dramático, não há como saber, a dor age tão intensamente que não me permite pensar.

Suspirei e me levantei, vendo que o sol já começava a iluminar o céu. Me apoiei na janela, deixando meus olhos apreciarem o verdadeiro show de cores que começava. Se eu não tivesse sido tão idiota a ponto de mostrar o que sinto, ainda a teria perto de mim... Aqueles olhos, aquele sorriso acompanhado de sua melodiosa risada...

— Droga. — murmurei ao sentir meus olhos marejarem pela quinta vez naquela madrugada.

Estar com ela é difícil, sem ela é insuportável...

Depois de mais meia hora me martirizando, eu resolvi que pensar só me trazia mais dor e confusão. Desci as escadas e encontrei a luz da cozinha acesa.

Franzi o cenho e me aproximei, reconhecendo as silhuetas do meu pai e de Lily. Os dois dividiam um pote de sorvete e conversavam baixinho. Um sorriso suave brotou em meu rosto e me aproximei, pensando que essa distração seria bem-vinda.

Os olhos de meu pai encontraram os meus assim que pisei na cozinha.

— Ninguém dorme nessa casa? — brinquei.

— Aparentemente não, já que o quarto do seu irmão também está vazio e a porta de Jade trancada... Vai se juntar a nós? — ele indagou e Lily me ofereceu uma colher, a qual eu aceitei sem hesitar, já puxando uma cadeira para o lado esquerdo do meu pai.

— Por que estão acordados? — perguntei.

— Caso importante. — meu pai se explicou.

Ele nunca dormia bem quando havia algo sério demais rolando no Ministério. O termo “importante” também significa confidencial, ou seja, nem adianta questionar. Olhei para Lily em expectativa.

— Insônia. — foi tudo o que ela disse antes de dar outra colherada no sorvete.

Também peguei um pouco do sorvete, logo sentindo o gosto de creme ao provar.

— E qual é a sua desculpa? — meu pai indagou.

— Coração partido. — Lily respondeu por mim.

A fuzilei com o olhar, prestes a jogar na mesa o casinho que ela anda tendo com Hugo, porém, notei que seria injusto demais descontar assim, então apenas me mantive em silêncio e dei outra colherada no sorvete.

Meu pai ergueu uma sobrancelha como se perguntasse quem seria o motivo do meu aparente “coração partido”.

— Katherine. — ela respondeu outra vez.

Meu pai tomou ar profundamente, me dando tapinhas solidários nas costas.

— Nenhuma dor é eterna, filho. Eu te garanto.

— Essa parece ser. — bufei, pegando uma colherada maior de sorvete.

— Você está pior do que qualquer mulher na TPM. — Lily disse, me fazendo fuzilá-la novamente.

— Lily. — meu pai advertiu, contendo uma risada.

— O quê?! É verdade! E você quer rir.

Ele ia até argumentar, mas acabou soltando alguns risinhos. Afastei-me dele resmungando.

— Mamãe tende a me defender melhor. — falei com uma carranca.

— O que tem eu? — a voz de minha mãe veio da escada.

Os cabelos ruivos no exato mesmo tom que os de Lily estavam puxados para trás em um coque frouxo e ela trajava um robe azul escuro para se esquentar.

— Você me defende melhor do que o papai. — expliquei.

— Eu faço tudo melhor do que o seu pai. — ela brincou com um sorriso torto, se sentando entre mim e o meu pai.

Lily gargalhou brevemente, engasgando com o sorvete. Meu pai apenas sorriu levemente e deu um selinho em minha mãe.

— Qual o seu motivo para estar acordada? — Lily indagou.

— Não consigo mais dormir sem alguém na cama. — ela olhou para papai, o qual apenas a entregou a colher para tomar sorvete. — E vocês?

— Papai está preocupado com o trabalho, eu estou com insônia e Alvo está com o coração partido pois Katherine não corresponde os sentimentos dele. — fuzilei minha irmã pela terceira vez e ela deu de ombros. — O quê? Ela ia saber de qualquer forma.

Bufei alto e puxei o pote de sorvete só para mim, fazendo Lily soltar um muxoxo em consequência.

— Ah, Al. — minha mãe puxou a cadeira para ficar mais perto de mim e me abraçou. — Ela te deu um pé na bunda?

Apenas soltei um som frustrado.

— Você é ainda pior do que ele! — exclamei e os três riram da minha cara.

Senti os dedos de minha mãe acariciando meus cabelos e bufei novamente. Ela beijou minha bochecha.

— É difícil, eu sei. Parece o fim do mundo, eu também sei, mas não é. Ok? Vai passar. Amores vem e vão, amigos também, é comum. — ela disse agora mais séria e carinhosa. — Logo vamos estar em conjunto com seus primos e aposto que nem vai mais se lembrar disso. James me contou que fizeram amizade com Scorpius, é verdade? — apenas assenti novamente. — Então, é mais um para tirar a sua mente disso. Tente se distrair, vai ver que logo vai passar.

Se ela soubesse o quão longe eu fui para uma distração... Só espero que Neville não apareça com Alice, certamente seria uma situação extremamente embaraçosa.

De qualquer forma, meus pais estão certos. Nenhuma dor dura para sempre, é quase um rito de passagem para um adolescente ter seu coração partido. Ainda assim, pensar dessa forma não parece diminuir a dor; talvez eu possa mesmo dar um tempo nisso quando estiver com todos. Scorpius sabe bem como festejar e esquecer algumas coisas, se eu puder contar com a ajuda dele...

É, está decidido: eu vou dar um jeito de tirar Katherine da minha cabeça. Devolvi o sorvete a eles dizendo algo sobre ir dormir e corri para o meu quarto. Eu me sentei perto de minha escrivaninha e comecei a escrever...

“Doninha jr, eu realmente preciso dar outra esfriada na cabeça e James aparentemente está nas linhas com Jade novamente, então não sei se ele está dentro ou não, mas esse Natal precisa ser diferente. Posso contar com você ou a Rose já te enfiou na coleira?

É bom me responder antes do entardecer,

Alvo”

Eu estava prestes a mandar a minha coruja, Rusty, quando percebi um movimento logo abaixo da minha janela.

Assim que me inclinei para olhar eu imaginava tudo, menos aquilo. Eu poderia seriamente prever um troll ou até Merlin no meu jardim, mas com certeza não uma certa loira.

Ela estava encolhida em suas roupas de inverno e andava de um lado para o outro como se pensasse no que fazer, assim que ela olhou para a minha janela e me viu, seu corpo paralisou. Senti meu coração se acelerar ao fitar novamente aqueles olhos azuis, o meu medo de que aquilo fosse uma alucinação era tão grande que sequer me atrevi piscar.

Depois de alguns instantes, eu abri a janela.

— O que... Hm... O que você....? — eu nem conseguia formular uma frase decente!

Ela corou mesmo no frio, baixando o olhar antes de erguê-lo novamente.

— É só que... eu já havia comprado o seu presente de Natal... então... — ela disse, tão atrapalhada quanto eu.

Fiz um sinal para que ela esperasse e tropecei até o meu guarda-roupa, pegando uma calça jeans qualquer, um tênis e um casaco antes de correr escadas abaixo e porta afora. Duvido que meus pais ou Lily sequer me viram.

Quando cheguei no jardim a vi ali, parada a uma distância tão pequena... Droga, aqui estou eu novamente, preso entre o céu e o inferno.

É absolutamente incrível, eu decido tomar uma atitude para esquecê-la e ela apenas salta novamente para a minha vida. Me deixa sem fala, sem ação ou atitude...

Maldita paixão.


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Notas finais do capítulo

Palpites sobre Al e Kath?? KKK' Spoiler do próximo capítulo: voltaremos a casa dos Weasley, e talvez não voltemos sozinhos.... e.e Eu vou tentar postar novamente nesse feriado, já que estarei livre, mas não posso prometer nada! Comentem o que acharam e o que esperam do próximo capítulo!

XOXO >> Angie *-*



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