Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 43
As coisas esquentam...


Notas iniciais do capítulo

HELLO POTTERHEADS! Olha eu aqui de novo com um capítulo fresquinho pra vocês :3 Cara, eu AMEI escrever esse capítulo KKKKK' Não só por que "as coisas esquentam", mas por que eu realmente gostei de colocar uma pitada de humor! Gente, quero agradecer a quem tem comentado, vocês realmente me incentivam, obrigada >< Pra quem estava louco para ver algo mais quente, eu vou avisando... essa ceninha ai é só a primeira, viu? KKK'

Boa leitura, amores!

XOXO >> Angie *--*



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P.O.V: Scorpius.

Um medo irracional estava começando a me tomar a respeito desse feriado. Começamos completamente com o pé esquerdo, apesar de Ronald ter mostrado que “tentaria” não me matar, eu não estava tão confiante assim.

Quando o assunto “sexual” começou a rolar no carro, eu juro que tive um mini ataque cardíaco com a reação da Rose. Eu já estava apavorado, mas por algum motivo eu entrei em pânico quando ela soltou a minha mão.

Por sorte, o resto do caminho foi em um silêncio quase mortal. Quando chegamos, fui ajudar Rose com as malas e perguntei aonde era o meu quarto. Não sei porque me surpreendi ao ver que ele era no fim do corredor, bem longe do dela, eu deveria ter previsto. Não é como se fossem nos deixar dormir na mesma cama.

Não que eu tenha pensado em dormir na mesma cama que ela...

Apenas talvez.

— Rose. — a chamei assim que nós entramos no quarto dela (com a porta aberta, claro).

— Hm? — ela indagou meio avoada, ou melhor, se fazendo de avoada enquanto tirava algumas roupas de sua mala.

Suspirei e andei devagar até ela, meio hesitante se deveria mesmo me aproximar ou não.

Eu nunca tive esses problemas de namorados. A verdade é que não sei lidar com eles. Na maioria das vezes era só beijar por um tempo e largar, talvez rolassem algumas preliminares, mas nunca houve envolvimento emocional. Agora eu acho que entendo todo o alvoroço dos caras no namoro. Eu sempre soube dizer cada emoção que se passasse no rosto dela, mas nesse momento eu não sei dizer se ela está com raiva, desapontada ou prestes a terminar comigo.

Todas as opções me deixam muito desconfortável.

Não saber o que ela pensa está me matando, uma morte muito lenta e angustiante.

— Diz alguma coisa. — pedi frustrado e me joguei em sua cama, me sentando nela.

Nesse momento eu me permiti olhar em volta. O quarto era em tons de branco e bege, sua cama de solteiro estava forrada com uma colcha vermelha fofa. Ao lado da cama havia uma escrivaninha de madeira, então uma janela, o guarda-roupa de três portas encostado a parede, pufs (um vermelho, um preto e um rosa), uma estante com livros diferenciados, objetos, e um espelho grande cheio de fotos de família. Era bem informal, meio que a cara dela.

Ela se virou para mim, o sol que vinha da janela batia em seu rosto, iluminando os olhos castanho-esverdeados e os deixando claros, num verde cinzento. Um suspiro entrepassou seus lábios e ela se aproximou, enterrando os dedos nos fios de meus cabelos.

— O que quer que eu diga?

— A verdade sobre o que está sentindo. — pedi.

Ela inclinou um pouco a cabeça para o lado, uma mexa ruiva e ondulada de seu cabelo caiu em seu rosto nesse momento, suavemente. Ela me avaliou por um momento antes de responder:

— Eu fiquei surpresa na hora, mas está passando. Não esperava cinco. Nunca dei muita bola para os rumores sobre você, mas acho que nem todos eram apenas rumores.

A forma como ela disse, soando tão decepcionada, fez uma pontada de culpa me atingir.

Eu poderia estar ficando louco, já que algo extremamente assustador está acontecendo: eu quero ser digno dela.

Rose é inteligente, muito bonita, responsável, esperta, sincera, divertida... Ela desperta o melhor em mim. Um Scorpius diferente, não da água para o vinho, mas alguém melhor. Alguém que não leva detenções três vezes na semana e alguém que quer impressionar de uma maneira boa.

Droga, ela está acabando comigo aos poucos e nem se dá conta disso.

Suspirei pesadamente e peguei a mão dela, dando um breve beijo em seus dedos antes de erguer meu olhar para o dela.

— Me desculpa?

Um sorriso ligeiro brotou em seus lábios e ela se sentou no meu colo, ficando com o rosto próximo ao meu.

— Scorpius, eu não espero que o seu passado seja o melhor de todos, eu te conheço há muito tempo. Claro que vão ter umas coisas que podem me surpreender, mas passado é passado. As coisas mudam, as pessoas mudam. Eu sei que você não é o mesmo de antes. Não precisa se desculpar por algo que já passou.

Um alívio surreal me tomou com suas palavras. Ela não estava brava. Provavelmente não terminaria comigo por hora.

— Mesmo? — perguntei só para ter certeza.

— Mesmo. — ela confirmou decidida, dando um beijo estalado em minha bochecha antes de se levantar. — Agora levanta essa bunda daí e me ajude com isso! Acha mesmo que vai ficar só olhando?

Eu ri e me levantei para ajudá-la.

Enquanto dobrávamos as roupas e brincávamos um pouco (principalmente quando as peças íntimas entraram no meio), eu notei algo que certamente vai me ferrar muito: Rose Weasley é especial. Em sua própria forma de ser, ela apenas é. Única. Eu provavelmente nunca acharia uma garota como ela.

Me livrei desses pensamentos e me deixei aproveitar o tempo com ela, o qual aliás durou bem pouco já que logo Hermione subiu e disse que eu deveria desfazer as minhas malas também, o que eu fiz.

Eu fiquei na sala com Rose. Sentamos juntos em uma poltrona e Ronald na outra. Tentei passar um braço sobre os ombros dela, mas ele me olhou feio e achei que como eu não queria morrer, seria melhor deixar as minhas mãos longe da garotinha dele.

A ruiva, porém, parece ter um insano desejo masoquista, já que ela mesma pegou o meu braço a passou a volta de si, apoiando a cabeça no meu ombro. Ela mandou um olhar feio para o pai e eles ficaram nessa disputa de “eu dou mais medo” por uns quinze minutos até Hermione se sentar.

E foi ai que começou...

— Scorpius, então, ano que vem é o último ano dos dois. — Hermione começou e eu assenti. — O que você quer ser?

— Curandeiro. — respondi sem hesitar.

Desde pequeno eu quis ajudar pessoas. Já pensei em ser auror, mas quando prestei mais atenção nos curandeiros, eu pensei: por que não?

— É uma ótima profissão. — Hermione sorriu e eu assenti.

— Você tem notas para isso? — Ronald indagou e suspirei.

Será que ele acha mesmo que eu sou totalmente burro ou algo assim?

— Scorpius tem ótimas notas, pai. Ele só não se comportava muito bem. — Rose me defendeu.

Sorri levemente para ela e ela sorriu de volta.

— E onde pretende se formar totalmente? — Ronald indagou.

— Não tenho certeza, mas ouvi sobre uma boa instituição em Los Angeles, meu pai queria que eu estudasse lá. — contei.

— Hm... — ele pareceu pensar, mas ficou quieto.

Hermione logo mudou de assunto, falando sobre Rose e a sua vontade de seguir a carreira de escritora, se não isso, ela quer ser jornalista. Ela contou sobre se formar aqui mesmo, na Inglaterra, já que não suportaria deixar totalmente os pais por mais de alguns meses.

Depois de tanta conversa, acabou que ficou realmente tarde e fomos todos dormir. Me despedi de Rose no corredor. A intenção era dar um selinho e ir dormir, mas com os pais dela já no quarto deles, a coisa acabou esquentando mais do que deveria.

Ela me puxou para mais perto e sua língua traçou um movimento quente e lento em minha boca. Meu corpo chegou a estremecer levemente enquanto eu apertava minhas mãos em sua cintura. Seus lábios eram doces, quentes e estavam de tirando a razão como o beijo de uma garota nunca tirou antes. Eu deveria parar o beijo, já que há o perigo de alguém nos pegar a qualquer momento, mas a razão já não me domina mais. Rose Weasley pode ser malditamente sexy quando quer ser.

Ela desceu os lábios, tirando-os dos meus e os descendo pela minha mandíbula e então para o meu pescoço. Arfei, apertando sua cintura novamente. Seus lábios eram viciantes de uma forma impossível.

Sem poder me segurar a esse ponto e sentindo o meu corpo tão quente que poderia ser diagnosticado com uma febre de 40 graus, a coloquei contra a parede e voltei a beijá-la, dedilhando por dentro de sua blusa e sentindo ela se arrepiar.

Ouvimos um ranger nas escadas e pulamos um para longe do outro, só para constatar que na verdade era apenas Hugo indo dormir.

Bufei frustrado e olhei para Rose. Ela estava extremamente corada.

— Se fosse o papai... — Hugo provoca e Rose rola os olhos.

Em seguida ele entrou no quarto e Rose se aproximou de mim novamente, mas a afastei.

— Acho melhor irmos dormir.

Ela corou ainda mais com isso e apenas assentiu, beijando a minha bochecha.

— Boa noite.

— Boa noite, pimenta. — sorrio levemente para ela e vou apressado para o meu quarto, suspirando ao entrar lá.

Isso não está certo. Algo não está certo.

Essa sensação continua crescendo... Droga, eu estou me envolvendo emocionalmente. Eu não posso me envolver. Principalmente não agora... Em algumas semanas eu e Rose completaremos um mês de namoro, então Dominique vai me obrigar a terminar com ela. Eu não posso estar envolvido até lá, eu preciso me afastar dela emocionalmente sem que ela note... mas eu não quero. Não mais.

Merda, isso está ferrando a minha cabeça!

Me troquei, vestindo uma calça de moletom e não me importando em procurar uma camisa. Em seguida me joguei na cama frustrado.

Preciso continuar com o plano, preciso...

Batidas na minha porta interrompem meus pensamentos e olho em sua direção, vendo a maçaneta se mover devagar.

Eu já ia pegar a minha varinha para fugir de um possível avada de Ronald, mas vejo a silhueta curvilínea de Rose adentrando o quarto devagar.

E por Merlin... ela está vestindo um baby-doll minúsculo, preto, de cetim.

Perdi o ar por um momento, observando enquanto ela fechava a porta novamente e andava em passos lentos até a minha cama.

— Rose...

— Me deixa dormir com você? — ela se sentou na beirada da minha cama, passando os olhos rapidamente pelo meu abdômen. Estava um pimentão de tão corada.

Pisquei totalmente perplexo e depois bufei frustrado, me sentindo a beira de um abismo.

Puxei sua cintura, a deitando em cima de mim.

— Mas que merda, Rose. Você faz a mínima ideia de como você está nisso? — peguei a barra do tecido de seu short, enrolando os dedos ali e acidentalmente o fazendo deslizar um pouco para baixo. Apoiei minha testa na dela com um gemido baixo e torturado. — Você vai acabar me matando, ruiva. De uma forma deliciosamente lenta e torturante. — murmurei a última parte, tendo consciência dos toques leves de suas mãos delicadas em meus braços.

De repente, eu vi o rubor em seu rosto sumir e um olhar cheio de desejo tomou aqueles olhos escuros a pouca luz do quarto. Ela beijou meu queixo, então minha mandíbula, antes de pegar o lóbulo da minha orelha entre os dentes, correndo uma de suas mãos do meu braço até o meu peito, fazendo círculos de carícias que acabaram por me deixar completamente arrepiado.

— Seria uma boa forma de morrer, não acha? — ela murmurou com a voz rouca em meu ouvido, e o calor de 40 graus do corredor simplesmente voltou.

— Infernos, Rose. — falei torturado, prendi minhas mãos em seus quadris enquanto ela deslizava as pernas para ficarem a cada lado de minha cintura.

Ela moveu os lábios com mais intensidade descendo para a pele de meu pescoço e dando um chupão ali. Teria uma bela marca roxa para contar história pela manhã, mas droga, eu não me importo. Não agora.

— Então, sr. Malfoy, é bom se contentar com essa morte, pois você não pode apenas me beijar daquele jeito no corredor e me mandar ir dormir. — a respiração quente de sua boca colidiu contra a minha pele recentemente molhada de seus beijos, fazendo uma sensação malditamente boa me percorrer.

Eu não sei de onde essa Rose mais ousada saiu, mas não me importo se ela ficar pelo resto da noite.

Na verdade... eu me importo sim. Eu me importo pois se ela continuar assim, eu logo vou estar perdendo toda essa calma e paciência que está me fazendo ficar parado, e então eu vou fazer com que as coisas tomem um rumo que ela não quer que tomem.

Ela desceu a mão de meu peito, deslizando pelo meu abdômen e parando na borda da minha calça. O calor de 40 graus começou a se estabelecer na parte inferior do meu corpo e eu contorci um pouco as pernas, as roupas começaram a se tornar um incômodo. j

Tarde demais para continuar com a calma.

Inverti as posições com ela, ficando por cima dessa vez enquanto suas pernas estavam em volta de minha cintura.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, eu cobri seus lábios com os meus de forma voraz e necessitada, a forma como eu me sentia naquele momento. Faminto. Necessitado de mais dela.

Sem pensar muito no que estava fazendo, eu só afastei nossos lábios para tirar sua blusa, a qual ela mesma acabou tirando sozinha. Ela puxou a minha nuca e colou nossos lábios novamente, parecendo me querer tanto quanto eu a queria naquele momento.

Assim que as peles de nossas barrigas se tocaram, eu me sentia em chamas. Meus lábios formigavam em contato com os dela, nossas línguas dançavam numa sincronia frenética e eu podia sentir o coração dela contra o meu peito, num ritmo tão descompassado quanto o meu próprio estava.

A razão que estava me fazendo aceitar a calma? Desapareceu no ar, assim como qualquer sanidade que eu poderia ter.

Rose está me enlouquecendo nesse exato momento, e a loucura é um lugar doce de estar.

Apertei suas coxas e ela arfou contra os meus lábios, deslizei meus beijos para seu pescoço e ela enterrou os dedos em meus cabelos, respirando com dificuldade e arqueando um pouco o corpo em minha direção. A cada ação, uma reação que me ardia ainda mais.

Minha boca foi descendo em seu busto, para o sutiã de bojo que cobria e realçava o pouco volume que seus seios faziam. Dei um beijo lento ali na borda do sutiã e deslizei uma de minhas mãos para um pouco abaixo do seu quadril.

Rose entreabriu os lábios e por eles saiu o som mais delicioso que eu já ouvi na vida.

— Scorpius... — ela gemeu com os olhos fechados.

Puta merda, se eu estava à beira do abismo, agora estou caindo dentro dele com uma sensação inacreditavelmente boa.

Eu estava prestes a nos livrar de todas essas roupas quando ouvimos batidas na porta.

No início eu estava tão entorpecido pelas sensações que não me toquei, mas então as batidas soaram novamente com uma voz:

— Scorpius? — era Hermione... e a porta está destrancada.

Rose arregalou os olhos abaixo de mim e abriu a boca para falar algo, mas eu a tapei com a minha mão.

— Sim? — perguntei tentando soar o mais calmo e cansado possível, mas foi quase impossível, já que essas duas coisas são tudo o que eu não estou no momento.

— Está tudo bem? Eu sei que passar a noite em um lugar estranho pode ser ruim, eu trouxe água. Posso entrar?

Os olhos de Rose saltariam das órbitas a qualquer minuto. Não havia um lugar para ela se esconder. A cama é muito encostada ao chão, já a cortina não chega ao chão e o guarda-roupa é pequeno demais para ela entrar. Saio de cima dela tentando não fazer barulho, mas a cama solta um rangido.

— Scorpius?

— Só um instante! — digo mais alto do que esperava, acho que o desespero está começando a me tomar.

Sem saber o que fazer e olhando de um lado para o outro desesperada, Rose se enfiou debaixo da minha coberta e eu a descobri, a olhando como se fosse louca.

— Rose, mas o que...? — murmurei o mais baixo que a minha voz permitia sem sumir e ela me devolveu uma expressão desesperada de quem não sabia o que fazer.

Ambos olhamos para a janela.

Não era exatamente uma opção até vermos a maçaneta mexer, nesse instante o pânico tomou ambos de nós de forma que ela pulou pela janela e eu ainda a empurrei, voltando para a cama numa velocidade que eu pensei ser impossível até mesmo para um bruxo.

Hermione adentrou o local no instante em que meu traseiro encontrou o estofado da cama. Eu esfreguei a nuca meio desajeitado e dei o sorriso mais inocente e cansado que achei em meu estoque.

Fingi um bocejo e me espreguicei falsamente.

Ela sorriu e me estendeu o copo de água.

— Obrigado. — agradeci e beberiquei da água, tentando ao máximo não parecer como alguém que estava dando uns amassos muito quentes há alguns segundos.

— Não consegue dormir?

— Não. — suspirei, por que era a verdade. Eu não conseguiria dormir mesmo se Rose não entrasse aqui, os meus pensamentos não deixariam.

— Eu sei como pode ser.

— Mas vou ficar bem, já está me dando sono. — respondi com convicção.

Ela assentiu e então eu olhei para o espaço atrás dela, vendo que a blusa do baby-doll de Rose estava bem ali. Se ela virasse um pouquinho o rosto, veria.

Lutei contra a vontade de arregalar os olhos.

— Espero que não esteja se sentindo mal com Ronald, ele realmente está tentando. — ela disse e assenti. — É que Rose é nossa menininha e acho que ele criou essa imagem dela, sabe? Como sua princesa. Ele provavelmente nunca vai parar de vê-la assim. — ela riu brevemente, com um olhar vagante e aproveitei o momento para pegar a blusa de Rose e enfiá-la debaixo da colcha, tomando mais da água para disfarçar.

— Sim, eu sei. Acho que teria a mesma reação se fosse a minha filha. — revelei.

— Bem, acho que todo pai acaba tendo medo que sua filha se machuque. Eu sabia que uma hora ela começaria a ter seus interesses amorosos, eu esperava que fosse quando estivesse mais velha, mas deveria saber que ela não demoraria tanto. Acho que ele tem medo que ela se machuque, assim como eu mesma tenho. — ela soltou um pesado suspiro e eu senti aquele sentimento de culpa brotar em meu peito.

Eu já ia pensar sobre a aposta com Dominique, mas então algo me ocorreu com as palavras “se machuque”. Rose pulou uma janela do terceiro andar. E se ela não morreu, ela está pendurada em alguma coisa, sem blusa, com o vento do inferno a cortando enquanto eu estou batendo papo com sua mãe e tomando água.

Puta merda.

— Eu não quero machuca-la. — falei, só então notando como as palavras saíram verdadeiras de meus lábios. Esse fato me incomodou. Estou acreditando em minhas próprias mentiras.

Ela afagou o meu ombro.

— Eu sei que não, querido. — ela sorriu doce para mim. — Você é um bom rapaz, Scorpius. Pode não ter uma fama tão boa, mas se Rose abriu o seu coração a você, então ela certamente encontrou algum potencial ai dentro. Algo muito bom que talvez nem mesmo você veja, e eu confio no julgamento dela.

Hermione então se levantou, e me deixou pensando sobre suas palavras. Eu lhe devolvi o copo.

— Boa noite, sra. Weasley. Obrigado pela água... e pelos elogios. — agradeci.

— Boa noite, Scorpius. — ela sorriu e saiu.

Assim que a porta se fechou e eu ouvi os passos dela desaparecerem, eu passei a tranca na porta e corri para a janela, sentindo o frio invernal tocar a minha pele enquanto me debruçava ali.

— Rose...? — chamei, não encontrando ela.

Bem, seu corpo não estava esparramo no gramado, então ela não caiu e não morreu, mas quando olho para o lado, tomo um susto dos infernos ao vê-la não muito longe de mim, agarrada a janela do quarto de hóspedes ao lado do meu, com a pele azul de frio, os lábios brancos e os olhos arregalados. Ela tem as pernas separadas e se abraça a janela, eu gargalharia da situação se não estivesse tão preocupado de ela estar num estado pré-morte.

Ela tenta vir até mim, mas está tremendo muito, então me apoio melhor na janela e a puxo para perto, a segurando e a puxando para dentro com rapidez.

Fecho a janela e a enrolo no meu cobertor.

Sua pele está tão fria quanto se tivesse passado horas debaixo da neve.

— I-I-I-Infernos S-Sc-corpius! — ela exclama baixinho, com os lábios tremendo e os dentes batendo. — S-Sobre o-o que t-tanto conv-versavam?!

Sem poder aguentar, eu acabei soltando alguns risos, pensando em como a situação na verdade havia sido engraçada.

Rose me bateu, mas até mesmo quando tentou me bater, sua mão tremeu no caminho e ela errou o golpe, acertando o ar.

— M-Maldito d-desg-graçado. — ela praguejou com uma expressão nada boa e uma carranca.

Ficando com pena dela, eu me levantei para pegar uma de minhas camisas para ela vestir, mas ela puxou o meu braço, me fazendo deitar na cama.

— Vou pegar algo quente para você. — tento explicar, mas ela apenas nega.

— T-T-Trancou a-a port-ta?

Assenti, ainda achando um pouco de graça da forma como estava gaguejando. Com a minha confirmação, ela se afastou um pouco da colcha grossa e se aninhou no meu peito, escondendo o rosto em meu pescoço e ainda tremendo de frio.

— Quero que v-você me e-esquente. N-Não u-uma roupa s-sua. — ela murmura, tentando parar de gaguejar.

Sem poder evitar, um sorriso suave repuxa o canto esquerdo de meus lábios e deixo-me envolver ela com meus braços, puxando a colcha junto. Passo as mãos por sua pele e aos poucos seu corpo foi esquentando e as tremedeiras foram indo embora junto com o frio. Ela relaxou contra mim, se aconchegando melhor em meu peito e suspirando aliviada.

— Não vai dormir no seu quarto? — indaguei, não num tom de quem a expulsa, mas na simples curiosidade.

— É engraçado, agora que você está no final do corredor, a alguns passos de distância, a cama parece ser muito fria. Aqui é melhor. — ela murmura, se espremendo mais contra mim.

Beijei seus cabelos e me deixei relaxar.

— Nesse caso, boa noite, minha pimenta.

Sinto ela sorrir levemente com o apelido que há algumas semanas a fazia estremecer de raiva. Bem, claro que agora havia algo novo acrescentado a ele.

— Boa noite, minha doninha. — pouco depois ela caiu no sono.

Não demorou muito para que eu estivesse à beira de cair no sono. Ouvindo sua respiração, sentindo seus batimentos cardíacos em minha pele e apenas tendo a sua companhia, os pensamentos incessantes já não tinham mais lugar aqui.

Rose é definitivamente a primeira garota que pode me deixar completamente insano em um momento e relaxado como nunca em outro.

Ela é a primeira garota que mexe tanto comigo.

E a primeira que de alguma forma, me faz sentir que se eu a deixar ir, será a última.

Uma parte de mim não quer mais deixa-la ir, e essa parte está conseguindo me convencer de coisas que por longos anos da minha vida, eu pensei serem impossíveis...


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Notas finais do capítulo

Para quem pediu pegação e para quem pediu humor, está ai! KKKKK' Gente, sério, vocês conseguem imaginar a Rose pulando uma janela às pressas? KKK' Eu amei escrever! Espero que vocês tenham amado tanto quanto eu :) Spoiler do próximo capítulo: vamos acompanhar um pouco como estão as coisas na casa dos Potter's. Hm............. Aliás, quem ai tá com saudade da nossa querida Domi??? KKKKK'

Gente, adivinhem? ESTAMOS QUASE CHEGANDO AOS 300 COMENTÁRIOS! E lembram o que acontece de cem em cem comentários? UM BÔNUS! Comentem, pessoal! Assim podem escolher o bônus que quiserem de qualquer personagem! O que acham?? KK'

XOXO >> Angie *--*



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