P.O.V: Dominique.

Eu NUNCA na minha vida sofri tanto em vir a uma festa! Por causa da droga da aposta com a Potter, eu não posso beijar NINGUÉM nessa festa com tantas opções tentadoras.

E a minha querida irmã não está me ajudando nem um pouco engolindo o Ted na minha frente.

— Arrumem um quarto, por Merlin. — falei enquanto tomava alguns goles de suco de abóbora.

Pois é! Uma noite sem beijar e ainda SEM BEBER! Isso é um pesadelo sem fim.

— Você nunca arrumou, estou apenas devolvendo o favor. — Victoire respondeu, voltando a engolir Ted.

Rolei os olhos.

Pior ainda: nem dançar eu não posso por que está tocando uma droga de música lenta e só tem casais na pista.

Bem... Apesar de que paquerar não era proibido. Nem dançar. E muito menos dar uns amassos... Afinal, o beijo proibido era na boca, o corpo tem muitos outros lugares, certo?

Eu sorri e me levantei, indo para a mesa de bebidas e pegando um pouco mais de suco pra mim.

Quase caí para trás ao ver uma cena quase impossível! Aquela garota chata, chiclete das minhas priminhas, como é o nome dela mesmo? Ah, Jade, isso mesmo, essa guria que aparentava ser tão santa, estava quase arrancando as roupas do meu Potter preferido! Essa eu tenho que dizer que não esperava, e se essa garota, que nem é tudo isso, pode pegar James Potter, eu certamente vou me dar bem essa noite.

Fui para o banheiro me olhar no espelho e admirar essa beleza tão perfeita que meus pais me deram. Claro que eu não sou fã das sardas graças ao meu sangue Weasley, mas os cachos loiros e as curvas, que certamente vêm do lado Delacour, bem, esses atributos sim ajudam.

Eu retoquei o meu batom cor de rosa e ajeitei o meu vestido, subindo um pouco mais o sutiã para dar aquele volume a qual nenhum homem pode resistir.

Mandei um beijo para o meu reflexo fabuloso no espelho e saí, no momento em que o fiz, avistei meu alvo de longe.

Cabelos castanhos curtos, olhos da mesma cor amendoada, alto, claramente forte.

— É a sua noite de sorte gatinho. — murmurei para mim mesma.

Ele estava sozinho em um canto, bebendo hidromel, o que me faz pensar que ele certamente é maior de idade.

Fui até ele usando o mais velho truque no livro: o esbarrão.

Isso fez com que parte de sua bebida entornasse em meu busto, e logo ele começou a se desculpar.

— Meu vestido! — exclamei.

— Por Merlin, me desculpe, eu não tinha... — e foi ai que ele percebeu onde derramou e seus olhos subiram lentamente para o meu rosto. — Te visto.

Ele me ofereceu um lenço e eu aceitei, enxugando lentamente e percebendo seu olhar em mim.

— Bem, você deveria prestar mais atenção a todos ao seu redor! — exclamei.

— De fato, eu deveria. Como posso te compensar? — seu sorriso era torto, uma sobrancelha levemente levantada esbanjando charme, cortejo e interesse.

Eu dei o mesmo olhar, mas não o sorriso, mostrando que posso ser mais difícil do que aparento.

— Talvez você possa me arrumar uma bebida.

Ele riu fraco.

— Quantos anos você tem, senhorita?

Agora sim eu sorri de lado.

— Nunca te avisaram que uma dama nunca revela a sua idade?

Ele se aproximou um pouco.

— Minhas condolências, milady. — ele falou, se inclinando em uma reverência desajeitada, mas com um toque de sarcasmo.

Certamente ele tem um charme inegável. Dito isso, ele conseguiu as bebidas para nós, mas escondido, o que me faz pensar que ele não é mesmo maior de idade. E isso meio que tira um pouco do BadBoy que eu pensei ter visto, mas tudo bem, ele tem lábios bonitos, deve servir para alguma coisa.

Voltando com as bebidas e em um canto um pouco mais afastado, mas não longe da vista, nós conversamos um pouco.

— E qual é o seu nome mesmo? — ele perguntou, depois de alguns minutos de flertes.

— Dominique Delacour. — falei dispensando o “Weasley” e usando o sotaque francês do qual eu sempre me orgulhei.

Ele sorriu de lado.

— Prazer Dominique, sou Dylan Baker. — ele se apresentou.

— Prazer Dylan. — respondi.

Ele chegou mais perto de mim.

— Então Dominique, o que eu faço para conseguir te beijar? — esse é bem confiante, né? Vai direto ao ponto.

Então, vou ser sincera.

— Me agradando. — respondi. — Sabe, os lábios não são o único lugar do corpo a se beijar... — insinuei.

Ele riu fraco e puxou a minha cintura, colando nossos corpos. Isso é que é um homem de atitude, gosto assim, quem sabe eu não realmente prove desses lábios um dia desses.

— Tenho certeza que não. — ele sussurrou no meu ouvido antes de morder de leve a minha orelha, beijando o meu pescoço e indo pro meu busto, antes de subir para o outro lado do meu pescoço, ele me mordeu de leve e depois beijou de novo.

Uh lá lá!

Eu resolvi entrar na brincadeira. Afundei meus dedos em seu cabelo e marquei seu pescoço com o meu batom, mordendo, beijando, atiçando.

Pena que não durou tanto quanto eu queria que durasse.

— DYLAN?! — era uma voz chata e meio rouca.

Tinha que ser...

Dylan se afastou de mim e olhou para os dois pombinhos perplexos a nossa frente.

— JADE?!

E eu também estava com uma bela cara de taxo, assim como o Potter.

— De onde vocês se conhecem mesmo? — perguntei.

Jade cruzou os braços e deu um olhar claramente irritado e cheio de ódio para Dylan.

— De onde não importa, o que você deveria perguntar, Domi-Vadia, é por quê nos conhecemos. — Jade respondeu.

Eu até faria uma advertência por causa do apelido, mas nem vale a pena, eu estava até aproveitando esse momento, apesar dos amassos estarem legais.

— E por que diabos vocês se conhecem? — o Potter perguntou.

Foi a vez de Dylan responder essa:

— Jade Walters é a minha ex-namorada. — ele respondeu.

— Feliz por ser “ex”, obrigado. — Jade respondeu.

Parece que rolou muita treta nesse relacionamento, pelos olhares deles um para o outro, a coisa devia ser séria.

E bem, sabe como é, Dominique Delacour nunca fica fora de uma boa treta, com certeza não será essa que eu vou perder.