Loucuras À Meia Noite escrita por Mrs Trent


Capítulo 20
Capítulo Bônus - Antes de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Hey!

Isso mesmo minha gente meu teclado arrumou hoje ~~palmas~~! Então decidi posar o bônus aqui! To com saudades de certos leitores.

AHHHHHHHHHHH MEU DEUS! Okay, okay desculpe não me controlei, mas vejam isso: mais de 2.000 visualizações, 104 comentários, 79 acompanhamentos #orgulho

Caa LAMN lidera o ranking das minhas fics povo! Obrigada por isso sério



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433244/chapter/20

P.O.V: Jade.

~*~ Flashback ~*~

Eu ainda me lembro da minha vida na Beauxbatons, eu gostava de como tudo funcionava tão perfeitamente. Eu tinha uma melhor amiga, uma vida acadêmica ótima e um namorado que me amava... Ou ao menos eu pensava que sim.

Tudo começou a se desmoronar durante um feriado.

Eu convidei a Caroline (minha melhor amiga) pra passar o feriado com a minha família, já que os pais dela estavam de viagem e ela era filha única como eu.

Meus pais ficaram animados de recebê-la. No primeiro dia dela conosco, eu poderia dizer que ela era basicamente uma Walters.

— Hey Jade, quando o Dylan vai aparecer? Eu não o vejo a séculos. — Caroline me falou durante o jantar.

— Eu espero que não tão cedo. — eu pai resmungou.

— Pai! — adverti.

Fato da minha vida: ninguém gostava do meu namorado. A não ser a Caroline e a minha mãe (mais ou menos ainda). Talvez fosse pelo jeito despojado dele, despreocupado e Bad Boy.

Com os cabelos castanhos curtos e olhos também na cor de chocolate, Dylan conseguia ser carismático e irônico. E isso me fazia estar em uma competição constante com metade das garotas da Beauxbatons. E pode acreditar que a competição não era fácil, considerando que é a Beauxbatons.

Mas com o tempo, eu fui confiando mais nele e me convencendo de que ele era meu. A coisa é que, o meu pai não confia muito (ou nada) em Dylan, minha mãe tenta se convencer do mesmo, mas Dylan conseguiu conquistá-la em parte com o seu charme. Então eu achei que seria legal convidá-lo para passar o feriado conosco...

— Ele chega pela manhã. — respondi Caroline e ela assentiu.

Caroline e Dylan haviam se tornado muito amigos, considerando que eles eram os que mais passavam tempo comigo na escola e fora também.

— Ele sabe que vai ficar no quarto de hóspedes e não no seu? Eu não quero uma filha adolescente grávida, Jade. Você seria uma vergonha para a família. — meu pai falou com as sobrancelhas erguidas.

Rolei os olhos e Caroline segurou o riso.

— Claro que ele sabe. — respondi não podendo evitar o calor que subiu as minhas bochechas.

Meu pai conseguia ser MUITO inconveniente quando ele queria.

— Bryce, você sabe que a Jade ainda é virgem. É lógico que eles não ficariam no mesmo quarto. — minha mãe falou, sendo ainda mais inconveniente.

Caroline riu e de repente eu perdi totalmente a fome.

Larguei o garfo e a faca.

— Mãe! — adverti.

Ela deu de ombros de forma inocente.

— Mas você é! Certo? — ela perguntou com aquela cara de VOCÊ AINDA É VIRGEM, CERTO?!

Eu estava totalmente corada e tão nervosa que mal consegui responder.

— A Jade é a pureza em pessoa Sra. Walters, isso eu te garanto. — Caroline falou e piscou para mim.

Eu respirei fundo e assenti.

— Mas isso não dá a você a liberdade de falar da minha virgindade bem na hora do jantar, né mãe. Mas que coisa. — resmunguei e me levantei, deixando o meu prato em cima da pia.

Caroline fez o mesmo que eu e eu me virei para os meus pais.

— Nós vamos pro quarto. Vejo vocês de manhã. — falei e já fui subindo na frente e cortando qualquer tipo de outra conversa.

Caroline murmurou um boa noite para os meus pais e veio logo atrás de mim.

Assim que cheguei no conforto do meu quarto, eu me joguei em minha cama e bufei.

Caroline entrou e fechou a porta atrás dela, caindo deitada ao meu lado.

— Seus pais são legais. — ela comentou.

Olhei para ela com as sobrancelhas erguidas em uma expressão sarcástica.

— Legais?! Você esteve mesmo presente durante o jantar? — perguntei e ela riu.

— Sim, inclusive, eu totalmente salvei a sua vida lá na mesa. Que pire paque foi aquele?! Você e o Dylan já....?

Arregalei os olhos com a possibilidade.

— NÃO! Eu estou intacta! — já fui falando. — É que aquilo me pegou de surpresa! Nenhuma adolescente está preparada para falar sobre o assunto na frente do pai.

Ela assentiu.

— Bem, o seu boy vai chegar pela manhã, está tarde e você não pode ter olheiras! Vamos dormir! — ela falou sorrindo e apagou a luz.

Nós nos aconchegamos em minha cama e antes que eu pudesse me sentir nervosa com a chegada de Dylan, eu peguei no sono.

(...)

No dia seguinte, ele chegou realmente cedo, mas é claro que eu já estava acordada e pronta.

Meu pai o recebeu com um olhar firme e minha mãe com um sorriso. Já Caroline com o mesmo de sempre, abraço e beijo no rosto, com algumas piadinhas para acompanhar. E eu... Bem, eu o recebi exatamente como as namoradas devem receber seus namorados.

Com beijos e sorrisos.

O dia passou surpreendentemente rápido, nós nos divertimos bastante em um lago perto de casa. Chegamos na minha casa no final da tarde, estava quase anoitecendo e nós ainda estávamos molhados e com frio pela ausência do sol. Eu e Caroline havíamos conseguido ficar surpreendentemente bronzeadas, já Dylan nem tanto.

Nós subimos as escadas e eu levei Dylan para o meu quarto para ficarmos a vontade enquanto Caroline tomava banho.

Ele me puxou para a cama imediatamente, me colocando em cima dele e me beijando arduamente, claramente aproveitando a ausência de roupas ali, ele estava livre para acariciar muito mais do meu corpo do que eu ou ele estávamos acostumados.

E bem, eu não estava reclamando, até ele desamarrar a cordinha do meu sutiã.

Eu parei o beijo subitamente e ele me encarou com os olhos castanhos confusos.

— O quê? — ele perguntou com um sorrisinho de lado.

Eu sai de cima dele e amarrei de novo a cordinha.

— Ainda não ... — eu falei.

Dylan saltou da cama e envolveu a minha cintura, beijando o meu pescoço e descendo as mãos para os meus quadris.

— Dylan ... — sussurrei. — Pare, não vamos tão longe Ainda não é a hora.

Ele parou de me beijar imediatamente e se afastou, parecendo nervoso de repente.

— Eu estou cansado disso Jade. Você me provoca, me trás pro seu quarto, me beija daquele jeito na sua cama e depois faz isso, como se fosse a coisa mais errada do mundo. É sempre a mesma coisa, você me dá sinal verde e logo depois me para no vermelho! Quando vai ser a hora?

Cruzei os braços.

Eu não esperava isso vindo dele... Mas talvez eu devesse.

— Quando for a hora Dylan. Você sabe que seria a minha primeira vez e...

— Você me ama? — ele interrompeu.

— Lógico que sim, mas...

— Então não tem mas! Droga, nós namoramos a quase um ano! Eu sou homem, eu tenho necessidades! — ele exclamou e começou a se aproximar de mim de novo, me beijando e me conduzindo de volta pra cama. — Vamos lá, eu vou ser carinhoso. — ele sussurrou contra o meu pescoço.

Eu o afastei de novo, começando a realmente me irritar.

— Não, Dylan, eu já falei que não! Eu não vou dormir com você hoje, e muito menos com os meus pais no andar de baixo!

— Então parece que eu não tenho mais nada a fazer aqui. — ele falou e saiu do meu quarto, batendo a porta com força.

Eu bufei e cai na cama, lágrimas queimavam em meus olhos.

Todos dizem que os caras legais esperam por sua namorada, mas ele estava certo, nós namorávamos por quase um ano... Claro que a atitude dele não foi nada legal ou certa.

Mas talvez eu estivesse sendo dura demais com ele.

Eu fiquei me remoendo, pensando e pensando.

Caroline voltou do banho e me perguntou por que eu estava daquele jeito. Eu nem respondi, só fui tomar o meu banho pra me relaxar e ir dormir o mais rápido possível.

Quando voltei, Caroline já estava apagada em minha cama, então eu me deitei ao seu lado e tentei não pensar em Dylan. Claro que não deu certo, eu pensei nele por quase uma hora, ficando com os olhos fechados e tentando dormir.

Um tempo depois, eu cai no sono.

Acordei com um som do lado de fora. Olhei para o outro lado da cama e notei que Caroline já não estava mais ao meu lado. Ela provavelmente foi beber água ou algo assim, mas os barulhos do lado de fora ficaram mais altos e eu temi que a casa pudesse estar sendo assaltada ou algo assim, e com Caroline fora da cama, a coisa não seria bonita. Olhei em volta e vi sua varinha em cima da minha escrivaninha.

Ela estaria desprotegida.

Algo gritava dentro de mim, uma intuição talvez, me dizendo para fazer alguma coisa. Eu não tive tempo de contestar essa intuição, por que eu ouvi sussurros do lado de fora, e não me pareciam que eram somente os pés de Caroline se mexendo sobre a madeira gasta do chão de minha casa.

Eu me levantei e caminhei até a porta, eu peguei a minha varinha, preparada para qualquer coisa, eu ouvi passos e sussurros, eles ficavam cada vez mais baixos e quando eu soube que estavam baixos o suficiente, eu abri a porta e espiei o lado de fora.

Sai do quarto com cuidado e olhei para o corredor.

A porta do quarto de Dylan estava entreaberta e os sons agora vinham de lá.

Eu engoli em seco.

Não poderia ser o que eu estava pensando. Simplesmente não poderia.

Sem querer tirar conclusões precipitadas, eu caminhei de fininho, pisando nos lugares certos para a madeira não ranger durante o processo.

Mas quando cheguei na porta do quarto, e olhei pelo pequeno espaço entreaberto, eu desejei um zilhão de vezes ter ficado em minha cama. Dylan estava em cima de Caroline, somente com suas calças de moletom, ela também já estava sem blusa e eles se beijavam desesperadamente.

As mãos de Dylan apertavam as coxas dela e logo caminharam para os seus shorts.

Eu sentia como se um buraco do tamanho de uma sepultura estivesse sendo cavado lentamente dentro do meu peito. Sem poder ver nem mais um minuto daquilo, eu empurrei a porta escancarada e os dois me olharam apavorados.

Sem pensar muito no que estava fazendo, eu ergui a varinha para eles enquanto as lágrimas desciam pelo meu rosto.

— Jade... Eu posso explicar! — Dylan falou rapidamente.

Com a outra mão, eu tentei limpar um pouco das lágrimas que caiam desesperadamente em meu rosto.

— Explicar o que, Dylan?! Que você estava comendo a minha melhor amiga pelas minhas costas?! Que em uma hora você me beijava e dizia que me amava, e na outra você estava arrancando as roupas dela?! Você me enoja!

— Jade... — Caroline começou a falar e foi se levantando e ficando a minha frente, mas eu a parei.

— CALA A BOCA! SUA VADIA! Eu confiei em você! Nós estudamos juntas desde sempre, eu contei segredos para você! VOCÊ NÃO PASSA DE UMA PIRANHA DUAS CARAS!

Eu segurei minha varinha mais firme enquanto Dylan se levantava.

— Jade... Abaixa a varinha. - Dylan falou e eu a apontei especialmente para ele.

— Por que eu deveria fazer isso?! VOCÊ ME TRAIU COM A MINHA MELHOR AMIGA! — gritei e a porta dos meus pais se abriu.

— O que infernos está acontecendo aqui?! — minha mãe perguntou saindo junto com o meu pai.

Quando eles viram o meu estado, chorando como louca e com a varinha apontada para o quarto de Dylan, e quando viram o por que de eu estar assim, eles se mostraram tão pasmos quanto eu estava a alguns segundos atrás.

Caroline agora parecia tão nervosa quanto eu.

— Eu sou a vadia?! Ao menos eu sei como manter um homem! Já que você não podia nem satisfazer o seu! — ela exclamou e eu não pensei duas vezes antes de fazer o que fiz.

— LEVICORPUS! — exclamei e a atingi em cheio, fazendo ela voar através da sala até a parede.

Todos estavam perplexos e Caroline gemia de dor, esfregando sua cabeça.

Dylan se virou para ajudá-la, mas eu o parei.

— Nem pense nisso. Você vai embora. — eu falei com a varinha agora apontada pra ele.

— Jade Walters, abaixe essa varinha imediatamente! Vamos resolver isso civilizada... — não deixei minha mãe parar de falar.

— Civilizadamente? Eles não estavam se preocupando em serem civilizados enquanto se pegavam no quarto bem ao lado do meu! — eu exclamei sem tirar os olhos de Dylan.

Os olhos dele tinham um rastro de culpa, mas eu podia notar que era mesmo apenas um pequeno rastro.

— É melhor você ir. — meu pai falou a Dylan bruscamente. — Antes que eu mesmo saque a minha varinha e faça algo de que vou me arrepender.

Dylan olhou entre nós e depois ele só suspirou e aparatou, sumindo no ar.

Eu cai de joelhos, a dor invadindo o meu coração de uma forma intensa e incontrolável.

Eu me sentia quebrada. Vazia.

Caroline se levantou e foi pegar sua blusa em cima da cama.

Minha mãe me abraçou e meu pai olhou firme para ela.

— Junte as suas coisas Caroline. Eu vou chamar os seus pais para te buscarem.

Os olhos dela se arregalaram.

— Mas, Sr. Walters... — ela começou a falar.

— Você não está em condições de reclamar. Poupe mais vergonha a você e a sua família e junte as suas coisas, se troque e espere na sala. — meu pai falou ainda mais rispidamente.

Caroline apenas assentiu com a cabeça baixa e saiu do quarto, passando por mim.

Eu podia ter lançado uma droga de um Avada para nunca mais ter que olhar na cara dessa prostituta barata.

Eu chorei nos braços de minha mãe por horas nesse dia.

O feriado passou e eu não quis mais ir para a escola, eu não queria ter que olhar para a cara daqueles dois nunca mais. Então, meus pais preocupados comigo, me transferiram para Hogwarts.

Eu estava aliviada, eu conheci a Rose e a Lily, então o James e o Scorpius. Minha vida pareceu se encaixar, e mesmo depois da morte de meus pais, eu sabia que não estaria sozinha enquanto tivesse eles.

No fim do dia, a confiança é tudo.

Uma amizade verdadeira é testada e construída a partir de meses e anos de desafios, mas pode ser perdida em apenas alguns segundos.

Tudo o que a vida te dá, ela pode levar com a mesma facilidade. E eu aprendi isso da pior forma possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Estamos cruéis… Estou com dó da Jade gente!

Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Loucuras À Meia Noite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.