Meu Snape escrita por Hawtrey


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente...mil desculpas pela demora. Mas eu tive que fazer tudo de novo porque meu pc esta engolindo alguns capítulos.
Eu também recebi um desafio e vou ter que postar duas fics ao mesmo tempo. Não se preocupem porque isso não vai interferir nessa aqui ok? Se eu tiver algo para escrever nessa aqui, então vou escrever. Nada vai atrasar por causa de outra fic. Eu sei bem organizar meu tempo livre ;)

Bom, esse capítulo é meio curto, porém um pouco explicativo. E o proximo já está quase na metade e assim que terminar eu posto, antes que ele também se perca no meu pc.

E... ESSE MÊS DE OUTUBRO SERÁ UM ÓTIMO MÊS PARA COLOCAR TUDO EM DIA =D

Espero que gostem.

ATENÇÃO: Eu estou reescrevendo a fic Uma Nova História, Um Novo Destino. Deem uma olhada lá - https://fanfiction.com.br/historia/647098/MyChange/

E aqui está a primeira fic do desafio particular que eu aceitei - https://fanfiction.com.br/historia/648475/SimplesmenteMalfoy/

NÃO CUSTA NADA DÁ UMA OLHADINHA NÉ?

kk amo vcs :-*



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Nenhum dos dois queria estar ali. Não mesmo. Harry notou que Rony estava prestes a dar meia volta e nenhum dos dois tinha coragem de bater na porta escura. Olhou ao redor novamente adiando o inevitável, mas uma vez notou como o jardim estava bem cuidado e como a Mansão continuava enorme. Nenhuma novidade. Ele tinha mesmo que parar de enrolar.

Depois de respirar fundo ele bateu três vezes na porta. Como sempre fazia quando vinha ali.

Alguns segundos se passaram sem resposta, até ambos escutarem o barulho da tranca.

A mulher que abriu a porta felizmente já não era mais desconhecida. Na verdade Harry já perdera as contas de quantas vezes vira aquele cabelo castanho todo bagunçado.

— Megan. Viemos vê-lo.

Percebera que ela estranhara a companhia dele, geralmente visitava aquela Mansão sozinho e apenas por alguns minutos.

— Ele está na biblioteca.

Como sempre, completou Harry mentalmente. Novamente pensando em como aquilo era irônico. Nunca pensara que justamente ele passaria horas e horas dentro de uma biblioteca. Mas agora, depois de Hogwarts, tudo o que ele faz é ler livros. Assim que Megan deu passagem, ambos entraram na Mansão. Tudo estava silencioso, os passos hesitantes ecoavam escada acima. Harry já sabia o caminho da biblioteca e mesmo assim olhava ao redor o tempo todo, esperando que seu novo “amigo” surgisse das sombras.

— Tem certeza que ele vai ajudar? — Rony perguntou num sussurro.

Harry quase revirou os olhos, já haviam conversado sobre isso.

— Já disse que não tenho certeza de nada, ele é imprevisível. Mas ele já passou por isso, no mínimo deve saber o que é.

Rony decidiu ficar calado depois isso e Harry agradeceu mentalmente. Já estava preocupado demais com uma possível negação, não queria ter que lidar com as duvidas de Rony também.

Não bateu na porta. Sabia que ele não ia responder de qualquer forma.

E lá estava ele. De costas para a porta e mais uma vez com um livro nas mãos. Parecia realmente concentrado e não perdido em pensamentos. Os cabelos loiros um pouco grande demais e desarrumados, a blusa que cobria até seus pulsos também mostrava o peito livre de qualquer imperfeição. Muitas garotas o chamariam de sexy, Harry o chamaria de acabado.

— Malfoy.

Draco Malfoy levantou a cabeça um segundo depois, imediatamente reconhecendo a voz do seu improvável novo amigo. Esboçou um sorriso torto quando reconheceu o ruivo ao lado dele, seu velho inimigo.

— Ora, ora, ora... Potter — a voz dele oscilava entre o divertido e o zombeteiro — O que o traz a minha humilde casa? E acompanhado do pobretão?

Rony ameaçou avançar no loiro, mas fora impedido por Harry.

— Malfoy, por favor, nós precisamos da sua ajuda.

— Caso de vida ou morte? — Malfoy questionou estranhando o tom sério do outro.

— Estou pronto para implorar de joelhos se for necessário.

Malfoy franziu o cenho percebendo a gravidade da situação, deixou o livro na mesa ao lado e indicou o sofá mais próximo.

— Sentem-se. Seja direito Potter.

Eles mal haviam sentado e Harry já começara a falar.

— Hermione está doente.

— Muito doente — complementou Rony, recebendo um olhar estranho do Sonserino.

— Doente? E no que eu posso ajudar? — ele questionou, ainda confuso.

Harry e Rony se entreolharam, então Malfoy começava a desconfiar do que se tratava a doença. Mas não podia ser.

— Tem certeza?

Nada mais precisava ser explicado, ambos sabiam exatamente do que ele estava falando.

— São os mesmos sintomas — Harry respondeu convicto — Por favor, me diz que sabe o que é. Nos ajude.

Malfoy respirou fundo, de repente se sentindo cansado. Não ouvia falar sobre Hermione Granger há muito tempo. Não que houvesse muito tempo desde a formatura de Hogwarts. Mas o que poderia ter mudado na vida dela? Bom. A dele mudara bastante.

— Malfoy? — Rony chamou impaciente.

O loiro levantou abruptamente, assustando os visitantes, aproximou-se do armário para se servir de qualquer bebida que houvesse ali. Depois de um gole e uma briga interna com seu passado, ele respondeu:

— Eu sei o que é.

Harry e Rony suspiraram aliviados. E Malfoy lamentou por isso:

— Mas isso não significa que ela vai sair viva disso.

***

Mesmo achando completamente inútil, Malfoy aceitara ajudar de bom grado. Não tinha nada contra a Granger e não tinha que manter aparências... esse Malfoy havia morrido junto com outras coisas mais.

A paisagem de onde aparatou com Potter o fez parar. Esperava encontrar um lugar completamente desconhecido e trouxa, mas ali estava um lugar bem oposto disso, era familiar e com certeza bruxo.

E isso era estranho. Muito estranho.

— Por que estamos na Mansão Snape?

— Tem muita coisa que você precisa saber, Malfoy. Mas não agora.

— Espera Potter — chamou, ainda espantado — Eu não sei o que aconteceu com você nesses meses, mas alguma coisa me diz que se eu entrar naquela mansão preciso estar preparado.

Harry respirou fundo e revirou os olhos.

— Rony vai na frente e avise que já estamos chegando.

O ruivo não hesitou em dar as costas e se afastar o mais rápido possível do Sonserino.

— Muito bem — murmurou Harry mirando o loiro — Hermione casou com o Snape.

Malfoy arregalou os olhos.

— O quê?!

— E agora tem dois filhos com eles, gêmeos.

— Uou! — exclamou Malfoy recuando com a surpresa — Espera um pouco, okay? Granger casou com o Snape? O mesmo Snape que foi nosso professor?

— O próprio — Harry afirmou contrariado.

— Como isso aconteceu?

— Malfoy, realmente não temos tempo para isso — apressou Harry recomeçando a andar — Já sabe o principal, o resto pode esperar.

Ainda surpreso, Malfoy recomeçou a andar. Já era um susto saber que Granger estava casada, mas o susto com certeza era muito maior quando se descobre que o marido dela é ninguém menos que Snape.

A Mansão não mudara muito desde a primeira e única vez que a visitara. As mudanças estavam apenas nos detalhes, no sofá, na lareira acesa, na estante de livros. Havia um ali sobre Runas Antigas que Malfoy tinha certeza que pertencia a Granger.

Harry apressou os passos em um claro aviso para que Malfoy parasse de olhar ao redor e andasse mais rápido. Pedia a Merlin que o doninha realmente pudesse ajudar pelo menos um pouco. Qualquer coisa já estava bom. Abriu a porta do quarto onde Hermione estava e deixou que o loiro entrasse. Snape, que estava sentado ao lado dela segurando sua mão, levantou-se imediatamente e se aproximou de Harry sem tirar os olhos de Malfoy.

Ele é a ajuda? — questionou descrente.

Malfoy fitou o professor e padrinho, irritado. Mas a irritação se perdeu assim que encontrou os olhos negros, estavam vazios e tristes como nunca vira antes.

Pigarreou tentando se manter indiferente e declarou:

— Snape, eu sei o que ela tem.

Harry notou o rosto do temido professor se iluminar como o de uma criança que acabara de receber o melhor presente.

— Como pode saber? — Snape questionou ainda de olhos arregalados.

— Minha namorada, Astoria — revelou Malfoy sem tirar os olhos de Hermione.

— Como ela morreu? — questionou Rony surgindo na porta.

— Rodeada pelo próprio sangue...

Snape engoliu em seco, inconscientemente lembrando de como encontrou Hermione antes do Natal, a quantidade de sangue... Balançou a cabeça. Não. Ela não morreria.

— Me diga o que fez Draco — pediu tentando expressar todo o desespero que sentia — Ou pelo menos o que é!

Não se importava com o que iam pensar, só queria Hermione de volta.

— É uma poção — o loiro respondeu se aproximando de Snape — Na verdade uma mistura delas. Uma maldita mistura entre poções e remédios trouxas. Uma bomba silenciosa.

— Mas como...

— Não se sinta culpado professor — ele pediu finalmente voltando a fitar um Snape confusa. Entendia a situação: o homem deveria estar assim por não saber o que é e ser Mestre de Poções. Então decidiu esclarecer — Não é uma poção conhecida ou que esteja em um dos seus livros.

— Então alguém fez isso com ela? — certificou-se Harry.

— Com certeza. Há quanto tempo ela está assim?

Todas as cabeças se viraram para Snape, esperando por uma resposta. Mas ele apenas se deixou cair sobre a poltrona e apoiou a cabeça entre as mãos, uma imagem que retratava a tristeza e a frustação.

— Professor? — insistiu Harry cauteloso.

— Praticamente um ano... — murmurou Snape.

Ele sentia toda a sua mente afundar em um abismo sem fim diante do que Draco lhe dizia. Com o pouco que ouviu tinha plena certeza de que se tratava de um veneno, um veneno bem preparado e completamente inesperado. Quem faria isso?

Ouviu Draco suspirar e seu coração afundou ainda mais.

— Ainda há tempo — o loiro anunciou fazendo-o erguer os olhos, surpreso — Mas precisamos nos apressar.

— Então vai mesmo nos ajudar? — desacreditou Rony.

— Ora, Weasel, eu não deixaria duas crianças inocentes sem mãe — garantiu Malfoy esboçando um sorriso torto — Nem mesmo se essa mãe for a irritante Sabe Tudo Granger.

Snape também se deixou sorrir, nunca imaginaria se sentir tão grato por causa de três cabeças-ocas.

***

— Preciso que entendam — começou Malfoy diante de um livro de ingredientes — Que eu não sou um especialista. E que temos que nos concentrar em fazer o antidoto certo antes e nos vingar de quem fez isso depois — lançou um olhar repreensor a Harry e Snape que simplesmente reviraram os olhos.

— Anda logo com isso Malfoy — apressou Rony, impaciente.

Todos estavam ao redor de uma única bancada no escritório de Snape, onde havia outros medi-bruxos que estavam ajudando. Snape tentou não se importar quando Malfoy pediu a todos os medi-bruxos para manterem o corpo de Hermione saudável e alerta, já que ele não sabia do que se tratava.

Com extremo interesse, observou quando Malfoy parou de ler o livro e o fitou, sério:

— Professor, quero deixar claro que isso nunca vai parar. É como uma doença sem cura, mas que pode ser controlada com um tratamento.

— O que isso faz com ela? — questionou rouco.

— A mistura causa efeitos diversos que dependem de como foi preparada, mas pelo o que vi dos exames que fizeram nela... está destruindo o sistema imunológico e corroendo os órgãos dela, por isso o sangue. Não afeta a mente ou cérebro, mas com certeza ela já deve ter sentido tonturas e fortes dores de cabeça, isso é um aviso do corpo de que há algo errado.

Snape engoliu em seco mais uma vez, mas deixou que o ex-aluno continuasse:

— Precisamos mantê-la forte com o que pudermos — ele virou-se para os outros dois que ainda estavam pálidos e assustados, e anunciou — Potter, Weasley, eu tenho uma missão para vocês. Encontrem ajuda confiável e descubram quem fez isso. Repitam os passos da Granger, falem com qualquer um que olhou para ela e procurem por alguém que tenha um corte na mão que não pode ser escondido com magia e que coça bastante. Traga-o vivo, precisamos saber os ingredientes exatos.

Os dois amigos sorriram e concordaram, aceitavam qualquer chance de encontrar o responsável pelo o que estava acontecendo com Hermione.

— Esperem — pediu Snape recebendo olhares confusos — Comecem por John Stevens, ele foi o médico de Hermione e tentou ataca-la em uma consulta.

Harry e Rony não ficaram para expressar o ódio pelo home até então desconhecido, concentraram tudo o que sentiam e transformaram em determinação. Achariam Stevens.

Snape suspirou e deixou os braços penderem ao lado do corpo por alguns segundos antes de se recompor.

— O que posso fazer Malfoy?

A ideia de ficar ali e perder a chance de acabar com a existência de Stevens o fazia tremer de raiva, no entanto, sabia que seria mais útil ali. Ficaria ao lado de Hermione e ajudaria Malfoy no que pudesse. O loiro quase o surpreendeu com tamanho conhecimento que tinha sobre o veneno, na verdade só não o surpreendeu mais porque Snape estava preso demais em descobrir qualquer coisa que ajudasse sua esposa.

Os dias se passaram como horas, rápidos demais para o bem da castanha. A Mansão estava virando uma bagunça, quase um hotel na visão de Snape. Havia um entra e sai constante de pessoas, em sua maioria medi-bruxos, e murmúrios urgentes entre eles. Todos estavam sendo bem pagos, mas já haviam notado as expressões mórbidas do dono da casa. Com o tempo que estava ali, estavam começando a se compadecer com a situação dele.

Mas Snape não se importava, quase não notava nada ao seu redor. Sabia que sua mãe e os elfos preparavam a refeição de todos para que ninguém caísse desmaiado por ali e que havia passado mais de uma semana desde que Potter e Weasley saíram à procura de Stevens... mas o próprio Mestre de Poções não parava por mais do que alguns minutos. Alimentava-se o suficiente para ficar de pé e só. Nada mais importava.

Ou quase nada.

O choro chamou sua atenção, fazendo-o levantar o olhar do livro imediatamente. Fechou os olhos e respirou fundo, sabendo que aquilo sim tinha importância. Fechou o livro e abandonou os ingredientes que analisava, abandonando o escritório logo em seguida. O caminho pelo corredor foi irritantemente lento, mesmo ele apressando os passos a cada segundo que escutava o choro alto e agoniado. Assim que chegou na porta que queria a abriu imediatamente, fazendo o som da criança aumentar.

Era o choro de Rose, conhecia-o bem. Apressou seus braços para mais perto do berço onde ela estava e a pegou no colo.

— Vai ficar tudo bem... — murmurou embalando-a.

Era isso o que esperava. Que tudo ficasse bem. Que Hermione acordasse, que nada acontecesse a eles. Seus filhos. Porque o destino não podia brincar com Snape assim, não podia lhe dar uma família e depois arrancá-la de maneira tão brutal. Não. Teria que ter outra maneira, outro futuro, outra vida além daquela que conhecia através de Helena.

Snape sentia como se cada passo que desse fosse em direção a um abismo. As crianças já tinham nascido, estavam em perigo constante agora. Seriam os Comensais da Morte que tentariam algum mal a eles? Aqueles que ainda estavam em fuga, escondidos, só esperando o momento e a chance certa para atacarem.

O que ele faria? Como os protegeria? Algum dia teriam que ser apresentados ao mundo, não poderiam ficar escondidos por toda a vida. E depois? Quando os jornais publicassem a foto deles por todo o Mundo Mágico?

— Um dia eu pedi a Merlin que colocasse um milagre em minha vida... — murmurou Snape fitando os olhos castanhos e curiosos de Rose — Meu único trabalho era usar cada oportunidade da minha vida em prol de uma promessa. Mas agora tudo o que eu fizer será por vocês. Minha família.


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Notas finais do capítulo

Então?