Meu Snape escrita por Hawtrey


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela enorme demora gente, tive muitos problemas e agora tenho a faculdade em tempo integral.
Eu li lindos comentários que vocês mandaram e me senti completamente culpada pela demora e pelo tamanho dos capitulos. Então eu decidi que vou recompensar vocês no proximo capitulo!
Vou criar uma meta para os capitulos começando pelo proximo, esse não, terão agora em media 5 a 6 mil palavras. Vou me esforçar!

Alguém consegue adivinhar o meu curso na faculdade? Um capítulo em dobro pra quem acertar!
kk
Espero que gostem
P.S. Meu computador morreu! :(



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Depois que Sirius acordou e se certificou de que tudo não passava de um pesadelo Hermione não se preocupou em passar o resto da tarde explicando a todos da casa o que tinha acontecido. Houve muitas exclamações, lágrimas, sustos e xingamentos, mas ela se recusou a abaixar a cabeça diante deles.

— Então...esses são os seus filhos Mione? — perguntou Molly ainda com os olhos marejados.

Nossos filhos — corrigiu Hermione lançando um sorriso sincero a Snape, que retribuiu.

Eileen abriu seu maior sorriso ao ver a cena e imediatamente olhou para Sirius que estava longe dela o tanto quanto possível. Ela não se importou. Estando apenas ele de todo o grupo de acompanhava James Potter, Sirius merecia ver que aquele a quem tanto perseguiu e maltratou na época de escola agora estava ali, bem na sua frente com uma família, feliz.

Ela não sentiu pena alguma.

Já Hermione temia que uma guerra explodisse bem ali, diante de seus filhos.

Seus dois melhores amigos, aqueles que tanto amava, agora estavam calados. Rony fitava as próprias mãos e mesmo que não parecesse irritado, Hermione temia sua reação. E Harry permanecia fitando as crianças e estava começando a chamar a atenção dos presentes.

— Harry? — chamou Hermione, hesitante.

Todos, até mesmo Rony, fitaram Harry que permaneceu inexpressivo.

— Tudo bem?

Após alguns segundos ele levantou o olhar e a encarou, permanecendo sério.

— Desculpa... é, eu só não imaginava que isso pudesse acontecer. Parando para pensar... percebi que você sempre esteve do meu lado, mesmo com raiva, sempre tentou me ajudar. Sempre foi a minha salvação, a nossa salvação na verdade, já que sempre entramos em confusão juntos. E agora... agora você está casada com o Snape, logo aquele professor da Sonserina mais odiado — ele riu serenamente — E tem dois filhos...lindos. E se afastou porque nós dois, seus melhores amigos, seriam o maior dos problemas para você. Em um dia tudo estava bem, voltando ao normal e agora... você está ai. Provavelmente está mais feliz do que qualquer um aqui... — Harry riu e abaixou a cabeça, deixando escapar algumas lágrimas.

Hermione ofegou, entregou Rose para Snape e então correu para abraçar Harry. Logo depois puxou Rony para que ambos ficassem lado a lado. Segurando as mãos de ambos, disse em meio as lágrimas.

— Me escutem: nada do que passei é culpa de vocês. Eu me afastei sim por medo da reação de ambos e do que isso causaria para meus filhos, mas eu não tive escolha e não podia arriscar. Mas eu amo, amo muito vocês dois e confio em cada um com a minha vida, entenderam? E seu eu fui mesmo a salvação de vocês durante todos esses anos — ela riu suavemente — Essa é a hora perfeita para me agradecerem sendo os tios perfeitos para os meus filhos e respeitando meu marido, porque eu também os amo muito e sim, com certeza, estou muito feliz.

Ela permaneceu sorrindo até ser abraçada pelos dois, e então ela sabia que agora eles estavam bem.

— Na verdade —Snape interrompeu com a voz grave, fazendo o sorriso de Hermione sumir aos poucos — Eu tenho uma intervenção a fazer.

O coração de Hermione começou a bater mais rápido enquanto milhões de pensamentos explodiam em sua mente. O que ele iria fazer? Afastar Harry e Rony de seus filhos? Azará-los? Não havia motivo para isso, havia?

Snape ignorou o olhar confuso de Hermione e de toda a família e se aproximou de Harry que ficou tentado a recuar diante do olhar sério do ex-professor.

— Harry — Snape disse quebrando qualquer barreira que Harry tinha preparado —Eu quero que você seja o padrinho de Rose, caso Hermione não se importe.

Hermione e Minerva arfaram enquanto Harry apenas conseguia arregalar os olhos, quase sentindo que estavam prestes a saltar das órbitas.

— Hermione? — questionou Snape sorrindo.

Ela acordou do transe e rapidamente negou.

— Não! Claro que não me importo! Harry?

Deu um nada discreto empurrão no amigo, fazendo-o acordar.

— Cla-claro professor Snape — ele gaguejou.

— Apenas Snape, aqui não sou seu professor —Snape esclareceu ainda sorrindo e logo em seguida entregou Rose — Anda, pegue ela no colo e vai se acostumando.

Harry respirou fundo e meio sem jeito e com a ajuda do próprio Snape, pegou sua afilhada no colo. Rose imediatamente se remexeu e abriu os olhos, revelando as íris castanhas.

— Ela tem seus olhos Mione — disse em meio a um sorriso.

— Os dois têm — acrescentou Hermione sorrindo.

— Pelo menos isso — Rony riu enquanto passava a mão delicadamente nos cabelos negros de Rose.

Hermione sorriu ainda mais e fitou Snape, silenciosamente pedindo permissão. Ele apenas deu de ombros e a incentivou com o olhar. Ela deu meia volta e pegou Brian do colo de Eileen e delicadamente entregou a um Rony assustado.

— O que me diz... de ser padrinho desse pequeno príncipe?

E quando o sorriso de Rony foi colocado na lista de maiores sorrisos do mundo, ficando atrás somente de Snape e Eileen, Hermione soube que nenhum problema ofuscaria a alegria daquele dia.

***

Ela nem abrira os olhos e já esboçara um sorriso. O dia anterior fora o mais feliz e animador possível e a noite com Snape não poderia ter sido mais perfeita, mesmo com as crianças resmungando de fome de hora em hora.

— Vejo que alguém acordou feliz... — comentou Snape fitando-a.

Hermione nem precisou abrir os olhos para saber que ele também estava sorrindo.

— Bom dia querido marido — ela saudou lhe dando um beijo rápido.

— Bom dia querida esposa.

Hermione se acomodou mais embaixo dos cobertores e suspirou.

— O que é isso? Preguiça? — questionou Snape divertido.

— Uhum... não quero levantar agora — murmurou Hermione.

— Nada disso senhora Snape, tem duas crianças esperando por nós no outro quarto. Então é melhor levantar! — decretou Snape enquanto levantava da cama.

Aproveitando o momento ele puxou os lençóis que cobriam Hermione, fazendo-a gritar de susto e xingar:

— Chato!

E então ele estava sorrindo novamente.

***

— Olá?

Hermione estava na cozinha quando ouviu a voz de Harry ecoar por quase toda a Mansão. Confusa com o motivo de ele estar ali, ela caminhou lentamente até a porta de entrada.

— Harry? O que faz aqui? — perguntou assim que o encontrou parado perto do sofá.

Mas Harry manteve-se calado, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios. Foi naquele momento que Hermione soube que devia se afastar. Harry Potter estava aprontando algo.

— Harry... Se eu gritar, as crianças vão acordar.

— Eles estão com a sra. Snape.

— Sabe Mione... — a voz de Gina surgiu do lado oposto da sala — Harry e Rony ficaram um pouco magoados por não poderem participar do seu aniversário.

— Já passou algum tempo, nós sabemos — complementou Harry caminhando lentamente até Hermione.

— Mas nós achamos que ainda temos uma chance de comemorar — completou Rony esboçando o mesmo sorriso brincalhão.

Hermione engoliu em seco enquanto recuava. O que fariam? Nunca os vira com aquele sorriso, não sendo direcionados a ela.

— E sabe o que é o melhor? — Gina perguntou cruzando os braços.

— Eles têm a minha autorização — respondeu Snape do topo da escada.

Hermione só teve tempo de lamentar que Snape também estava sorrindo, quando ouviu gritos já conhecidos.

— GUERRA DE COMIDA!

Ela só conseguiu ver Fred e Jorge saírem de algum canto da sala e então foi atingida por um enorme pedaço de bolo confeitado;

— MAS O QUE É ISSO?

Ninguém deu ouvidos a reclamação dela, apenas agitavam suas varinhas fazendo uma ceia completa surgir em um verdadeiro passe de mágica.

— Desde quando sabem fazer isso?

Foi ignorada mais uma vez, sua distração permitiu que Harry quebrasse uma dúzia de ovos em sua cabeça, fazendo-a arfar.

— Bem na maneira trouxa, não? — ele brincou enquanto escapava das mãos dela.

Hermione decidiu correr atrás dele e assim fugir do restante.

— Quer conhecer a maneira trouxa de se castrar alguém Potter?

Harry apenas riu e desviou quando Hermione transfigurou um pote de sorvete e tentou acertá-lo.

— A sabe-tudo errou de novo — implicou Gina chamando atenção para si.

— Que tal um belo molho para combinar com esse cabelo vermelho? — ameaçou Hermione.

— Que tal uma bela lasanha para combinar com esse cabelo de quem acabou de acordar?

Hermione não sabia que Fred Weasley seria capaz de jogar sobre ela TODA uma bandeja de lasanha, mas assim que viu os pedaços de massa caindo no chão, sua ficha caiu, se queriam uma guerra, então uma guerra teriam. Era vez dela de sorrir maliciosamente.

— Eu não acredito que jogou um bolo de casamento em mim Mione! — lamentou Harry ainda todo sujo de comida.

— Isso foi por ter coragem de ter uma ideia dessas Harry — rebateu Hermione rindo.

— Mas a ideia não foi minha!

— Claro que foi, sua e do Rony.

— E eu? — Hermione quase gargalhou ao ver Snape todo sujo de alguma cobertura rosa e gordurenta — Por que fui sua vitima?

— Você autorizou tudo isso e ainda jogou pudim de café em mim!

— Eu não podia perder a chance de me vingar daquela noite em que você quase me bateu só porque queria comer pudim de café.

— Eu estava grávida!

— E eu podia ter morrido só com o seu olhar.

Hermione riu assim que Snape deu as costas, olhou ao redor e suspirou ao ver tudo completamente sujo de comida.

— Não se preocupe Mione, ajudaremos a limpar — garantiu Gina com a concordância de todos.

— Tudo bem, obrigada, vou apenas tomar um banho e já voltou para ajudar também.

— Por que não se limpa com magia? — perguntou Rony que já estava livre de toda a comida.

— Vou precisar de mais do que magia para tirar esse maldito cheiro de café do meu cabelo — ela respondeu enquanto pegava um pedaço do verdadeiro bolo que passara a manha inteira fazendo — Se quiserem, podem pedir ajuda aos Elfos.

Mas Hermione não estava preocupada com o cheiro de café no seu cabelo, na verdade conhecia um ótimo feitiço que a ajudaria nisso. No entanto, sua verdadeira preocupação era com aquela garota escondida no próprio quarto. Sentia-se mal por Helena, sempre escondida e sem a presença de amigos, Hermione não podia deixar que essa situação se estendesse por mais tempo. Não tinha certeza de nada sobre aquela garota que surgira em sua vida sem aviso prévio e mesmo que sua estadia fosse temporária.

— Helena?

A porta estava apenas entreaberta, então decidiu entrar. Esperava ver a jovem garota como sempre a encontrava, lendo um livro ou sentada na varanda encarando o céu. Mas hoje Helena estava sentada na cama, apenas ali, fitando o vazio, tão inexpressiva e calada quanto podia.

— Helena? Algum problema?

Hermione se aproximou cautelosamente, logo sentando ao seu lado e deixando a fatia de bolo sobre a cama.

— Vocês fizeram uma festa e tanto lá embaixo — Helena disse subitamente.

— Achei necessário para que nenhum deles se sentisse...

— Culpado?

— Sim.

A castanha deixou o silencio tomar conta, mas sua curiosidade estava quase matando-a por dentro. Por que Helena estava assim? Por que sentia que algo estava muito errado? Seria os olhos negros e vazios dela ou o clima pesado que Helena criara dentro daquele quarto?

— Algum problema?

Helena se manteve em silencio, como se realmente não escutasse Hermione.

— Helena, o que houve? Se é por que não demos atenção a você durante esses dias-

— Mãe, para — a morena pediu ainda sem se mover. Hermione suspirou, era tão estranho ouvir uma garota quase da sua idade chamando-a de mãe — Não me importo em ficar no quarto, ok? Acho até melhor. Eu sei que esses meses foram difíceis para você e o papai, não espero e nem quero que vocês saiam por ai dizendo quem eu sou ou de onde vim. Eu apenas estou com meus próprios problemas agora, problemas que tenho que resolver o quanto antes.

— Ainda sobre o futuro? — Hermione perguntou temerosa.

— Em parte sim, mas pode ser um pouco mais complicado que isso.

— Quer ajuda? Nós-

— Não mãe, obrigada, mas eu preciso resolver isso sozinha — interrompeu Helena tentando não ser grossa, então fitou Hermione, sorrindo minimamente — Na verdade, eu quero passar uns dias em Hogwarts, posso?

Hermione a fitou desconfiada e finalmente sorriu, amenizando o clima.

— Claro, mandarei uma carta para Dumbledore agora mesmo.

— Obrigada, mãe.

— Agora saia da minha cama, está sujando tudo com comida — brigou Helena fazendo Hermione pular da cama e rir.

Helena gravou aquela imagem, o sorriso da própria mãe, tão sincero e espontâneo como a muito tempo não via em sua própria realidade.

Sim, estava chegando a hora.


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Notas finais do capítulo

Capítulo pequeno, mas foi o que eu consegui refazer depois de perder meu pc #luto