Meu Snape escrita por Hawtrey


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Então gente, mil desculpas pela demora...eu realmente fiquei sem motivação para esse capítulo, mas hoje! Finalmente! Consegui!

Ah quem quiser me seguir no instagram, me perturbar até eu postar o novo capitulo, é esse aqui @k_kemewy



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A primeira coisa que ouviu foi o som de algo se quebrando. Levantou-se imediatamente, vestiu seu roupão e desceu pelas escadas. Parada no fim da escada, Hermione não estava preparada para o que estava acontecendo.

Gina Weasley estava rubra enquanto tentava se esconder atrás do sofá. Hermione tentou acompanhar a cena, mas ainda estava com dificuldades quando viu Helena lançar um vaso contra a ruiva que soltou um grito agudo.

― Hey! ― essa era Hermione gritando.

Mas ninguém deu ouvido a ela. Enquanto isso Hermione permaneceu boquiaberta com a cena, por que estavam brigando? Por que sua suposta filha com supostamente doze anos estava tão desesperada em acertar a ruiva? Ela varreu a sala com os olhos e encontrou Snape no canto da sala.

Hermione imediatamente correu e o empurrou, chamando sua atenção.

― O que está fazendo ai parado? Vai até lá!

Na mesma hora Snape se colocou na frente de Helena e a segurou pelos braços, fazendo-a derrubar o vaso no chão.

― Já chega! ― ele gritou.

Gina levantou-se ainda hesitante e respirou fundo, aliviada.

― O que está acontecendo aqui? ― questionou Hermione séria.

Helena e Gina se entreolharam, a ruiva estava quase em lágrimas, mas nada tirava o sorriso debochado do rosto de Helena. Era de fato, uma Snape.

― Vai contar a ela Weasley? Ou eu conto? ― implicou Helena.

Gina soluçou antes de tentar falar algo:

― Mione... por favor, me perdoa.

Hermione cerrou os olhos, desconfiada.

― O que você fez?

Depois de alguns momentos em silencio e algumas tentativas falhas de Gina para falar, Helena decidiu ser a semeadora da discórdia.

― Ela beijou o papai.

Hermione não conseguiu raciocinar na hora o que estava sendo dito, nem que os olhos arregalados de Snape poderiam esclarecer tudo. Ela apenas fitou Gina, inexpressiva, enquanto a frase passava pela sua mente, ecoando diversas vezes.

“Ela beijou o papai”.

Demorou até perceber que o pai de Helena era mesmo o Snape, o seu marido.

Deixando de ser Hermione Granger, a garota sempre racional, ela não se arrependeu quando desferiu o tapa no rosto de Gina, deixando ali a marca de alguns dedos.

― Como pôde? ― foi a primeira coisa que pensou e colocou para fora, na mesma hora, sem nem se importar com o estado da garota a sua frente que ainda massageava o rosto e a encarava de forma culpado.

― Hermione... ― mais uma tentativa falha de Gina Weasley.

― Calada ― rosnou Hermione, virando-se para Snape no segundo seguinte ― E você? Quando pretendia me contar? Quando ela beijasse você novamente?

― Eu ia contar a você na hora certa ― tentou Snape, pela primeira vez com a voz trêmula.

Hermione não se importou.

― Ah claro ― disse irônica ― E o que mais? E então diria que não é nada disso que estou pensando? ― ela se aproximou do professor em passos largos e furiosos, dizendo entre dentes ― Você já foi menos obvio Snape.

― Espera ― pediu Gina com a voz fraca ― Vocês são um casal.

Os olhos de Gina enfim mostraram a compreensão que Snape tanto queria mostrar, desde o inicio, tentando dizer que era exatamente isso que ele queria com Hermione: ser um casal. E ela estragara tudo quando o beijou.

― Oh meu Merlin! ― lágrimas desceram pelo rosto da ruiva.

E aquilo tudo só estava irritando ainda mais Hermione. A voz dela irritava, as lágrimas, o susto, os pedidos de desculpas. Gina Weasley não tinha que ter se metido na vida alheia. Não bastava ter todos os garotos que queria e talvez o próprio Harry? Ainda tinha que tentar ter justamente o professor Snape, marido da melhor amiga?

Quando Hermione deu por si Gina já estava jogada no chão e ela por cima da ruiva, apertando seu pescoço.

― Escuta aqui sua vadia, Severo Snape é meu marido ― disse em tom letal ― Nunca mais se aproxime dele. Nunca mais. Ou eu acabo com você. Entendeu?

Gina acenou minimamente fazendo Hermione se levantar e subir as escadas, sem dirigir a palavra a ninguém.

Ela apostaria que todos escutaram a porta do quarto batendo.

Não iria chorar, não mesmo. Apesar de tudo sentia apenas raiva, raiva de Gina. Não culpava Snape, sabia do que a ruiva era capaz. Mas ela... Gina era sua melhor amiga, mesmo que não soubesse que Hermione gostava do professor, tinha pelo menos que respeitar o termo e o conceito de casamento.

Se Snape entrasse ali encontraria Hermione apoiada na janela, fitando a paisagem de forma inexpressiva. Mas ele não viria, ela sabia disso.

― Ele nunca vem...

Não sabia exatamente porque estava pensando dessa forma, mas alguma coisa, algo bem lá no fundo, dizia que Snape não correria atrás dela depois de uma briga ridícula como aquela. Ele não se preocuparia em ter o perdão dela. Ele não sentiria o desespero que ela estava sentindo agora.

Desde o dia que voltara do hospital, quase uma semana atrás, queria mais do que tudo tê-lo perto novamente, um beijo ou um singelo abraço, qualquer coisa. Mas ambos pareciam tímidos e travados, o medo irracional da rejeição.

Irracional.

Já haviam se beijado antes, qual era o problema de fazer de novo? Por que ela não consegue simplesmente ir lá e beijá-lo?

Ela não queria mais isso, não queria ter medo. Pelo o amor de Deus, estavam casados! Ele não podia rejeitá-la mais.

Um singelo sorriso brotou em seus lábios. Era isso. Era um medo que podia ser superado com facilidade, apenas com um pouquinho de coragem. Era uma Grifinória, não?

Decidida, ela deu as costas a janela, mas mal deu um passo quando bateu em algo e sentiu toda a coragem escorrer entre seus dedos, como míseros e finos grãos de areia.

Era ele,conhecia aquele perfume de ervas que se misturavam em sua roupa. Estava usando apenas a blusa branca com a tradicional calça preta, mas o cheiro ainda estava lá.

― O que quer aqui? ― ela tentou soar brava, sem muito sucesso.

Fitou aqueles olhos negros que tanto a enfeitiçavam.

― Vim ver como você está ― ele respondeu com a voz rouca que fez os pelos da nuca dela se arrepiarem.

― Estou ótima ― ela disse por fim, afastando-se dele e sentando na beirada da cama.

Snape suspirou e deu a volta na cama, sentando-se encostado ao apoio da mesma. Hermione engasgou com um grito de susto quando ele, subitamente, puxou-a para sentar ao lado dele, não próximo quanto possível. E essa proximidade não fazia bem a sanidade dela.

Parecendo determinado a piorar as coisas para ela, Snape colocou a mão no queixo dela e gradativamente a fez encará-lo.

― Espero que me perdoe ― ele disse com aquele mesmo tom de voz que ela começava a odiar, ou amar.

Hermione fechou os olhos, esperando o tão desejado beijo, mas tudo o que sentiu foi algo quente e suave em sua testa. Mas um daqueles malditos beijos na testa.

Ela já não aguentava mais eles.

Mas e o beijo dele com Gina? Eles tinham que conversar, ele precisava explicar toda a situação...

― Dane-se.

Antes mesmo que Snape tentasse arquear a sobrancelha em questionando, Hermione já estava sentada em seu colo, uma perna de cada lado do corpo dele.

― Hermione? ― ele ia perguntar sobre o que ela estava fazendo.

Ela apenas o olhou divertida, logo em seguida lançando um sorriso malicioso, enquanto colocava as mãos sobre os ombros dele.

― Eu não aguento mais esses malditos beijos na testa.

E o beijou. Imediatamente pedindo passagem com a língua. O beijou sim, mas não como naquele dia no hospital, onde estava preocupada em passar todo o amor que sentia por ele. Não era tão simples. Ela queria que Snape soubesse a verdade sobre tudo o que sentia além do amor, o carinho extremo, o desejo, a vontade de tê-lo somente para si. Ansiava sentir o gosto dele novamente, como na primeira vez, onde não esperavam nada além do gosto do whisky.

Quando o ar faltou e eles tiveram que se separar, o mesmo sorriso malicioso ainda brincava nos lábios dela enquanto abria os primeiros botões da camisa dele. Snape a impediu.

― Tem certeza? ― questionou preocupado ― Deveria estar descansando, não faz muito tempo...

Hermione o calou com mais um beijo caloroso, mostrando que não queria e nem iria parar agora.

― Você fala demais professor.


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Notas finais do capítulo

Como perceberam esse capítulo é meio curto, mas não vou demorar a postar o proximo (que já está pronto! o/) e que tem algumas surpresas...