Meu Snape escrita por Hawtrey


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, me perdoem pela demora, minha internet não está ajudando em nada nessas semanas, ainda tive realmente muita dificuldade em responder os comentários e, antes que eu esqueça, muito obrigada pelos comentários, eles aumentaram bastante =D

E Feliz Aniversário Severo Snape!! Nosso amado!!



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Snape se aproximou cautelosamente do local onde os bebês estavam, ambos não estavam chorando. Quando ele finalmente os viu, estava quase ofegante e com os batimentos cardíacos acelerados.

Do lado direito estava a menina que o fitava como se de fato pudesse enxergá-lo, tinha os cabelos pretos como o pai e os olhos castanhos da mãe, as mesmas características estavam no menino. Eram completamente idênticos, minúsculos e idênticos.

― Eles puxaram muito de você ― comentou Gina rindo.

Snape não tinha como discordar, mas agradecia por eles terem herdado o nariz da mãe.

― Já tem nome?

― Não tivemos tempo de escolher ― ele negou solitário ― E agora ela está em coma.

― Eu sinto muito professor ― Gina lamentou colocando a mão sobre o ombro dele, como se fosse reconfortá-lo.

Mas não estava sendo útil para ele.

― Eu que sinto muito ― ele retorquiu dando as costas ― Você é a amiga dela.

― E você o marido ― mas ele já estava longe.

Gina bufou e correu para acompanhá-lo.

― Não pode agir assim Snape ― ela disse no meio do corredor, fazendo-o parar e fitá-la.

― E como estou agindo? ― ele questionou impassível.

― Frio. Como se não se importasse com a situação.

― Eu não me importo ― Snape disse pausadamente para em seguida recomeçar a andar.

Ele não teve tempo de continuar. Furiosa, Gina o agarrou pela manga de sua blusa e o empurrou na parede com violência.

― Mas o que...

― Cala a boca. Escuta aqui Snape ― ela colocou a mão sobre o peito dele, prendendo-o ali ― Não vem com essa historia de que não se importa tá? Você fez tudo por ela, cuidou e até fez festa e um quarto para aquelas crianças! Então não me venha com essa cara de pau esperando que eu acredite nessa mentira de que não se importa. Todo mundo sabe que você se importa.

Snape a fitou assustado, depois olhou em volta procurando desesperadamente por uma ajuda ou uma fuga.

― Ei, olhe para mim, ainda não terminei ― ela se aproximou dele e continuou entre dentes ― Para de ser covarde.

― Covarde?

― É, covarde. Você foi covarde quando não admitiu que gostava de Lilian e agora está sendo de novo quando decidiu fingir não se importar com Hermione. Mas eu não vou deixar que minha amiga sofra por sua causa!

― Weasley ela está-

― Nem ouse terminar essa frase Severo Snape! Hermione vai acordar e muito em breve, e quando ela acordar, quero que tenha a melhor vida que uma mulher poderia ter. Você perdeu Lilian, quer perder Hermione também? Seus filhos? Você está casado com aquela mulher, seus filhos acabaram de nascer, se der um passo para trás eu vou acabar com você.

Deu as costas e se foi, como se nada tivesse acontecido.

Snape continuou parado, paralisado, tentando digerir cada palavra da ruiva.

Quando recomeçou a andar já havia encontrado sua máscara de Temido Professor. Qualquer um em seu lugar, depois de uma conversa dessa, voltaria para o quarto de Hermione, pegaria uma cadeira e ficaria ali o resto dos dias, até que ela acordasse finalmente. Mas ele sabia que isso não ajudava em nada, precisava fazer mais do que isso.

***

Eileen bateu na porta pela segunda vez e ainda não teve resposta, então respirou fundo e entrou.

Snape estava concentrado ora em seu caldeirão borbulhante, ora no livro que estava ao lado deste. Ele não pareceu notar a presença da mãe na sala e nem fez expressão alguma quando ela depositou a bandeja de comida próximo a ele.

― Você precisa descansar meu filho ― ela disse tocando-lhe o ombro.

― Não preciso de nada enquanto não encontrar algo ― ele respondeu sei fitá-la.

― Está nisso há semanas, precisa descansar, precisa comer algo mais que um simples biscoito por dia ― Eileen insistiu preocupada.

Snape bufou e fechou o livro com violência, e virou-se para encarar a mãe de forma séria.

― Eu preciso salvá-la mãe, não posso parar, descansar ou fazer qualquer outra coisa que não seja procurar por uma cura.

― Cura de quê? Nem sabe o que ela tem!

― Vou descobrir.

Eileen se enfureceu e em um impulso pegou o livro que ele lia e jogou para longe, esbravejando:

― Você precisa cuidar dos seus filhos, isso sim! Eles receberam alta há mais de duas semanas e até hoje você nem se quer foi visitá-los.

Quando a mulher bateu a porta da sala, Snape desabou na cadeira.

Como sua vida poderia piorar? Tentava ser o grande Mestre de Poções e estava sendo inútil até nisso. O que faria? Não conseguia encontrar nem algo perto de uma cura, uma resposta, qualquer coisa! E pior, não conseguia nem ver os filhos... chegar perto deles e fitar aqueles olhos castanhos...

O copo de estilhaçou em sua mão, mas não se importou, nem com o sangue que pingava em seu tapete logo em seguida.

― Você precisa se acalmar, professor ― disse Gina, hesitante, ainda fechando a porta.

― Não sabe mais bater? ― Snape resmungou.

― Desculpe, escutei o vidro quebrando...

― O que faz aqui?

Gina engoliu em seco e se aproximou cautelosamente.

― Vim ver como está...

Snape arqueou uma sobrancelha, o que ela tinha dito mesmo?

― Ver como estou? ― questionou só para ter certeza de que ouvira certo.

A ruiva acenou rapidamente, em seguida esboçando um sorriso amarelo.

― Está com algum problema senhorita Weasley? ― ele tinha que perguntar isso, a garota não parecia bem.

Ela hesitou em responder, mas no final apenas acenou em negação.

― Que bom, já pode ir embora ― Snape anunciou enquanto voltava a fitar o chão.

― Na verdade... ― gaguejou Gina se aproximando ― Eu realmente vim ver como está...professor.

Snape deixou de fitar o chão e lançou um olhar desconfiado para ela, o que estava aprontando afinal? Gina Weasley estava próxima demais, hesitante demais, pensativa demais.

― Estou bem, não vê? ― ele insistiu para que ela fosse embora.

Mas Gina não foi, ao contrário, aproximou-se ainda mais, conjurou um pedaço de pano e enfaixou a mão ensanguentada.

― O que...

Mas agora ele estava mudo de susto. Gina Weasley estava sentada em seu colo, quando isso aconteceu? Como? O que ele perdeu?

― Sabia que se unir o sangue de duas pessoas em uma poção qualquer, as duas pessoas ficarão ligadas pelo resto da vida? ― Gina mencionou esboçando um pequeno sorriso enquanto ainda cuidava da mão do professor.

― Você está inventando isso ― Snape disse ainda paralisado.

― Mas valeu a tentativa.

Ele não soube dizer o exato momento em que a garota largara a mão dele e segurara seu rosto, muito menos o momento em que seus lábios se encostaram. Nem ousou se mexer, não conseguia na verdade, o que estava acontecendo?

Sentiu o gosto doce da boca dela e a língua dela pedindo entrada, a mão pequena passeando do seu peitoral até os ombros...e nem isso estava fazendo-o corresponder, ou se mexer.

De repente seu coração começou a bater forte, não porque estava sentindo algo bom naquela ação, mas sim porque estava beijando Gina Weasley!

Acordando do transe, Snape a agarrou pelos pulsos e a jogou no chão, levantando-se em seguida.

― Tem ideia do que fez garota? ― rosnou entre dentes.

Eles apenas ficaram se encarando, Snape furioso demais para sair do lugar, Gina assustada demais para impedir que algumas lagrimas caíssem.

― Meu Deus... eu beijei meu professor! ― ela exclamou se levantando abruptamente.

― Não ― negou Snape lançando-lhe um olhar mortal ― Você beijou o marido da sua melhor amiga!

Gina arquejou levando as mãos a boca, mas lagrimas caíram molhando suas bochechas coradas. Aproximou-se subitamente de Snape, mas ele recuou imediatamente.

― Me perdoe professor Snape, por Merlin... me perdoe.

Sem coragem de falar mais nada ela deu as costas e saiu correndo para fora da sala, para bem longe de Snape.

O Mestre de Poções deixou a cabeça cair com força sobre a mesa.

― Idiota!

Como ele foi deixar isso acontecer? A garota não estava sendo a Rainha Discreta, estava ultrapassando todos os limites e ele apenas paralisara de susto! Idiota!

Ah se Hermione souber disso... Hermione. O que ela diria? Se importaria? Afinal que casamento era aquele? Ele devia contar só para saber? Não, não, nem sabia se ela iria acordar e se acordasse ele não jogaria isso em cima dela só por curiosidade.

Mas ele tinha que fazer algo, conhecia os adolescentes com seus hormônios e impulsos, Gina Weasley podia estar arrependida agora, mas não iria parar.

***

― Onde está o senhor Potter?

Molly Weasley paralisara ao ver Severo Snape parado em sua porta, ainda mais procurando pelo Harry.

― O que deseja com ele professor Snape?

― É um assunto pessoal Molly ― ele respondeu no tom mais indiferente que pôde.

A sra. Weasley então deu passagem para o professor e fechou a porta.

― Ele está lá em cima com Rony.

Ele se aproximou do quarto em passos largos e bateu na porta.

― Pro-professor Snape? ― Rony gaguejou quando abriu a porta.

― Não, sua mãe Sr. Weasley ― retorquiu revirando os olhos ― Posso falar com o Sr. Potter? Em particular?

Rony engoliu em seco e deu olhada para trás, onde provavelmente estava um Harry pálido, então acenou positivamente e saiu do quarto.

Snape trancou a porta assim que entrou e lançou um abafiato.

― Nós temos um problema Potter ― disse em tom sério.

― Que seria...?

― Gina Weasley.

Harry quase suspirou aliviado, mas o assunto o deixou intrigado.

― Qual o problema com ela?

― Ela me beijou ― simples e direto, Snape preferiu assim.

Harry fitou o nada, parecendo processar o que estava ouvindo, fitou Snape e cerrou os olhos enquanto se aproximava do professor.

― O que você disse?

― Gina Weasley me beijou, não tem como ser mais claro que isso ― resmungou Snape cruzando os braços ― Sua namorada-

― Ela não é minha namorada ― Harry corrigiu imediatamente.

Snape percebeu que o garoto estava rubro de raiva, mas não podia perder tempo com ciúmes de um adolescente.

― E é exatamente isso que eu quero que você mude.

Harry parou mais uma vez, agora estava claramente confuso.

― O que disse?

― Todo mundo sabe o que vocês sentem um pelo outro, o que está esperando para falar com ela? ― questionou Snape bufando em seguida.

O garoto fitou o professor, ainda confuso. Estava mesmo tendo essa conversa com Severo Snape?

― Não sei você, mas eu vejo que não é por mim que ela está apaixonada ― comentou Harry entre dentes ― Foi você que ela beijou.

― Isso só mostra o desespero dela ― comentou Snape indiferente.

― Não vou falar com ela ― Harry decidiu.

― Não me importo de ferir os sentimentos idiotas dela então ― disse Snape já dando as costas ao garoto.

― Espere.

O Mestre de Poções voltou a fitá-lo, esperando uma resposta mais decente.

― Por que não dá...uma chance a ela? Ela gosta de você.

Ele quase não acreditou quando ouviu as palavras sendo proferidas pelo Potter apaixonado.

― Tenho três motivos ― começou sem sair do lugar ― Já tenho problemas suficientes, seria muita insanidade minha aceitar na minha vida justamente uma Weasley apaixonada e depois, uma ruiva para um Potter, que combinação seria mais perfeita? Poderia virar uma tradição para os seus filhos também.

Harry ponderou as palavras do Mestre e o quanto elas poderiam ser sarcásticas, porém, pareciam ser verdadeiras.

― E qual o terceiro motivo? ― questionou.

Em resposta Snape apenas levantou a mão esquerda na altura da cabeça e indicou o dedo anelar.

― Você é casado?! ― Harry exclamou enquanto arregalava os olhos.

Segurou-se para não lançar um “Com quem?”, mas Snape apenas disse:

― Tire-a do meu caminho antes que eu mesmo faça isso ― e deu as costas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?