Meu Snape escrita por Hawtrey
Notas iniciais do capítulo
Gente, sobre esse capitulo...não gostei muito, preciso ser sincera. Mas esta ai, vocês digam o que acham. O proximo capitulo já esta pronto, mas não sei se posto na proxima semana, estou meio desanimada com a diminuição de comentarios, mas mesmo assim eu tentarei :)
Aproveitem
Quando Hermione desceu as escadas encontrou três malas prontas na porta, imediatamente arqueou uma sobrancelha. A quem pertenciam?
― Não se preocupe ― disse Snape entrando na sala ― Eu não irei fugir.
Ela o fitou com um olhar divertido.
― Eu sei. Mas de quem são essas malas?
― Da mamãe e Helena, as duas vão viajar ― ele respondeu, crispando os lábios em seguida.
― De novo?
― De novo. Elas não se cansam.
― Ora, pare de reclamar Severo ― protestou Eileen cruzando os braços ― Pelo menos vamos nos divertir.
Snape bufou e murmurou um “Tomem cuidado” antes de dar as costas e sair para o escritório.
***
― Não se preocupe Hermione, é apenas uma consulta de acompanhamento ― garantiu Dr. Stevens ― Somente para ter certeza que seus bebês estão bem.
Hermione respirou aliviada e voltou a se deitar na cama preparada para ela. Dessa vez ela veio sozinha para mais uma consulta, sempre vinha com Eileen, mas agora que ela viajara estava sozinha, Snape nunca vinha.
― E como eles estão? ― questionou tentando parecer despreocupada.
― Agitados como sempre ― ele respondeu indiferente ― Certeza que está bem?
Na verdade ela estava nervosa, tinha aquela agonizante impressão de que algo estava errado, que algo iria acontecer.
― Tenho certeza ― respondeu simplesmente.
Ela levantou-se e ajeitou sua blusa rapidamente, não se sentia a vontade na presença de Stevens.
― Posso fazer uma pergunta um tanto pessoal, Hermione?
Hermione o fitou de forma séria e acenou confirmando.
― Por que se casou com o Snape?
Ela o fitou desconfiada e respondeu, hesitante:
― Eu escolhi casar com ele, algum problema com isso?
O médico começou a guardar seus pertences dentro de uma maleta quando recomeçou a falar:
― Nada, nenhum... só acho estranho uma mulher como você se interessar em alguém como ele.
― Uma mulher como eu?
― Jovem e bonita ― ele respondeu sorrindo ― Você é linda Hermione, mesmo com essa barriga.
Hermione ficou ereta de repente, a conversa estava tomando rumos desconhecidos por ela, mas que já não gostava.
― Onde quer chegar?
Ela não percebeu quando ele abandonou sua maleta e se aproximou dela, prendendo-a entre a parede e a cama.
― Afaste-se, por favor ― pediu temerosa.
― Não se preocupe querida, eu não farei nada que não queira... ― Stevens disse suavemente enquanto se aproximava ainda mais.
Ele não enxergou o medo que estava pregado nos olhos dela, então massageou a bochecha dela levemente e logo em seguida passou a mão nos cachos soltos, fazendo-a recuar assustada e ofegante.
― Afaste-se!
Ele ignorou o pedido dela e se aproximou ainda mais. Ela recuou até encostar na parede, mas não conseguia parar de fitar o estranho sorriso dele e aquele brilho desconhecido em seu olhar. Stevens se aproximou, iria beijá-la se ela não fizesse algo. Estava perto o suficiente, segurando-a pelo ombro.
― Não!
Hermione o empurrou com todas as forças que conseguiu e aparatou direto no quarto da Mansão Snape. Não contou com a tontura que tomou sua mente, quando percebeu estava caída no chão.
― Hermione, o que houve?
Snape já estava ali, do seu lado, tentando ajudá-la a se levantar. Ela apenas fechou os olhos e respirou fundo tentando se acalmar e controlar a ânsia. Preocupado, Snape segurou o rosto dela entre suas mãos e chamou mais uma vez, dessa vez mais gentil.
― Hermione?
Ela abriu os olhos lentamente e o abraçou sem nem mesmo enxergá-lo direito, ansiava por isso, estar nos braços dele a fazia se sentir segura e protegida, como uma criança indefesa.
― Ainda bem que está aqui ― Hermione suspirou ao dizer isso.
Snape não viu outra saída senão colocá-la entre suas pernas e abraça-la forte.
Hermione sobressaltou-se quando sentiu um chute vindo por parte de um dos seus bebês.
― O que foi? ― Snape questionou arqueando uma sobrancelha.
Em resposta, Hermione apenas pegou uma das mãos dele e a colocou sobre sua barriga. Snape nem sabia o que dizer quando sentiu a criança se mexer de um lado para o outro, como se tivesse todo o espaço do mundo para fazê-lo.
Ele apenas sorriu com o ato, em todo esse tempo era a primeira vez que sentia a vida se manifestar nos filhos que esperava. E mesmo com o sorriso de Hermione, ele não conseguiu manter o seu, sabia que ainda havia algo errado:
― O que houve? Por que chegou aqui daquela maneira?
Hermione, de fato, não contava com a presença de Snape no quarto justamente quando ela apareceu, na verdade esperava não ter que contar a ele, no entanto, ambos tinham um acordo silencioso de que não haveria mentiras entre eles. Ele perguntara o motivo, ela não poderia mentir dizendo que nada havia acontecido.
― Dr. Stevens... ― ela sentiu Snape ficando tenso apenas com a menção do nome do médico ― Ele tentou me beijar.
Imediatamente Snape a afastou, Hermione percebeu que ele iria se levantar e com certeza iria atrás do médico, e não seria para ter uma conversa séria, isso ela percebia apenas pela raiva que emanava do olhar dele.
― Não Severo, por favor... não me deixe aqui.
Ela o sentiu relaxar, mas também ainda podia ver a raiva em seus olhos.
― Ele não devia ter feito isso ― ele disse entre dentes.
― Acho que ele não tentará nada assim de novo Severo ― Hermione tentou, não queria ver esse lado cruel de Snape ― Não se preocupe. Eu posso até trocar de médico se quiser.
― Mas é claro que vai trocar de médico ― ele disse exaltado ― E daqui para frente eu mesmo vou acompanhar você em todas as consultas.
Hermione suspirou, Snape era uma pessoa um pouco complicada. E depois disso, não a deixará sozinha tão cedo.
― Severo...
― Sim?
― Acho que já passou da hora de começarmos a nos preparar para receber essas crianças.
― O que quer dizer com isso?
***
― Comprar roupas? ― questionou Snape mais uma vez, descrente ― Hermione eu não sou bom nisso.
― Nenhum pai é na primeira vez ― garantiu Hermione esboçando um sorriso ― Mas não quero ir sozinha, então você vai ter que me ajudar.
― Por que não chama a Weasley?
― Porque você é o pai ― ela retorquiu de modo duro.
Ele decidiu não discutir depois dessa, estava claro que Hermione não aceitaria um resposta negativa mais uma vez.
― Eu conheço um lugar perfeito ― ela recomeçou enquanto penteava os cabelos ― Encontraremos tudo o que precisamos lá. Preciso apenas ir até o Gringotes.
― Não se preocupe com isso, tenho todo o dinheiro que precisamos ― afirmou Snape abrindo o guarda roupa ― Tem certeza de que não precisamos de uma poção polissuco?
― Absoluta ― confirmou Hermione ― Coloque apenas roupas trouxas e tudo está resolvido.
Hermione tinha razão, havia de tudo naquela loja, de roupas a berços, de tintas até moveis. Estavam no centro de Londres, as ruas estavam mais vazias que o normal, mas a loja parecia lotada, no entanto, ninguém reparava no casal, Hermione era apenas mais uma grávida e Snape apenas mais um pai perdido.
― Olha Severo ― ela chamou.
Snape a encontrou segurando um macacão azul minúsculo e colocando sobre a barriga, estava mais sorridente do que nunca.
― Vamos, me ajude. Precisamos comprar em dobro.
Por um momento Snape sentiu um peso no bolso, algo o fazia pensar que estaria quase falido no final do dia, se não totalmente falido. Ele não reclamou nenhum momento enquanto Hermione pedia a opinião dele sobre as roupas minúsculas e as cores certas.
― Podemos comprar o mesmo modelo, mas de cores diferentes ― ele sugeriu quando Hermione ficou em duvida sobre qual roupa comprar.
A verdade era que aquela única peça era apenas mais uma de centenas que iriam comprar, não fazia diferença para Snape, a criança provavelmente nem iria usá-la por mais de um mês.
Ela decidiu ouvir a sugestão dele e começou a escolher os mesmos modelos de cores diferentes, de fato, tudo foi muito mais rápido e pratico daquela forma. Snape nem sabia que uma criança precisava de tantas coisas, Hermione escolhera blusas, calças, sapatos, luvas e lençóis de todos os tamanhos e cores, por um momento Snape pensou que seu dinheiro trouxa havia acabado quando chegou a hora de comprar as fraldas e os berços.
Ele mal podia acreditar na quantidade de sacolas que teve que diminuir .
― Vamos levar esses dois brancos, por favor ― Hermione disse para um atendente que estava próximo.
Snape respirou fundo mais uma vez. Quando o dia ia acabar para irem para casa?
Quando finalmente chegaram em casa, a primeira coisa que Hermione viu foi a sala cheia de sacolas enormes. Riu da expressão de Snape, ele parecia cansado e indignado.
― Vou pedir para os Elfos cuidarem da limpeza das roupas ― ele disse enquanto retirava a capa ― Eu vou ajeitar os moveis no quarto que você escolheu e você vai descansar.
Ela nem quis discutir, estava mesmo cansada e com os tornozelos meio inchados. Parecia que a barriga pesava cada vez mais.
Subiu para o quarto e depois de um longo banho, colocou uma calça comprida e uma blusa larga e praticamente se jogou na cama. Fora um dia longo e produtivo.
No andar de baixo, Snape arregaçara as mangas e se preparava para uma noite de trabalho.
***
Hermione acordou ofegante, seu corpo todo estava tremendo, ela sentiu a ânsia vindo e nem se esforçou para ir até o banheiro, não sabia se podia levantar, virou-se para o lado e cuspiu todo o sangue que vinha.
Ela ouviu passos apressados e nem precisou olhar para ver que era Snape se aproximando, ele conjurou um pedaço de pano e ajudou a limpar o sangue da boca dela, também massageando suas costas.
― Está melhor? ― ele questionou preocupado.
Ela acenou a cabeça minimamente e voltou a deitar, respirando fundo. Só então percebeu que ele aparentava cansaço e um olhar diferente.
― O que foi? Não dormiu?
Ele pareceu pensar na resposta antes de dizer:
― Eu terminei o quarto deles.
Hermione nem precisava perguntar quem eram eles, Snape falava dos bebês, ele terminara o quarto, provavelmente passara a noite toda nisso.
― Meu Merlin! Eu preciso ver ― ela exclamou abrindo um sorriso.
Snape revirou os olhos a impedindo quando tentou levantar.
― Mas é claro que não, olhe seu estado...
― Severo ― ele olhou nos olhos dela, não deveria ter feito isso ― Por favor, eu preciso disso.
Ele bufou e a ajudou a levantar, servindo de apoio a ela enquanto segurava a lateral de seu corpo. Lentamente eles saíram do quarto.
Snape xingava-se mentalmente desde o momento que a tocara, não deveria ter dito que terminara o quarto, não naquele momento, deveria ter esperado ela melhorar, ele fora imprudente.
A segurou com mais firmeza quando se aproximaram do quarto, por vezes ela tropeçava, respirava fundo e recomeçava a andar, tudo para ver o quarto.
Ele abriu a porta lentamente, revelando um quarto inteiramente branco com desenhos infantis colados na parede.
Os olhos dela brilharam com a visão do quarto pronto. Os berços estavam lá, um próximo ao outro, já arrumados, um azul e outro rosa. Ela se aproximou do guarda-roupa e o abriu, encontrando todas as roupas passadas e dobradas e o armário cheio de utensílios bem guardados.
Tudo estava perfeito.
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O que acharam?