A Different Prince Caspian escrita por Nymeria


Capítulo 7
Lembranças de Nárnia


Notas iniciais do capítulo

AI MEU BOM ASLAM! 2 recomendações? Isso é sério???? Um super obrigada para as lindas Lua e Júlia Frost! Considerem este capítulo como de vocês, combinado? ♥
Então gente, eu achei que seria mais difícil escrever esse porque não tinha nem um pequeno esboço do que seria. Até por isso achei que ia demorar mais, só que aí eu comecei a fazer um trecho e só agora terminei (sei lá, mais de uma semana depois?). E também tô vendo de fazer uma fanfic de PJO, então tava pensando numas ideias aqui... Mas, felizmente, o capítulo saiu! E eu gostei, então espero que vocês também gostem. (Talvez vocês achem o título nada a ver, mas eu não sou muito boa com títulos mesmo, então tá) *o*



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Edmundo olhava para o monte à frente com uma expressão pensativa.

— Oi? — ele ouviu a voz de Adria ao seu lado e virou-se para vê-la sorrindo.

— Oi — ele também sorriu.

— É uma visão bonita, não é? — Adria perguntou pondo-se a andar em direção à floresta. Edmundo postou-se a andar na mesma direção.

— Gostaria de saber como foi construído — ele comentou, voltando a olhar para trás, mas continuando a ir para a floresta.

(...)

— ... E tem aquelas garotas irritantes que andam atrás de mim como se a vida delas dependesse daquilo. É bastante chato na maioria das vezes, mas eu ainda acho melhor do que governar um país. Isso deve ser mais chato ainda! — Adria falava enquanto andava pela floresta.

Eles já tinham andado por um tempo significativo. Já não se dava para ver mais o Monte de Aslam ou a extensa relva que circunda o lugar.

— É, deve ser — Edmundo comentou, fazendo Adria revirar os olhos.

— Não entendo o porquê de você se irritar com isso — a garota parou de súbito.

— Do que você está falando? — ele perguntou ficando de frente para ela.

— Você sabe, Edmundo... Eu não vejo problema algum em ser apenas rei. Quero dizer, ser rei também não é nada legal, mas acho que você entendeu, não é? — Adria desatou a falar, fazendo Edmundo revirar os olhos.

— Você nunca para de falar? — Edmundo perguntou, se aproximando mais da garota.

— Se tiver um bom motivo para calar, eu calo. — Ela sorriu e arqueou uma sobrancelha. Edmundo também sorriu, aproximando-se mais.

— Acho que eu tenho um...

Eles estavam cada vez mais próximos um do outro. Os rostos quase encostados. Dava-se para ouvir cada um a respiração do outro. E enquanto a de Edmundo estava um tanto acelerada, a de Adria estava perfeitamente normal. A garota mantinha um sorriso de certa forma travesso no rosto. E quando parecia, finalmente, que fossem extinguir o espaço que ainda restava entre eles, Adria se virou.

— Devia ser legal quando elas falavam e dançavam, não era? — ela perguntou, o sorriso ainda no rosto.

— Sim, era. — Edmundo respondeu logo após dar um pesado suspiro.

Ele poderia ter questionado a atitude que a a garota tomou. Eles poderiam certamente começar uma briga por causa alguma. Mas o que tirou a atenção dos dois para qualquer daquelas possibilidades foi um barulho de passos e um sussurro de reclamação.
Edmundo rapidamente puxou a garota para trás de uma grande pedra na hora certa em que um soldado telmarino passava. Ele parecia irritado e resmungava algo ininteligível. Quando o soldado alcançou uma distância segura, eles voltaram a se erguer. Adria lançou um olhar questionador para Edmundo, mas o mesmo apenas fez sinal para que ela não fizesse barulho e estendeu-lhe a mão, voltando pelo caminho de que tinham saído.

XX

— E então, o que aconteceu? — Pedro perguntou quando Caspian e Susana juntaram-se a eles na sala da Mesa de Pedra.

— Um soldado telmarino. Não estava muito longe daqui. — Adria disse um tanto rápido demais.

— Eles não podem ter terminado a ponte. Não é possível — Pedro enviou um olhar a Caspian.

— Provavelmente eles o mandaram apenas para vigiar ou procurar alguma coisa. Se já tivessem terminado a ponte, não haveria apenas um soldado andando pela floresta — Caspian disse.

— Mas... o que vocês dois estavam fazendo fora do monte? — Susana perguntou, olhando de Edmundo para Adria e arrancando alguns risinhos dos pouquíssimos narnianos presentes. Adria lançou um olhar de fúria para os que haviam dado os pequenos risos e disse:

— Eu só estava andando. Ou eu não posso? — ela saiu do lugar parecendo irritada, mas Lúcia pôde ver a face levemente corada que ela tentava não exibir.

XX

Adria resmungava sozinha em um canto afastado do monte. Sabia que não era lá muito seguro ou sábio ficar por aí sem nada para se defender de um possível ataque de animais selvagens. Acreditem, aquilo estava ficando cada vez mais habitual.

— Atacaremos esta noite — ela ouviu uma voz feminina juntar-se à ela, fitando o céu azul.

— Certo. Hã, obrigada por avisar — Adria não sabia o que falar para Susana. Nunca havia conversado com ela e não parecia ser algo que fariam mais de uma ou duas vezes.

— Eu senti falta daqui — Susana comentou, ainda fitando o céu.

— Eu também sentiria — a voz de Adria saíra tão baixa que ela imaginou que Susana não tivesse ouvido. Mas ela ouviu.

— Pena que não dura para sempre — Susana voltou a falar. — E uma hora ou outra, teremos de voltar.

Adria não esperava por aquilo. É claro que já havia cogitado a hipótese, é claro que pensava que aquilo aconteceria mais cedo ou mais tarde. E sua preferência era de que fosse mais tarde. Ela engoliu em seco antes de falar com a voz baixa:

— É uma pena.

— Sabe Adria, eu tenho ideia do que você está sentindo, e isso... — Susana não terminou sua frase, pois vislumbrara Lúcia andando na direção de um urso realmente enorme.

Lúcia falava com o urso, mas esse não parecia entender. O urso se aproximava cada vez mais, e soltava grunhidos cada vez mais altos.

— Essa não... — Adria murmurou e seu primeiro instinto foi procurar por seu arco, mas ele estava dentro do monte.

— Não se mova! — elas ouviram a voz de Trumpkin exclamando.

— Está tudo bem, ele é só um urso — Lúcia disse, e quando se virou o urso havia transferido o peso do corpo grande e peludo para as duas patas traseiras. A menina soltou um grito e tentou correr, mas tropeçou em uma pedra na relva. O urso logo atrás.

— O que está esperando? Atire! — Adria exclamou e Susana olhou-a assustada.

— Susana! Atire! — Edmundo e Pedro estavam se aproximando das duas, paradas à esquerda do monte.

Susana posicionou o arco, mas por algum motivo que Adria não entendia, não soltou a flecha. Adria correu até onde alguns narnianos assistiam temerosos o que acontecia e pegou um arco da mão de um fauno. A garota deu alguns passos e posicionou o arco, atirando logo em seguida. A flecha acertou em cheio no urso, que caiu ao lado de Lúcia. Os outros olharam atônitos para Adria, que apenas devolveu o arco e andou até Lúcia, estendendo-lhe a mão.

— Eu não entendo... Por que ele não parou? — Lúcia perguntou tristonha. Adria olhou para Trumpkin, e o mesmo disse:

— Nárnia está bem mais selvagem do que vocês possam lembrar.


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Notas finais do capítulo

Sou má, sim ou não? Hahahahaha. O que acharam da Susana dando uma de conselheira? Estranho? huahuaha. Sim, eu mudei a cena do urso para esse capítulo, e espero que vocês não vejam problemas nisso, ok? Aliás, me digam o que acharam, vai ser bom saber a opinião de vocês, só pra variar ;)



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