A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 76
2x34 Transformação


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse, para compensar o outro período sem postar, aqui está mais uma att! Espero que gostem das surpresas que preparei.
Beijocas



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– Depois que chegamos em casa, eu não consegui dormir. – comecei. – Eu resolvi sair...

– De camisola? – ela me interrompeu, erguendo sua sobrancelha.

Dei de ombros.

– Eu resolvi sair e quando eu vi, já tinha chegado lá naquela floresta. – continuei. – Eu não sabia que Henry estava ali, e fiquei apavorada quando ele tentou me persuadir a ficar com ele. Ele me beijou. – estremeci com a lembrança do seu beijo. – E falou que sabe a que horas cada um de nós fica sozinho, seja no trabalho, em casa... e disse que se eu não ficasse com ele, ele ligaria no mesmo momento para Tifanny e falaria que eu estou viva. – a este momento, eu não havia conseguido segurar o choro.

– Mas eu pensei que ela sabia que você está viva. – ela falou, confusa.

– Segundo o Henry, ele convenceu-a de que eu estava morta, e estavam falando de outra Carlie. – expliquei. – Híbrido idiota.

– De quem você está falando? – ela perguntou, como se eu tivesse deixado passar algo óbvio. Eu não via como.

– Acho que eu não entendi. – falei devagar, extremamente confusa.

Ela suspirou pesado.

– A gente não sabia disso, mas existe outro tipo de vampiros. – arregalei os olhos. – Henry é esse tipo.

– Como assim?

– Ele é meio que das antigas. – começou a explicar. – Ele vira pó no sol. – franzi o cenho. Isso não fazia sentido nenhum. Todas as vezes que o sol batia em sua pele na ensolarada Los Angeles, parecia um humano normal. – Mas tem um anél que os protege. – esclareceu, provavelmente ao ver minha cara de confusão. – Eles morrem com uma estaca no coração. – ela riu, como se isso fosse bizarro. – Tem uma planta chamada verbena, que isso queima eles. E precisamos tomar ou, sei lá, colocar em algum colar ou pulseira, para não sermos hipnotizadas.

– Ele nunca usou hipnoze comigo. – falei, surpresa por isso.

– Claro que você não sabe!

Eu ainda estava chocada demais para qualquer coisa. Não acredito que há outra espécie de vampiros.

– E também há bruxas. – ela acrescentou.

– Bruxa... tipo, bruxa mesmo?

– É. – ela concordou. – naquele mesmo dia que você me ligou, eu tinha ido sair, e Jacob foi comigo depois. Entramos em um bar que uma bruxa era atendente. Bem, daqui a pouco tenho que voltar lá para dar o endereço do Henry.

– Mas para que ela quer o endereço de onde estamos? – falei, confusa.

– Porque ela é apaixonada por ele e tal.

Ficamos um tempo em silêncio. Não havia mais declarações. As histórias estavam todas contadas. E eu esperava ter a sua confiança novamente.

– Carl, eu te entendo. – ela falou, finalmente, quebrando o silêncio. – Não estou chateada contigo. Apenas comigo mesma, que fiquei chateada com você sem saber de nada.

– Você não tinha como saber. – falei, dispensando suas desculpas.

– Isso quer dizer “Claro que você está perdoada”?

– Pode-se dizer que sim.

Me levantei e fui ao seu encontro, a abraçando.

– Tia Alice comprou nossas roupas para a festa. – ela falou, depois de um breve instante. – Mas apenas Embry e Mayra, Jake, eu e você vamos.

Me separei cuidadosamente para lhe fazer uma pergunta, mas eu estava com medo da resposta por um motivo.

– Seth... vai? – perguntei, com cuidado. Vai saber se ele não havia arranjado uma companhia. Vai que ele estava com outra garota tentando me esquecer.

Isso foi como enfiar uma faca no meu peito.

– Ainda está decidindo. – esclareceu. – Alice comprou uma roupa social para cada um dos meninos. Acontece que nenhum deles gosta muito de gravata. Apenas Seth se salvou. Ela falou algo como “Eu o visualizei nessa roupa e achei perfeito!”. É claro que os outros ficaram com muita raiva dele.

Eu ri. Ela tinha razão. Seth detestava gravata por demais. E apenas Seth ir sem gravata, deixava os outros dois indignados.

– Você sabe que temos que contar para nossos pais sobre isso, não sabe?

Respirei fundo. Talvez isso fosse me salvar. Meus pais iriam me proteger.

– Tá bom. – respondi num sussurro.

Ela deu uma olhada em seu relógio de pulso e arregalou os olhos.

– Merda! Faltam vinte minutos para me encontrar com a bruxa. – depois me olhou. – Carl, por favor, por favor, por favor, fique em casa com a mamãe e o papai. Não se atreva a sair, nem para tomar um ar, entendeu?

Eu não entendi dessa preocupação, mas fiz que sim com a cabeça. Eu queria memso ficar com a minha família, de qualquer jeito.

– Vem logo, sua lerda. – ela falou e me puxou escada a baixo, até estarmos na porta da frente. Depois fomos para a minha casa.

– Oi, meu filho mais lindo do mundo. – falei, pegando ele do colo do Seth.

Me sentei ao lado dele e ficamos paparicando nosso filho.

– Bom, gente. Estamos saindo. – Nessie falou, pegando a mão do Jacob. – Tchau.

– Tchau. – respodemos.

Se cuida, por favor. Lhe pedi antes de ela passar pela porta.

Eu prometo. Ela respondeu.

PDV Renesmee.

– Jake, estou com medo. – falei enquanto faltava dez minutos para chegar.

– Eu vou estar lá. Não se preocupe. – ele pegou minha mão, me olhando. – Se preferir, eu vou sozinho.

– Ficou maluco? – perguntei, incrédula. – Vai saber o que ela poderá fazer com você!

– Antes eu do que você.

– Nada disso. – discordei. – Eu vou.

Quandu eu parei de falar, a gente tinha chegado. Ele estacionou do outro lado da rua.

– Vai dar tudo certo. – ele falou, querendo me passar segurança. E conseguiu.

Respirei fundo e assenti. Saímos.

O bar que antes parecia normal, agora parecia um castelo dos terrores por habitar uma bruxa dentro dele.

A porta, a placa que anunciava se estava fechado, estava virada para fora com o nome Closed. Isso me arrepiou. Ela não queria plateia. O que será que ela pretendia fazer para nós?

– Estão atrasados. – ela acusou assim que passamos pela porta de entrada.

– Cinco minutos. – falei, como se isso não tivesse importância. Pelo menos, para mim não tinha.

– Cinco minutos perdidos da minha vida.

E de repente a dor dilacerante havia voltado. Doia demais. Era insuportável.

– Ahhh! – soltei um grito de agonia.

– Pare com isso. – ouvi a voz engasgada do Jake, e percebi que ela tambéme estava infligindo-lhe dor. Ah, mas essa bruxa não perde por esperar. Comigo tudo bem, mas descontar no Jacob não!

– Eu devia deixar isso por cinco minutos. – ela falou. – Isso recompensaria o tempo perdido. Mas como eu sou boazinha... – ela parou, e a dor sumiu.

E então percebi que estava no chão, e me levantei.

Ela esticou a mão, esperando eu dar o endereço. Suspirei e o tirei do bolso.

– Eu consegui falar com o meu pai e ele me deu. – falei, lhe oferecendo. Ela o arrancou da minha mão.

– Cadê o número do celular dele? – ela arqueou uma sobrancelha, como se eu tivesse deixado isso passar.

– Ninguém sabe.

– Se esse endereço for falso... – ela nem se incomodou em terminar a ameaça.

Revirei os olhos.

– Para que te dariamos o endereço falso? – Jake perguntou. Me aproximei ainda mais dele, e ele passou o braço em minha cintura.

– Não sei. – ela falou, irônica. – Para proteger a sua irmãzinha.

Droga! Ela não podia saber que Carlie está aqui, em Boston.

A bruxa me olhou atentamente, como se esperasse que eu vacilasse com o que ela disse.

– Não quero mais saber dela. – menti. – Ela não é mais a minha irmã.

Isso doeu muito em mim, mas era melhor falar isso do que arriscar a vida de quem você ama.

Ela nem se importou de disfarçar o sorriso de “Que bom que você está ferrada” em seu rosto. Isso me deu raiva.

– Era só isso. Tchau.

Não esperei mais nenhuma palavra dela, saí daquele lugar em passos apressados.

– Bruxa maluca. – murmurei enquanto ele arrancava o carro dali. Ele riu. – Jake, vamos a uma boate hoje a noite? A gente tá precisando se distrair.

Ele me olhou com uma descrença fingida.

– Renesmee Black. – eu quase me derreti quando ele usou meu novo sobrenome. – Você é mãe e casada, e está sugerindo ao seu marido a irmos a uma boate noturna?

– Ah, Jake. A gente tá precisando se distrair. – falei, sabendo que não precisaria de muito para convencê-lo. – Principalmente a Carl.

– Claro! Porque ela está sofrendo mais do que qualquer um de nós. – ele falou, cheio de ironia.

– Jake. – o repreendi. – Ela ainda é minha irmã, sabia?

– Nessie, não me leve a mal, mas você sabe como o Seth está por causa dela. Carlie não merece ressentimento de ninguém. Muito menos o seu.

Isso me deixou enfurecida. E daí que ele apenas estava assim por causa do Seth?

– Jacob Black, você não sabe nem metade da verdadeira história para julgá-la desse jeito! – falei, descontando um pouco da minha raiva.

– Então, por favor, me diga a verdadeira história. – ele falou, fazendo sarcasmo na palavra “verdadeira”.

Então lhe mostrei da nossa conversa na casa do vovô, e o que ela me mostrou de quando esteve na floresta, onde encontrou Henry.

– Oh. – foi tudo que saiu de sua boca.

– Viu, seu bobo.

– Ela está protegendo a gente. – ele falou, e pelo seu tom de voz, parecia culpado por tê-la culpado todo esse curto tempo.

A conversa evaporou da minha cabeça quando avistei uma lanchonete.

– Jake, para um pouco para comprarmos coxinha? – pedi, já sabendo a resposta.

Ele estacionou no estacionamento grudado na lateral do estabelecimento. Compramos coxinha, esfiha – principalmente de frango e catupiry, a favorita da Carl – e outras coisas.

Quando saímos, coloquei a sacolinha com os lanches no banco do passageiro, e fechei a porta, me encostando na mesma.

– Algum problema? – ele perguntou, levantando sua linda sobrancelha, me fitando, e ficou de frente para mim. Eu tive que me segurar para não agarrá-lo ali mesmo.

– Tem. Não to afim de ir embora. – falei com lamúria fazendo biquinho, e ele riu.

Ele se esticou e depositou um selinho em meus lábios. Mas aquilo não parecia ser o suficiente. Eu queria muito mais do que isso. Eu pousei a mão em sua nuca e o trouxe para mais perto. Imediatamente ele viu o que eu queria e me beijou com urgência. Seus lábios tão doces quanto algodão em minha boca. Me fez ficar em êxtase. Ele colocou as mãos em cada lado do meu corpo, no carro. Meu corpo vibrou de desejo quando ele pressionou mais seu corpo no meu, pousando as mãos em meu quadril. Nossas línguas se encontraram em uma dança sensual, e isso estava me deixando louca de desejo. Eu sabia que tinha que parar, mas não conseguia. Minha mão afastou levemente sua blusa branca do corpo e passei a mesma pela sua barriga, até chegar em seu peitoral quente, e depois fiz o caminho de volta, a deixando em seu abdome, e isso o arrepiou. Meu coração deu um pulo de alegria quando ele abandonou minha boca para me beijar no pescoço.

Deixei escapar um gemido baixinho enquanto ele me beijava abaixo da orelha, e acho que isso atrapalhou, pois ele se afastou um pouco.

– Acho melhor te levar para casa. – ele falou, me deixando decepcionada. Mas eu tinha em mente do que aconteceria se ficassemos. Outra coisa: era quase impossível não pensar em outra coisa que não fosse nossa proximidade.

Assenti, e ele se afastou. Agarrei sua jaqueta, e colidi nossos corpos uma vez que ele começou a contornar o carro.

Eu queria nesse momento estar, na nossa casa, na nossa cama, sem interrupções. Pensei para ele, sentindo um rosnado vibrar em seu peito, e logo meus lábios estavam trabalhando novamente.

– Se ficar me provocando desse jeito, eu vou perder o controle. – ele falou em meu ouvido com a sua voz rouca, fazendo meu corpo amolecer um pouco. Sorte que consegui ficar de pé.

– Agora eu quem estou provocando? – ri sem fôlego. – Sussurrar no ouvido é muito mais torturante.

Ele me deu mais um beijo antes de ir para o carro, me lançando um olhar malicioso.

– Então, vamos para a boate? – perguntei. – Dá para sairmos de casa até, sei lá, umas nove e meia.

– Por mim, tudo bem. – ele falou.

– Caramba. – tio Emm exclamou no momento em que passamos pela porta da frente. – Vocês passaram num motel na volta?

Derek riu alto com a piada do meu tio. Minha mãe ia lhe acertar com um tapa na cabeça, mas ele desviou a tempo.

Apenas tio Emm, tia Rose, tio Jazz, Derek, Carl e Seth estavam na sala. Heather estava nos braços do pai.

– Emmett, não fale assim da minha filha. – meu pai falou, meio enojado. Fiquei agradecida por ele me defender. – Pelo menos não na minha frente.

Arfei, incrédula, fazendo meus tios e Derek rirem novamente. Agora meu pai foi mais rápido.

– Ai, essa eu não vi. – meu melhor amigo falou, confuso, com a mão na cabeça, onde havia sido a pancada.

– Até parece que você não sabe o que esses dois... aliás, o que esses quatro – falou, se referindo a Carlie e Seth, também – fazem entre quatro paredes.

– Eu gostaria que houvesse uma forma de não saber. – papai murmurou enquanto fazia seu caminho para a cozinha com a mamãe, onde provavelmente estaria minha avó. Mayra devia estar no décimo quinto sono.

Me encostei em Jake, que passou os braços em volta da minha cintura. Fiquei observando meu cunhado e minha irmã por alguns segundos. Eles pareciam um casal segurando seu filho e brincando com ele. Mas quando é que não pareciam? Quando estavam separados, pareciam um casal que havia acabado de discutir por algo bobo e nenhum dos dois se desculpava porque era orgulhoso demais para tal coisa. E desde quando ela foi para LA, eles pareciam um casal que, um foi viajar para negócios de trabalho, e o outro ficou em casa para cuidar do filho.

Mostrei a cena para Jake, e senti seu sorriso contra a minha orelha.

– Carl, vamos a boate no centro? – perguntei, ainda feliz com a cena.

– Sua vampirinha selvagem e festeira. – Derek veio até mim em velocidade inumana e apertou minhas bochechas, e eu me esquivei agilmente.

– Renesmee Cullen, quero dizer, Black. – ela se corrigiu. – Somos mães, e casadas, e você quer me arrastar para uma boate noturna? – ela tentava não sorrir, mas era evidente que ela queria rir.

Seth sorriu um pouco ao ouvir ela mencionar que era casada.

– Ah, qual é, Carl. – falei, choramingando. – Vai ser divertido. Derek, fale para ela que vai ser divertido.

– Vai ser divertido. – ele repetiu minhas palavras, me imitando. Peguei uma almofada no sofá e taquei nele, que desviou facilmente.

Carl me olhou com dúvida, e pressionou os lábios quando seu olhar passou para Jacob.

– Vai ser divertido. – ele repetiu minhas palavras. Ela ficou surpresa, mas ainda sim, assentiu.

– Claro. Vou sim. – falou, e Seth se levantou para ir a cozinha.

– Seth, você vai também, né? – falei alto.

– Já que insiste tanto. – ele gritou da cozinha.

Carl se levantou e entregou seu filho para tio Jazz, que por conta disso, foi obrigado a parar de ler para cuidar do sobrinho-neto. Soltei um riso.

– Vamos se arrumar. – ela me arrastou escada a cima. – Sei exatamente qual armário precisamos.

Antes que vissemos completamente a porta, mamãe parou a nossa frente, com os braços cruzados.

– Por favor, mamãe. – Renesmee suplicou.

– Vocês sabem o que aconteceu da última vez. – ela falou, em tom de acusação.

Uma vez, quando fomos para uma festa, mamãe ficou quase maluca quando viu as coisas que queria nos nossos quartos.

– Desculpa. – pedimos, quase implorando.

– Eu espero que não aconteça de novo. – ela falou, apontando o dedo em nossos rostos. – E nada sem alça, ou curto demais.

Nessie e eu reviramos os olhos.

– Sabemos disso.

– E fiquem longe da última gaveta.

– Claro, mãe. – falei, sarcástica. – Porque vamos querer suas lingeries também.

– Eca. – Nessie fingiu nojo, e colocou a língua para fora.

– Já avisei. – ela nos ignorou, e nos deixou passar.

PDV Carlie.

Ficamos um tempinho experimentando roupas, mas parecia que nenhuma era legal o bastante. Apesar de não faltar nada no closet enorme da nossa mãe, não ficamos satisfeitas com quase nada.

– As senhoritas estão prontas? – a voz de Seth foi abafada pela porta.

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(Carlie)

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(Renesmee)

Nessie foi quem abriu a porta do banheiro, de uma vez.

Os dois estavam muito elegantes. Uma blusa branca – simples – e por cima um blazer. Do Seth era preto, mas a sua blusa por baixo não era branca, era meio manchada. Do Jacob era um blazer mais um pouco cinza, e a blusa era branca.

Jacob foi o primeiro a falar, já que os olhos de Seth ainda estavam chocados, olhando meu corpo e meu rosto.

– Uau... Vocês estão... lindas. Uau. – ele gaguejou, porém, seus olhos não desviavam de minha irmã.

Por trás dele, avistei minha mãe vindo.

Ela o empurrou contra a parede, rosnando.

– Eu usei aquele vestido uma semana atrás. – ela grunhiu.

Ele coçou a cabeça, tentando lembrar.

– Fomos levar a Carlie ao aeroporto. – ela continuou, mas pela cara dele, não se lembrava.

– Talvez eu não estivesse por perto... – ele falou, e eu me lembrei de que ele não foi também. Mas estava em casa quando mamãe usou o vestido.

Ela revirou os olhos e lhe deu um tapa na cabeça.

– Nessie usava um vestido bege... – ela parou quando a lembrança lampejou em seu rosto.

– Ah, lembrei. Ela usava o vestido bege com sua sapatilha preta. – ele falou. Ela revirou os olhos novamente e lhe deu um tapa na nuca.

– Ai, desculpa. – ele sibilou.

Meu pai estava chegando por trás dela.

– Oh, não. Não mesmo. Vocês não sairão vestidas assim. – ele falou apontando para o nosso corpo.

– Por que não? – perguntamos as duas, em coro.

– Vestido curto demais, justo demais, salto alto demais, e batom vermelho demais.

– Chato demais. – resmunguei.

– Não. – ele falou, objetivo.

– Pai! – falamos ao mesmo tempo, esticando a palavra. E depois ela continuou. – Está uns vinte e cinco graus lá fora.

– Não está, não. – ele discordou. – Se quiserem ir, coloquem uma calça ou uma blusa que tampe todo o corpo.

Mandamos um olhar de socorro para a mamãe.

– Edward, deixe elas se divertirem. – ela falou, atraindo seu olhar. De começo, ele parecia pronto para começar uma discussão, mas no segundo que olhou para ela, mudou de ideia. Deve ter lido algo em seus olhos.

– Estão liberados. – papai falou, sem tirar os olhos dela.

– Tchau. – falamos juntos, aproveitando essa chance, e descemos as escadas.

– Vovó, será que pode ficar de babá essa noite? – perguntei. Meus tios Alice e Jazz, Emm e Rose já tinham filhos para cuidar, e meus pais, provavelmente, teriam a casa apenas para eles dois enquanto estivessemos fora.

– Claro. – ela sorriu, e eu retribuí.

– Agora posso dizer que está indo para a balada. – tio Emm falou, com seu famoso sorriso brincalhão.

Sorri também.

– Bem que eu queria ir. – me sobressaltei com a voz da Mayra na cozinha. Ela parecia ter dormido demais. – Mas não quero deixar minha filha.

– Fala sério, vai ser apenas uma noite. – insisti. – Aliás, você vai ficar a noite inteira acordada, de qualquer maneira. Vários passarinhos me contaram que você virou a dorminhoca da casa.

– Ah, me dê algum crédito. – ela falou, se espreguiçando. – Eu tive um filho hoje, e isso me deixou exausta. Ainda bem que não sinto dor.

– Outro motivo para você ir.

Ela parecia a ponto de ceder, pois olhou para tio Emm, que agora estava na cozinha dando – ou tentando – comida para Heather.

– Se divirta. – ele falou. Isso foi o que bastou para ela correr escada a cima.

– Embry, se arruma para irmos a boate com a Carlie e o pessoal. – ela falou, e depois ouvi seus passos indo para o meu quarto. – Carl! Você não se importa se eu pegar alguma roupa sua?

– Não. – gritei.

– Obrigada. – ela gritou.

– De nada.

– Isso não é justo! – a voz de tia Alice irrompeu a cozinha, me fazendo tampar os ouvidos. E as coitadas das Heather, da Nick e da Sarah (que estava no colo da vovó) deram um pulo com a sua voz exageradamente alta. – Oops, desculpem. Mas isso não é justo! – ela gritou novamente, maneirando na voz, olhando para Renesme e eu. – Vocês já estão independentes! Nem precisaram da minha ajuda para se arrumarem. Desde quando isso? Bella não me deixou encostar em nenhum fio de cabelo delas! Isso é tão injusto! – ela repetiu. – Olha, vocês estão parecendo top models e não tem um dedo meu aí!

– E como parece. – a voz de Seth saiu baixa, mas eu ouvi. E ele estava olhando para mim.

– Tia, eu prometo que amanhã sou todinha sua. – prometi, fazendo seus olhos brilharem de excitação. – Amanhã tem a festa da nossa amiga, e você faz o que quiser comigo.

– OK. – ela falou. – Considerando que vocês já têm o vestido e o calçado, eu faço a maquiagem e o cabelo.

Assenti, deixando-a feliz.

– Vou ajudar a Mayra enquanto eu posso. – e desapareceu.

Nessie e eu rimos. E então vi que Seth ainda me olhava admirado. Isso fez meu coração bater mais rápido, e consequentemente me deixar nervosa. Para tentar me distrair, me dirigi a bancada, pegando uma esfiha da minha preferida que Nessie me comprou.

– Cheguei! – Mayra falou assim que chegou na cozinha, com Embry.

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(Mayra)

Eu vi meus pais chegando depois dela. Eu esperava que ele não fosse mais criar caso com a nossa saída.

– Vocês vocês sabem que eu estou deixando vocês irem apenas porque Jacob e Seth também vão. – ele começou.

Assentimos, cientes disso.

– E você sabe que eu estou te deixando ir porque... – meu tio Emm começou a falar sério, mas depois abriu um sorriso para a Mayra. – Ah, se divirta filhota.

E lhe abraçou.

Seth e eu iríamos de moto, e para ficar mais prático, Mayra e Embry iriam no carro da Nessie, com Jake.

Com algum milagre, consegui convencer Seth de me deixar ir sem capacete – falei que ele não ia me deixar ser machucada – pois se não estragaria minha maquiagem.

– Adoro andar de moto com você. – falei, ficando sem resposta.

Mas pelo retrovisor vi um sorriso em seus lábios enquanto ele olhava para a estrada a nossa frente.

Chegamos a boate por volta de vinte minutos. Subornamos o segurança com uma graninha e com o sobrenome Cullen. Isso foi fantástico! Sempre funciona.

– Jake, vamos dançar? – Nessie lhe perguntou, e ele riu da cara dela. – Seu chato. Carl?

– Vamos. – falei, me levantando, e puxando a Mayra comigo. E daí que eu era uma péssima dançarina? O que eu não faria pela minha irmã?

Dançamos várias músicas, e estava muito divertido. Eu realmente precisava tirar toda aquela tensão de dentro de mim. E o que melhorava, era quando eu olhava para o Seth, ele sorria lindamente para mim.

Eu jogava meu corpo sensualmente ao som de Smack That do Akon. Não sei o que deu em mim naquele momento. A letra da música era um tanto imoral, mas o ritmo, a batida era tão perfeita. E a melhor parte era de que Seth acompanhava cada movimento meu, mesmo com Jake e Embry conversando com ele, mas quando perceberam o seu foco, desistiram de tentar. Acho que eu nunca havia dançado daquele jeito na minha vida.

– Vamos beber algo. – Nessie falou, roubando minha fala, e puxei elas para o balcão. – Três copos de vodca, por favor.

– Posso ver a sua identidade, linda? – perguntou o garoto, com um sorriso no rosto.

– Mas é claro... – ela falou, e procurou algo em sua bolsa. – Ahh, desculpe. Acho que esqueci em casa. Não pode quebrar o galho para mim?

– Se é assim... – ele falou, piscando, e foi buscar nossa bebida.

Nós tapamos a boca para não rir.

– Carlie, você viu o olhar do Seth em você? – Mayra perguntou.

– Não é para menos. Nunca a vi dançando daquele jeito. Vários caras estavam-corrigindo, estão te olhando-corrigindo mais uma vez, te comendo com o olhar.

A repreendi com o olhar. Eu nem havia reparado nisso. Tudo o que eu prestava atenção era no Seth.

Repetimos a doze mais duas vezes, e eu já estava levemente tonta.

Vamos ao banheiro? Perguntei a elas duas. Elas assentiram.

Apenas para Seth saber onde eu estava, apontei para o banheiro, e ele mexeu os lábios em um “OK”.

Assim que entramos, passei a mão no cabelo, e rimos feito três loucas. O banheiro estava vazio, e só tinha nós três dentro dele.

– Não acredito que meu pai me deixou vir para uma boate a uma hora dessas. – Mayra falou, retocando a maquiagem.

– Quem não acredita é a gente. – Nessie e eu falamos juntas, e isso bastou para rirmos de novo. Nessie retocava seu batom, e eu o lápis de olho preto.

Do nada a porta foi aberta, e fiquei extremamente confusa ao ver um menino no banheiro feminino. Mas a confusão logo se tornou choque quando percebi que o menino era... Henry.

– Henry? – minha voz tremeu.

– Eu sabia. Sabia que você ia pular nos braços do cachorro na primeira oportunidade que tivesse. – ele rosnou, vindo até mim, furioso. Nessie ficou ao meu lado para me proteger, mas isso fez com que o alvo fosse ela.

– Fique fora disso. – ele falou.

Ele a atirou do outro lado do banheiro, e ela caiu, desacordada. E fez a mesma coisa com a Mayra.

– Para! – gritei, sentindo as lágrimas em meus olhos. – Seu vampiro estúpido, deixe-as em paz!

Ele me olhou surpreso por eu ter o chamado do que ele realmente era, e não do que eu pensava.

Ele começou a apertar sua mão em torno do meu pescoço, me sofucando e me tirando do chão.

– Você vai me seguir caladinha, sem gracinhas, sem chorar e sem falar nada, ou então adeus a sua priminha e a sua irmãzinha vadia.

Arregalei os olhos, e ele pegou as duas, colocando-as sobre seus ombros, e segurou fortemente meu braço, me impedindo de fugir.

Algumas pessoas viam a gente, mas o que que pensariam? Uma morena, um cara e duas bêbadas desmaiadas. Ele foi até a porta dos fundos, e estava trancada, mas apenas com um chute, ele a abriu. Nessie e Mayra permaneciam desmaiadas. E Henry estava ali, apenas me olhando.

– O que você quer? – rosnei, indo para o lado da minha irmã e minha prima quando ele as largou em um canto qualquer do lado de fora.

Mayra estava quase acordando, e ele a pegou, antes que eu pudesse reagir.

– Finalmente acordou. – ele sussurrou em seu ouvido, e isso a deixou totalmente alerta, enquanto sua expressão era de pavor. Ele mordeu o próprio pulso e antes que o sangue pudesse escorrer, colocou na boca da Mayra, enquanto ela tentava gritar, mas era tudo abafado.

– O que você está fazendo? – gritei, apavorada.

– Ou você vai comigo agora de volta para Los Angeles, ou eu a mato. – ele ameaçou.

– Eu vou! – gritei desesperada.

– Que estranho. – ele falou, tirando o pulso da boca dela. – Eu não acredito mais em você! – ele gritou, e quebrou o pescoço da menina em seus braços, jogando seu corpo flácido no chão.

– Mayra! – berrei, e fui para o seu lado. Tentei sentir seu pulso. Nada. Ela não respirava. Porcaria! Claro que não, ela quebrou o pescoço. Não havia mais nada a ser feito. – O que você fez?! – gritei para ele.

– Você me iludiu todo esse tempo. – ele segurou violentamente meu braço, me fazendo levantar. E levei uma pancada no rosto. Ai. Meu lábio estava doendo. Eu sentia o gosto do meu sangue em minha língua. – Você disse que me amava, e era tudo mentira!

Outra pancada, e desta vez meu olho doeu. Muito. E me fez cair no chão.

– Eu disse para você não vir. – uma voz falou, atrás de Henry. Eu não conseguia distinguir quem era, por conta das lágrimas, mas a voz me deixou saber: Richard. O que ele estava fazendo aqui?

– E eu disse para você ficar fora. – Henry rosnou para ele.

Os olhos de Richard voaram para o chão, onde eu estava segurando minha prima morta.

– Você a transformou? – Richard perguntou, incrédulo. Como assim” A transformou”? – Você tirou a alma de uma garota inocente apenas por vingança?!

– Ela não está morta? – sussurrei, ficando feliz.

– Não. – Richard respondeu. E então a porta dos fundos foi aberta, e Jacob, Embry e Seth passaram por ela.

– Droga. – ouvi Henry sussurrar.

– Mayra. – Embry falou, engasgado, e veio ao meu lado.

– Ness. – Jacob sussurrou, e virei a cabeça para ver minha irmã acabando de acordar.

– Carlie. – Seth veio até mim, espantado com algo em meu rosto. E lembrei que não devia estar em um dos estados mais legais.

Seth ameaçou a ir para cima de Henry, cujo fez os estragos em meu rosto, mas me levantei e passei os braços em sua cintura, o impedindo de ir. Imediatamente me colocou atrás dele. Mas ainda dava para ver tudo. O pior é que Seth ficar protetor, deixou Henry mais furioso.

– Você não vai a lugar nenhum. – Richard rosnou, agarrando ele para o mesmo não fugir. – Ela não está morta. – falou para Embry, que não parava de chorar após checar seus pulsos. – Está em transição.

Ele olhou para o vampiro, confuso.

– Henry a matou com o sangue de vampiro em seu corpo. – começou a esclarecer, e Embry olhou para o vampiro que tentava fugir, tão mortalmente que achei que pudesse matá-lo apenas com um olhar. Aposto que ele só não saiu de perto da Má para matar Henry porque simplesmente não conseguia sair de perto dela. – Quando ela acordar, precisará de sangue humano, ou então ela morre.

Estremeci. Não acredito que precisariamos matar um inocente. Ou apenas precisariamos de um pouco de sangue de algum.

– Meu anel não! – Henry gritou, e percebi que Richard estava com algo bonito e redondo em sua mão. E jogou para Embry.

– Ela vai precisar para sair ao sol. – respondeu. Colocou rapidamente no dedo do meio dela.

– Era para você ser minha. Minha! – gritava Henry, olhando além do Seth, para mim. – Mas tinha que ter esse pulguento no meio, atrapalhando tudo. – mostrei meus dentes, furiosa por ele falar assim do Seth. – O seu amor por mim nunca foi o suficiente para...

– Se toca, seu idiota. – falei, indo para o lado do Seth, furiosa. – Você acha que algum dia eu te amei? – perguntei, rindo sarcastica. – Eu te odiei apenas por me fazer separar de quem eu amo para não machucá-los. Eu te odeio com todas as minhas forças, como nunca odiei ninguém na minha vida.

– Mas e aquela vez? – ele perguntou, e pareceu de repente me olhou de triunfo. Fiquei com medo do que ele fosse dizer. – Que a gente transou? Não significou nada para você?

Senti vários pares de olhos em mim ao mesmo tempo de um arfar do Seth. Isso o magoou profundamente. Eu sabia disso.

– Você é mesmo muito ingênuo. – falei, zombando da cara dele. – Você, honestamente, achou que eu te deixaria encostar um dedo em mim? Depois de tudo que você me fez, achou que eu estava apaixonada por você?! Por isso que eu te enbebedei daquele jeito, e coloquei sonífero na sua bebida. Eu só fingi ficar magoada para eu me livrar um pouco de você.

Seus olhos queimavam em mim com puro ódio. Ótimo. Seu amor era tudo o que eu não queria.

– Obrigada, Rich. – agradeci a ele.

Ele assentiu, e de alguma forma, Henry conseguiu fugir.

– Ele vai morrer logo. – Richard falou, mas ainda indignado de ter o deixado fugir. – Se ele se expuser ao sol, vai do pó ao pó.

Assentimos. Eu estava mais aliviada com esse fato.


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