A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 75
2x33 Explicações


Notas iniciais do capítulo

Bem, como a atualização demorou mais de um mês (eu fiquei chocada quando olhei no calendário e vi que dia era hoje), semana que vem tem outro capítulo já! Sim, isso para compensar esses dias longos sem capítulos
Beijocas!



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PDV Renesmee.

– Hey, Jake. – o chamei até o quintal de trás da casa dos meus avós. A gente veio buscar a Sarah, que dormiu aqui ontem.

– Fala. – ele falou quando chegamos longe o suficiente para ninguém ouvir.

– Já sei como proteger a Carl de tudo isso. – sussurrei o mais baixo que consegui.

– Pelo visto já se entenderam. – ele apontou, meio feliz. Ele ainda estava ressentido com ela por causa do Seth. – Já estão se tratando pelos apelidos novamente.

– Ela me disse que amanhã me contará tudo. – declarei. – Eu sempre soube que tinha caroço nessa manga...

– Que?... – ele perguntou, divertido.

– Você entendeu. – falei.

– Mas o que quer dizer com amanhã?

– Bem, na verdade, é hoje. – me corrigi, me lembrando de que a gente conversou ontem. – Ela vai vir para ver o Harry.

Ele assentiu.

– Esse negócio de bruxas, outras espécies de vampiros, e lobisomens de lua cheia, é uma coisa e tanto, né? – ele falou, mudando de assunto.

– Pois é. – respondi. – Aquela bruxa maluca não pode nem sonhar que Carlie estará aqui quando a gente entregar o endereço do vampiro.

– Vamos cuidar disso. – ele prometeu, e me beijou.

Como sempre, seus beijos me acalmavam. Eu adorava isso.

Agarrei seu cabelo, e a outra mão, eu puxava seu cabelo da nuca, o fazendo estremecer.

– Para. – ele pediu, com um sorriso bobo no rosto.

– Você gosta. – apontei, sorrindo sacana.

– É verdade. Que se dane. Faça o que quiser comigo.

Sorri ao ouvir aquilo. Ele me rodopiou no ar, me fazendo rir.

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Um sorriso cresceu em meus lábios, para combinar com o seu. Depois, segurou meu rosto com as duas mãos e aprofundou o beijo.

– Vamos voltar para dentro. – interrompi o beijo contra a minha vontade. – Vovó está fazendo o café da manhã para a gente.

Ele assentiu.

– Chegamos, cadê a garotinha do papai? – Jacob falou alto assim que passou pela porta da frente.

Ela surgiu da cozinha, e correu para ele – se ela caísse, eu teria de impedir, pois Jacob não teria tanta rapidez a tempo –, enquanto gritava desajeitada.

– Papai!

Ele a pegou no mesmo instante em que ela colidiu com ele. Sorri boba ao ouvir as gargalhadas quando Jacob a girou no ar. Uma cena linda de se ver. Ela estava a coisa mais linda do mundo. Já aparentava quase dois anos, e já sabia andar. Ela cambaleava, mas ainda sim, uma graça.

– Olá, queridos. – vovó veio me cumprimentar. – Como estão?

– Estamos bem. – respondi por nós dois. – O que temos para o café?

Muffins de chocolate e chocolate quente. – ela respondeu. – Seu avô quem fez tudo. – ela falou, sorrindo orgulhosa.

Eu sorri, preparando uma piada sobre isto, enquanto entrávamos na cozinha.

– Se eu morrer de intoxicação alimentar, já sabem quem culpar. – falei, fingindo que meu avô nem estava ali.

– Nem vem. – ele começou a se defender, sabendo que era uma piada. – Eu posso cozinhar melhor do que sua avó, sabia?

– Aí já é injustiça. – Jacob se intrometeu. – Ninguém cozinha melhor do que a Esme.

– Obrigada, querido. – ela agradeceu.

Era evidente a felicidade que meus avós tinham com o fato de que não tinha mais tratado com eles. Agora eles viviam totalmente em paz.

– Nessie, se lembra daquela sua amiga de Nova York? – perguntou vovó, e eu assenti, me lembrando claramente da híbrida. – Então, ela passou aqui para entregar um convite para a festa dela. Ela se desculpou por ser em cima da hora. É amanhã a noite.

Peguei o papel da mão dela. Perfeito! Isso iria manter a Carlie por aqui.

– Obrigada. A gente vai sim. – falei. – Carlie vai também. Ela estará aqui daqui a pouco.

– E ninguém me conta isso? – ela falou, sorrindo, e foi para a bancada pegar o nosso café da manhã.

– Ela falou ontem a noite. – respondi. Nos sentamos. Minha filha sentada no colo dele.

– Já estão se falando? – vovô perguntou, com um sorriso satisfeito no rosto. Todos sabiam como fora a nosa despedida, e que não nos falamos desde então.

– Ela é a minha melhor amiga. – dei de ombros. – Não iamos ficar de mal para sempre.

– Sarah, cuidado. – Jake falou, recuperando o equilíbrio da bacia de muffins que Sarah ia derrubar para pegar um. – Se quiser pegar, peça para a mamãe ou o papai.

– Desculpe, papai. – ela falou, usando a sua arma: o biquinho. Ele se derreteu na hora.

– Não tem problema. – ele falou.

Olhei para os meus avós franzindo a boca, evitando rir, que olhavam a cena prendendo o riso.

PDV Carlie.

Acordei cedo, animada com o fato de rever todos os que eu amo. Eu nem ia acordar o Henry.

Fui tomar um banho quente e rápido. Minhas malas estavam prontas, então não precisava me preocupar mais com nada além de chegar viva no aerporto. Sei lá, com a minha sorte...

– Você ia sem se despedir de mim?

Gritei num sobressalto quando ouvi sua voz no banheiro.

– Henry, você já ouviu falar por que os banheiros são fechados? – continuei sem esperar por uma resposta. – Exatamente, privacidade! – gritei a ultima palavra, enquanto ele apenas ria.

– Eu estava apertado. – ele se defendeu.

Revirei os olhos e puxei a cortina de dentro do boxe para me dar mais privacidade.

Tentei ignorar o fato de que ele estava ali e me permiti pensar no Seth. Em menos de doze horas eu o veria novamente. Veria seu sorriso. Seus lindos olhos castanhos. Eu não via a hora. E torcia para que, quando eu chegasse, ele não se transformasse em um lobo apenas para não me ver.

PDV Mayra.

Eu estava na casa dos meus avós. E me encontrei com a Renesmee e o Jacob. Embry veio comigo.

– Vocês vão para a festa? – ela perguntou. Seu tom, como sempre, indiferente. Apenas comigo ela o usava.

– Vamos. – falei. Esme tinha dito sobre a festa assim que o convite chegou, já que eu estava aqui.

De repente, senti uma pontada forte, como se fosse uma cólica. Mas era muito mais forte.

– Ai. – gemi, sem conseguir me conter.

– Mayra, o que houve? – Embry perguntou preocupado, e eu recebi olhares preocupados de todos.

– Eu... não... sei. – falei ofegante, e eu senti a cadeira onde eu estava sentada molhada. No começo eu pensei que eu tinha feito xixi, mas eu não estava apertada nem nada, e eu parei de fazer xixi na cama com dois anos e meio.

– Mayra. – meu avô falou de boca aberta, olhando o liquido cair gota por gota no chão.

– Sim? – falei entre os dentes tricados, tentando segurar a dor.

– Você está em trabalho de parto. – ele esclareceu.

– O que? – gritei.

Rapidamente, ele me pegou no colo e me levou para o seu escritório, onde havia os equipamentos de hospital desde o dia em que Derek foi transformado.

– Ai! – gritei de dor quando senti uma pontada aguda entre meu ventre. Essa doeu pra valer.

– Como assim “trabalho de parto”? – Embry perguntou, ao meu lado. Ele segurava a minha mão, para me dar apoio.

– Acontece isso, de não saber que está grávida. – ele falou rapidamente, se movendo quase invisível pela sala.

– Vou avisar aos seus pais. – minha avó falou e desapareceu.

Fechei os olhos, tentando me concentrar em me livrar da dor.

– Mayra, preciso que você faça força quando eu disser. – Carlisle falou, e eu abri os olhos. Iria ser parto natural. – Está bem? – ele falou, enquanto eu estava ofegante.

Assenti, sem conseguir confiar na minha própria voz.

– Vamos lá. Um, dois, três... agora!

Fiz o máximo de força que meu corpo conseguia. Caramba. Eu realmente estava grávida? Ou melhor, eu estava tendo um filho nesse exato momento?

– Mayra, vamos lá. Mais uma vez. – meu avô incentivou, com a voz calma, porém precisa, tentando me ajudar.

Tombei a cabeça no travesseiro, ofegante.

– Embry, eu não sei se consigo... – murmurei, sentindo meus olhos se umedecerem.

– Eu sei que consegue. – ele falou, dando um leve aperto na minha mão.

Repsirei fundo novamente, e me preparei para isso mais uma vez.

– Vamos lá. – ele repetiu. – Um, dois, três!

– Urh! – grunhi alto, tentando colocar todas as minhas forças e energias para que meu filho saísse de dentro de mim.

Caí exausta no colchão assim que ouvi a voz do bebê, e meu coração acelerou. Aproveitei a sensação de alívio que me preencheu para tirar a exaustidão de mim.

– É uma menina. – meu avô anunciou, e abri os olhos, observando um bebê cheio de sangue em seu colo.

– Eu sou pai. – Embry falou, meio engasgou.

– Deixe-me segurá-la. – pedi, e meu pedido fora atendido.

A menininha tão pequenina em meus braços me encantou assim que pus meus olhos nela.

– Linda como você. – Embry sussurrou, inclinado ao meu lado, também a olhando.

Sorri. Eu tinha uma vida perfeita!

– E minha mãe? – perguntei, e minha voz tremeu. – Ela vai ficar uma fera comig...

– Não vai, não. – Esme me cortou, entrando no quarto. – Ela está feliz por ser avó.

Arqueei as sobrancelhas, verdadeiramente surpresa de que ela não queria me matar ou ao Embry. Mas isso era bom demais.

PDV Rosalie.

– Ah, meu ursão. – eu falei, recebendo beijos pelo meu pescoço.

Fomos interrompidos pelo meu celular tocando, e Emmett resmungou.

– Oi, Esme. – a cumprimentei.

– Rose, a Mayra...

– O que houve com ela? – perguntei, começando a me preocupar, assim como o Emm.

– Ela está tendo um bebê.

Eu fiquei pasma. Como assim? Ela nunca contou para nenhum de nós? Olhei para o Emmett, querendo saber se ele sabia, e ele de deu de ombros, no mesmo estado que eu.

– Ela ficou tão surpresa como vocês estão agora. – Esme voltou a falar.

– Ela não sabia? – perguntei, surpresa.

– Não. – respondeu. E então ouvimos um choro um pouco longe, um choro de criança. E a voz de Carlisle:

– Parabéns, Mayra.

– Eu sou pai. – Embry falou, engasgado.

– Estamos a caminho. – falei e desliguei o celular. – Somos avós. – falei, sem conseguir acreditar.

– Eu sei. – Emm falou, sorrindo de orelha em orelha.

– Vamos. – falei e fomos. – Não acredito que aquele puguento de uma figa teve a coragem de engravidar a nossa filha! Ela é só uma criança. – rosnei, furiosa enquanto andávamos em velocidade humana a caminho da casa de Esme e Carlisle.

– Calma, Rose. – Emm apertou minha mão, na tentativa falha de me acalmar. – Nenhum de nós sabia. Foi uma surpresa.

– Ele vai se ver comigo. – foi tudo o que eu falei antes de passarmos pela porta da frente.

PDV Carlie.

Eu estava já no avião, quando meu celular começou a tocar. Era a Nessie.

– Hey, Ness. – a cumprimentei.

– Carl, você não sabe da nova. – ela falou, parecendo contente.

– O que? – perguntei, curiosa. Eu ouvia vagamente uns resmungos de bebê. Devia ser a Heather.

– Mayra teve bebê!

– Sério? – perguntei, espantada. – C-como?

– Sim, ela não sabia. – ela respondeu. – Legal, né? Tio Emm e tia Rose estão babando pela criança.

Eu ri. Com certeza eles deviam.

– Seu vira-lata, como teve a ousadia de engravidar a minha filha? – ouvi a voz da tia Rose, e sem dúvidas, estava falando com Embry.

– Mãe, pare com isso. – Mayra falou. – Devia estar feliz por mim.

– Eu estou, meu anjo. – sua voz se adocicou ao falar com ela.

– Mas como? Isso é possível?

– Carlisle estava explicando que sim.

– Nossa. – falei, me sentindo mal por ela, que sempre quis ter chá de bebê, sentir os chutes na barriga, sentir seu filho dentro dela. E acaba que nem ela sabia sobre a gravidez.

– É, deve ser chato assim. Eu sinto muito por ela – falou, e parecia que ela estava mesmo sentindo. – Mas quando você chega?

– Daqui a algumas horas. – respondi. – E... o Seth? Ele está aí, né? Quero dizer, ele vai estar aí quando eu chegar, certo? Ele ignorou todas as minhas ligações...

– Carlie... – houve uma breve pausa, e uma porta se abrindo e fechando. – Seth!, Seth, espera!

Mordi o lábio, desejando nunca tê-lo magoado.

– Eu vou atrás dele. – ouvi a voz do Jacob, e a porta foi aberta e fechada novamente. Desta vez, sem força bruta.

– Eu não sabia que ele estava aí. – sussurrei, me sentindo mal.

– Está tudo bem, Carl. – ela falou. – Ninguém está te culpando.

– Exceto ele, né? – falei, sem humor.

– Olha, ele está sofrendo. É normal ele não querer ouvir sua voz, entre outras coisas.

– É, eu sei. – suspirei. – Mudando de assunto, é menina ou menino?

– Menina. – respondeu.

– Diga que eu falei “parabéns”.

– Digo sim.

– Até mais.

– Tchau.

Respirei fundo, tentando me acalmar. A turbulência a seguir não ajudou em nada.

* * *

Acordei quando senti o avião pousando. Finalmente em Boston!

Assim que saí do avião, peguei minhas malas. E quando me virei, tive uma surpresa incrível.

– Seth? – perguntei, sem acreditar. Ele evitava me olhar nos olhos, e por isso, olhava em volta.

Isso me magoou um pouco. Mas de uma coisa eu tinha certeza: nada com o que eu me magoasse, seria comparado ao quanto eu o magoei.

– Hey. – o cumprimentei quando cheguei perto dele, e ele não tinha outra opção a não ser, pelo menos, “perceber” minha presença.

– Oi. – ele falou. Pegou as minhas duas malas e se virou, andando sem falar mais nada. Suspirei e o segui. – Não acredito que eles fizeram isso comigo. – eu ouvi-o murmurar consigo mesmo.

É, com certeza ele não estava ali porque queria. Nessie, ou Jake, ou meus pais, o fez vir me buscar. Sei lá, para conversarmos ou algo parecido.

Chegamos ao seu carro e ele abriu o porta malas para colocar a minha bagagem. O fechou e foi para a porta do motorista. O impedi.

– Seth, por favor. – pedi, segurando sua mão antes que abrisse a porta.

Ele olhou nossas mãos, e nunca vi seu olhar tão vazio.

– Não faz isso, por favor. – implorei, sentindo meu coração se rasgar por dentro. Peguei seu rosto quente entre minhas mãos, e o fiz olhar em meus olhos. – Não fique assim.

Ele olhou meus lábios, com um desejo sedento no olhar.

– Quantas vezes você vai precisar quebrar meu coração? – perguntou, com um tom falho. Abaixou a cabeça e fechou os olhos. Suas mãos seguraram meus pulsos e afastou nosso contato de pele.

– Essa nunca foi a minha intenção. – murmurei, minha voz baixa, involuntariamente.

– Vamos pra casa. – ele falou, e entrou no carro. Ligou o motor, e ficou a espera de eu entrar.

Fiquei estática alguns segundos, me perguntando como ele conseguia ser tão frio. Mas as pessoas dizem: uma pessoa que teve o coração partido muitas vezes, muda.

Engoli em seco, e dei a volta no carro, entrando no mesmo.

– Quem te obrigou a vir me buscar? – perguntei depois de uns minutos perturbadores em silêncio.

– Jacob e Renesmee. – ele respondeu. Devia estar “de mal” com os dois, pois era difícil quando Seth os tratava pelo nome.

– É, você realmente deve estar chateado com os dois por te obrigarem a me ver, não é? – perguntei, com um tom de sarcásmo.

Ele não falou nada. Apenas se concentrava na estrada a sua frente.

– Sabe que não pode ficar sem falar comigo para sempre, né? – falei, mas ele continuou me ignorando. – Seth, pare o carro, por favor?

Eu ia arrumar um jeito de ele falar comigo. Isso já estava me matando.

Ele parou no acostamento que havia logo ali. E desligou o motor. Continuou ignorando minha existência.

Peguei a chave da ignação e a joguei com impulso em qualquer lugar no meio do mato.

– Por que fez isso? – ele perguntou, abrindo a porta e saiu. Eu o segui. – Ficou maluca? Desse jeito a gente não vai chegar em casa nunca...

– Seth, para. – falei, parando em sua frente, o freando com as mãos em seu peito. – A gente só sai daqui quando você falar direito comigo.

– Jura? – perguntou irônico, se referindo a chave. – Escuta, você acha que, depois que fez comigo, é só chegar aqui e exigir que eu fale com você como se nada tivesse acontecido?

Isso foi como levar um tapa na cara. Não, foi pior do que levar um soco no estômago. Foi simplesmente como tomar um choque da realidade.

– Só, por favor, pare de me ignorar. – pedi, meus olhos cheios de lágrimas.

– Te ignorar é fácil. É bem mais fácil do que falar com você e sentir meu coração sendo arrancado. – ele admitiu num tom meio frustrado. – Agora vamos procurar as chaves que você fez o favor de jogar no meio da mata. Que ótimo.

Passou por mim e foi em direção onde eu joguei as chaves do carro. Eu o segui. Ficamos uns dez minutos procurando, e nada de encontrar.

– Desisto. – falei, me sentando exausta na grama. Eu estava é com preguiça.

– Desiste? – perguntou, incrédulo. – Se desistir, a gente não sai daqui nunca.

Suspirei e antes de levantar, reparei algo duro embaixo de mim. Coloquei minha mão e a puxei rapidamente quando peguei as chaves.

– Achei! – cantarolei, me levantando.

– Ótimo. – ele falou, e veio até mim, afim de eu lhe entregar.

– Hey, eu achei, eu dirijo. – coloquei uma ordem, escondendo a chave atrás de mim.

– Nada disso, eu sou o mais velho. Eu dirijo. – ele falou, com a mão esticada e aberta.

– Nada feito. – falei, dando passos para trás, fazendo meu joguinho. Estava dando certo. Ele estava falando comigo. Mesmo que fosse meio que uma discussão.

– Carlie, por favor, não discuta comigo. Me dê a chave. – falou, tentando falar como se fosse meu pai.

– Vem pegar. – desafiei. Ele estreitou os olhos, me olhando frustrado.

– Carlie, sem brincadeiras. – ele avisou, se aproximando de mim, para tentar pegá-las.

Eu ansiava para ter seu corpo perto do meu. E estava funcionando. Seu corpo estava a centímetros do meu, enquanto ele tentava pegar das minhas mãos.

– Carlie, devolva essa chave. – ele pediu, ficando mais sério, colocando as mãos nas minhas. Mas mantive-as minhas firmemente fechadas.

– Pegue. – sussurrei, deixando meu hálito bater em seu rosto. Ele ficou com cara de bobo, olhando para meus olhos e minha boca.

– Carl, não faça isso, por favor. – ele implorou, mas estava totalmente entregue.

– Fazer isso o que? – perguntei, chegando mais perto de seu rosto. Nossos narizes roçaram, e eu fechei os olhos. Eu ansiava por um beijo seu.

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Levei minhas mãos até a lateral do seu corpo, e fui colocando-as para cima, escorregando pela sua barriga definida, seu peitoral quente e musculoso, seus ombros largos, até chegar na sua nuca. Ele segurou minha cintura com as duas mãos, e meu coração acelerou.

Nossas respirações estavam igualmente irregulares. E eu estava adorando aquilo tudo. Eu sabia que, enquanto continuasse essa farsa com o Henry, ambos sairiam tragicamente machucados, mas eu precisava de um beijo de sua boca.

Desde o nosso primeiro beijo, eu fiquei viciada nele. Sempre necessitava de seu abraço, de qualquer contato de sua pele macia e quente. Eu não parava de pensar nele um segundo apenas. Isso era um pouco frustrante, pois eu não gostava de machucá-lo como estou fazendo agora.

– Carlie. – ele sussurrou, olhando minha boca.

Meu corpo inteiro vibrou de desejo quando nossos lábios superiores de tocaram. Eu estava viciada, e Seth era o meu vício. Eu estava alimentando meu vício, ao invés de ficar longe dele enquanto essa história estiver mal resolvida, e era o que eu tinha que fazer para não machucá-lo mais. Mas isso sempre pareceu impossível, para os dois, de nenhum sair ferido. Porque, quando menos a gente esperava, já estava tudo desmoronando sobre a gente.

Eu estava cansada de enrolar, e quando eu ia beijá-lo, ele o fez, segurando minha nuca. Nossos lábios se moviam perfeitamente, juntos. Como se fosse a primeira vez. Como se fosse o primeiro beijo. Isso era tão estranho. Antes de sair de casa, Henry me beijou – mesmo que eu não quisesse – e agora eu estava beijando o Seth. Não que Henry e eu tivessemos algo sério, nada além de um “relacionamento” sob chantagem. Eu me sentia mal pelo Seth. Isso tecnicamente o fazia “o outro”.

Porém ele nunca seria “o outro”. Ele sempre seria o único. Para todo sempre. Para o resto de nossas vidas.

Ele aprofundou o beijo, se incliando levemente sobre mim. Nossos corpos estavam grudados, e eu quase perdi o fôlego ao sentir suas definições da barriga, e nossos peitos colados. Ele pediu passagem com a língua, e eu cedi. Pude sentir o calor do beijo. Era muito bom.

Infelizmente, precisávamos de ar, e nos separamos.

– Por que você faz isso comigo? – ele perguntou, como se eu o tivesse torturando.

– Eu não fiz nada. – me defendi. – Você quem me beijou.

– Você me atiçou. – ele acusou.

– E você gostou. – acusei de volta, mordendo o lábio em meio a um sorriso.

Ele se limitou a apenas sorrir, confirmando o que eu disse.

– Mas é sério. – ele voltou a falar. – Me deixe dirigir?

– Nã... – antes que eu pudesse terminar essa pequena palavra, ele puxou a chave da minha mão, antes que eu pudesse fazer alguma coisa. – Hey! Devolve!

– Venha pegar. – e começou a se afastar.

– Seth, você é muito criança, sabia? – falei, tentando provocá-lo, mas ele não cairia. Eu tinha certeza disso.

– Não vou cair nessa. – ele falou, se afastando mais, ainda me olhando com um sorriso provocativo no rosto.

– Está bem, vou te esperar no carro enquanto você age como uma criança. – falei e lhe dei as costas. Eu sabia o que viria a seguir.

Senti-o se aproximar rapidamente, como se tentasse me alcançar. E então seus braços fortes abraçaram minha cintura, e ele beijou meu pescoço, enquanto eu deixava um gritinho de felicidade correr por entre meus lábios.

– Quer dirigir? – perguntou no meu ouvido.

– Quero. – respondi, com um sorriso vitorioso no rosto, e me virei para pegar as chaves.

– Não. – ele falou, duro e brincalhão.

– Idiota. – dei um soco em seu peito. – Vamos logo, realmente temos que ir.

– Pior que temos mesmo. – ele respondeu, e andamos até o carro. – Sua família estava te esperando. Principalmente Mayra.

– E como é a filha dela? – perguntei, me lembrando da gravidez inesperada.

– É uma graça. – ele respondeu. Abriu a porta do carro para mim, e deslizei para dentro. – Carlisle falou que essa gravidez realmente passou despercebida para todos. – ele falou enquanto dava a partida no carro. – A barriga dela não era quase nada. Ela era tão magra, que ela foi como essas que ficam grávidas, e nem dá para perceber.

– Entendo. – murmurei.

Liguei o rádio, em uma estação que eu adoro. E estava passando uma música linda.

http://www.youtube.com/watch?v=WEzV4PG0CdA

– Now that I, I am yours. – cantei junto.

O resto do caminho, eu fiquei cantando as músicas, e uma vez ou outra, a gente fazia um dueto.

Quando chegamos, estavam todos na minha casa.

– Whoa! – gritei, feliz. – Tudo isso só para me receber?

– É claro. – vovó falou e me abraçou.

– A casa fica chata sem você. – Derek falou num tom depremido. – Mas agora eu arranjei uma profissão: sou babá.

Eu gargalhei alto.

– Derek de babá? – caçoei dele. – De quem foi a ideia? Merece um prêmio.

– Edward. – ele resmungou.

– Brilhante. – falei pro meu pai, ainda rindo, e ele sorriu.

Dei-lhe um abraço, e depois na mamãe. Eu estava com tanta saudades!

– Enquanto a Mayra dorme, eu cuido da filha dela. Bem, acontece que ela dormiu o dia inteiro por hoje.

Assenti, compreendendo.

– Carlie, amanhã a nossa amiga de Nova York vai dar uma festa, e nos convidou. – Nessie falou.

– Oba. – comemorei.

Depois de jogarmos conversa fora, Nessie e eu fomos para a casa dos meus avós para conversar sobre o Henry.

– É melhor que essa explicação seja a melhor das explicações que eu já recebi na minha vida. – ela avisou, destrancando a porta.

– Eu não sei se você vai me compreender. – me antecipei.

A gente subiu as escadas e entramos em seu escritório.

– Você vai falar: você tinha que falar com algum de nós quando chegamos lá. Papai teria acabado com ele e blábláblá. Mas eu estava tão apavorada que...

– Hey, calma. – ela me interrompeu com as mãos em meus ombros, como se isso fosse algum tipo de relaxante. – Senta e me conta tudo.

Respirei fundo e me sentei na poltrona. Ela se encostou na mesa e me olhou, a espera.


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